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O Debate Das Drogas


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  • Usuário Growroom

FERNANDO DE BARROS E SILVA

O debate das drogas

SÃO PAULO - A discussão sobre a descriminalização das drogas e a legalização da maconha não é nova, mas ganha espaço. Isso decorre da percepção crescente de que a abordagem puramente repressiva do problema fracassou. Apesar de alguns juízes, que preferem ver apologia ao crime no direito à livre manifestação, o debate é saudável e mesmo necessário, porque a questão é bastante complexa.

"Descriminalizar" e "legalizar" são coisas distintas. Quando Fernando Henrique Cardoso defende a descriminalização das drogas -de todas-, quer dizer que o usuário não deve ser tratado como criminoso, mas como alguém a ser esclarecido e, eventualmente, medicado.

Na entrevista a Mônica Bergamo, anteontem, FHC lembrou o exemplo de Portugal: a descriminalização foi acompanhada por uma política de amplo acesso ao tratamento, sem, no entanto, que o governo abdicasse de combater o tráfico.

Legalizar é diferente. Significa permitir a produção, a venda e o consumo daquela substância, mesmo que sob certas condições. Devemos sonhar, como na canção de Chico Buarque, com um mundo onde "maconha só se comprava na tabacaria, drogas, na drogaria"?

Especialistas respeitáveis contrários à legalização argumentam que a facilitação do acesso fatalmente aumentaria o consumo. E citam o exemplo do alcoolismo. Transferir o problema da esfera criminal para a da saúde pública não é, pois, uma saída mágica, sem subprodutos negativos. O ganho estaria na ruptura do elo entre o baseado e o tráfico, talvez o maior fator de desagregação social e violência extrema nas grandes cidades.

Há drogas mais ou menos nocivas, mas nenhuma deixa de fazer mal. À luz das experiências ruinosas da guerra ao tráfico, tendo a pensar que a descriminalização de todas elas e a legalização do uso regulado da maconha apontaria para uma maneira menos hipócrita, mais humana e a médio prazo mais eficaz de lidar com o problema.

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  • Usuário Growroom

31/05/2011

FERNANDO DE BARROS E SILVA

O debate das drogas

SÃO PAULO - A discussão sobre a descriminalização das drogas e a legalização da maconha não é nova, mas ganha espaço. Isso decorre da percepção crescente de que a abordagem puramente repressiva do problema fracassou. Apesar de alguns juízes, que preferem ver apologia ao crime no direito à livre manifestação, o debate é saudável e mesmo necessário, porque a questão é bastante complexa.

"Descriminalizar" e "legalizar" são coisas distintas. Quando Fernando Henrique Cardoso defende a descriminalização das drogas -de todas-, quer dizer que o usuário não deve ser tratado como criminoso, mas como alguém a ser esclarecido e, eventualmente, medicado.

Na entrevista a Mônica Bergamo, anteontem, FHC lembrou o exemplo de Portugal: a descriminalização foi acompanhada por uma política de amplo acesso ao tratamento, sem, no entanto, que o governo abdicasse de combater o tráfico.

Legalizar é diferente. Significa permitir a produção, a venda e o consumo daquela substância, mesmo que sob certas condições. Devemos sonhar, como na canção de Chico Buarque, com um mundo onde "maconha só se comprava na tabacaria, drogas, na drogaria"?

Especialistas respeitáveis contrários à legalização argumentam que a facilitação do acesso fatalmente aumentaria o consumo. E citam o exemplo do alcoolismo. Transferir o problema da esfera criminal para a da saúde pública não é, pois, uma saída mágica, sem subprodutos negativos. O ganho estaria na ruptura do elo entre o baseado e o tráfico, talvez o maior fator de desagregação social e violência extrema nas grandes cidades.

Há drogas mais ou menos nocivas, mas nenhuma deixa de fazer mal. À luz das experiências ruinosas da guerra ao tráfico, tendo a pensar que a descriminalização de todas elas e a legalização do uso regulado da maconha apontaria para uma maneira menos hipócrita, mais humana e a médio prazo mais eficaz de lidar com o problema.

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  • Usuário Growroom

Concordo com o Percoff ai em cima ,

A imprensa não é livre , e muitas vezes nem quer ser , não luta por isto, se acomoda com o rabo preso em cima do seu emprego e o status que vem junto deste. Por enquanto estamos na mesma , no fim só se fode o pobre. Falar da legalização/descriminalização da ibope , mas o fazem sempre em cima do muro, sinceramente não fico empolgado com estas reportagens no fantástico e folha , é apenas uma pauta , uma matéria. Não vejo previsão de mudança no setor legislativo, que é o que realmente interessa pois, quanto a opnião pública pouco importa , podendo fumar e plantar sem ir em cana , isto é o que importa e estamos muuuuuito distante disto.

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  • Usuário Growroom

À luz das experiências ruinosas da guerra ao tráfico, tendo a pensar que a descriminalização de todas elas e a legalização do uso regulado da maconha apontaria para uma maneira menos hipócrita, mais humana e a médio prazo mais eficaz de lidar com o problema.

O problema é que no Brasil, históricamente, nada é planejado no médio e no longo prazo. É só ver o problema que temos na saúde, na previdência, na educação, no transporte público, enfim, em todos os serviços prestados pelo governo. Há um colapso em tudo isso justamente por não haver esse tipo de planejamento (que não reverte em votos, o que interessa aos nossos políticos são apenas ações no curto prazo para ganhar votos)

Estive num curso esta semana que o palestrante disse algo que me fez refletir bastante: Para um país ser desenvolver e ser estável, ele precisa investir em pesquisas, pois a pesquisa fornece informações e conhecimentos que colocados em praticas, retornam positivamente no âmbito cultural e financeiro para o país de forma mais permanente.

Países da Europa que sofreram com a II Guerra, o Japão, os Tigres Asiáticos, EUA, Canadá, enfim os países desenvolvidos investiram em pesquisas em momentos cruciais. O Brasil hoje vive este momento, entretanto, nossos governantes não estão preocupados em pesquisas científicas e aí a "estabilidade" e o "crescimento" que temos hoje no Brasil não vai dar em nada daqui 20 a 30 anos....continuaremos a ser um paíse subdesenvolvido a mercê das decisões internacionais.

Isso é o que me preocupa. Se essa decisão for para pauta de votação, por medo de perder votos, o governo não fugir....Acho que o nosso movimento precisa ganhar ainda mais força e adeptos, além de concientizar ainda mais a sociedade, pois ela ainda é muito conservadora (não podemos nos empolgar pela pesquisa do fantástico) para q na hora que o governo for trucado, ele não corra! Ou seja, ele se ver obrigado a votar a favor, pq aí sim, se ele votar contra ele perderá votos.

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