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Dossiê Laranjeiras


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  • Usuário Growroom

Que texto excelente esse do Cláudio!

Sempre uso esse exemplo do café na Russia, mas é muito dificil arrumar documentos sobre essa proibição!

Acho que esse texto merece um tópico próprio!

Concordo sano. Vamos abrir outro tópico com esse texto.

Estou tentando arrumar o e-mail dele para mandar o dossiê assim que estiver pronto. Quero perguntar se ele se interessa em nos ajudar.

Todos os colunistas favoráveis a nossa causa devem receber material para detonar esse Laranja.

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  • Usuário Growroom

Toda vez que via o Laranjeira falando esse monte de merda sempre ficava pensando da onde ele tirava aqueles dados, quase tudo que ele fala é furada. Fiquei feliz de ler este topico e parabens ao Tutorial_Pot pela iniciativa.

Tem que pegar o próximo debate que este sujeito for e ter alguém na mesa com as verdadeiras informações em mãos para rebater cada um dos argumentos (e sempre os mesmo argumentos furados) dele. Aposto que ele iria perder a linha de vez, contra a verdade não existem argumentos.

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  • Usuário Growroom

Nossa, fico emocionado vendo todo esse engajamento da galera daqui.

Eu realmente tenho esperanças que vamos mudar esse paradigma!

Não lembro quem falou antes, mas achei uma boa essa história do power point. Outra coisa... a gente poderia encontrar alguem de peso, de credibilidade (aquele médico que pede pelo uso da maconha medicinal, ou alguem do lado jurídico, nao sei...), alguem para repasarmos nossos argumentos desse tópico.

Ja imagino um cara desses num debate na tv usando os argumentos que estamos levantando aqui, "descascando" esse laranjeiras?? Ia da pena desse laranjeiras.

Alguem tem alguma sugestão, será que a gente consegue repasar nossas ideias para alguem de peso, alguem que apareca na tv e tal?

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  • Usuário Growroom

Lobby da maconha

É triste que profissionais de renomadas universidades não alcancem a complexidade de um assunto que traz sérias repercussões para a saúde

O lobby da maconha no Brasil é um movimento forte e coeso. Tem uma ideia fixa: a legalização das drogas. Para se manter, usa elementos como uma pretensa respeitabilidade e a estratégia de confundir o debate.

O primeiro tem sido conseguido com a mídia, representantes da cultura, da Justiça e até com alguns profissionais da saúde. O segundo, a confusão, fica por conta de ativistas comprometidos com a causa da legalização, cujo debate tem única dimensão: a legalização como forma mágica de resolver o problema.

Quanto mais confusas as ideias, e aparentemente defendidas por celebridades, mais parece que a maconha seja droga leve; assim, a legalização soa como consequência. Quem mostra uma argumentação mais complexa é suspeito.

A Folha publicou, em 30 de julho, artigo de representantes de importantes instituições de ensino e pesquisa nos atacando pessoalmente ("Ciência e fraude no debate da maconha", "Tendências/Debates"), por publicação anterior sobre o dom de iludir da maconha.

É triste constatar que profissionais de universidades renomadas têm a paixão dos lobistas e não alcançam a complexidade intelectual de um assunto com sérias repercussões para a saúde. Para além da unidimensionalidade do debate proposto pelo lobby, em que vários assuntos se confundem, retoma-se:

1. Maconha faz mal à saúde.

Qualquer revisão científica concorda com os efeitos deletérios do uso crônico da maconha. O livro mais recente, "Cannabis Policy" (2010), começa reconhecendo tais efeitos para depois discutir mudanças na política. Qualquer alteração na política que aumente o consumo de drogas aumenta o dano. O lobby da maconha se recusa a aceitar tais evidências sobre os riscos.

2. O uso terapêutico da maconha não tem comprovação científica, especialmente o uso de sua fumaça. Se recomendado, com mais de 400 componentes tóxicos, negaria a busca da ciência por produtos cada vez mais seguros.

Algum dos componentes da maconha pode ter propriedades medicinais, mas isso está longe de receber aprovações de órgãos como o "Food and Drug Administration" (FDA, agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA). O lobby da maconha quer convencer a população de que a maconha é uma droga segura.

Uma das batalhas emblemáticas desse lobby, que chega ao absurdo de propor que a maconha possa ser usada como tratamento para usuários de crack, exemplo de indigência intelectual, uma desconsideração com a saúde da população.

3. Não precisamos que o governo federal, por meio da Secretaria Nacional sobre Drogas (Senad), crie uma agência para coordenar pesquisas sobre a maconha terapêutica, a "Maconhabras".

Com milhares de usuários de crack nas ruas sem tratamento, gastar o dinheiro público dessa forma é ofender famílias desassistidas, que batem à porta dos serviços públicos sem encontrar apoio. Já existem diversos órgãos de fomento às pesquisas no país.

4. A lei antidrogas vigente praticamente descriminalizou o uso. Por coincidência ou não, o consumo de drogas aumentou, segundo todas as pesquisas. O lobby da maconha não reconhece que temos uma das leis mais liberais do mundo, ainda sem avaliação, e querem maiores facilitações para o consumo?

O debate sobre a maconha é complexo, uma droga que tem o dom de iludir. Lobistas da maconha, mesmo aqueles travestidos de neurocientistas, não entendem essa complexidade. Mostram a certeza dos fiéis de uma seita, voltados à legalização da erva.

A sociedade brasileira os rejeita, pois sabe que estão distantes das diretrizes de uma boa política sobre drogas e da defesa dos interesses do povo brasileiro.

RONALDO RAMOS LARANJEIRA é professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad/CNPQ).

ANA CECILIA PETTA ROSELLI MARQUES, doutora pela Unifesp, é pesquisadora do Inpad/CNPQ.

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Lobby da proibição

JOÃO R. L. MENEZES, SIDARTA RIBEIRO, STEVENS K. REHEN e JULIANA PIMENTA

Organizações realmente compromissadas com a saúde clamam pelo fim da guerra às drogas e por uma política de legalização bem informada

Causa perplexidade o artigo de Ronaldo Laranjeira e Ana Petta Marques ("Lobby da maconha", 20/8) em que, a pretexto de rebater críticas a texto anterior que demonizava a maconha, empregam a falácia do argumento "ad hominem".

Atacam as pessoas, e não o conteúdo. Eles nos chamam de "lobistas da maconha, travestidos de neurocientistas e fiéis de uma seita", mas em nenhum momento respondem às críticas diretamente.

Lobista é quem recebe vantagens para defender uma causa. Seita é uma doutrina usualmente dogmática. Somos médicos e biólogos com mestrado, doutorado e pós-doutorado, com pesquisa reconhecida internacionalmente. Agimos em defesa da racionalidade.

Ao citar o livro "Cannabis Policy: Beyond the Stalemate", Laranjeira e Petta não explicam por que citam apenas os efeitos negativos da maconha sem incluir a conclusão mais importante do livro: estes efeitos não justificam a proibição.

Mentem sobre a inexistência de estudos demonstrando efeitos terapêuticos da maconha e combatem a criação de uma agência de pesquisa e regulamentação da maconha medicinal, exigência de tratados internacionais.

Defendem com tanto ardor a política dos EUA de guerra às drogas que esquecem que a "Food and Drug Administration" (FDA, agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA) não é brasileira e que não tem nem deve ter ingerência na política nacional. A dipirona, por exemplo, é legal no Brasil e na Europa, mas não nos EUA.

Enganam ao afirmar que a maconha já foi descriminalizada no Brasil e que isto teria aumentado o número de usuários. A lei nº 11.343 não descriminalizou o uso; ao contrário, aumentou a repressão ao tráfico com penas mais duras e deixou o consumidor na frágil posição de depender da decisão de um juiz quanto a ser usuário ou traficante.

O relatório da ONU de 2010 não aponta aumento do uso de maconha no Brasil desde a promulgação da lei. Mesmo que algum levantamento indicasse aumento, isto poderia se dever à política proibicionista em vigor, não o contrário.

Laranjeira e Petta iludem o público leigo e omitem o poderoso lobby da proibição que integram.

Espanta o discurso totalitário de quem se imagina porta-voz do povo brasileiro. Um de seus argumentos mais perniciosos é o ataque ao uso da maconha como terapia de substituição para o crack, apesar de sua eficácia nos poucos estudos disponíveis. Infelizmente, a realização de novos estudos esbarra na intransigência dos proibicionistas.

Enquanto propagam falácias, milhares de pacientes que poderiam se beneficiar da maconha são dela privados. Outros tantos com problemas de abuso químico se afastam do tratamento por medo da repressão. No fim, somos todos atingidos pela violência da guerra.

Organizações verdadeiramente compromissadas com a saúde, como as que firmaram a Declaração de Viena (www.viennadeclaration.com), clamam pelo fim da guerra às drogas e pela legalização regulamentada e bem informada.

A declaração foi assinada pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Ernesto Zedillo e César Gaviria, que têm alertado para a metástase do narcotráfico. Serão todos lobistas de alguma seita?

Enquanto persistirem argumentos simplórios, como "a maconha faz mal" ou a utopia moralista de um mundo sem drogas, retarda-se a discussão sobre uma política racional de drogas. A legalização da maconha não vai sanar os problemas imediatamente, mas é remédio eficaz e a sociedade precisa se preparar para isso.

O resto é cortina de fumaça, como demonstra o filme de Rodrigo Mac Niven (www.cortinadefumaca.com). A palavra iatrogenia designa os males vindos do tratamento médico. Com relação à maconha, a sociedade precisa decidir: o que é mais iatrogênico, tosse ou tiroteio?

JOÃO R. L. MENEZES é professor-adjunto da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coordenador do simpósio sobre drogas da Reunião SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento) 2010.

SIDARTA RIBEIRO é professor titular de neurociências da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

STEVENS K. REHEN é professor-adjunto da UFRJ.

JULIANA PIMENTA é psiquiatra da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.

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  • Usuário Growroom

Maconha, o dom de iludir

Em artigo publicado hoje na Folha de S.P, o Professor, Doutor, titular de psiquiatria da UNIFESP, coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas, e militante proibicionista em tempo integral, Ronaldo Laranjeiras escreve para que “nem pesquisadores nem nossa população se iludam de que exista hoje uma indicação terapêutica para utilizar maconha aprovada pela ciência”.

Confiram abaixo: (e de lambuja “Justiça fecha clínicas de reabilitação de dependentes químicos”)

Maconha, o dom de iludir

Semanas atrás, a Folha noticiou a proposta de criar-se uma agência especial para pesquisar os supostos efeitos medicinais da maconha, patrocinada pela Secretaria Nacional Antidrogas do governo federal.

Esse debate nos dias atuais, tal qual ocorreu com o tabaco na década de 60, ilude sobretudo os adolescentes e aqueles que não seguem as evidências científicas sobre danos causados pela maconha no indivíduo e na sociedade.

Na revisão científica feita por Robim Room e colaboradores (“Cannabis Policy”, Oxford University, 2010), fica claro que a maconha produz dependência, bronquite crônica, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer no sistema respiratório, diminuição da memória, ansiedade e depressão, episódios psicóticos e, por fim, um comprometimento do rendimento acadêmico ou profissional. Apesar disso, o senso comum é o de que a maconha é “droga leve, natural, que não faz mal”. Pesquisas de opinião no Brasil mostram que a maioria não quer legalizar a droga, mas grupos defensores da legalização fazem do eventual e ainda sem comprovação uso terapêutico de alguns dos componentes da maconha prova de que ela é uma droga segura e abusam de um discurso popular, mas ambivalente e perigoso. O interesse recente da ciência sobre o uso da maconha para fins terapêuticos deveu-se à descoberta de que no cérebro há um sistema biológico chamado endocanabinoide, onde parte das substâncias presentes na maconha atua.

Um dos medicamentos fruto dessa linha de pesquisa, o Rimonabant, já foi retirado do mercado, devido aos efeitos colaterais. Até hoje há poucos estudos controlados, com amostras pequenas, e resultados que não superam o efeito das substâncias tradicionais, que não causam dependência. Estados americanos aprovaram leis descriminalizando o uso pessoal de maconha, que é distribuída sem controle de dose e qualidade.

Contradição enorme, pois os médicos são os “controladores do acesso” para uma substância ainda sem comprovação científica.

De outro lado, orientam os pacientes sobre os riscos do uso de tabaco. Deve-se relembrar que os estudos versam sobre possíveis efeitos terapêuticos de uma ou outra substância encontrada na maconha, não sobre a maconha fumada. Os pesquisadores brasileiros interessados no tema devem realizar mais estudos por meio das agências já existentes, principalmente diante do último relatório sobre o consumo de drogas ilícitas feito pelo Escritório para Drogas e Crime das Nações Unidas, que aponta o Brasil como o único país das Américas em que houve aumento de apreensões e consumo da maconha. E se, no futuro, surgir alguma indicação para o uso medicinal da maconha, o processo de aprovação, que ainda não atingiu os padrões de excelência, deve contextualizar esse cenário, assim como o potencial da maconha de causar dependência. Espera-se que a política nacional sobre drogas seja redirecionada em caráter de urgência, pois enfrenta-se também aqui o aumento das apreensões e consumo de cocaína e crack, que exige muitos esforços e recursos para sua solução.

Que nem pesquisadores nem nossa população se iludam de que exista hoje uma indicação terapêutica para utilizar maconha aprovada pela ciência.

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RONALDO RAMOS LARANJEIRA é professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad/CNPQ).

ANA CECILIA PETTA ROSELLI MARQUES, doutora pela Unifesp, é pesquisadora do Inpad/CNPQ.

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“Ciência e fraude no debate da maconha”

Neurocientistas publicam artigo na Folha SP em resposta ao Dr. Ronaldo Laranjeira publicado no Growroom – seu espaço para crescer, este artigo é uma belíssima resposta à fraude e à farsa publicada em artigo no mesmo jornal.

Ciência e fraude no debate da maconha

SIDARTA RIBEIRO, JOÃO R. L. MENEZES, JULIANA PIMENTA e STEVENS K. REHEN

Causa-nos estranheza que psiquiatras venham a público negar o potencial terapêutico da maconha, medicamento fitoterápico de baixo custo

O artigo contra o uso medicinal da maconha de Ronaldo Laranjeira e Ana C. P. Marques (“Maconha, o dom de iludir”, “Tendências/Debates”, 22/7) contém inverdades que exigem um esclarecimento.

A fim de desqualificar a proposta de criação de uma agência brasileira para pesquisar e regulamentar os usos medicinais da maconha, os autores citam de modo capcioso o livro “Cannabis Policy: Beyond the Stalemate”.

Exatamente ao contrário do que o artigo afirma, o livro provém de um relatório com recomendações claramente favoráveis à legalização regulamentada da maconha.

Conclui o livro: “A dimensão dos danos entre os usuários de maconha é modesta comparada com os danos causados por outras substâncias psicoativas, tanto legais quanto ilegais, a saber, álcool, tabaco, anfetaminas, cocaína e heroína (…) O padrão generalizado de consumo da maconha indica que muitas pessoas obtêm prazer e benefícios terapêuticos de seu uso (…)

O que é proibido não pode ser regulamentado. Há vantagens para governos que se deslocam em direção a um regime de disponibilidade sob controle rigoroso, utilizando mecanismos para regular um mercado legal, como a tributação, controles de disponibilidade, idade mínima legal para o uso e compra, rotulagem e limites de potência. Outra alternativa (…) é permitir apenas a produção em pequena escala para uso próprio” (http://www.beckleyfoundation.org/policy/cannabis-commission.htm).

Qualquer substância pode ser usada ou abusada, dependendo da dose e do modo como é utilizada.

A política do Ministério da Saúde para usuários de drogas tem como estratégia a redução de danos, que não exige a abstinência como condição ou meta para o tratamento, e em alguns casos preconiza o uso de drogas mais leves para substituir as mais pesadas.

O uso da maconha é extremamente eficiente nessas situações. A maconha foi selecionada ao longo de milênios por suas propriedades terapêuticas, e seu uso medicinal avança nos EUA, Canadá e em outros países.

Dezenas de artigos científicos atestam a eficácia da maconha no tratamento de glaucoma, asma, dor crônica, ansiedade e dificuldades resultantes de quimioterapia, como náusea e perda de peso.

Em respeito aos grupos de excelência no Brasil que pesquisam aspectos terapêuticos da maconha, é preciso esclarecer que seu uso médico não está associado à queima da erva. Diretores da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) afirmam frequentemente que maconha causa câncer. Entretanto, ao contrário do que diz a Abead, a maconha medicinal, nos países onde este uso é reconhecido, é inalada por meio de vaporizadores, e não fumada.

Isso elimina por completo os danos advindos da queima, sem reduzir o poder medicinal dos componentes da maconha, alguns comprovadamente anticarcinogênicos.

Causa, portanto, estranheza que psiquiatras venham a público negar o potencial terapêutico da maconha, medicamento fitoterápico de baixo custo e sem patente em poder de companhias farmacêuticas.

Num momento em que o fracasso doloroso da guerra às drogas é denunciado por ex-presidentes como Fernando Henrique Cardoso, em que a ciência compreende com profundidade os efeitos da maconha e em que se buscam alternativas inteligentes para tirá-la da esfera policial rumo à saúde pública, é inaceitável a falsificação de ideias praticada por Laranjeira e Marques.

O antídoto contra o obscurantismo pseudocientífico é mais informação, mais sabedoria e menos conflitos de interesses.

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SIDARTA RIBEIRO é professor titular de neurociências da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

JOÃO R. L. MENEZES é professor adjunto da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coordenador do simpósio sobre drogas da Reunião SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento) 2010.

JULIANA PIMENTA é psiquiatra da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.

STEVENS K. REHEN é professor adjunto da UFRJ.

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  • Usuário Growroom

Tutorial_Pot mandou muito bem!!!

Queria que meu tempo me permitisse ler o topico inteiro aqui no trampo, mas pelo menos salvo e leio depois no almoço...

Enfim, realmente eu tambem ficava pensando em como rebater tais argumentações descabidas e exacerbadas. Infelizmente não sou versado em legislação, porém sei o básico e um pouco além graças à essa incrível comunidade da qual faço parte.

Gostaria de poder contribuir mais com respeito a tudo isso. Santa Catarina é meio parada quanto ao ativismo de marcha e tal, mas com certeza estarei a disposição de todos que precisarem para seguir com essa luta em frente.

Sou filho de pai usuário de pó, crack e outras drogas. Não foi por isso que não me tornei Engenheiro, professor de kung fu, agora marido, e feliz cultivador de cannabis.

Não faz sentido o que esse laranjinha fala.

Tamo junto, tudo que eu puder fazer em prol dessa causa com certeza o farei!

Sei que tenho poucos posts, mas isso antes de virar um cultivador. Quero recuperar todo o tempo perdido, já que acompanho o GR desde muito tempo...

Tutorial_Pot mais que apoiado, vamo que vamo!

Não tá morto quem peleia!

"Não podemo se entregá pros homi de jeito nenhum..."

JAH BLESS!!

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  • Usuário Growroom

Ler estes textos do Laranjada chega a dar dor de estomago. Lobby da maconha? Ele que é lobbysta do proibicionismo, vive de clinica para dependentes e quer tratar a maconha como crack e cocaina. Como alguém pode afirmar que não existe pesquisas cientificas que demonstram o uso medicinal da maconha? E o sativex? Se o proibicionismo fosse do jeito que ele deseja aonde não se pode NEM ESTUDAR os verdadeiros efeitos da maconha e do seus compostos certamente não existiria o remedio.

Além disso mistura no meio a fumaça da maconha, oras, proibindo do jeito que ele defende não se pode aplicar medidas de redução de danos, como o vaporizador.

É impressionante como ele vomita mentiras e se coloca numa posição de Salvador da Pátria quando na realidade não passa de um mentiroso demagogo que não está ai para discutir o assunto de forma coerente e cientifica e sim causar tumulto na discussão (tudo que ele fala de ruim sobre o movimento que busca a legalização na realidade é oque ele faz).

MENTIROSO!!!!!!!!!!! :muros:

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  • Usuário Growroom

Excelente tópico, não tinha visto ele ainda.

Uma vez falando com o Bas ele me disse uma coisa que faz muito sentido, o que precisamos de fato, é de um ativista profissional, alguém com autoridade moral e intelectual pra nos representar em eventos públicos. O problema é que essa pessoa teria que ser remunerada e deveria se dedicar totalmente a causa.

Mas onde encontrar recursos pra pagar alguém todo mes só pra defender a maconha??? Ao contrário dos proibicionistas, naõ temos clínicas interessadas em ganhar clientes, nem industrias, nem igrejas por trás do movimento. Seria importante desenvolvermos essa idéia. Alguém oficialmente nomeado pra ir a debates, encontros, etc.

Esse Laranja fala muita merda, fala q a cracolandia é exemplo de liberação das drogas, só que na verdade é exatamente o oposto, a cracolandia é o retrato da proibição, ela é um produto da atual política de drogas

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  • Usuário Growroom

Em negrito é o que retirei do artigo Laranjeiras; o itálico é meu.

É triste que profissionais de renomadas universidades não alcancem a complexidade de um assunto que traz sérias repercussões para a saúde

Também concordamos: e nisto se inclui nós. Sentimos tristeza quando Laranjeiras da vida falam um monte de merda.

O lobby da maconha no Brasil é um movimento forte e coeso. Tem uma ideia fixa: a legalização das drogas. Para se manter, usa elementos como uma pretensa respeitabilidade e a estratégia de confundir o debate.

Pera ae: este distinto sujeito que fala isso aí em cima é o mesmo que prega que maconha causa danos cerebrais e que maconheiro perde o interesse pelas coisas ao longo do tempo? Como algum grupo pode ser forte e coeso sendo que, ao longo do tempo perdem o interesse e a coesão? Sacaram a contradição?

O primeiro tem sido conseguido com a mídia, representantes da cultura, da Justiça e até com alguns profissionais da saúde.

Tudo gente da mais baixa estirpe: HAHAHAHAHAHAHAHA!!!

É triste constatar que profissionais de universidades renomadas têm a paixão dos lobistas e não alcançam a complexidade intelectual de um assunto com sérias repercussões para a saúde.

Concordamos: principalmente aqueles que são lobistas de clínicas particulares!

E querem saber? To de saco cheio de ver erros e contradições no discurso do Laranjada. Ae Tutorial_Pot, só estes dois artigos são ricos em contradições. Use-os.

Passar bem galera.

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  • Usuário Growroom

Tutorial Pot, quanto ao "fato 1" vc está enganado, existe mesmo essa pesquisa que associa uso de maconha antes dos 15 anos com quadros de psicose. Já encontrei pelo google uma vez e dei uma lida rápida (está em inglês. Não me lembro do link. E agora tem mais uma outra pesquisa que diz comprovar que é o uso da maconha mesmo que gera a psicose,e não o contrário.

Link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/03/02/maconha-aumenta-o-risco-de-psicose-diz-pesquisa.jhtm

Ficar contestando pesquisa científica não vai ser produtivo. Acho que o mais importante no debate é mostrar - e falar - que a opinião do Dr. Laranjeiras é restrita ao ponto de vista de saúde pública. E que a questão é muito mais ampla que isso, pois envolve liberdades individuais, e em outros cenários ocorreria a redução da violência, por exemplo. Mostrar que a legalização na verdade salvaria vidas. Muitas.

Desculpem se a resposta estiver repetida. o post já tá longo e não deu tempo de ler tudo...

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  • Usuário Growroom

Ficar contestando pesquisa científica não vai ser produtivo. Acho que o mais importante no debate é mostrar - e falar - que a opinião do Dr. Laranjeiras é restrita ao ponto de vista de saúde pública. E que a questão é muito mais ampla que isso, pois envolve liberdades individuais, e em outros cenários ocorreria a redução da violência, por exemplo. Mostrar que a legalização na verdade salvaria vidas. Muitas.

O problema é que ele distorce o ponto de vista de saúde pública, como o exemplo da conta no início do post entre muitos outros. Ele é um especialista e utiliza o seu título para criar factóides sem que ninguém conteste. O objetivo desse post é contestar os factóides dele e não as pesquisas relacionadas à maconha.

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  • Usuário Growroom

Tutorial Pot, quanto ao "fato 1" vc está enganado, existe mesmo essa pesquisa que associa uso de maconha antes dos 15 anos com quadros de psicose. Já encontrei pelo google uma vez e dei uma lida rápida (está em inglês. Não me lembro do link. E agora tem mais uma outra pesquisa que diz comprovar que é o uso da maconha mesmo que gera a psicose,e não o contrário.

Link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/03/02/maconha-aumenta-o-risco-de-psicose-diz-pesquisa.jhtm

Ficar contestando pesquisa científica não vai ser produtivo. Acho que o mais importante no debate é mostrar - e falar - que a opinião do Dr. Laranjeiras é restrita ao ponto de vista de saúde pública. E que a questão é muito mais ampla que isso, pois envolve liberdades individuais, e em outros cenários ocorreria a redução da violência, por exemplo. Mostrar que a legalização na verdade salvaria vidas. Muitas.

Desculpem se a resposta estiver repetida. o post já tá longo e não deu tempo de ler tudo...

Acabei de ver a matéria em questão.

Acho que você está certo quando fala que não devemos contestar pesquisa cientifica. Estou 100% contigo.

Por isso não entendi muito sua crítica construtiva. Se você ler meu fato 1 vai observar que não contesto pesquisas.

Eu contestei a forma com que os números dessas pesquisas são apresentados ao público. Em nenhum momento eu falei que maconha não causa psicose.

Oq eu falei é que os números que ele mostra são manipulados. Você pode olhar no detalhe que eu apresento ainda mais informação do que a pesquisa que você me mandou do uol. Procurei opiniões de mais de um especialista e jamais afirmei que tais números estavam errados.

Observe e se possível me ajude.

Onde existe essa informação que 10% dos usuários de maconha ficam esquizofrênicos ou com psicose? O aumento existe. Eu não neguei a informação. Mas de onde vem esse número?

Se você achar ficarei feliz em reavaliar meu post.

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  • Usuário Growroom

Onde existe essa informação que 10% dos usuários de maconha ficam esquizofrênicos ou com psicose? O aumento existe. Eu não neguei a informação. Mas de onde vem esse número?

Se você achar ficarei feliz em reavaliar meu post.

Isso mesmo! 10% é a teoria do medo. O proibicionismo usando dados científicos para criar factóides. Muito cuidado, Laranjola é o Dr.Factóide, não devemos dar espaço a ele num debate sem rebater esses números!!

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  • Usuário Growroom

Isso mesmo! 10% é a teoria do medo. O proibicionismo usando dados científicos para criar factóides. Muito cuidado, Laranjola é o Dr.Factóide, não devemos dar espaço a ele num debate sem rebater esses números!!

ahahah Dr.Factóide! genial

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  • Usuário Growroom

ninguem fica careca e gordo a toa, aquele puto eh viciado em algo

Quando um cara como ele diz que combate o "uso" de drogas e o "abuso" de álcool, você pode supor que ele faz "uso" de álcool (mas sem "abuso", oooh!)

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  • Usuário Growroom

Um dos pontos que lembro que o Laranjeiras disse no debate da Folha era que a Holanda já era legalizada, e mesmo assim os índices de consumo de maconha por lá são os mesmos 15% dos EUA, ERRADO!

ESSA É UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL PRA DEIXARMOS ELE RESPONDER

Laranjeiras, de acordo com a sua teoria após a descriminalização da maconha o uso tenderiam a aumentar de forma exponencial, nos explique o por que então a Holanda que tem políticas mais liberais com a maconha tem um dos índices de uso de Cannabis mais baixos da Europa e tem um índice MUITO mais baixo de consumo do que EUA.

Ele não saberia responder isso por nada, já falou na entrevista do programa entre aspas que a porcentagem de usuários na Holanda é a mesma que nos EUA, isso é mentira, o cara tá criando um factóide, não podemos deixar ele mentir dessa forma. Precisamos de fontes que confirmem esses dados

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  • Usuário Growroom

Um dos pontos que lembro que o Laranjeiras disse no debate da Folha era que a Holanda já era legalizada, e mesmo assim os índices de consumo de maconha por lá são os mesmos 15% dos EUA, ERRADO!

ESSA É UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL PRA DEIXARMOS ELE RESPONDER

Laranjeiras, de acordo com a sua teoria após a descriminalização da maconha o uso tenderiam a aumentar de forma exponencial, nos explique o por que então a Holanda que tem políticas mais liberais com a maconha tem um dos índices de uso de Cannabis mais baixos da Europa e tem um índice MUITO mais baixo de consumo do que EUA.

Ele não saberia responder isso por nada, já falou na entrevista do programa entre aspas que a porcentagem de usuários na Holanda é a mesma que nos EUA, isso é mentira, o cara tá criando um factóide, não podemos deixar ele mentir dessa forma. Precisamos de fontes que confirmem esses dados

A proporção de usuários de drogas leves (uma vez por mês) na Holanda é de 9,5% da população. Comparando com países como Reino Unido (13,8%), Alemanha (11,9%), República Tcheca (19,3%), Dinamarca (13,3%), França (16,7%), Slovakia (14,7%) e Itália (20.9%) – EMCDDA Annual Report 2009, ch3 page 43 -- onde a droga é totalmente ilegal e o acesso é somente através do mercado negro, constatamos que a ilegalidade não afeta o consumo. Vale lembrar que a França e a Noruega, juntamente com a maioria do leste europeu, tem políticas bastante duras de repressão.

O número de mortes ligadas a drogas na Holanda são, juntamente com outros 5 países, os menores da União Européia. Só para ter alguns dados comparativos. São 2.4 mortes relacionadas a drogas a cada milhão de habitantes (na frança esse numero salta para 9.4, na Alemanha 20, na Suécia 23.5).

LEMBREMOS QUE A SUÉCIA É O EXEMPLO DE POLÍTICA ANTI-DROGAS A SER SEGUIDA PELO SENHOR LARANJA.

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