Usuário Growroom mejdalani Postado September 2, 2011 Usuário Growroom Denunciar Share Postado September 2, 2011 Se pudesse iria! quem puder da uma força. Abs. Filme estreia nesta sexta no Rio e reabre debate sobre uso medicinal da maconha Juliana Câmara (juliana.camara@oglobo.com.br) Tamanho do textoA A A RIO - Um paciente em tratamento de câncer com quimioterapia sofre com uma série de efeitos colaterais, entre os quais, ansiedade, perda do apetite e náuseas. Se ele vive na Califórnia, nos Estados Unidos, por exemplo, pode amenizar esses problemas usando a maconha para fins medicinais. Mas se mora no Brasil, esse paciente fica sem esse recurso e, muitas vezes, para evitar usar outros remédios fortes, aprende a conviver com os efeitos da quimio. Há pesquisas que comprovam a eficácia do Cannabis sativa (nome científico da maconha) no tratamento de diversas doenças e, em muitos países, o uso da planta com a finalidade terapêutica é legal. No Brasil, a discussão ganhou força recentemente com a mobilização do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em defesa da regulamentação da droga. E agora o tema volta à berlinda, com a estreia no Rio nesta sexta-feira do documentário "Cortina de Fumaça", de Rodrigo Mac Niven. — Tem pessoas que estão sofrendo com muitas doenças e que poderiam ser ajudadas. A sociedade tem que decidir se quer fazer uma discussão com embasamento científico ou com base em preconceitos morais. A história medicinal da maconha é milenar — diz Mac Niven, cujo filme participou dos festivais do Rio, e de Filmes Brasileiros em Milão, Paris, Nova York e Londres. VÍDEO: Assista à entrevista com o diretor do documentário sobre o uso medicinal da maconha O documentário traz 34 depoimentos de médicos, pesquisadores, advogados, policiais e representantes de movimentos civis, que debatem a legalização das drogas e os efeitos da proibição para a sociedade. Entre os entrevistados, FH — que também participou de "Quebrando o Tabu", de Fernando Grostein Andrade —, e estudiosos, como Elisaldo Carlini, do Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (CEBRID); Renato Malcher, da Universidade de Brasília; e Sidarta Ribeiro, professor-titular do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Quem é contra o uso medicinal da maconha alega que os benefícios terapêuticos não são suficientes para compensar danos, como dependência, perda de memória, depressão, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares e câncer no sistema respiratório. A discussão sobre os graus de adição, a abstinência e os malefícios para o organismo e a sociedade causados por substâncias psicoativas divide opiniões. Há os que argumentam que o grau de dependência é pequeno, sem crises de abstinência e com todos os seus efeitos reversíveis. O problema seria o exagero. A discussão está aberta. No filme, os especialistas explicam que, além de aliviar os incômodos da quimioterapia, pesquisas mostram que a maconha pode amenizar sintomas de doenças, incluindo danos por Aids, glaucoma, mal de Alzheimer, dor crônica severa, artrite, distrofia muscular, esclerose múltipla e fraqueza extrema (a caquexia). Os canabinoides (princípio ativo do cannabis) agem no cérebro, onde há receptores neurais aos quais se ligam, provocando efeitos no próprio cérebro e no organismo. Eles influenciam funções como sono, apetite e memória. O homem usou a maconha com fins medicinais por séculos, inclusive no Brasil — onde acredita-se que ela tenha chegado com os escravos — até a proibição surgir na história moderna. Outros estudos feitos em camundongos sugerem que doses pequenas de cannabis aumentam a neurogênese — a formação de neurônios —, que tem um efeito antidepressivo. Se usada em grande quantidade por pessoas com tendência à depressão e psicose, no entanto, o efeito pode ser contrário. — Só se pode defender o uso medicinal da maconha se entendermos os grupos de risco — ressalta Sidarta Ribeiro, que em 2007 lançou com Renato Malcher o livro "Maconha, cérebro e saúde". Para o pesquisador, esses grupos seriam os mesmos do álcool: pessoas com tendência à psicose, gestantes, adolescentes, crianças e lactantes. Entre outros riscos, os de danos neurais. O uso medicinal é regulamentado, com restrições, em EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Itália, Suíça, Israel e Austrália. No Brasil, em maio de 2010, houve um simpósio internacional para defender a criação da Agência Brasileira da Cânabis Medicinal. Mas pouco se avançou. — A pesquisa tem que ser ampliada, até porque a maconha é uma planta que tem muitas substâncias diferentes dentro dela. Cada uma tem diversas propriedades medicinais, mas o que pode ser mais terapêutico é a mistura — explica Sidarta. Os especialistas que defendem o uso medicinal da planta chamam atenção para a falta de informação e orientação médica que são consequências da proibição. Onde a prática é permitida, os pacientes compram maconha em concentrações adequadas dos componentes benéficos para seus problemas. Além disso, o fumo, a forma mais comum de consumo, faz mal para a saúde. — Acho que precisamos avançar bem mais nesse debate. Há países em todo o mundo muito mais à frente. É preciso dar um salto de qualidade na discussão — encerra Sidarta. Para quem quiser se iniciar no assunto, pode começar pelo cinema. "Cortina de Fumaça" estreia nesta sexta no Cine Joia, com sessões às 20h30min, e no Cine Glória, com exibições às 16h e 20h. Além dos depoimentos, Rodrigo Mac Niven reuniu imagens de sua visita a dispensários na Califórnia, e a feiras e congressos sobre o tema. 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Usuário Growroom wallhack Postado September 2, 2011 Usuário Growroom Denunciar Share Postado September 2, 2011 Vamooo SIDARTAAAAAA !!!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom sano Postado September 2, 2011 Usuário Growroom Denunciar Share Postado September 2, 2011 Mac Niven falou bem no video! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom Maconheirão Postado September 2, 2011 Usuário Growroom Denunciar Share Postado September 2, 2011 esse pra mim é o melhor Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom sano Postado September 3, 2011 Usuário Growroom Denunciar Share Postado September 3, 2011 Fui lá! Conheci o Dartiu, troquei uma idéia com o Renato Malcher, muita informação! Agora o Cortina fechou o ciclo; foi filmado, produzido, lançado, fez o circuito de festivais, foi exibido em diversos eventos e, agora ta nos cinemas! Espero que depois saia em dvd! E quem quer mostrar aos pais ou amigos informação nova, essa é a hora, convida pra ir ao cinema! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom AnonimoBH Postado September 3, 2011 Usuário Growroom Denunciar Share Postado September 3, 2011 Sidarta Ribeiro, não o conhecia até assistir o que alguns estão chamando de "Docie Laranjeiras"(debate promovido por A Folha de São Paulo), e me tornei fã desse cara. Segundo o próprio, não é intenção dele, necessariamente, defender nossa causa, mas está fazendo isso de forma excepcional! Os produtores desse filme só pegou gente fera. Parabéns a todos! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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