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Fracasso Da Luta Antidroga Na América Latina Gera Debate Sobre Legalização


urutubsb

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  • Usuário Growroom

Fonte:Correio Braziliense

Publicação: 09/12/2011 18:57 Atualização:

México e Bogotá - A violência dos cartéis deixou milhares de mortos este ano na América Latina, particularmente no México, enquanto o consumo não parece diminuir, mostrando o fracasso da estratégia contra o narcotráfico, que alimenta o debate sobre a legalização de algumas drogas. O desânimo é constante entre os mexicanos, para quem as imagens de cadáveres desmembrados ou assassinados das formas mais aberrantes tornaram-se parte do cotidiano, com mais de 45.000 mortos, após cinco anos de uma estratégia baseada na mobilização militar contra os cartéis lançada pelo presidente Felipe Calderón.

Na Colômbia, maior produtor mundial de cocaína (350 toneladas em 2010), os cultivos de folha de coca diminuíram, mas os assassinatos aumentam, um fenômeno atribuído em parte às "Bacrim", novos grupos criminosos compostos por ex-membros de grupos paramilitares, totalmente dedicados agora ao narcotráfico. Cerca de 47% dos 17.000 homicídios cometidos em 2010 no país sul-americano são atribuídos pela polícia a esses grupos.

A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que também se financia do narcotráfico, mostra que mantém poder militar, apesar da morte de vários líderes, com ocupação de povoados e ataques à força pública. O mesmo ocorre nas florestas do Peru com grupos herdeiros do derrotado movimento maoísta Sendero Luminoso.

Mas a violência não apenas ocorre nas regiões isoladas onde se cultiva a folha de coca. Nos bairros marginais das grandes cidades latino-americanas, o confronto entre grupos que disputam a venda de derivados de cocaína, como o "paco" argentino, o "bazuco" colombiano e o "crack" brasileiro, deixam um rastro de morte.

Problema planetário

O tráfico de drogas "tornou-se um dos problemas planetários mais importantes, porque afeta a segurança de milhões de pessoas", declarou à AFP Louise Arbour, ex-alta comissária da ONU para os direitos humanos e procuradora do Tribunal Penal Internacional. Em junho, a Comissão Mundial sobre Política de Drogas, integrada por Arbour junto a personalidades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; Ernesto Zedillo, do México e César Garivia, da Colômbia; e o ex-secretário de Estado americano George Shultz, publicou um relatório que pede reformas radicais nas políticas antidrogas.

Do ponto de vista da saúde pública, o fracasso é notável: entre 1998 e 2008, o consumo de drogas subiu 34,5%, o de cocaína, 27%, e o de maconha, 8,5%. Nesse mesmo período, os conflitos financiados pelo tráfico tornaram-se um "peso cada vez maior sobre a integridade dos Estados na América Latina e África ocidental", afirmou Arbour.

O relatório da Comissão convida a debater a legalização de algumas substâncias, para diminuir a renda dos cartéis que dominam o mercado negro, e propõe aos países consumidores privilegiar os tratamentos de viciados. "Dar um tratamento de guerra ao narcotráfico e não de um problema de saúde foi um grande erro", afirmou o poeta mexicano Javier Sicilia, que após o assassinato em maio de seu filho iniciou mobilizações para lembrar as vítimas, inocentes ou não, da estratégia antidrogas de seu país. Essa luta "custou no México e em outros países milhares de vidas, destruiu famílias e desviou recursos milionários dos governos para atender um problema originado fundamentalmente pelo consumo nos Estados Unidos", completou.

Discussão franca e aberta

Em 21 de novembro, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, admitiu publicamente a necessidade de iniciar uma "discussão franca e aberta" sobre a possibilidade de legalizar algumas drogas. É a primeira vez que um presidente da Colômbia, que recebe ajuda militar milionária dos Estados Unidos, admite publicamente debater o tema. "Vale a pena analisar e discutir se o que estamos fazendo é correto, se o que estamos fazendo vai nos levar a alcançar o objetivo final", disse Santos em Londres.

As experiências de legalização, afirmam os defensores dessa possibilidade, mostram que não ocorre um aumento notável do consumo. Mas ninguém pode ter falsas espectativas, advertem especialistas. Uma iniciativa do tipo é impossível de se conceber sem apoio dos Estados Unidos, que consome 36% da produção mundial de cocaína. Nos Estados Unidos, "os políticos admitem de forma privada o fracasso da estratégia atual, mas não dirão publicamente", explica Michael Shifter, presidente do instituto Diálogo Interamericano com sede em Washington. Muito menos antes das eleições. "Em 2012 é um ano eleitoral e ninguém assumirá esse risco", completa Shifter, que admite esperar que exista uma "abertura cada vez maior" na opinião pública em relação à legalização da maconha.

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  • Usuário Growroom

enquanto isso na Bahia:

Polícias baianas ganham 200 fuzis da Marinha do Brasil

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Por solicitação da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o governo do Estado recebeu, nesta sexta, 09, 200 fuzis automáticos leves (FAL), de calibre

7.62 milímetros, que foram doados do acervo da Marinha do Brasil. Utilizados pelas Forças Armadas, em situações de guerra, os armamentos serão utilizados pelas polícias Civil e Militar para combater o crime organizado na Bahia, no enfrentamento a quadrilhas de tráfico de drogas, assaltos a bancos e carros-fortes.

Essa é a segunda doação de equipamentos militares por parte da Marinha ao Estado, que, com o reforço bélico, passa a contar com 350 unidades do FAL. A primeira solicitação foi feita em 4 de maio de 2009, quando foram concedidos à Polícia Militar 150 armamentos. Agora, do total de fuzis, mais 150 equipamentos passam a integrar o acervo da PM. Os 50 fuzis restantes vão compor o estoque da Polícia Civil.

Segundo o comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Carlos Autran, o convênio entre a Marinha e a SSP foi firmado no último dia 17 de novembro, a partir da assinatura de um termo de transferência e responsabilidade.

Programa - De acordo com o governador Jaques Wagner, o esforço do Estado no combate ao narcotráfico coincide com o programa do governo federal, que, na última quinta-feira, anunciou o investimento de R$ 4 bilhões, que serão destinados à prevenção, tratamento de dependentes químicos e repressão ao comércio de entorpecentes.

“É um momento de união contra aqueles que querem destruir a juventude, a família e o tecido social da nação brasileira”, declarou o governador, que considera o crime organizado do tráfico de drogas uma “multinacional” que movimenta bilhões de reais com o comércio de entorpecentes. “Por isso, não devemos nos separar em termos civis e militares, sejam eles da União ou do Estado, nessa tarefa dura e prolongada, que coopta e corrompe as pessoas”, disse.

Companhias - Segundo o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, os fuzis recebidos pela corporação serão alocados para as unidades especializadas, na capital e no interior, a exemplo do Batalhão de Choque e dos Comandos Independentes de Policiamento Especializado (Cipe) da Caatinga e do Semiárido.

Questionado sobre a utilização de armamentos de guerra nas cidades, coronel Castro respondeu que a polícia precisa estar à altura do poderio bélico dos criminosos. “Eles utilizam esse tipo de arma, e a Polícia Militar não pode ser ultrapassada”.

Conforme informou o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge, os fuzis serão destinados para as seis bases do Centro de Operações Especiais (COE), no interior e na capital. “Vamos distribuir igualmente, para que todos possam dispor desse material”, explicou. “Nós já realizamos algumas etapas de treinamento para o manuseio dessas armas e vamos avançar para qualificar o pessoal do interior”, assegurou.

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  • Usuário Growroom

Como diria BNegão: — Falta de vontade, disparidade entre discurso e atitude são maiores pilares dessa situação. —Escalafobética, patética, na qual nos metemos, pela qual vivemos e morremos.

Por um lado o Paulo Teixeira do PT agrada a classe média indignada com discursos anti-proibicionistas, do outro a atitude é a mesma de sempre, controle populacional: matar homens jovens de baixa renda. Esses fuzis poderiam muito bem serem usados num paredão em Brasília.

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é... muito bonito, mas são só palavras e mais palavras... e essa palhaçada de fuzis, por que entrar em guerra com quem vende drogas ? e não com quem rouba o dinheiro do povo ? o que é mais grave afinal ? realmente são muito mais criminosos, os políticos trouxas que nos roubam o tempo todo...

o importante é a gente continuar plantando, sem esperar!

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