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E Se O Consumo De Maconha Fosse Baseado No Plantio Caseiro?


HEMPSM

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  • Usuário Growroom

DISCUSSÃO APLICADA AO PROBLEMA DAS DROGAS…

Inciei uma discussão provocativa comparando a defesa da liberação das drogas, com os argumentos de quem defendem a corrupção como uma fatalidade, e que portanto isentaria o atual governo de responsabilidades… é culpa do sistema político… A idéia era deixar explícitos argumentos que excluem a participação dos usuários como partes integrantes do problema das drogas, colocando-os apenas como vítimas da opressão da sociedade.

Temos debatido várias vezes e os argumentos a favor da liberação da drogas, e expecificamente da maconha são bem claros… defendem que é o mercado ilegal que incentiva a violência relacionada ao tráfico, e que os efeitos adversos da maconha não justificam a proibição de seu comércio legalizado… Existem opiniões divergentes sobre esses tópicos. Eu já debati expondo que esses pontos não são certezas, e que há uma dúvida razoável quanto aos reais efeitos nocivos, e no impacto que a liberação do comércio de maconha pode ter no aumento do número de usuários de maconha e de outras drogas… Enfim, não considero o debate finalizado, pois não existe realmente um consenso…

Mas surgiu uma questão, que explicita o pensamento dos que defendem a legalização do comércio da maconha. Não é uma questão trivial, pois remete aos limites de atuação do Estado, e ao direito da liberdade individual:

E SE O CONSUMO DE MACONHA FOSSE BASEADO NO PLANTIO CASEIRO PARA CONSUMO INDIVIDUAL E DOMICILIAR?

Sim, é difícil argumentar contra. Eu sou contra a liberação e a descriminalização do usuário, mas nesses termos a questão passa a ser sobre a democracia e não mais sobre drogas… Nesse sentido acho que seria aceitável… pois rompe o ciclo de violência do tráfico, e estaria garantido o direito à liberdade individual…

Em contrapartida, assumindo a premissa que o consumo baseado plantio caseiro rompe com o ciclo de violência, qual é a imediata conclusão oposta? A compra de drogas através dos traficantes mantém o ciclo de violência relacionada ao tráfico!!! E entendo, que o próximo passo seria clamar pela liberação do comércio… teroricamente, se fosse legalizado, romperia também o ciclo da violência… Mas existe uma enorme diferença entre teoria e problema real, e ai começam as reais divergências… Liberando o comércio, o tráfico não deixaria de existir, e nossa vizinhança com outros países produtores de droga poderia transformar o nosso país no paraíso das drogas mundial… assim, é plausível pensar que a liberação causaria o aumento de consumo, o fortalecimento da cadeia do narcotráfico e aumento da distribuição das outras drogas, aumentando também o número de usuários e dependentes…

Mas faço um questionamento moral, uma suposição que já sei a resposta:

E SE DESCRIMINALIZARMOS, OU LIBERARMOS O CONSUMO DE MACONHA BASEADO NO PLANTIO DOMÉSTICO E CRIMINALIZARMOS A COMPRA DA DROGA ATRAVÉS DO TRAFICANTE?

Obviamente, fazendo a distinção entre usuários dependentes, que não seriam criminalizados, mais enviados para clínicas de recuperação… outro ponto é que deveriam ser punidos duramente aqueles que desviassem o plantio doméstico para outros fins… mas enfim, fica a questão moral, sob o pano de fundo de até onde deve ir o poder do Estado sobre as liberdades individuais, e qual é a responsabilidade individual dos usuários sobre o problema da violência gerada pelo tráfico…

Por Antonio Junior em http://www.observado...o/?topic_page=6

Só me digam uma coisa, a quanto tempo sabemos disso e tentamos falar isso pra todos, será que estão acordando???

Abraço a todos e bom domingo.

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  • Usuário Growroom

eu sou a favor do cultivo individual, eu planto 2 plantas automaticas femeas por vez, há cada 3 meses eu tiro aproximadamente 60 gramas com as 2 plantas , e é só isso, dpois q seca o peso cai pra umas 35 gramas, to feliz com isso, não preciso mais do que 2 plantas , eu nao vendo , máximo q eu faço é salvar amigos quando a gente faz uma festinha , humiladade msmo, nao vendo , nao mostro, nao conto pra ninguem , fico so na minha e nao sustento o tráfico, tenho orgulho de ser maconheiro sim!, e de fzer parte do maravilhoso growroom!!!

cooperativas são legais tb, mas nao considero ótima ideia , pq isso vira modinha e todo mundo adere , e ai acaba q foge da realizade e da causa, fica mais lance de quantidade e quem lucra com isso são os ladroes do governo, infelizmente.

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  • Usuário Growroom

Esse papo de internaçao vai contra o modelo anti-manicomial que aos poucos vem ganhando força, ê Brasil

que anda pra trás... ê povinho careta!!

... Porra, deixa eu fazer o que eu quiser, plantar o tanto que quiser, fumar o tanto que quiser, afinal a vida é minha não?!

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  • Usuário Growroom

o tráfico só existe porque é ilegal, nem todos vão poder/conseguir/querer plantar em casa, o comércio de cerveja existe, de café, tabaco, enfim, legalizar é a solução, controle de qualidade é importante.

Eu soube ontem por um amigo que estariam pondo crack na maconha nos morros no Rio, com a idéia de viciar mesmo. Não sei se isso é verdade ou não, mas só a idéia assusta MUITO e pra mim já seria pretexto suficiente pra legalizar logo isso. Imagina se viciar em crack por ter comprado maconha sem controle.

Na espanha já existe um modelo com clubes, etc... acho que é perfeitamente viável também, o problema não está no comércio, mas no comércio ilegal. Minha pergunta é: Quando legalizarem o Estado vai pagar pelos mortos ?

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  • Usuário Growroom

Todos tem condições de plantar Cannabis.

Se regulamentarem o cultivo, acredito que o número de pessoas plantando indoor vai cair drasticamente, até por que, pra que gastar tanta grana com indoor?

Não teria motivos pra galera continuar com o indoor, apenas alguns casos onde as pessoas não tem acesso a luz solar onde residem, aí sim um indoor cai que nem uma beleza, mas sendo regulamentado acredito que a galera no Brasil lançaria muito mais o outdoor do que o in.

Afinal, uma erva out não se compara a uma erva indoor (se cuidada pelo mesmo grower), sei que essa discussão vai longe, mas até pessoas de classes baixas teriam acesso ao fumo de qualidade plantando outdoor.

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  • Usuário Growroom

Cara, nem todos possuem a possibilidade.

A capacidade de fazer uma planta germinar, crescer, florir e colher, sim.

Mas a realidade do dia-a-dia, o quanto o cara tem de tempo pra dedicar a um cultivo, o espaço físico em casa, a autorização do cônjuge, etc. isso nem todos possuem.

E o interesse tb, nem todos tem o interesse de plantar. Isso é fato.

Precisamos de um modelo que nos propicie a todos o acesso à cannabis de qualidade que possa ser consumida em total acordo com a redução de danos, prensado é uma forma inservível de ser consumida, tirando raras excessões;

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  • Usuário Growroom

Isso é real irmão PPerverso, aqui mesmo, tem uns camaradas meus que como eu ainda moram com os coroas, que mesmo depois dos coroas liberarem o cultivo o maluco não se esforça NADA pra cultivar e continua fumando prensado caralho pra caralho aí da rua que tá rolando, tá maluco nao consigo entender.

Aí quando apresento um camarão pra essa galera sempre vem com o mesmo papo

"porra mlk, preciso começar o cultivo logo que não sei oque"

No começo até acreditava que queriam, mas depois de um tempo você nota que pessoa realmente não quer plantar e sim ter o budzinho pronto ali pra dixavar, apertar e fumar.

Levando isso em conta o melhor mesmo é o que citaram ácima, ter um cooperativa de cultivo assim como ocorre na Espanha, lá de 10 cabeças apenas 2 ou 3 pessoas se dedicam ao cultivo e os outros seguem a vida de trabalho normal e recebem os buds quando tiverem prontos.

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  • Usuário Growroom

É por aí. Cultivo caseiro pra quem gosta e cannabis clubs pra quem quer privacidade e qualidade garantida.

Existem casos de usuários na Espanha por exemplo que preferem fazer o uso da cannabis em locais reservados para esse fim.

Muitas vezes essas pessoas tem filhos menores de idade e pra isso necessitam dessa saída. Além do fato de uma cooperativa ajudar no caso da falta de tempo pra cultivo.

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  • Usuário Growroom

Não se enganem com o texto, o cara que lançou esse tópico é um proibicionista admirador do Ronaldo Laranjeira. A intenção dele é que os defensores da regulamentação assumissem que quem compra maconha do tráfico está alimentando a violência.

Só que a galera não só falou o que ele queria, como ainda começou a detonar com argumentos pelo autocultivo que quebrou as pernas de todo mundo, tudo no respeito... daí o lado deles começou a ebulir! Eles ficaram agressivos e agora no final o autor ficou reclamando que estavamos usando o topico "dele"´pra fazer apologia. Ficou brabinho, disse que até reclamou com a admin do site de que estavamos cometendo crime de apologia "no post dele"

Certeza que o autor do texto tá se arrependendo de ter aberto esse topico, foi um tiro no pé! Além do mais tirei a prova que, quando se fala isoladamente de coisas mais fáceis de defender, como auto-cultivo, medicinal, industrial

fica MUITO MAIS FACIL debater. Mas nao da pra misturar, ou é uma coisa ou é outra, senão soa como se fosse o maconheiro arranjando desculpa pra legalizar.

Abraço galera!

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  • Usuário Growroom

Sim eu entendi certinho, inclusive a ideia dele de situação ideal é prender os traficantes e internar os usuários ( Citaram laranja por ai né ?) Vou dar uma olhada no tópico e ver como anda, mas de qualquer forma.

Engraçado, essa história de internar usuários de drogas me lembra o livro "O Alienista" de Machado de Assis. Ótimo livro quem não leu fica uma dica.

Se começarmos a internar todos os usuários de drogas ilegais e conseguirmos essa façanha, uma hora começaram a fazer lobby para que usuários de drogas cada vez mais leves sejam internados compulsoriamente , vai chegar uma hora em que a maior parte do mundo estará internado. hsuahsuahs

É claro que isso é uma extrapolação dos fatos, mas é a tendência se deixarmos o lobby de quem ganha com o encarceiramento alheio, sejam clinicas de recuperação, sejam prisões privadas (que ainda não chegaram noi Brasil, mas de vez enquando mostram interesse) Quanto mais gente encarcerada mais lucros.

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  • Usuário Growroom

Apesar da conclusão óbvia sobre o cultivo caseiro o texto é bem reacionário e profetiza absurdos tais como a legalização da cannabis aumentaria o consumo de outras drogas e transformaria o Brasil em um paraiso mundial das drogas.

Para falar a verdade achei uma grande porcaria proibicionista.

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  • Usuário Growroom

Acho que as coisas tem que ser feitas passo-a-passo.

Não adianta querer ser radical e legalizar o comércio de uma vez. Lembrem-se que o povo brasileiro é sem noção!

Acho que tem ir aos poucos para ir medindo as consequencias da liberação. Inicialmente liberar um determinado número de plantas para plantio caseiro por pessoa.

Tá, eu sei que tem nego que vai falar: "Há mas eu consumo tanto e preciso de mais pés". Beleza, mas calma, é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Aqui no GR há diversos tópicos sobre como fazer render mais a produção de uma planta. Se não vai ter nego plantando hectares e hectares num sítio para vender, sob a justificativa do consumo próprio. Poderia haver esse impacto negativo. Nego plantando aqui para exportar e traficar em países que são proibidos. Aí poderíamos voltar a proibição total novamente.

A minha idéia / proposta para a liberação do cultivo caseiro é a seguinte:

1- Determinar um número limitado de plantas por pessoa: 2, 3, 4 enfim, um número limitado.

2- Criar um cadastro. Tipo a pessoa quer plantar em casa, então tem que se cadastrar, ter uma carteirinha que a exime de qualquer acusação. Para isso, acredito que a pessoa teria que preencer alguns requisitos. Ser maior de idade (óbvio), comprovar alguma renda (para demonstrar que a finalidade do plantio não é para venda) ou alguma recomendação médica para o uso medicinal (mas imagina como é Brasil né, vai gerar o "comércio" de atestados..venda e falsificações: "É só ir no centro e comprar"), comprovante de residência, etc..... Essa carteirinha tbm lhe daria a permissão de portar uma determinada quantidade de fumo.

3- Destinar impostos arrecadados com a comercialização de produtos para cultivo (desde terra até lâmpadas) para criar um sistema de saúde que "monitore" os usuários. Tipo, vc vai comprar uma HPS lá na Sta Efigênia. Com sua carteirinha de usuário, o comerciante cadastra a nota para que o imposto arrecadado seja direcionado a esse sistema de saúde. Tipo cria um sistema tipo Nota Fiscal Paulista.

4- Esse sistema de saúde poderia agir da seguinte forma: Sei lá, o usuário teria que comparecer uma vez por mês no posto médico para realizar uma série de exames, para que o usuário tenha acompanhamento médico pelo Estado. Esse comparecimento deveria ser obrigatório, com a punição da perca de carteirinha se o usuário deixar de comparecer.

5- O consumo em domicílio seria obviamente legal, entretanto, o consumo em locais públicos talvez proibido. Se o indivíduo que possui carteirinha fosse pego consumindo em local publico, tbm seria punido. Tipo, advertido ans três primerias vezes, na quarta vez perca da carteirnha por um tempo determinado e na quinta, a perca do direito de plantar em casa.

Eu sei que isso pode ser um tanto quanto rígido, restritivo, o Estado monitorando as nossas vidas, e blá blá blá, mas é uma maneira de se regulamentar e controlar...

Lembrem-se tbm que a nossa cultura aqui não é a mesma cultura do povo da Suécia. Acredito que aqui no GR 99% sejam esclarecidos e tem uma educação de respeito ao próximo, mas isso não reflete a realidade do povo brasileiro. Um exemplo: Minha esposa é professora de ed. física e dá aula em uma escola estadual na periferia de São Paulo. Sem brincadeira, os vagabundos (pq pra mim são vagabundos mesmo, marmanjos que não estudam nem trabalham) pulam para dentro da quadra da escola e ficam fumando na caruda em plena aula, na frente de alunos de 5ª série, dos professores...o cheiro se alestra, entra nas salas de aula, sala dos professores, secretaria. Minha esposa tem que ser o mais cautelosa possível para pedir para esses fdps se afasterm um pouco para que não fiquem tão próximo das crianças....E não adianta ligar para polícia que eles não estão nem aí......Então imagina, se a polícia não está nem ai hj para essa situação, com uma provavel liberação geral, aí é a coisa ia descambar mesmo.

Por isso acho que a liberação tem que ser aos poucos, ir medindo os impactos para poder dar o próximo passo. Para num futuro pensaremos em cooperativas, coffeshops, etc. Não adianta, infelizmente brasileiro é um povo sem noção. Temos que ter os pés no chão e não imaginar utopias.

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  • Usuário Growroom

Overal, eu respeitosamente, discordo de você.

1-limitar o número de pés, pra mim é um tiro no pé (desculpa o trocadilho) eu SEMPRE faço cagada quando faço minhas amarras, os galhos quebrados eu clono. Se vc quiser fazer sementes e seleção genética pra melhorar o seu fumo também complica. Além de precisar um monte de plantas, vc ainda vai ter que criar machos, que não tem valor comercial mas diminuiria uma ou duas plantas do plantéu

2- Cadastro aqui no país onde eu moro me parece um roubada total. E se o teu chefe tiver acesso? Ele tá disposto a contratar um maconheiro? E se os crentes continuarem crescendo politicamente, será que isso não vai ser usado pra perseguir os maconheiros mais pra frente?

3- Vou me abster de comentar o destino dos impostos no Brasil... Se fosse a Suécia vá lá.

4- Idem

5- Isso já é mais ou menos assim. Fumar maconha não é crime. Se algum PM entrar na tua casa e te arrastar pra delegacia por causa de UM baseadinho acredito que vai levar um esporro do delegado. E você vai pra casa depois de assinar o TC.

Pra não me estender muito. Nesse modelo ai eu continuo plantando escondido. Não vejo nenhuma melhora, aliás a ideia de um cadastro me parece retrocesso.

Se não melhorar, o povo que já planta escondido vai continuar na mesma: escondido.

Paz

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  • Usuário Growroom

Pra quem não acompanhou a discussão inteira, o Antônio lançou este texto para que chegássemos a essas conclusões:

  1. Quem compra do traficante patrocina a violência
  2. Deveríamos regulamentar o cultivo e punir quem compra do tráfico
    (até aí tudo bem, mas vem o pulo do gato)
  3. O auto-cultivo como ainda é crime, vocês não podem plantar e se plantarem, devem ser presos
  4. Como a gente já concluiu que quem compra do tráfico deveria ser punido, vamos então punir os usuários porque eles estao comprando do tráfico.

Eu tentei de todo jeito puxar a discussão, sobre como seria o modelo ideal pro Brasil, se com Cannabis Social Clubs ou apenas cultivo doméstico, mas ele se nega a debater nestes termos. Ele está se aproveitando de qualquer brecha dos debatedores para desvirtuar o assunto pra outros campos, ignorando o auto-cultivo e deixando de se aprofundar no tema.

Ou seja, ele é um safado manipulador de debates, que deu um passo em falso ao abrir este tópico.

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  • Usuário Growroom

Acho que as coisas tem que ser feitas passo-a-passo.

Não adianta querer ser radical e legalizar o comércio de uma vez. Lembrem-se que o povo brasileiro é sem noção!

Acho que tem ir aos poucos para ir medindo as consequencias da liberação. Inicialmente liberar um determinado número de plantas para plantio caseiro por pessoa.

Tá, eu sei que tem nego que vai falar: "Há mas eu consumo tanto e preciso de mais pés". Beleza, mas calma, é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Aqui no GR há diversos tópicos sobre como fazer render mais a produção de uma planta. Se não vai ter nego plantando hectares e hectares num sítio para vender, sob a justificativa do consumo próprio. Poderia haver esse impacto negativo. Nego plantando aqui para exportar e traficar em países que são proibidos. Aí poderíamos voltar a proibição total novamente.

A minha idéia / proposta para a liberação do cultivo caseiro é a seguinte:

1- Determinar um número limitado de plantas por pessoa: 2, 3, 4 enfim, um número limitado.

2- Criar um cadastro. Tipo a pessoa quer plantar em casa, então tem que se cadastrar, ter uma carteirinha que a exime de qualquer acusação. Para isso, acredito que a pessoa teria que preencer alguns requisitos. Ser maior de idade (óbvio), comprovar alguma renda (para demonstrar que a finalidade do plantio não é para venda) ou alguma recomendação médica para o uso medicinal (mas imagina como é Brasil né, vai gerar o "comércio" de atestados..venda e falsificações: "É só ir no centro e comprar"), comprovante de residência, etc..... Essa carteirinha tbm lhe daria a permissão de portar uma determinada quantidade de fumo.

3- Destinar impostos arrecadados com a comercialização de produtos para cultivo (desde terra até lâmpadas) para criar um sistema de saúde que "monitore" os usuários. Tipo, vc vai comprar uma HPS lá na Sta Efigênia. Com sua carteirinha de usuário, o comerciante cadastra a nota para que o imposto arrecadado seja direcionado a esse sistema de saúde. Tipo cria um sistema tipo Nota Fiscal Paulista.

4- Esse sistema de saúde poderia agir da seguinte forma: Sei lá, o usuário teria que comparecer uma vez por mês no posto médico para realizar uma série de exames, para que o usuário tenha acompanhamento médico pelo Estado. Esse comparecimento deveria ser obrigatório, com a punição da perca de carteirinha se o usuário deixar de comparecer.

5- O consumo em domicílio seria obviamente legal, entretanto, o consumo em locais públicos talvez proibido. Se o indivíduo que possui carteirinha fosse pego consumindo em local publico, tbm seria punido. Tipo, advertido ans três primerias vezes, na quarta vez perca da carteirnha por um tempo determinado e na quinta, a perca do direito de plantar em casa.

Eu sei que isso pode ser um tanto quanto rígido, restritivo, o Estado monitorando as nossas vidas, e blá blá blá, mas é uma maneira de se regulamentar e controlar...

Lembrem-se tbm que a nossa cultura aqui não é a mesma cultura do povo da Suécia. Acredito que aqui no GR 99% sejam esclarecidos e tem uma educação de respeito ao próximo, mas isso não reflete a realidade do povo brasileiro. Um exemplo: Minha esposa é professora de ed. física e dá aula em uma escola estadual na periferia de São Paulo. Sem brincadeira, os vagabundos (pq pra mim são vagabundos mesmo, marmanjos que não estudam nem trabalham) pulam para dentro da quadra da escola e ficam fumando na caruda em plena aula, na frente de alunos de 5ª série, dos professores...o cheiro se alestra, entra nas salas de aula, sala dos professores, secretaria. Minha esposa tem que ser o mais cautelosa possível para pedir para esses fdps se afasterm um pouco para que não fiquem tão próximo das crianças....E não adianta ligar para polícia que eles não estão nem aí......Então imagina, se a polícia não está nem ai hj para essa situação, com uma provavel liberação geral, aí é a coisa ia descambar mesmo.

Por isso acho que a liberação tem que ser aos poucos, ir medindo os impactos para poder dar o próximo passo. Para num futuro pensaremos em cooperativas, coffeshops, etc. Não adianta, infelizmente brasileiro é um povo sem noção. Temos que ter os pés no chão e não imaginar utopias.

Mano, você está, na minha opinião, equivocado em muitos pontos do seu raciocínio.

"Não adianta querer ser radical e legalizar o comércio de uma vez. Lembrem-se que o povo brasileiro é sem noção!"

Não vejo da forma que você vê, uma vez que não há comprovação de que com o comércio regulamentado haja uma explosão de consumo, como você sugere acima.

A Holanda possui um sistema no qual a aquisição de porções de cannabis e seus derivados para uso próprio e por adultos, e ao mesmo tempo naquele país os índices de uso de cannabis na população são uns dos menores de todo mundo ocidental, os jovens daquele país não veem nenhum apelo ao consumo de cannabis, uma vez que tal atitude não corresponde a nenhum ato mal visto pela sociedade o interesse dele diminue.

Da forma que você está colocando a situação, me parece que você acredita no argumento proibicionista de que a legalização causaria uma corrida à boca de fumo. Com um mercado regulamentado, teríamos duas boas alterações na atual situação das coisas:

A primeira: proliferariam produtores profissionalizados de cannabis de alta qualidade, ocasionando um choque no mercado consumidor, tenho certeza que muitos preferirão adquirir o novo produto, nacionalmente produzido, do que a nojeira que chega via mercado negro, vulgarmente conhecido como prensado. A realidade na Argentina, com a explosão do cultivo próprio, simplesmente não há mais bagulho prensado para ser comprado, ninguém se atreve mais a fumar aquilo.

"Inicialmente liberar um determinado número de plantas para plantio caseiro por pessoa.

Tá, eu sei que tem nego que vai falar: "Há mas eu consumo tanto e preciso de mais pés". Beleza, mas calma, é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Aqui no GR há diversos tópicos sobre como fazer render mais a produção de uma planta. Se não vai ter nego plantando hectares e hectares num sítio para vender, sob a justificativa do consumo próprio. Poderia haver esse impacto negativo. Nego plantando aqui para exportar e traficar em países que são proibidos. Aí poderíamos voltar a proibição total novamente."

O Brasil é um enorme mercado consumidor de todos os tipos de drogas, e nosso país é corredor de passagem para o tráfico internacional, isso é fato, se o Brasil se tornar um produtor de cannabis, espero que o faça com dignidade, na legalidade, pois nosso visinho Paraguay é o maior produtor mundial de maconha (rivalizando com o Marrocos nesse posto) e tal produção é feita apenas e tão somente pelas mais nojentas máfias sulamericanas, gerando toda uma criminalidade de violência.

Com o mercado brasileiro sendo transformado cada vez mais na realidade que temos hoje por exemplo na Argentina, o que teríamos seria a venda de um produto de qualidade alta, aparência, efeito e origem muito melhor. Pequenos médios ou grandes produtores rurais, empregando legalmente mão de obra, usando produtos adequados para controle de pestes e adubação sem agrotóxicos, inundando o mercado e tirando do mercado o lixo mofado que temos hoje disponível.

"1- Determinar um número limitado de plantas por pessoa: 2, 3, 4 enfim, um número limitado."

Dentro do modelo de autocultivo, uma limitação de número de pés seria contraprodutiva pois poderia essa limitação justamente impedir a autosubsistência do cultivador. O que eu imagino que seja uma limitação interessante, é o incentivo para que cultivadores com produção acima de seu ritmo de consumo que façam doações para coletivos de usuários medicinais, alimentando um sistema de fornecimento de medicina natural para doentes sem condições de adquirir seu próprio medicamento.

Se o cultivador quiser destinar o excedente para o mercado, o faz mediante recolhimento de uma taxa e o produto é disponibilizado para o mercado consumidor adulto.

"2- Criar um cadastro. Tipo a pessoa quer plantar em casa, então tem que se cadastrar, ter uma carteirinha que a exime de qualquer acusação. Para isso, acredito que a pessoa teria que preencer alguns requisitos. Ser maior de idade (óbvio), comprovar alguma renda (para demonstrar que a finalidade do plantio não é para venda) ou alguma recomendação médica para o uso medicinal (mas imagina como é Brasil né, vai gerar o "comércio" de atestados..venda e falsificações: "É só ir no centro e comprar"), comprovante de residência, etc..... Essa carteirinha tbm lhe daria a permissão de portar uma determinada quantidade de fumo."

Todo tipo de cadastro implica em uma invasão de privacidade e de anonimato para o indivíduo feita pelo Estado. O ônus da prova cabe ao acusador, se ele me acusa de cultivar com fins a alimentar o mercado negro, ele tem que comprovar a alegação dele, com provas robustas e produzidas de forma legal, com autorização judicial expedida com fundamentos em investigação prévia que tenha apontado a possibilidade real do cometimento de crime e indícios consistentes de autoria desse crime, para daí haver a relativização do sigilo, telefônico, bancário, etc.

Os requisitos que você coloca são risíveis, claro que a regulamentação do uso recreacional será no sentido de limitá-lo a maiores de idade, a mesma coisa ocorrendo com o cultivo. Já limitações quanto a renda??? Sério que você acredita que somente possuindo uma determinada renda é que o indivíduo passa a ser merecedor do direito de cultivar seu próprio estoque cannábico?? Quer dizer que se o cara possui uma renda baixa ele é imediatamente mais propenso a cometer crimes???

Esse seu argumento cheira à preconceito social fortíssimo.

Com relação à permitir somente o uso medicinal, realmente, é uma besteira, já que o grande contingente de usuários faz uso apenas recreacional da substância, haveria uma falha no sistema que seria explorada por aqueles que gostariam de ser contempladas com um mercado legal de cannabis de alta qualidade, burlando o sistema para adquirir tal carteirinha médica. Na califória e outros estados americanos que criaram seus sistemas de cannabis medicinal viram florescer um mercado consumidor não apenas de pacientes de câncer, portadores de esclerose múltipla ou de HIV, mas também de insones, pessoas com dores musculares, ou somente procurando um meio mais agradável de relaxar depois de um dia de trabalho. Seriam esses usuários eivados de má-fé? Não creio nisso.

"3- Destinar impostos arrecadados com a comercialização de produtos para cultivo (desde terra até lâmpadas) para criar um sistema de saúde que "monitore" os usuários. Tipo, vc vai comprar uma HPS lá na Sta Efigênia. Com sua carteirinha de usuário, o comerciante cadastra a nota para que o imposto arrecadado seja direcionado a esse sistema de saúde. Tipo cria um sistema tipo Nota Fiscal Paulista."

A tributação de produtos para cultivo de cannabis não pode ser diferente da tributação de produtos para cultivo de qualquer que seja o produto agrícola, sob pena de se criar uma legislação que não é de aplicação geral, para todos. É vedada no ordenamento jurídico brasileiro a criação de lei que trate desigualmente indivíduo. E se eu vou na Efigência comprar uma HPS, por que eu iria dizer que é para um cultivo doméstico? Eu digo que é para o holofote do meu jardim, com fins paisagísticos, para iluminar uma quadra esportiva, qualquer coisa. Você parece ser um cara bastante fã do controle por parte do Estado, invadindo a sua casa, seu íntimo, sua vida privada. O sistema de arrecadação paulista criou um monstro que monitora sua vida financeira, potencializando a atuação do monstro arrecadador, em detrimento do cidadão. Uma verdadeira cilada em que o contribuinte voluntariamente da subsídios para que o arrecadador monitore seus hábitos de consumo.

"4- Esse sistema de saúde poderia agir da seguinte forma: Sei lá, o usuário teria que comparecer uma vez por mês no posto médico para realizar uma série de exames, para que o usuário tenha acompanhamento médico pelo Estado. Esse comparecimento deveria ser obrigatório, com a punição da perca de carteirinha se o usuário deixar de comparecer."

Mais uma vez você insistindo em um sistema de controle, com exigências que vão ao absurdo de incluir a necessidade de comprovar a condição médica associada ao uso de cannabis medicinal... E o doente que não pode sair de sua residência pelas limitações que a própria doença lhe causa? Não poderia consumir medicinalmente a cannabis? Sem sentido sua proposta, além de criar uma demanda de consultas médicas mensais que onerariam demais o sistema único de saúde, que já não consegue dar conta da demanda por médicos de todas as especialidades, agora teremos que dividir a oferta de médicos com usuários medicinais, obrigados a se consultarem todo mês simplesmente para poderem fazer uso de cannabis medicinal, o que você propõe não tem nenhuma relação com a realidade, que é o sucateamento da infraestrutura médicohospitalar do sistema único de saúde.

"5- O consumo em domicílio seria obviamente legal, entretanto, o consumo em locais públicos talvez proibido. Se o indivíduo que possui carteirinha fosse pego consumindo em local publico, tbm seria punido. Tipo, advertido ans três primerias vezes, na quarta vez perca da carteirnha por um tempo determinado e na quinta, a perca do direito de plantar em casa."

O uso domicilar ou público deve obedecer o mesmo princípio, o princípio do respeito ao próximo. Qualquer fumante deve ter em mente que se a fumaça por ele produzida está chegando a terceiros que se incomodam, ele deve se afastar até ao ponto em que não incomode ninguém. Sem papinho de se restringir o direito do fumante, impedindo estabelecimentos de terem espaços para fumantes que de fato isole-os dos não fumantes. A lei antifumo da forma em que está colocada atualmente vai além do ponto de se proteger o fumante passivo, ela invade a esfera dos direitos do fumante de ter um fumódromo dentro de um bar, um restaurante, sem que tenha que se expor às interpéries da calçada.

"Eu sei que isso pode ser um tanto quanto rígido, restritivo, o Estado monitorando as nossas vidas, e blá blá blá, mas é uma maneira de se regulamentar e controlar...

Lembrem-se tbm que a nossa cultura aqui não é a mesma cultura do povo da Suécia. Acredito que aqui no GR 99% sejam esclarecidos e tem uma educação de respeito ao próximo, mas isso não reflete a realidade do povo brasileiro. Um exemplo: Minha esposa é professora de ed. física e dá aula em uma escola estadual na periferia de São Paulo. Sem brincadeira, os vagabundos (pq pra mim são vagabundos mesmo, marmanjos que não estudam nem trabalham) pulam para dentro da quadra da escola e ficam fumando na caruda em plena aula, na frente de alunos de 5ª série, dos professores...o cheiro se alestra, entra nas salas de aula, sala dos professores, secretaria. Minha esposa tem que ser o mais cautelosa possível para pedir para esses fdps se afasterm um pouco para que não fiquem tão próximo das crianças....E não adianta ligar para polícia que eles não estão nem aí......Então imagina, se a polícia não está nem ai hj para essa situação, com uma provavel liberação geral, aí é a coisa ia descambar mesmo.

Por isso acho que a liberação tem que ser aos poucos, ir medindo os impactos para poder dar o próximo passo. Para num futuro pensaremos em cooperativas, coffeshops, etc. Não adianta, infelizmente brasileiro é um povo sem noção. Temos que ter os pés no chão e não imaginar utopias."

De tudo isso que você falou, toda essa besteirada, eu resumo a uma pergunta, se o Estado hoje não consegue dar oportunidades para o indivíduo se desenvolver plenamente, se o Estado não consegue vigiar e proteger a coletividade daqueles que não cumprem as normas, que invadem escolas e tocam o terror sem ser importunados pela presença da polícia que não tem contingente nem treinamento para lidar com a população, como é que o Estado vai dar conta desse seu sistema ultra controlador e que exige tanto da estrutura do Estado e da voluntariedade do vigilando (aquele que se submete à vigilância) para cumprir suas regras tão rigorosas e invasivas?

Já sei, seu sistema é para aqueles que possuem uma certa faixa de renda, que é letrada e limpinha, não a ralé que vai correndo pra boca de fumo na hora em que se implementar a legalização da cannabis, que vai plantar pra vender, etc... Bem fascistinha seu post.

Eu acredito que perdendo o status de ilegal, a cannabis regulamentadamente vendida em estabelecimentos voltados para o público adulto é o modelo a ser implementado, já que o comércio hoje em dia é feito na clandestinidade, sem nenhum tipo de controle de qualidade do produto, reversão de impostos para o custeio do Estado, ou controle de acesso impedindo o uso indevido por parte de menores de idade. E pronto. Controle não existe hoje, e com certeza a tentativa de se fazer um vai esbarrar em diversas dificuldades que só a realidade vai nos mostrar, mas já terá sido uma tentativa de o Estado estar presente nesse mercado, seja pra falhar ao fiscalizar a venda para adultos, seja para falhar na fiscalização da qualidade do produto, hoje ele não faz nem uma coisa nem outra.

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