Ir para conteúdo

Na Argentina, Revista Informa Sobre A Cultura Da Maconha


BARNEYS

Recommended Posts

  • Usuário Growroom

FOLHA

29/10/2011 - 07h50

Na Argentina, revista informa sobre a cultura da maconha

FRED LEAL

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora o mercado editorial argentino seja pródigo em títulos, não é segredo que a presidente recém-reeleita Cristina Kirchner vive às turras com jornais como "Clarín" e "La Nación".

Mas nesse ambiente em que a liberdade de imprensa não vive um mar de rosas com a Casa Rosada, as bancas de Buenos Aires vendem uma publicação cujo nome alude ao tetrahidrocanabinol -ou THC, na sigla em inglês-, o composto alucinógeno presente na maconha.

A revista "THC", vendida em bancas desde 2007, há cerca de dois anos passou a ser distribuída também no Uruguai. Em edições bimestrais, a revista dá informações sobre uma cultura que, por seu próprio status de ilegalidade, ganha foros de questão política e comportamental.

"Existe mobilização em todos os países da América Latina, seja na forma de lojas de cultivo ou evento cultural underground. Há bibliotecas 'canábicas' no México, ou mesmo outras publicações", afirma Alejandro Sierra, diretor-executivo da "THC".

Os portenhos ainda contam com pelo menos mais duas revistas que contemplam o assunto: a modernosa "Haze" e a revista "Mano", de cultura hip-hop.

"Calculo que em quatro anos tenhamos aqui na Argentina cinco periódicos, e as publicações continuam surgindo na América Latina. No dia em que tivermos quatro ou cinco revistas assim em cada país sobre a temática, trabalhando juntas e apontando para o mesmo lado, vai faltar muito pouco para uma mudança", prevê Alejandro.

Marina Lang/Folhapress 11299497.jpeg Capa da revista THC, vendida desde 2007 nas bancas de Buenos Aires

A revista "THC" se divide entre notícias, artigos de opinião e uma metódica seção dedicada ao cultivo da planta Cannabis sativa em todas as suas formas.

Celebridades da música e da televisão argentina são estampadas na capa, revelando seus hábitos de consumo do "faso" (gíria popular argentina para maconha) em entrevistas ousadas -o vocalista da banda Babasónicos, Adrián Dárgelos, aparece na capa da edição de setembro afirmando que a maconha "deveria ser plantada por aposentados e distribuída nas quitandas".

No Brasil, os defensores da legalização da maconha alegam que a criminalização do usuário sustenta a manutenção da corrupção policial e da criminalidade nas favelas. Já na Argentina, é costume encarar a questão por outro viés: o da legalização do cultivo como arma de enfraquecimento do tráfico.

"O cultivo doméstico na Argentina está explodindo", diz Sierra. "Um dado que temos que é fantástico é o fato de que, na capital (Buenos Aires), existem 4.800 bancas de jornal que vendem a revista e, desses jornaleiros, estima-se que cerca de 30% começaram a plantar maconha depois que ela saiu. É gente que comprava o prensado paraguaio regularmente e enxergou na 'THC' outra opção."

A revista foi lançada com circulação de 8.000 exemplares, e, ao fim de 2010, esse número já havia sido mais que quadruplicado, chegando a 35 mil revistas por bimestre -cerca de 2.000 delas são vendidas no Brasil.

Antes de chegar às bancas, o número zero da revista foi enviado para um público específico: todos os deputados e senadores argentinos receberam em seus gabinetes uma prévia, para que tivessem a chance de conhecê-la em primeira mão. A iniciativa deu certo, e a legalidade da revista nunca chegou a ser contestada.

No Brasil, Alejandro enxerga um cenário um pouco diferente: "estive no Brasil há pouco tempo e o que me surpreendeu é que todo mundo tem a palavra apologia na ponta da língua. Os policiais, as pessoas no bar, na praia, todo mundo. E o crime de apologia é uma barbárie, um grande problema contra a difusão da informação. O que sentimos que falta é justamente a informação clara e real, alguém que possa dizer 'isso é ruim, assim é melhor'".

Publicado originalmente na Folha de S. Paulo de 27/10/2011

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Lalala, tem uma foto minha na revista de agosto, a que ta atras da da gueixa aí na foto.... Eles tão indo eu já to voltando... Me pergunto, será que o repórter foi lá na redação pra falar com o Alejandro e ele abriu o armário da sala da diretoria? Huuheauh Potes enormes e cheios de fumo pegador... Ele iria se apavorar...

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Não consigo entender como o Brasil com a quantidade de pessoas que tem, consegue ser mais atrasado que a Argentina para isso. Se seguir assim, em 10 anos não vai sair nenhuma revista do gênero aqui.

É só ler o último parágrafo do texto:

"No Brasil, Alejandro enxerga um cenário um pouco diferente: "estive no Brasil há pouco tempo e o que me surpreendeu é que todo mundo tem a palavra apologia na ponta da língua. Os policiais, as pessoas no bar, na praia, todo mundo. E o crime de apologia é uma barbárie, um grande problema contra a difusão da informação. O que sentimos que falta é justamente a informação clara e real, alguém que possa dizer 'isso é ruim, assim é melhor'"."

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Falta é movimentação para criar um periódico independente, apoiado pelos meios nacionais (Growroom, Hempadão, Marcha). Mas deve ser sério e informativo, nada tendencioso e sensacionalimo.

Desculpe, mas não vejo dificuldade em criar tal. Mesmo que seja para distribuição digital.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Bonsai, é o vigésimo nono post que leio teu "criticando" alguma coisa que alguem fez ou deixou de fazer... acho que não é a melhor maneira de chegar em um forum, quer dizer que agora que tu tá aqui, tudo será feito? é sempre assim... Galera pisa no forúm e sai inventando rodas ou criticando o que ninguem fez e certamente o mesmo não o fará! No sapatinho, Bonsai...

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Criticar é homônimo. E seu significado é engraçado, pois destoa do ensinado pela mídia.

Vivemos em um mundo por demais complicado para bater cabeça na internet com desconhecidos, nem com amigos o faço. Geralmente ouço a opinião alheia e busco o melhor caminho. Brasileiro precisa compreender a existência de opinião divergente, caso contrário, não há possibilidades de militância com quaisquer que seja a fundamentação.

Um dia quando tiver 2000 posts, serei muito sábio, terei conhecimento de todo o caminho e hei ordenar que outros se calem, pois sábio sou. (Esta é a atitude que esperam, mas não são palavras de minha personalidade, apenas uma sarcasmo para que entendam a postura apresentada.) O que remete a nossos políticos dinossauros; Tempo de casa nada significa. Caso contrário, nossos juízes e políticos estarão sempre corretos. Estou enganado ou talvez a analogia não encaixe perfeitamente. Se tempo é algo importante, acredito que ninguém deva contestar o dinossauro que condenou o vulgo Sativa Lover há 7 anos de lamúria. Pensamento anos 50, li muito a cerca em livros.

Foi mal gente, mas agora sou uma pessoa com 30 posts, capaz de argumentar com vocês. E delongo, não há algo que assuste mais aos governantes, do que o proletariado informado.

Hipoteticamente caso fosse moderador, estaria confuso entre banir pensando na manutenção da ordem existente ou repensar minha postura. Me lembra o governo tal indecisão. Talvez seja desinformação.

Sem delongas, pois adoro escrever. Me retiro do GR, e deixo meu tempo livre à disposição de elaborar o projeto, basta aparecer um interessado por MP, somente um. ( É, não sou adolescente que discute por opinião, mas exponho fatos.)

Caso alguém tenha sentido ofensas com minhas palavras, humildemente estou a me desculpar. Felicidade a todos. =)

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Na boa velho, não é querer correr e o escambau, o movimento precisa de gente fazendo, senão deixa de ser movimento.

Começar é um bom começo. Por exemplo deixando de comprar beck na boca, fazendo seu próprio diário. Podes ter certeza que tem muita gente comprometida com a causa, e muita gente que quer ajudar, mas do jeito que tu chegou, com toda essa superioriedade e conhecimento de causa para criticar, a gente fica com um pé atrás...

Outra coisa, blablabla de banir... banir por que? continua escrevendo aí pra nós e nos ilumine até chegar aos dois mil posts.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Falta é movimentação para criar um periódico independente, apoiado pelos meios nacionais (Growroom, Hempadão, Marcha). Mas deve ser sério e informativo, nada tendencioso e sensacionalimo.

Desculpe, mas não vejo dificuldade em criar tal. Mesmo que seja para distribuição digital.

Ae Bonsai, já q é facin !!! Cria um pra nóis acompanhar ae !!!!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Eu sei!

Só pagando o frete de quase 50 reais mais o preço da revista direto com algum amigo teu que more na Argentina!

Vixi, esse esquema é osso..

Na matéria diz que cerca de 2mil exemplares vem para o Brasil, achei que tivesse outra forma de conseguir a revista.

valeu chuckizitto!

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 4 months later...

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Visitante
Responder

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...