Ir para conteúdo

Dossiê Laranjeiras


Recommended Posts

Um outro ponto que ele diz e que devemos rebater é essa de que a maconha esta descriminalizada desde 2006.

Ele sempre repete isso e isso não é verdade

A Maconha ainda é criminalizada sim.

Ainda é motivo para corrupção policial

E ainda prendem muitos jovens, pobres e de cor em comunidades carentes principalmente

A questao do surto psicotico tb pode ser argumentada se compararmos com a diabetes.

Qtos porcento das pessoas que comem açucar tem diabetes?

Deveriamos entao assim como a maconha proibir o açucar para evitar que o açucar fizesse mal a mais pessoas?

Outro argumento sobre o tema dos surtos psicoticos se deve ao fato das pessoas não saberem o que estão fumando justamente devido a ilegalidade da venda.

Num mercado regulamentado seria mais facil saberem qtos % de THC ou de CBD teria naquela erva.

Uma maconha mais forte em THC pode causar surtos psicoticos em quem tem essa tendencia.

Se a pessoa que tem esse tipo de tendencia pudesse escolher por uma mais forte em CBD nao teria esse problema

No entandto com um mercado sem regras isso não é possivel

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

:segredinho: tem que fazer tipo um "documentário verdade".

mandar duas famílias com "filhos viciados" uma com dinheiro para pagar o tratamento e a outra sem condições nenhuma.

filmar tudo: http://cgi.ebay.com/4GB-Mini-Spy-Button-Camera-Video-Hidden-DVR-Cam-sc81-4-/270757816743?pt=LH_DefaultDomain_0&hash=item3f0a6c69a7

já que é um grande defensor dos usuários e das vitimas, vamos ver se quem é duro tem acesso ao tratamento do senhor laranjeira. :cadeirada::smokeabowl:

ele quer é esse terror barato para ganhar o seu nas costas das vitimas da falência pública do serviço de saúde do estado.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Olhem o lobby que o laranjeiras fará na câmara federal, para espalhar suas clínicas. As partes em vermelho mostram a sua intenção:

Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack realiza audiência pública na Câmara Federal

A Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, presidida pelo deputado federal Fábio Faria (PMN) no Congresso Nacional, promoverá uma audiência pública para debater o tema. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou presença no evento, que será realizado no dia 6 de julho, a partir das 15h, no Plenário 1 do Anexo 2 da Câmara Federal.

Segundo Fábio Faria, que também é um dos relatores da Comissão Especial de Enfrentamento às Drogas, a presença do titular da pasta de Saúde no debate é importante para apresentar os planos do governo federal e a parceria com o Poder Legislativo no combate ao crack. “O ministro Padilha faz questão de participar desse debate e está empenhado na implantação de políticas públicas eficazes para frear o crescimento do uso de drogas, principalmente do crack no Brasil”, ressalta o parlamentar.

Também estão sendo convidados para a audiência pública o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras, PhD em Dependência Química pela Universidade de Londres e atualmente diretor do INPAD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas; a Delegacia de Narcóticos de São Paulo (DENARC); e o diretor da Fazenda Esperança de Guaratinguetá (SP), primeira cidade do país a receber a instituição, que é referência no tratamento e recuperação de ex-usuários de drogas.

“O debate com esses especialistas pode ajudar a esclarecer os parlamentares que fazem parte da Frente e da Comissão de Combate às Drogas, no intuito de embasar novas ideias de projetos que promovam o acolhimento e tratamento de dependentes, a prevenção ao uso de entorpecentes e a repressão ao tráfico no país”, conclui Fábio Faria, ao lembrar o objetivo da audiência pública.

Aqui, um audio em que ele se diz à favor da internação compulsória

Fonte: aqui

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Oi Free, o próprio Laranjeira em sua última aparição no Fantástico reclamou que o SUS não financia suas clínicas. Ele não só vai negar a internação do pobre, como ainda vai botar a culpa no governo. Todos nós sabemos que além de proibicionista este cara se alinha com a oposição, toda chance de criticar o governo pra ele é bem vinda.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Eu nao tenho muito pra adicionar ainda pois ainda nao pesquisei mas ja to comecando a reunir algumas ideias aqui...

Ironia ou burrice?

Uma pessoa que controla uma clinica de viciados (segundo ele), a meu ver deveria ter uma integridade fisica e mental absoluta, e o que vimos recentemente tem me levado a refletir muito sobre o assunto (Uma pessoa assim tao estável e séria, teria mesmo gritado com uma pessoa da plateia que estava fazendo MACAQUISSE?) racista, burro e arrogante!

Com certeza aquela frase dele vai pesar em discursos futuros! Inclusive agente pode ate levar na marcha do dia 2 algumas citacoes dele pra ajudar os seus negocios, to pensando em ate fazer uns cartazes para a marcha!

Quais sao os dois grupos de pessoas que nao querem a legalizacao da maconha??

1. Traficantes

2. Laranjeiras

Ambos so tem a lucrar com esse tipo de proibicao, uns mais ainda que os outros, pois a politica de drogas atual so leva a maior consumo de drogas, consequentemente maior quantidade de viciados, assim... maior numeros de pacientes e por fim quem lucra ate mais que os traficantes? Laranjeiras!

(O cara nao corre risco de tomar tiro por estar contribuindo com os crimes, recebe ABSURDOS $$ por um viciado em (MACONHA!! ISSO MESMO MACONHA))

Todo mundo ja ta cansado de saber que maconha eh muito menos prejudicial que o tabaco e o alcool (maconha cultivada e nao a comprada em favela) e mesmo assim o

Sr. Laranjeiras que tao defende o bem estar da populacao nao ta nem ai pra esses dois, pois sabe que nao pode fazer nada contra esse tipo de industria, e tambem nao seria inteligente da parte dele ficar contra tais pessoas...

O numero de mortes causados por alcool e tabaco todo mundo sabe o quao alto eh...

Mas e o numero de mortes por maconha? alguem ja ouviu falar? (LEMBRANDO NOVAMENTE QUE NAO TO FALANDO MACONHA DE TRAFICANTE) e mesmo assim.. alguem saberia me dizer quantas pessoas ja morreram por usar maconha?!!??!!

O que mais fico puto nao eh o cara fumar maconha, fumar cigarro ou beber cerveja.... O que me deixa PUTO eh por a vida de outras pessoas em risco...

Toda vez q fumo um beck, evito certo tipo de atividade, por exemplo, nao fumo antes de ir pra facul, nao fumo dirigindo, nao fumo quando preciso fazer nada que possa exigir o maximo de mim, nao coloco a vida de ninguem em risco, nao desrespeito sequer alguem com meu cigarrinho de maconha, fecho com janelas e portas fechadas e ar condicionado ligado pra nao sair cheiro pros vizinhos, nao fumo quando pessoas que nao gostam estao por perto, nao fumo nem sequer com pessoas que nao gostam da fumaca por perto!!

OU SEJA, minha politica de drogas, a unica pessoa que sai prejudicada SOU EU. NINGUEM MAIS.

Agora me fala de uma desgraca de alcool, cujo filho da puta bebe, sai de carro desgovernadamente pela noite, causa acidentes, mata inocentes e na maioria das vezes so vai na delegacia apresenta la alguns documentos as vezes fica preso, as vezes nao... voce sabe que a pena criminal no brazil eh determinada pela quantidade de melanina na pele e nao pelo crime em si....

Acho que por hora o que tenho de dizer eh soh isso!

PAz pra galera de Jah! _\|/_

**edit**

Pensando aqui agora encontrei talvez uma boa abordagem do assunto...

Agente poderia fazer um estudo laboratorial de maconha comprada em (boca de fumo) e a maconha cultivada em casa...

(o exame revelaria as substancias *CAMUFLADAS* na maconha do trafico sendo assim confirmando que o problema da maconha, nao eh a maconha em si, e sim o processo que ela leva ate chegar ao usuario)

E comparando com os danos que seriam causados pela maconha caseira seriam devastadores as diferencas...

Talvez esses surtos psicoticos estejam relacionados a maconha das favelas, aquela que fica misturada com crack e cocaina jogada no chao, cheia de mofo e bacterias, inclusive substancias como formol ou amona que ajudam a conservar a Merdconha por mais tempo)

Chegando ao fim dessas conclusoes nao teria como proibir o cultivo caseiro, pois ninguem deixa de usar soh porque eh probido, mas a probicao leva a pessoa a temer o cultivo de sua propria substancia e vai pro morro comprar...

Pois quem eh preso comprando, portando, utilizando, soh assina um termo circunstanciado e eh liberado... ja quem eh preso plantando ta FUDIDO!!!

(ironia por parte, pois se vc usa a droga voce nao vai preso, se voce compra a droga voce nao vai preso, se voce porta a droga, voce TAMBEM nao vai preso, ou seja, voce pode fazer o que quiser, usar, comprar, financiar o trafico, transportar, fazer o que quiser que nao vai preso) porem se tiver uma plantinha dentro de sua casa que nao afeta o mundo exterior de forma alguma.... CADEIAAAA!!!!!!!!!!!!

Isso nos leva a lembrar da frase PRINCIPAL q eu ja li aqui no growroom, que nao eh tecnica de plantar, nem de colher, nem de engordar buds, e sim a mais pura verdade...

(Voce sabia que o cultivo caseiro combate o crime organizado?)

Eh por isso que sempre lutaremos pela liberdade do SATIVALOVER!!!!!!!!!!!!!!!

**Edit2**

No Brasil pode quase tudo, so nao pode o que deveria poder!

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Sempre pensei no seguinte argumento que pode ser usado como "encerramento" em debates:

As drogas sempre existiram, continuam existindo e sempre existirão. "Um mundo sem drogas" é uma utopia inalcançável.

Porque as sociedades preferem abrir mão do controle dessas substâncias em favor de uma guerra que não surte efeito?

Algo nessa linha ai...é apenas mais uma sugestão!

Keep growin'

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

urubuz parceiro, nao adianta cara esse drzinho ai ganha $$$ com a proibiçao

saca so uma seçao do site dele..

""Você sabe como as drogas e o álcool estão afetando os seus negócios?

Protegendo os seus negócios, melhorando produtividade e segurança, qualidade de vida para funcionários e seus familiares

No Brasil estima-se que:

- 10 a 15% dos funcionários de uma empresa sejam dependentes ou façam uso abusivo de algum tipo de droga

- 26 dias de faltas injustificadas ao ano estejam relacionadas ao uso indevido de substâncias (quase três vezes mais que um funcionário não afetado pelo uso de drogas)

- O risco de acidentes de trabalho seja 5 vezes mais alto (15 a 30% de todos os acidentes de trabalho estão diretamente relacionados ao uso de álcool e drogas)

- Haja uma perda de 1/3 da produtividade no trabalho

O USO INDEVIDO DE DROGAS E O AMBIENTE DE TRABALHO

O aumento do consumo e a disponibilidade do álcool e das drogas ilegais podem levar a um uso experimental, recreacional ou à dependência. É uma situação que pode afetar as habilidades de um indivíduo executar seu trabalho eficientemente. Mesmo que substâncias tenham sido usadas somente durante o fim-de-semana, seus efeitos podem durar bem mais e interferir em uma jornada semanal de trabalho.

No ambiente competitivo em que vivemos, é vital que empregadores atraiam, retenham e desenvolvam uma força de trabalho, educada, eficiente e saudável.

Uma das maneiras de fazer com que isso aconteça é a instalação de uma robusta e abrangente política de álcool e drogas para a sua empresa.

Uma política que claramente estabelece as regras e procedimentos para lidar com o uso de substâncias e que oferece informação e apoio aos seus funcionários e familiares que precisem de ajuda.

UMA POLÍTICA DE ÁLCOOL E DROGAS TRAZ MUITOS BENEFÍCIOS PARA A SUA EMPRESA. ENTRE ELES:

- Ajuda a cumprir com as obrigações legais de cuidar e proteger a saúde, a segurança e o bem estar de seus funcionários

- Propicia um ambiente de trabalho mais produtivo

- Reduz os riscos de acidentes

- Reduz os custos com absenteísmo e licenças médicas

- Ajuda a melhorar a conscientização entre seus funcionários sobre o uso indevido de substâncias psicoativas, encorajando-os a viver uma vida mais saudável e produtiva

- Desenvolve um serviço que protege tanto os seus negócios como os seus empregados.

IDENTIFICANDO ALGUNS DOS SINAIS DE USO INDEVIDO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

- Redução da performance e da produtividade

- Atrasos constantes e dificuldade de cumprimento de horários

- Aumento do índice de faltas e licenças médicas

- Deterioração das relações de trabalho entre colegas e chefia

- Perda de concentração e de memória recente

- Mudanças de humor e personalidade

- Depressão e ansiedade

- Irritabilidade ou agressão

- Alterações da fala

- Problemas financeiros

- Deterioração da higiene pessoal

- Desonestidade para sustentar e manter a dependência.

O QUE O ALAMEDAS PODE FAZER PARA A SUA EMPRESA:

Os profissionais do Núcleo de Empresas do Alamedas podem visitar a sua organização e oferecer treinamentos de conscientização e prevenção sobre álcool, tabaco e outras drogas para os seus funcionários e chefias. Eles podem também:

- Oferecer informações embasadas em evidências científicas e dentro de preceitos éticos

- Facilitar a implementação de uma efetiva e robusta política interna de álcool e drogas

- Oferecer treinamento sobre todas as questões de prevenção, orientação, encaminhamento e opções de tratamento para seus funcionários e familiares

- Oferecer treinamento qualificado para funcionários de RH, de saúde e chefias

- Ressaltar os problemas associados ao uso indevido de álcool, tabaco e outras drogas como uma questão de saúde e ajudar a desenvolver campanhas de prevenção e promoção de saúde

- Promover a redução do uso indevido de substâncias como uma questão de responsabilidade social e corporativa da empresa

- Oferecer um trabalho de consultoria com avaliação e monitoramento de serviços prestados nesta área.

COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA:

Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira

PHD em Dependência Química pela Universidade de Londres.

ProfessorTitular do Depto de Psiquiatria da UNIFESP/EPM.

CONSULTOR RESPONSÁVEL:

Dr. Sérgio M. Duailibi - duailibi@clinicalamedas.com.br

Coordenador do Núcleo de Empresas – UNIAD/INPAD, Médico do Trabalho, Especialista em Dependência Química, Pesquisador e Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (SP), UNIFESP/EPM. Pesquisador em Políticas Públicas relacionadas ao álcool e outras drogas e intervenções comunitárias preventivas. ""

o pior é que tem que de ouvidos...

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Excelente iniciativa. Eu resumiria minha argumentação contra a Laranjada azeda assim:

Existe um conjunto de características prodrômica bem definidas na psicose. Características prodrômicas são sintomas que ocorrem numa doença antes que se apareça do sintoma que define o diagnóstico. Explicando, o primeiro surto é o evento que define a psicose, e a maioria dos primeiros surtos ocorrem em pessoas que já apresentavam problemas com ansiedade. Inclusive, existe uma co-morbidade bem definida entre o primeiro surto e crises de ansiedade, que desencadeiam o surto. Pessoas com psicose mesmo antes de serem diagnosticadas tem uma tendência maior que pessoas normais a usarem maconha justamente porque maconha alivia sintomas de ansiedade. Assim, mesmo antes de ter o primeiro surto, jovens que sofrem de ansiedade aliviam seus sintomas usando maconha, e passam a usar regularmente porque isso lhes confere um ganho de bem -estar. Então existe uma explicação para que, dentre os jovens que experimentam maconha na adolescência, 10% sejam psicóticos em fase prodrômica. Isso dissolve a insinuação de casualidade, que alias, foi aventada pela Monica Waltvogel, no programa com o Fernando e o Laranja. Para a constatação de que surtos ocorrem cerca de 2 a 3 anos mais cedo dentre esses jovens, existem duas explicações não excludentes: uma é a de que jovens que sofre mais com ansiedade na fase prodrômica, tendem a ter surtos mais cedo. A outra é que a maconha , de fato, eventualmente conduza um jovem em fase prodrômica a um estado paranoide que desencadeia um surto.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Fala ae Tutorial Pot! Firmeza!

Então cara, sua iniciativa é nota 10!!! E proponho a dar minha contribuição, mas infelizmente estou extremamente ocupado com trabalhos da facu.

Mas, em favor da causa, vou redobrar os esforços, até porque o movimento precisa de mim tanto quanto eu preciso dele. Por isso não posso ficar aqui, de braços cruzados vendo a banda passar.

Assim minha sugestão é encontrar de maneira lógica as falácias argumentativas dos discursos dele, mesmo que isso signifique recorrer a operadores lógicos-matemáticos. Sintetizando os principais discursos que ele arrota por aí, podemos prever suas pataquadas e minar nas bases suas falácias.

Podemos começar questionando quais os princípios que ele professa. Isso mesmo: professa, e não defende, até pq o que ele defende é a grana, mas o que ele professa, é o bem-estar e a saúde pública. Se então é a saúde pública, há algo ulterior a esta: a vida. Daí que cito (com minhas palavras) Nietzsche: "a vida não é um valor, mas um critério de valor". Ou seja, a vida está acima dos valores (do bem e do mal), sendo ela, um guia para eles. Como posso defender a vida, tolhendo-a, encarceirando ou negligenciando as condições que ela existe?

Um outro ponto é bem mais complicado, e é de cunho filosófico muito profundo. O que é a conscinência? Ou o que é a mente? Quais sues estados e sua natureza?

Isso é complicado porque atualmente nos debates de filosofia da mente, podemos tomar basicamente (mas não as únicas) duas posições: monismo e dualismo. Em poucas palavras, a discussão gira em torno da existência ou não de uma mente distinta do corpo também conhecido como alma no meio religioso.

Bem, o que isto tem a ver com o Laranjadas? Tudo não diretamente contra ele, mas sim nos seus simpatizantes: a ala da velha e gagá política da religião. A presunção de bons costumes, família, moral, ordem e etc., tem na maior parte de suas bases raízes metafísicas, pautadas em crenças próprias e forçosamente universais. Esquecem porém, que os bons costumes não são algo além da capacidade humana, mas construído nas relações experienciadas ao longo da vida. Assim, como ele defende valores morais, quais seriam suas raízes, tendências e simpatizantes? Creio que poderei falar um pouco mais sobre isso em outra oportunidade.

Por fim, para não ficar um post extenso, voltemos à logica ou as falácias dos universais. Em lógica podemos dizer que A <--> B (A se, e somente se, B ). Na linguagem natural: (usuário da) Maconha se, e somente se, marginal. Ou ainda: Desastres se, e somente se, Maconha. É a lógica do medo. Toma um como idêntico ao outro misturando realidade com fantasia.

Gostaria de escrever mais, mas acho que por ora basta. Só quis expressar meu pensamento; se foi claro e compreensível, então o recado tá dado. E se eu for útil, pode contar comigo.

Vou continuar as pesquisas e os dados que a galera vai trazendo. Vamo junto destruir este raciocínio falacioso.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Muito bom o topico, poderiamos criar um para cada entidade ou figura proeminente do lado proibicionista...essa é uma merda que quanto mais mexermos mais vai feder...

Tem um outro ponto importante que podemos abordar, só precisamos encontrar a melhor forma de fazer...

Não sou a favor da politização do debate (todo mundo aqui sabe que eu sou bolchevique né? Hehehehe), creio que uma das forças de nosso movimento esta no apartidarismo (existe esse termo?)....mããããssss...

...um dos pontos mais tocados pelo Dr. Laranjeira é o da cracolândia da Luz, ele sabe que a palavra crack inspira terror na população então sempre tenta associa-la com a maconha. Acontece que a cracolândia é um tremendo telhado de vidro para o dignissimo em pauta. Com inteligencia podemos armar uma arapuca retórica num debate.

Alguem aí se lembra quem era o "especialista em drogas" na campanha do José Serra a presidencia? Ele mesmo, Ronaldo Laranjeiras. Alguem aí sabe quem botou o Gilberto Kassab na prefeitura de SP? Sim, José Serra. Alguem aí sabe quem é o responsável pela politica que culminou na atual configuração da cracolândia da Luz? Ele mesmo, Gilberto Kassab. Alguem vê onde pretendo chegar?

Porque a Cracolândia da Luz é essa terra sem lei onde uma multidão de viciados consome crack em plena luz (perdoem o trocadilho) do dia? A cracolândia existe há muitos anos mas o fenomeno que se apresenta hoje é sem precedentes. A origem desse fenomeno tem tudo a ver com o projeto Nova Luz e a politica higienista, tão debatida e denunciada, implementada pelo grupo politico do prefeito Kassab. A ideia desse grupo é simples (e simplista) focar os esforços governamentais na repressão a venda e consumo de drogas, lacrar estabelecimentos onde existe consumo, derrubar edificios "degradados", expulsar a população de rua dos pontos turisticos do centro e das vias mais importantes e utilizadas pela população em geral, dificultar o trabalho de associaçoes e ONGs desalinhadas as condutas e ideologia de tal grupo politico e facilitar as alinhadas. Até onde isso tudo é falta de visão e desconeção com a realidade e até onde isso se ancora na pura logica financeira de botar dinheiro em caixa (2 hehehehe) é dificil saber, o mais provavel é uma mistura de ambas as coisas...

Não vou entrar no merito de pq essa politica foi falha e nem qual seria o melhor caminho para não alongar demais esse post. Mas em outro post posso citar diversos exemplos concretos, reais e inclusive presenciados por esse verme espacial que vos fala...

Mas qual é a arma retorica? Simples, quando o Laranjeiras citar a cracolandia no debate vamos demonstrar como a cracolándia em sí foi "criada", da forma como existe hoje, pela politica sobre drogas do grupo que apoia e se vangloria de possuir o Dr. Laranjeira entre seus quadros tecnicos! Gente eu já postei aqui no growroom uma materia do proprio site de campanha do José Serra onde se fala da grana que o Estado (ou a prefeitura) de SP coloca nas mãos do Laranjeiras, preciso desenterrar esse post, o fato é que ele tem a chance de ficar milionario com a possibilidade de internação compulsória, e óbvio, a internação compulsória nem sequer é paliativo pra resolver o problema...o Estado não tem estrutura para internar todos os dependentes quimicos de SP. Criar essa estrutura acarretaria verbas de milhoes e milhoes de reais. Eh nisso que essa gente está de olho...a matematica é simples, mais repressão=maior valorização do preço da droga=mais lucro nas operaçoes do trafico=maior estruturação do trafico=mais dependentes quimicos=mais internações compulsorias=mais dindin.

"Is not personal Sonny...its strictly bussiness"

O que não sei é como fazer isso sem politizar o debate. Mas me parece importante não só tirar o Laranjeiras da zona de conforto de "especialista que conhece a realidade das ruas" e mostrar o interesse $$$ por tras de sua retorica falsa como arrebentar com a credibilidade dele. Temos que ir na jugular!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

A verdade é que o Dr Laranjola é um caga regra!

Se Ele não quer beber, não quer fumar, só foder pra procriar, é problema dele!

O que ele não pode exigir que terceiros tenham tal conduta!

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Growroom Premium

Gostei da idéia do powerpoint.

não só para os debates, mas para gente divulgar por e-mail.

recebo tanto powerpoint imbecil com aquelas musiquinhas ridículas...

acho que pode fazer parte do nosso ativismo massificar essas informações.

não entendo de powerpoint, mas como fazer para os dados de quem fez ficarem anônimos? tem o lance de clicar com o botão direito do mouse em propriedades e vem um monte de informação de quem fez, modelo da camera das fotos, licença do windows etc.

lances como o do Diabetes são bons exemplos, dentre várias idéias que surgiram aqui

VQV.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Tutorial Parabéns pela iniciativa!

Pelo que eu sei, na Unifesp existe o Laranja e tb o Dr. Elisaldo Carlini q tb é psiquiatra e é do nosso lado, um dos especialistas mais entendidos de cannabis e dependencia do país...

O laranja é genérico( junta a cannabis, coca e crack no mesmo balaio), mas o Dr Elisando é especialista em maconha.

Com certeza uma figura deste porte não pode ser ignorada na confecção do Dossie Laranjeiras.

O email dele é:

carlini@psicobio.epm.br

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Opa sativ. Dei uma estudada no Dr. Elisaldo Carlini. Parece que ele é um cara mais sério. Em todo caso n˜åo está tão engajado na nossa causa. Ele é contra a legalização e favorável a descriminar. Antes de mandar um e-mail vou tatear a melhor maneira de abordar ele.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Artigo interessante, que fala do laranjola:

A tutela do corpo

23 de Junho de 2011 às 18:04

Claudio Julio Tognolli

Uma das maiores lutas de toda a humanidade tem sido aquele estado de bem-aventurança, do qual somos todos postulantes, que é ter o corpo como templo inalienável de cada um – e, igualmente, ter no Estado o maior inimigo do livre-arbítrio. Não é para menos que o Congresso norte-americano tem como o livro mais importante da humanidade, aprés-Bíblia,o incensado “Atlas Shrugged”, de Ayn Rand -- traduzido para o português, às expensas do Instituto Millenium ,como “A revolta de Atlas”. Na obra, veja você, todo aquele que faz fortuna, pela livre iniciativa, terça batalhas com sindicalistas enlouquecidos --que, sem opções outras, fazem com que as pessoas bem-sucedidas economicamente sejam seqüestradas da narrativa do livro. O Estado -Leviatã, de Hobbes, é o inimigo. Sempre. Amém.

Pouco antes de morrer, o co-orientador de mestrado deste repórter, Timothy Leary, acendeu, em 1996, propositadamente, um cigarro no aeroporto de Austin, Texas: foi preso prontamente. Era mais um protesto de Leary (para quem, de resto, John Lennon compôs “Come Together”) contra a tutela do Estado sobre o corpo de cada um.

Mas (faute-de-mieux), volta-e-meia, (ainda bem), os oxímoros da democracia nos trazem pensadores que,supomos, vieram direto da Idade Média. Gente que dispõe de computador ligado a satélite: mas pensa em termos pré-modernos. Gente que postula a tutela do corpo pelo aparelho estatal em plena revolução do DNA. É aquilo que Ernest Bloch chamava de Gleichzeitigkeit der ungleichzeitigkeit, ou “contemporaneidade do não-coetâneo: Conan o bárbaro, veja você, pode estar morando a teu lado. E fazendo uso de um I-Pad 2 para retransmitir hieróglifos. Ou armagedônicos sinais de “Uga Uga!!!”.

Veja você também que, nesse espírito de melánge cultural, um fantasma ronda a brasilidade. E que vai contra todo o conceito de modernidade, e de livre-arbítrio, como os conhecemos: trata-se de um retrospectivo vocacional, que atende pelo nome de Ronaldo Laranjeira. É um psiquiatra ligado à Uniad (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas), da Unifesp. OK, dirão, Laranjeira fala o que quer, pensa o que quer ,etc, porque, afinal, somos todos postulantes do mesmo estado de bem-aventurança, que é o livre- arbítrio.

Mas, no seu entra-e-sai argumentativo, Ronaldo Laranjeira representa aquele Brasil eternamente agrário e vetusto, que nos anos 20, do século XX, Oliveira Vianna via “embranquecer-se”. Vejamos: Laranjeira publicou na Folha de S.Paulo, no ano passado, dois artigos (“Maconha, o dom de iludir”, a 22 de julho, e “Lobby da maconha” a 20 de agosto), em que se punha contra a legalização da substância --e, sobretudo, à liberação de seu uso para fins medicinais. As distorções nos artigos de Laranjeira foram apontadas em artigos posteriores de outros estudiosos, como Rafael Guimarães dos Santos (doutorando pela Universidade de Barcelona), João Menezes (UFRJ), Cidarta Ribeiro (UFRN), Stevens Rehen (UFRJ) e Juliana Pimenta (Secretaria da Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro). Os cientistas rebateram, também na mídia, os pontos da posição de Laranjeira, apontando-lhe “inconsistência”. A saber, respectivamente: “Falta ciência na discussão sobre a maconha” (22/9), “Lobby da proibição” (7/9) e “Ciência e fraude no debate da maconha” (30/7).

Tais articulistas referiam que Laranjeira supostamente divulga imprecisões científicas e distorceria, propositadamente, conclusões de estudos, com (sic) o objetivo de associar a maconha à depressão e insuficiência respiratória.

Ultimamente, Laranjeira vem atacando o ex-presidente FHC ,em sua luta pela descriminalização da maconha, o STF, em sua decisão de liberar a marcha da maconha e, sobretudo, o filósofo gaúcho Denis Lerrer Rosenfield –de resto, o maior vocalizador, no Brasil, da idéia de que o Estado-Leviatã não pode intervir, jamais, na vida privada dos cidadãos.

Há quase dois meses, as Páginas Amarelas, da revista Veja, entrevistaram Rosenfield -- justamente pela sua intimorata e contínua disposição em atacar um Estado medieval ( típico de Dom João Charuto), que poda o indivíduo de escolher o que consumir, o que fumar, o que beber. “A tentativa de proibir a publicidade de cigarro, de bebida e de alimentos parece inofensiva, mas sem publicidade a imprensa se torna dependente do Governo, o que compromete a liberdade de expressão”, notou Roselfield à Veja.

Ultimamente, Laranjeira tem atacado, como um Torquemada ensandecido e reencarnado, a necessidade que cada ser humano tem de consumir o álcool que lhe der na veneta. “O que está acontecendo é um seqüestro dos símbolos nacionais para vender cerveja”, afirmou Laranjeira. Vale lembrar que, já em 1995, Laranjeira participava da campanha da Prefeitura de São Paulo, contra o fumo, na gestão de Paulo Maluf. É o profeta da tutela.

Tentando obter espaço com colunistas, digamos, mais ao centro, Laranjeira escreveu a Reinaldo Azevedo, de Veja, referindo que “um grupo significativo de pessoas, como FHC, Globo, jornalistas, parte do Judiciário e o lobby da maconha vão querer fazer história”. Ou seja: eu, você, o diabo, queremos fazer história às expensas da defesa da liberdade individual. Ainda bem.

Parabéns ao doutor Laranjeira, que conseguiu seu título num país em que 50 milhões de pessoas mal conseguem, como diz o vulgo, fazer uma letra “o” com a ajuda de um copo. Mas o que o doutor Laranjeira vindica, contemporaneamente falando, é pré-coerente: a a tutela do Estado sobre o corpo, sobre a mente e sobre a vontade de cada um de rimar “lé” com “cré”.

Em seu “Totem e Tabu”, Sigmund Freud deixa claro que a palavra “taboo” (que em polinésio significa “aquilo que não pode ser tocado”) dispõe de correlatos em vários idiomas e culturas: “kadesh”, em hebraico, “ayos”, em grego, e “sacer”, em latim (de onde deriva o nosso vocábulo “sacerdócio”). Este repórter teve o privilégio de obter de Timothy Leary, em sua casa, em Beverly Hills, Los Angeles, a sua última entrevista, no leito de morte. Leary falava que a humanidade (como nos ciclos do napolitano Giambattista Vico, ou no “eterno retorno”, de Nietzsche, ou no “retorno do recalcado”, de Freud), sempre irá re-vivenciar três tabus: o do sexo, o da religião e o das drogas. Doutor Laranjeira trabalha em prol da manutenção de tabus que precisam, por força de época, e ao contrário do que ele pensa, tornarem-se acessíveis (veja você que, ainda em polinésio, o contrário de “taboo” é “noa”, que significa justamente “acessibilidade”). Todo o que luta pelo “não-acessível” é um profeta do anti-tempo.

Quase a força de fórceps uma sociedade rompe um tabu. Vale lembrar: em 1611, na hoje Alemanha, o governo premiava delatores de quem tomava café. Na Prússia, o senhor Waldeck, um capitão-tenente local, dava dez “tallers” a quem denunciasse um bebedor de café –cujos bens seriam sumariamente confiscados pelo Estado. Nota o estudioso espanhol Antonio Escohotado: na Rússia, durante meio século, beber café foi um crime punido com tortura e mutilação das orelhas. Fumar tabaco causava a excomunhão entre católicos e a amputação de membros, na Turquia e na Pérsia. A erva-mate, copyright gaúcho, era tida e havida como beberagem diabólica no sul da América –e, paradoxalmente, coube a jesuítas mostrarem que as sementes do mate não foram trazidas à América por Satã ele mesmo, mas por São Tomás. Mas as vontades dos corpos libertos de tutelas acabou vencendo.

Senhor Laranjeira: saiba que perdoa-se o pecador: mas jamais o pregador.

Fonte: aqui

  • Like 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Artigo interessante, que fala do laranjola:

A tutela do corpo

23 de Junho de 2011 às 18:04

Claudio Julio Tognolli

Uma das maiores lutas de toda a humanidade tem sido aquele estado de bem-aventurança, do qual somos todos postulantes, que é ter o corpo como templo inalienável de cada um – e, igualmente, ter no Estado o maior inimigo do livre-arbítrio. Não é para menos que o Congresso norte-americano tem como o livro mais importante da humanidade, aprés-Bíblia,o incensado “Atlas Shrugged”, de Ayn Rand -- traduzido para o português, às expensas do Instituto Millenium ,como “A revolta de Atlas”. Na obra, veja você, todo aquele que faz fortuna, pela livre iniciativa, terça batalhas com sindicalistas enlouquecidos --que, sem opções outras, fazem com que as pessoas bem-sucedidas economicamente sejam seqüestradas da narrativa do livro. O Estado -Leviatã, de Hobbes, é o inimigo. Sempre. Amém.

Pouco antes de morrer, o co-orientador de mestrado deste repórter, Timothy Leary, acendeu, em 1996, propositadamente, um cigarro no aeroporto de Austin, Texas: foi preso prontamente. Era mais um protesto de Leary (para quem, de resto, John Lennon compôs “Come Together”) contra a tutela do Estado sobre o corpo de cada um.

Mas (faute-de-mieux), volta-e-meia, (ainda bem), os oxímoros da democracia nos trazem pensadores que,supomos, vieram direto da Idade Média. Gente que dispõe de computador ligado a satélite: mas pensa em termos pré-modernos. Gente que postula a tutela do corpo pelo aparelho estatal em plena revolução do DNA. É aquilo que Ernest Bloch chamava de Gleichzeitigkeit der ungleichzeitigkeit, ou “contemporaneidade do não-coetâneo: Conan o bárbaro, veja você, pode estar morando a teu lado. E fazendo uso de um I-Pad 2 para retransmitir hieróglifos. Ou armagedônicos sinais de “Uga Uga!!!”.

Veja você também que, nesse espírito de melánge cultural, um fantasma ronda a brasilidade. E que vai contra todo o conceito de modernidade, e de livre-arbítrio, como os conhecemos: trata-se de um retrospectivo vocacional, que atende pelo nome de Ronaldo Laranjeira. É um psiquiatra ligado à Uniad (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas), da Unifesp. OK, dirão, Laranjeira fala o que quer, pensa o que quer ,etc, porque, afinal, somos todos postulantes do mesmo estado de bem-aventurança, que é o livre- arbítrio.

Mas, no seu entra-e-sai argumentativo, Ronaldo Laranjeira representa aquele Brasil eternamente agrário e vetusto, que nos anos 20, do século XX, Oliveira Vianna via “embranquecer-se”. Vejamos: Laranjeira publicou na Folha de S.Paulo, no ano passado, dois artigos (“Maconha, o dom de iludir”, a 22 de julho, e “Lobby da maconha” a 20 de agosto), em que se punha contra a legalização da substância --e, sobretudo, à liberação de seu uso para fins medicinais. As distorções nos artigos de Laranjeira foram apontadas em artigos posteriores de outros estudiosos, como Rafael Guimarães dos Santos (doutorando pela Universidade de Barcelona), João Menezes (UFRJ), Cidarta Ribeiro (UFRN), Stevens Rehen (UFRJ) e Juliana Pimenta (Secretaria da Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro). Os cientistas rebateram, também na mídia, os pontos da posição de Laranjeira, apontando-lhe “inconsistência”. A saber, respectivamente: “Falta ciência na discussão sobre a maconha” (22/9), “Lobby da proibição” (7/9) e “Ciência e fraude no debate da maconha” (30/7).

Tais articulistas referiam que Laranjeira supostamente divulga imprecisões científicas e distorceria, propositadamente, conclusões de estudos, com (sic) o objetivo de associar a maconha à depressão e insuficiência respiratória.

Ultimamente, Laranjeira vem atacando o ex-presidente FHC ,em sua luta pela descriminalização da maconha, o STF, em sua decisão de liberar a marcha da maconha e, sobretudo, o filósofo gaúcho Denis Lerrer Rosenfield –de resto, o maior vocalizador, no Brasil, da idéia de que o Estado-Leviatã não pode intervir, jamais, na vida privada dos cidadãos.

Há quase dois meses, as Páginas Amarelas, da revista Veja, entrevistaram Rosenfield -- justamente pela sua intimorata e contínua disposição em atacar um Estado medieval ( típico de Dom João Charuto), que poda o indivíduo de escolher o que consumir, o que fumar, o que beber. “A tentativa de proibir a publicidade de cigarro, de bebida e de alimentos parece inofensiva, mas sem publicidade a imprensa se torna dependente do Governo, o que compromete a liberdade de expressão”, notou Roselfield à Veja.

Ultimamente, Laranjeira tem atacado, como um Torquemada ensandecido e reencarnado, a necessidade que cada ser humano tem de consumir o álcool que lhe der na veneta. “O que está acontecendo é um seqüestro dos símbolos nacionais para vender cerveja”, afirmou Laranjeira. Vale lembrar que, já em 1995, Laranjeira participava da campanha da Prefeitura de São Paulo, contra o fumo, na gestão de Paulo Maluf. É o profeta da tutela.

Tentando obter espaço com colunistas, digamos, mais ao centro, Laranjeira escreveu a Reinaldo Azevedo, de Veja, referindo que “um grupo significativo de pessoas, como FHC, Globo, jornalistas, parte do Judiciário e o lobby da maconha vão querer fazer história”. Ou seja: eu, você, o diabo, queremos fazer história às expensas da defesa da liberdade individual. Ainda bem.

Parabéns ao doutor Laranjeira, que conseguiu seu título num país em que 50 milhões de pessoas mal conseguem, como diz o vulgo, fazer uma letra “o” com a ajuda de um copo. Mas o que o doutor Laranjeira vindica, contemporaneamente falando, é pré-coerente: a a tutela do Estado sobre o corpo, sobre a mente e sobre a vontade de cada um de rimar “lé” com “cré”.

Em seu “Totem e Tabu”, Sigmund Freud deixa claro que a palavra “taboo” (que em polinésio significa “aquilo que não pode ser tocado”) dispõe de correlatos em vários idiomas e culturas: “kadesh”, em hebraico, “ayos”, em grego, e “sacer”, em latim (de onde deriva o nosso vocábulo “sacerdócio”). Este repórter teve o privilégio de obter de Timothy Leary, em sua casa, em Beverly Hills, Los Angeles, a sua última entrevista, no leito de morte. Leary falava que a humanidade (como nos ciclos do napolitano Giambattista Vico, ou no “eterno retorno”, de Nietzsche, ou no “retorno do recalcado”, de Freud), sempre irá re-vivenciar três tabus: o do sexo, o da religião e o das drogas. Doutor Laranjeira trabalha em prol da manutenção de tabus que precisam, por força de época, e ao contrário do que ele pensa, tornarem-se acessíveis (veja você que, ainda em polinésio, o contrário de “taboo” é “noa”, que significa justamente “acessibilidade”). Todo o que luta pelo “não-acessível” é um profeta do anti-tempo.

Quase a força de fórceps uma sociedade rompe um tabu. Vale lembrar: em 1611, na hoje Alemanha, o governo premiava delatores de quem tomava café. Na Prússia, o senhor Waldeck, um capitão-tenente local, dava dez “tallers” a quem denunciasse um bebedor de café –cujos bens seriam sumariamente confiscados pelo Estado. Nota o estudioso espanhol Antonio Escohotado: na Rússia, durante meio século, beber café foi um crime punido com tortura e mutilação das orelhas. Fumar tabaco causava a excomunhão entre católicos e a amputação de membros, na Turquia e na Pérsia. A erva-mate, copyright gaúcho, era tida e havida como beberagem diabólica no sul da América –e, paradoxalmente, coube a jesuítas mostrarem que as sementes do mate não foram trazidas à América por Satã ele mesmo, mas por São Tomás. Mas as vontades dos corpos libertos de tutelas acabou vencendo.

Senhor Laranjeira: saiba que perdoa-se o pecador: mas jamais o pregador.

Fonte: aqui

Que belo texto. Esse cara pode nos ajudar.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Ta mais que na hora de descascar essa laranja e mostrar o que ela tem por dentro. :smokeweedab0:

O proprio ja esta se queimando geral sem precisar de "Dossiê". :cadeirada:

Vamo tirar o cargo desse inutil, ignorante e hipocrita, vamos fazer ele se aposentar mais cedo, virar um inutil "registrado"(pq inutil ele já é) e mostrar que nem sempre a laranja é boa pra tosse. :animbong: JAJAIAJAIAIJIAJIAJIJIAJIIAJAAJAJIAJIJIAJIAIIJAJIAI :tongue0011:

peace! :335968164-hippy2:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

tutorial_pot, que belo tutorial sobre como derrubar as mentiras do laranjada!!!!!!!!!

excelente mesmo, muito bem argumentado, e usando eles com calma, facilmente num debate faremos a laranja ficar vermelha de vergonha por suas mentiras!!!!!

falar q cracolandia eh exemplo de legalizaçao, é um insulto a mim, e todos os maconheiros que so usam MACONHA, e desejam maconha de qualidade, com os mais altos niveis de CBD e CBN pra ai sim atingir niveis medicinais, e nao essa maconha prensada e colhida precoce, sem CBD nenhum, cheio de THC, ai sim pode aumentar a tendencia psicotica!! vcs acham que traficante quer deixar amadurecer o fumo?? vai colher tudo verde, "prensa essa porra e manda pra cidade, eu quero é meu dinheiro logo!!!!!!!"

bela contribuiçao irmao!!!!!!!

Um outro ponto que ele diz e que devemos rebater é essa de que a maconha esta descriminalizada desde 2006.

Ele sempre repete isso e isso não é verdade

A Maconha ainda é criminalizada sim.

Ainda é motivo para corrupção policial

E ainda prendem muitos jovens, pobres e de cor em comunidades carentes principalmente

A questao do surto psicotico tb pode ser argumentada se compararmos com a diabetes.

Qtos porcento das pessoas que comem açucar tem diabetes?

Deveriamos entao assim como a maconha proibir o açucar para evitar que o açucar fizesse mal a mais pessoas?

Outro argumento sobre o tema dos surtos psicoticos se deve ao fato das pessoas não saberem o que estão fumando justamente devido a ilegalidade da venda.

Num mercado regulamentado seria mais facil saberem qtos % de THC ou de CBD teria naquela erva.

Uma maconha mais forte em THC pode causar surtos psicoticos em quem tem essa tendencia.

Se a pessoa que tem esse tipo de tendencia pudesse escolher por uma mais forte em CBD nao teria esse problema

No entandto com um mercado sem regras isso não é possivel

orgulho!!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Que texto excelente esse do Cláudio!

Sempre uso esse exemplo do café na Russia, mas é muito dificil arrumar documentos sobre essa proibição!

Acho que esse texto merece um tópico próprio!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Visitante
Responder

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...

×
×
  • Criar Novo...