Ir para conteúdo

Rehab? Noo No Nooooooo...


Jahbaa the Hut

Recommended Posts

  • Usuário Growroom

Sermão ao cadáver

LONDRES - Morreu Amy Winehouse e os moralistas de serviço já começaram a aparecer. Como abutres que são.

Não há artigo, reportagem ou mero obituário que não fale de Winehouse com condescendência e piedade. Alguns, com tom professoral, falam dos riscos do álcool e da droga e dão o salto lógico, ou ilógico, para certas políticas públicas.

Amy Winehouse é, consoante o gosto, um argumento a favor da criminalização das drogas; ou, então, um argumento a favor de uma legalização controlada, com o drogado a ser visto como doente e encaminhado para a clínica respetiva.

O sermão é hipócrita e, além disso, abusivo.

Começa por ser hipócrita porque este tom de lamentação e responsabilidade não existia quando Amy Winehouse estava viva e, digamos, ativa.

Pelo contrário: quanto mais decadente, melhor; quanto mais drogada, melhor; quanto mais alcoolizada, melhor. Não havia jornal ou televisão que, confrontado com as imagens conhecidas de Winehouse em versão zoombie, não derramasse admiração pela 'rebeldia' de Amy, disposta a viver até o limite.

Amy não era, como se lê agora, uma pobre alma afogada em drogas e bebida. Era alguém que criava as suas próprias regras, mostrando o dedo, ou coisa pior, para as decadentes instituições burguesas que a tentavam "civilizar".

E quando o pai da cantora veio a público implorar para que parassem de comprar os seus discos --raciocínio do homem: era o excesso de dinheiro que alimentava o excesso de vícios-- toda a gente riu e o circo seguiu em frente. Os moralistas de hoje são os mesmos que riram do moralista de ontem.

Mas o tom é abusivo porque questiono, sinceramente, se deve a sociedade impor limites à autodestruição de um ser humano. A pergunta é velha e John Stuart Mill, um dos grandes filósofos liberais do século 19, respondeu a ela de forma inultrapassável: se não há dano para terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e na consequência das suas ações.

Bem dito. Mas não é preciso perder tempo com filosofias. Melhor ler as letras das canções de Amy Winehouse, onde está todo um programa: uma autodestruição consciente, que não tolera paternalismos de qualquer espécie.

O tema "Rehab", aliás, pode ser musicalmente nulo (opinião pessoal) mas é de uma honestidade libertária que chega a ser tocante: reabilitação para o vício? Não, não e não, diz ela. Três vezes não.

Respeito a atitude. E, relembrando um velho livro de Theodore Dalrymple sobre a natureza da adição ("Junk Medicine: Doctors, Lies and the Addiction Bureaucracy"), começa a ser hora de olhar para o consumidor de drogas como um agente autônomo, que optou autonomamente pelo seu vício particular --e, em muitos casos, pela sua destruição particular.

As drogas não se "apanham", como se apanha uma gripe; não se "pegam", como se pega um doença venérea; e não são o resultado de uma mutação maligna das células, como uma doença oncológica. As drogas não "acontecem"; escolhem-se.

O drogado pode ficar doente; mas ele não é um doente - é um agente moral.

Mais: como explica Dalrymple, que durante décadas foi psiquiatra do sistema prisional britânico, o uso de drogas implica um voluntarismo e uma disciplina que são a própria definição de autonomia pessoal. E, muitas vezes, o uso de drogas é o pretexto para que vidas sem rumo possam encontrar um. Por mais autodestrutivo que ele seja.

Moralizar o cadáver de Amy Winehouse? Não contem comigo, abutres.

Fonte;

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/949259-sermao-ao-cadaver.shtml

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

hahhaha para....

mano...janis joplin, curt cobain??? genios???? para, winehouse, genio??? para..

porra... se eles foram genios John Coltrane foi o que??? Deus?

e outra coisa... teve um porrao de gente que morreu com 28... será que tem maldição dos 28?

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Canadense falar que Amy nao é Gênio é pura maldade.

Kurt defendia os gays.

Amy defendia o uso de drogas pessoal de cada um.

dentro do contexto desse blog

deveríamos respeitar mais a memória da amy

que pode ter certeza vai ajudar a discutir melhor o tema DROGAS no mundo.

passar bem.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Off...

Genio mesmo é o Hermeto Pascoal! :rasta2bigsmoke0gf:

O Miles Davies certa vez ouviu um disco do Hermeto ficou louco com o som e foi atras do cara...

Encontrou um conhecido em comum e propos de ir na casa do Hermeto trocar uma ideia fazer um som etc,

Hermeto respondeu; "Eu hein, nem conheço o cara e ele quer vir aqui na minha casa"! O amigo respondeu; "Porra Hermeto mas ele é o Miles cara"!

Resposta; "E eu sou o Hermeto."

Isso sim é pica... :rasta2bigsmoke0gf:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

cada um tem sua opiniao...

musicalmente ninguem duvida da capacidade da amy...

mas genialidade, nao é simplesmente classificar uma pessoa por fazer 1 coisa que vc nao faz....

temos que ter coerencia....

logico q nao existe perfeiçao, mas genios, nao morrem de overdose, é oq eu penso ...

uma lastima, uma pena..... mas tirando a musica, ela nao era nenhum exemplo pra ninguem, inclusive nas musicas delas, as letras sao bem fraquinha ...

R.I.P.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Até concordo que o individuo tem liberdade pra fazer o que bem entender consigo mesmo. Porem eu não acho que isso se aplica quando você está perdidamente apaixonado e seu namorado(a) te oferece heroina,crack,estasy ou o que seja e te pede para tomar junto com ele, ela não estava em condições de julgar o bom do ruim nessa hora. Mesma coisa é um pobre sem informação que fica viciado no crack, você acha que ele ficou por que quis ? pq acha bom ?

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

cada um tem sua opiniao...

musicalmente ninguem duvida da capacidade da amy...

mas genialidade, nao é simplesmente classificar uma pessoa por fazer 1 coisa que vc nao faz....

temos que ter coerencia....

logico q nao existe perfeiçao, mas genios, nao morrem de overdose, é oq eu penso ...

uma lastima, uma pena..... mas tirando a musica, ela nao era nenhum exemplo pra ninguem, inclusive nas musicas delas, as letras sao bem fraquinha ...

R.I.P.

concondor em partes, mais dizer que genios nao morrem de overdose ??

genios morrem de que ? acidentes de carro ? ataque cardiaco ? morrem dormindo ?..

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Sermão ao cadáver

LONDRES - Morreu Amy Winehouse e os moralistas de serviço já começaram a aparecer. Como abutres que são.

Não há artigo, reportagem ou mero obituário que não fale de Winehouse com condescendência e piedade. Alguns, com tom professoral, falam dos riscos do álcool e da droga e dão o salto lógico, ou ilógico, para certas políticas públicas.

Amy Winehouse é, consoante o gosto, um argumento a favor da criminalização das drogas; ou, então, um argumento a favor de uma legalização controlada, com o drogado a ser visto como doente e encaminhado para a clínica respetiva.

O sermão é hipócrita e, além disso, abusivo.

Começa por ser hipócrita porque este tom de lamentação e responsabilidade não existia quando Amy Winehouse estava viva e, digamos, ativa.

Pelo contrário: quanto mais decadente, melhor; quanto mais drogada, melhor; quanto mais alcoolizada, melhor. Não havia jornal ou televisão que, confrontado com as imagens conhecidas de Winehouse em versão zoombie, não derramasse admiração pela 'rebeldia' de Amy, disposta a viver até o limite.

Amy não era, como se lê agora, uma pobre alma afogada em drogas e bebida. Era alguém que criava as suas próprias regras, mostrando o dedo, ou coisa pior, para as decadentes instituições burguesas que a tentavam "civilizar".

E quando o pai da cantora veio a público implorar para que parassem de comprar os seus discos --raciocínio do homem: era o excesso de dinheiro que alimentava o excesso de vícios-- toda a gente riu e o circo seguiu em frente. Os moralistas de hoje são os mesmos que riram do moralista de ontem.

Mas o tom é abusivo porque questiono, sinceramente, se deve a sociedade impor limites à autodestruição de um ser humano. A pergunta é velha e John Stuart Mill, um dos grandes filósofos liberais do século 19, respondeu a ela de forma inultrapassável: se não há dano para terceiros, o indivíduo deve ser soberano nas suas ações e na consequência das suas ações.

Bem dito. Mas não é preciso perder tempo com filosofias. Melhor ler as letras das canções de Amy Winehouse, onde está todo um programa: uma autodestruição consciente, que não tolera paternalismos de qualquer espécie.

O tema "Rehab", aliás, pode ser musicalmente nulo (opinião pessoal) mas é de uma honestidade libertária que chega a ser tocante: reabilitação para o vício? Não, não e não, diz ela. Três vezes não.

Respeito a atitude. E, relembrando um velho livro de Theodore Dalrymple sobre a natureza da adição ("Junk Medicine: Doctors, Lies and the Addiction Bureaucracy"), começa a ser hora de olhar para o consumidor de drogas como um agente autônomo, que optou autonomamente pelo seu vício particular --e, em muitos casos, pela sua destruição particular.

As drogas não se "apanham", como se apanha uma gripe; não se "pegam", como se pega um doença venérea; e não são o resultado de uma mutação maligna das células, como uma doença oncológica. As drogas não "acontecem"; escolhem-se.

O drogado pode ficar doente; mas ele não é um doente - é um agente moral.

Mais: como explica Dalrymple, que durante décadas foi psiquiatra do sistema prisional britânico, o uso de drogas implica um voluntarismo e uma disciplina que são a própria definição de autonomia pessoal. E, muitas vezes, o uso de drogas é o pretexto para que vidas sem rumo possam encontrar um. Por mais autodestrutivo que ele seja.

Moralizar o cadáver de Amy Winehouse? Não contem comigo, abutres.

Fonte;

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/949259-sermao-ao-cadaver.shtml

Chupa Sonia Abrão!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Até concordo que o individuo tem liberdade pra fazer o que bem entender consigo mesmo. Porem eu não acho que isso se aplica quando você está perdidamente apaixonado e seu namorado(a) te oferece heroina,crack,estasy ou o que seja e te pede para tomar junto com ele, ela não estava em condições de julgar o bom do ruim nessa hora.

Cara, desculpa discordar de ti, mas eu acho que mesmo nessas horas cada um escolhe se quer ou não. Eu fumo maconha todo dia, e minha namorada que passa o dia todo comigo fica do meu lado "nem aí" enquanto eu fumo. Até pergunto pra ela de vez em quando se ela não tá afim de dar uns tapinhas comigo, mas é raro ela aceitar. Se bem que heroína, crack, é bem mais fácil de viciar usando 1, 2, 3 vezes, né... e as vezes a pessoa tem a cabeça fraca, se deixa influenciar mesmo... mas mesmo assim, acho que a opção final sempre fica a cargo do indivíduo. Cada um escolhe o que quer pra si...

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Considerar a Amy um gênio é d+ pra mim.

Ela pode ter sido agraciada pelo DOM de cantar e cantar bem!

Agora ser um gênio é uma coisa totalmente diferente!

As composições dela são boas,a música excelente,mas não tira o fato de que ela descabelou e descabelou legal,gosto das músicas da Amy,agora como artista,prefiro não opinar.

Vai ver que ela tinha sim uma gênialidade,mas ela afogou tudo isso em algumas doses de insanidade e descontrole...

Sei que uma cantora igual ela não vai aparecer tão cedo,mas acredito que os vexames no palco e a decepção de sua platéia tirou o enorme brilhantismo que ela teria conquistado com o pouco tempo de fama.

Enfim,o mundo perde uma grande cantora e ganha um exemplo de talento desperdiçado.

PAZ!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Visitante
Responder

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...