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América Latina Lidera Debate Fim Da Guerra Às Drogas Enquanto Onu Permanece Fechada A Mudanças


Bas

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A Comissão de Narcóticos se reúne em Viena; ex-presidente Fernando Henrique

Cardoso participa de evento do Google+, que deve reunir centenas de milhões de

pessoas, para discutir política de drogas no dia 13

São Paulo, 12 de março de 2012 – Em meio ao crescente consenso da necessidade de

buscar alternativas à proibição total das drogas, lideranças políticas terão um insight

único sobre a opinião pública com o debate “É hora de acabar com a guerra às drogas”,

promovido pela Intelligence Squared e pelo Google+ nesta terça-feira, 13 de março, das

16h às 17h30 (horário de Brasília), no King´s Place, em Londres. O debate será

transmitido ao vivo para uma audiência inédita em uma discussão sobre política de

drogas. De acordo com os organizadores, no dia do evento, qualquer pessoa que entre

na página do YouTube assistirá automaticamente um trailer da transmissão ao vivo,

atingindo um público online estimado em até 800 milhões de pessoas.

Estruturado em três atos e apresentando debatedores e testemunhas, o evento contará

com um depoimento online/ streaming do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,

Presidente da Comissão Global de Política sobre Drogas, e um painel presencial do

empresário Richard Branson, fundador do Grupo Virgin e também membro da CGPD.

Mais sobre o evento: http://www.intelligencesquared.com/events/versus-drugs

“Há um claro aumento na percepção da sociedade sobre as falhas do atual modelo de

enfrentamento das drogas em nossa sociedade”, disse o ex-presidente Fernando

Henrique Cardoso. “Não podemos mais admitir os altos índices de violência no México,

Brasil, América Central e África Ocidental, os trilhões de dólares investidos nessa

guerra sem fim e os obstáculos às políticas de prevenção e redução de danos. Está na

hora de a ONU e os chefes de estado se engajarem em um processo construtivo rumo

à descriminalização do usuário, regulação de substâncias e programas de saúde

pública que podem reduzir a violência além de prevenir e aliviar o sofrimento dos

dependentes químicos”, aponta.

Na mão inversa ao debate desta terça, começa hoje em Viena, Áustria, a 55ª Sessão

Anual da Comissão de Drogas Narcóticas (CND) (1) com foco em fortalecer o programa

de drogas da ONU. Representantes de mais de 100 países discutirão a cooperação

internacional para combater as drogas e aplicação do modelo proibicionista. O escritório

das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNOCD) vai convidar os delegados a

celebrarem 100 anos de controle das drogas.

“Não esperamos mudanças nas convenções da ONU ou mesmo discussões

construtivas sobre políticas alternativas para lidar com drogas nessa reunião”, lamentou

Ruth Dreifuss, ex- presidente da Suíça e membro da Comissão Global de Política sobre

Drogas (CGPD), o mais distinto grupo de lideranças internacionais a pedir o fim da

guerra às drogas.

Ruth Dreifuss está participando da CND acompanhada do Professor Michel

Kazatchkine, Diretor Executivo do Global Fund/ HIV/AIDS e também membro da CGPD, !!!!!!!!!!!!!

para apresentar recomendações sobre uma política de drogas com foco na saúde. Esta

abordagem inclui a descriminalização do usuário, prevenção e experiências com a

regulação de drogas menos danosas, como a maconha, para reduzir a violência e os

prejuízos causados pela guerra às drogas. “A ONU deveria usar a ciência como base e

buscar consistência nessa questão, ouvindo entidades como a Organização Mundial de

Saúde (OMS) e a UNAIDS, que propõem redução de danos e saúde pública como

diretrizes para políticas de drogas”, afirma Ruth Dreifuss.

Enquanto a ONU segue focada em reforçar a proibição e ignora evidências científicas,

um debate de alto nível foi iniciado com o lançamento do relatório Guerra às Drogas (2)

pela Comissão Global de Política sobre Drogas em julho de 2011, que quebrou o tabu

sobre o tema. "Há uma distância óbvia entre o debate público cada vez mais vigoroso

sobre as alternativas à guerra contra as drogas e o fracasso contínuo da CND em

participar desse debate de forma significativa – ou, aparentemente, até mesmo em

reconhecer que ele existe", observa Steve Rolles, da ONG Transform Drug Policy, no

Reino Unido.

Para Mike Trace, da rede de entidades civis International Drug Policy Consortium, que

está acompanhando a agenda em Viena, essas limitações em reduzir a escala do

mercado global de drogas, somadas às consequências negativas da atual legislação,

indicam que os governos nacionais devem procurar opções de reforma de leis de

drogas que se adequem às suas realidades sociais e legais.

Parece ser este o caso para países da América Latina, continente mais afetado pelos

efeitos colaterais perversos da guerra às drogas como o crime organizado e a violência

urbana. A pressão política na região vem aumentando desde novembro de 2011,

quando o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, se tornou o primeiro chefe de

estado no cargo a declarar que alternativas de mercado deveriam ser consideradas

para lidar com o narcotráfico. Em fevereiro de 2012, o presidente da Guatemala, Otto

Perez Molina alimentou a discussão propondo um debate concreto sobre regulação de

drogas na América Latina, recebendo manifestações de apoio ao diálogo da Costa Rica,

Nicarágua, Panamá, Honduras e México.

O vice presidente dos EUA, Joe Biden, reconheceu o debate visitando a América

Central e conversando com autoridades no início de março para reiterar a posição da

Casa Branca em manter o padrão criminal na política de drogas. Presidentes da região,

como Felipe Calderón, do México, e Juan Manuel Santos, da Colômbia, concordaram

em ir à Guatemala em 24 de março para conversar amplamente sobre o assunto. A

reunião irá definir o cenário para a discussão formal que deve acontecer durante a

Cúpula Anual das Américas, em Cartagena, na Colômbia, em abril.

Notas ao editor:

(1) A Commissão de Drogas Narcóticas (CND) foi estabelecida em 1946 como uma

comissão funcional do Conselho Social e Econômico das Nações Unidas

(ECOSOC) para supervisionar a aplicação das convenções e tratados

internacionais que lidam com drogas narcóticas. A CND é o principal fórum de

desenvolvimento de política de drogas dentro do sistema da ONU. !!!!!!!!!!!!!

(2) Download do relatório da Comissão Global de Política sobre Drogas:

http://www.globalcommissionondrugs.org/Report

Mais informações:

Rebeca Lerer – Secretaria da Comissão Global de Política sobre Drogas

+ 55 11 9681-9637

rebecalerer@gmail.com

Agência Lema

Leandro Matulja/ Letícia Zioni/ Larissa Marques

agencialema.com

Informações à imprensa

Larissa Marques +55 11 3871-0022 r 204

larissa@agencialema.com.br

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A América Latina junto á Central, Ásia e África são os continentes que mais sofrem com esse tipo de deflagração, e a AL ainda tem algumas instituições e Estados fortes, então há resistência à esse tipo de política genocida, infelizmente os maiores governos do mundo continuarão a apoiar essa lucrativa política genocida enquanto a voz da população insatisfeita não se tornar maioria, os EUA já trabalharam as relações públicas do movimento e 50% já apóiam a descriminalização do mercado da maconha, agora falta p/ nós do Brasil conseguirmos educar nossa população até ao menos esse patamar.

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  • Usuário Growroom

E o Brasil??? Fernando Henrique apesar estar fazendo um brilhante papel a frente dessa comissão não representa o governo brasileiro, talvez o povo brasileiro esteja representado, e isto possa vir a ser ate mais importante diga-se de passagem, mas se faz necessário que o governo brasileiro possa enviar algum representante de seu governo para mostrar a posição oficial do Brasil!!!!! Esse posição caladinho em cima da muro, na moita, não dá! Queremos o debate público, amplo e democrático, somente assim podemos acabar com a ignorância!

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a posição do governo brasileiro, á medida que se aproxima cada vez mais de evangélicos e conservadores visando unicamente se perpetuar no poder é sem dúvida de manter criminalizado. o mesmo ocorre com o governo Obama, quando chegam ao poder as pessoas perdem a coragem, só pensam em reeleição !

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  • Usuário Growroom

"O escritório

das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNOCD) vai convidar os delegados a

celebrarem 100 anos de controle das drogas.

Celebrar 100 anos de controle do que? Tão de brincadeira, né?

Que falta de vergonha na cara!

Keep growin'

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  • Usuário Growroom

a posição do governo brasileiro, á medida que se aproxima cada vez mais de evangélicos e conservadores visando unicamente se perpetuar no poder é sem dúvida de manter criminalizado. o mesmo ocorre com o governo Obama, quando chegam ao poder as pessoas perdem a coragem, só pensam em reeleição !

Caro biscoito71, brabo, parece que a direita do nosso pais hj esta pra mais pra esquerda, e a esquerda extra direita!!!! Lulinha de cancer agora poderia se benificiar com a cannabis!

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  • Usuário Growroom

Da outra que teve fiquei na maior expectativa, mas no final não rolou, é foda tomara que dessa vez LEGALIZE!!!!!!

Pelo menos faz uma pressão no STF quando debater RE., muita gente da direita envolvida isso é muito bom! Por mais que não tenhamos grandes revoluções no congresso, já faz uma pressão aqui a legalização da marcha é trofeu e prova disso!

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Essa Intelligence² é uma puta organização que faz esses debates sobre questões políticas, da sociedade, é bom ver que estão envolvidos, acredito que será um grande evento de grande repercussão, agora o impacto que terá na prática das políticas é impossível de se prever.

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