Ir para conteúdo

Maconha: Liberdade, Terapia Ou Crime?


Mauro Orsi

Recommended Posts

  • Usuário Growroom

Maconha: liberdade, terapia ou crime?

Marcha da Maconha chega a Jundiaí, no próximo domingo (22), e desperta debate sobre liberação. Os favoráveis à causa apontam vantagens econômicas e até de saúde com a mudança. Já aqueles que são contrários rebatem e ainda afirmam que poderá aumentar o número de dependentes da droga.

--------------------------------------------------------------------------------

FABIANO MAIA Dia 22, próximo domingo, será realizada na cidade a edição da Marcha da Maconha, movimento mundial em prol da liberação da erva

Uma questão polêmica vem tomando, literalmente, as ruas das cidades: a descriminalização do uso da maconha e a liberação do plantio da erva, uma polêmica com data marcada para chegar também às ruas de Jundiaí: dia 22, próximo domingo, quando será realizada na cidade a edição da Marcha da Maconha, movimento mundial em prol da liberação da erva. Os favoráveis à causa apontam vantagens econômicas e até de saúde com a mudança. Já aqueles que são contrários rebatem os argumentos e ainda afirmam que, se houver modificação na legislação atual, poderá fomentar o número de dependentes da droga.

Marco Magri, cientista social especialista em Políticas de Drogas, é um dos que erguem a bandeira pela legalização da "cannabis sativa", nome científico da maconha. "A regulamentação é um grande passo para a regulamentação das drogas. Hoje se gasta bilhões de reais na chamada "Guerra às Drogas", política baseada na prisão de produtores, transportadores e usuários de drogas. Todo o sistema policial destinado ao combate ao tráfico de drogas e o sistema jurídico destinado ao combate ao tráfico consomem grande quantia de dinheiro público", argumenta. Para ele, com a regulamentação, parte do dinheiro investido na Guerra às Drogas poderia ser investido em pesquisa, medicina, saúde, atendimento e assistência social.

A questão econômica também entra na conta do pró-maconha. Segundo Magri, os produtores e transportadores, que hoje são considerados traficantes, entrariam para o mercado legal, o que geraria postos de trabalho e renda, além de enfraquecer o tráfico. "Proibir as drogas não ajudou e não ajuda em nada uma família que precisa de informação e acesso a tratamento", acrescenta. Um dos articuladores da Marcha da Maconha em Jundiaí, Mauro Renato Pegoraro Orsi, destaca que o movimento é uma expressão dos direitos individuais. "Temos recebido muito apoio. O encontro será às 14 horas, em frente à Estação Ferroviária de Jundiaí, e, de lá seguiremos, pela avenida dos Ferroviários", conta. Orsi ressalta que a mobilização não tem caráter político.

Outro lado - O empobrecimento do tráfico não acontece, segundo o delegado da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Jundiaí, Florisval Silva Santos, contrário à descriminalização e a liberação da maconha. "Os pontos de tráfico não vendem só uma droga. Hoje, a maconha não é a mais procurada. O que lidera o consumo é crack e cocaína, fato comprovado pelas apreensões feitas pela polícia", afirma. Outro ponto que o delegado enfatiza é a falta de equipamentos públicos para dar suporte de saúde aos dependentes. Problema também apontado pelo presidente do Conselho Municipal do Combate às Drogas, Edmilson Borges. "O governo não consegue tratar nem os dependentes alcoólicos e os de drogas na situação de hoje. Com a liberação, aumentaria o uso, o que faria com que as pessoas se transformassem, mais rapidamente, em dependentes", analisa.

Borges lembra que a maconha vem sendo utilizada, em alguns casos, como terapia para doentes de aids, câncer e até de Alzheimer. Mas, nem dessa forma, deixa de ser droga. "Esses doentes têm problemas para se alimentar. A maconha consegue abrir o apetite. Também vem sendo usada como forma de reduzir danos em tratamentos de pessoas que já estão dependentes, como uma medida compensatória: troca uma droga pesada por uma que é considerada de menor dano." Em média, segundo dados do Centro Especializado no Tratamento de Dependências em Álcool e Drogas, 11% da população têm problemas graves com uso de substâncias como álcool, maconha, cocaína e outras drogas. "É inadmissível alguém achar que não existem problemas em liberar essa droga. A maconha é uma droga altamente potente para dependência, desorganizadora, desencadeadora de transtornos mentais, como esquizofrenia. Provoca prejuízos em vários setores, como saúde, educação e social", defende a coordenadora do órgão, Regina Bichara Rossi.

LUCIANA MULLER

Maconha: Liberdade, terapia ou crime?

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Visitante
Responder

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
  • Tópicos

  • Posts

    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
    • o teu chegou? o meu já passou por Curitiba mas tá devagar (pelo menos o pior já passou) kkkkkkkkkk
×
×
  • Criar Novo...