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A Conspiração Canábica Um. Antes Da Segunda.


wave

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  • Usuário Growroom

Porque hoje é sexta. E o fim se aproxima.

Então façamos nossos ultimos pedidos antes do sábado.

-Garçon !, a saideira por favor. Manda da silver haze com lemmon ! Sem sementes aê, viu ?

Então encontrei esse material em memórias embaralhadas do presente recente. Estava perto das memórias por esquecer e daí resolví resgatar e soltar. Porque memoria solta é memoria compartilhada. Pois sabemos que da solta é melhor pra compartilhar.

Ou era pra ser algo diferente ?

A ConsPiração Cannábica.

A Isca Canabinoide.

A Qualidade da Cannabis na Natureza do Homem.

A natureza é aqui, mas só a enxergamos de binóculos. Algumas vezes, esta mesma natureza que consideramos externa e distante, se manifesta, ao mesmo tempo, lá fora e aqui dentro, em uma elegante e curiosa existência “espelhada”. Como uma coincidência planejada. Uma premeditação do acaso.

Das plantas que convivemos ao longo da História, a cannabis, em especial, ocupa boa parte da atenção do ser humano, em busca de uma pausa, um momento de alívio e de descanso em contrapartida à pressão e ao stress neurótico do dia a dia que nossa realidade infelizmente ainda insiste em elaborar. A cannabis é também diferente de outras plantas com características psicoativas, pois ela é a única que sempre foi considerada - exceto quando hoje a taxamos de “droga ilegal” - como uma companheira inseparável da humanidade com as suas propriedades transcendendo em muito seu aparatus psicoativo e recreacional.

Mas por que possuímos essa relação especial com a cannabis? Por que ela é uma planta que se apresenta tão perfeita para ser cultivada? E por que parece que ela sabe disso?

Estas são perguntas que venho fazendo a algum tempo, desde que aprendi que o barato da maconha não vem das folhas, como vem o barato do chá verde, nem dos caules como o barato da cana de açúcar. Não está em sua seiva, não está dentro dela. Sabia que eram das “berlotas”, mas não as via como flores, ou ouvira sobre a existência dos tricomas e suas resinas aromáticas. Apenas a usava, incólume e ignorante quanto à realidade da cannabis, como outros iguais a mim, desde há milhares de anos.

Porque a cannabis e seus poderes piscoativos, mesmo levando-se em conta todo o histórico dessa nossa relação simbiótica, será certamente eternizada enquanto ela possuir fisiologicamente suas jóias cristalinas, seu mistério vivo, essa sedução bioquímica a qual a humanidade corresponde desde a antiguidade, apesar de só ter sido desvendada pela ciência há apenas cento e poucos anos.

De uma certa maneira, podemos afirmar que a cannabis, em seu caminho evolutivo como espécie, em algum determinado momento, passou a metabolizar no seu coquetel bioquímico uma substancia cuja arquitetura molecular é justa como uma chave, como uma luva, a receptores - a “fechaduras” - localizados no nosso cérebro e por todo nosso organismo, distribuídos de forma inteligente e fundamental para o funcionamento harmônico e saudável do nosso conjunto mente/corpo.

A descoberta de nossas anandamidas com a ajuda dos cannabinóides deixa claro que, embora os seus receptores são a maneira útil de ficar sob o efeito da maconha, o seu propósito não é permitir que os humanos fiquem “doidões” com a cannabis. Mas, antes disso, estabelecer um mecanismo de controle e equilíbrio no nosso metabolismo.

O sistema cannbinoide e seus milhões de anos está no coração do desenvolvimento de novas espécies e na sua evolução. É um legado genético que expoem a complexidade sutil das reações químicas que permeiam a vida.

Em “nossa busca”, começamos procurando uma explicação que imaginávamos ser simples e obtivemos em resposta um novo e complexo universo metalinguístico entre células/usuários que parecem apreciar uma boa dose de THC para “lubrificar” as relações do “ambiente”. Um sistema endógeno de regulamentação auto-regulável, através dessa linguagem “fluxo” de mensagens/ferramentas.

A existência da resina na flor, que possui a substancia irmã gêmea da substancia que meu corpo produz, assim como outros animais, é prova cabal do contrato implícito da natureza entre nós e aquela planta, talvez a tornando, de fato, a mais humana de todas as nossas companheiras vegetativas. Essa bioquímica e seus nomes e funções é a chave que falta para o entendimento do processo do sistema cannabinoide e o uso medicinal da cannabis, na pesquisa do processo autoimune e na criação de terapias alternativas eficazes, trazendo, assim, para o debate da liberação e suas aplicações terapêuticas, um arsenal poderoso de verdades incontestáveis.

Atualmente, cultiva-se a planta - infelizmente, na clandestinidade -, como nunca se fez antes na história, graças a novas tecnologias de cultivo indoor e às técnicas hidropônicas. Assim, eliminando o tráfico que tanto violenta nossa sociedade e fazendo renascer a antiga e honesta relação entre nós e essas plantas, que só nos faz e fez tanto bem. Pois quando esse homem de antigamente, mais filho da terra do que nós somos hoje em dia, reconhecia na cannabis um instrumento para conhecer e auxiliar a sua própria natureza, ele forjava também uma das primeiras chaves da formação daquilo que hoje chamamos de qualidade de vida.

No entanto, o fato de nos encontrarmos em uma época confusa da civilização humana, com evidências de loucura coletiva – exemplificada pelo simples fato da proibição da cannabis - e embora tenhamos atingido um nível elevado de conquistas tecnológicas em vários campos do conhecimento, estamos pior que nossos ancestrais das cavernas, no que diz respeito à nossa convivência com a realidade da cannabis e sua interação com a humanidade. Ou seja, de um lado somos coerentes com a realidade fisiológica inerente ao homem e à própria cannabis e por outro, somos disfuncionais ao não utilizar as qualidades intrínsecas dessa planta. Deixamos de aproveitar o seu poder como instrumento importante, como peça de infraestrutura fundamental para alcançarmos um equilíbrio sustentável para a nossa sociedade, não apenas hoje, mas também nas futuras gerações.

O inexplicável começa quando percebo este sabor/sensação que me leva à cannabis. Essa qualidade que não tem nome, e que a planta trás como o aroma em sua flor, o doce da fruta, esse perfume/comida, sabor/sensação, é a maravilhosa estratégia de sobrevivência engendrada pela cannabis.

Agora, percebo também uma perspectiva diferente para as perguntas do início.

Por que possuímos essa relação especial com a cannabis? Por que ela é uma planta que se apresenta tão perfeita para ser cultivada? E por que parece que ela mesma sabe disso?

Deveríamos sempre ampliar nossa percepção desse “jogo” que chamamos evolução. Quando digo que é um jogo, outro vem e diz que ela possui suas leis; e outro já discorda, afirmando o contrário; e por aí vai: sem fim. Com essa “política” apenas o nosso próprio vocabulário evolui, cresce e se diversifica. Mas evoluir é crescer? É jogar? É diversificar?

Não devemos esquecer que a palavra não é a coisa e que nossas siglas são como números na conta da feira. O que interessa, na verdade, são as frutas e as flores. O que interessa é o real doce final de uma fruta ou o perfume florido exalando. O que sobra é o trabalho de manter a planta, facilitar a natureza a amadurecer a colheita. E, assim, seremos os seus servos, para sempre.

Ela sabe, sim. Sabia, desde o início.

Tudo fora planejado com muita calma, pois tempo não foi problema. Apenas copiar o que temos de mais agradável e pacífico, e deixar isso crescer. Ela nos ponderou, antes de nós mesmos o fazê-lo.

Como uma vigília orquestrada que busca a afinidade, a comunhão, nossa voyeur nos percebia de uma distância estratégica, antes de se colocar no nosso caminho. Durante muito tempo, sua alquimia fora sublimada para que seu aroma nos deixasse salivantes, curiosos, corajosos. Ela aprendeu os detalhes sobre como cultivar seres andantes. E, depois, praticou muito a arte de nos entreter, pois tinha toda a paciência do mundo para achar o que faltava e o que faria toda a diferença, trazendo como prêmio uma nova vantagem biológica. Uma carona evolutiva como uma manobra de prestidigitação genética. Uma ligação metabólica que nos conquistou por ser justamente como nós mesmos, porém melhorados, mais intensos e por muito mais tempo. Ela escolheu a crista da onda. E conquistou.

Isso é o ganhar e ganhar no jogo da evolução.

Parabéns a ela por essa conquista, que ela merece! A nós também, vítimas felizardas. A mim, a você aí, e, também, ao pai da sua namorada. Parabéns pra aquele cara também, lá atrás, há milhares de anos, nas cavernas, totalmente chapadão. Parabéns aê!

Feliz Fim de Semana.

Seja Solto e Se Compartilhe.

(Texto de Carlos Coelho. Quase um cannabista profissional. Alter ego e grande amigo meu)

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  • Usuário Growroom

legal, heim!!!!

gostei. mas...

...parece q rola um conflito ae, não?

seria então a cannabis uma força "alienígena" a subjugar a humanidade? ao final, quem vai vencer essa corrida evolutiva?

só sei que enquanto ela for usada como remédio, como lazer, me mantendo uma pessoa produtiva, honesta e saudável, nem penso duas vezes... TOCO FOGO E CORRO PRO ABRAÇO!!

hhahaha

e tem mais néh... a "sociedade" já tá (ou sempre foi) toda viciada em alguma coisa... é vicio em remédio, alcool, vicio em trabalho, coca-cola, vicio em religião, em esportes, vicio em sexo, drogas e rock and roll.

dos males, o melhor.

no final das contas, o que importa é ser feliz!

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  • Usuário Growroom

É legal a idéia do conflito porque é o conflito que nos leva a buscar um "descanço" dele através de todo tipo de "drogas". Drogas prá uns, drogas prá outros é tudo a mesma necessidade ou "carência". Carência que traduzimos como "esquecer" um pouco destes conflitos, do stress, dessa “Falta”, de um pouco da "Paz" que anula os conflitos.

Tudo vale a pena quando a alma não aguenta.

Viva a nossa liberdade para nos drogarmos e assim perdermos a nossa liberdade quando nos viciarmos. Viva.

Então às vezes nasce o conflito Com as drogas. Quando percebemos que as drogas São a fuga do que É e do que não gostamos de olhar porque é muito chato. Porque dá um trabalho da porra ter que lidar com tudo isso daquele jeito careta e de cara que fica chato porque quase dói também. Muito chato. Prefiro acender um. Mas daí acabou ou tô decidido a dar um tempo, ou as duas coisas ao mesmo tempo. Overdose de nada !!!

Mas aí me vem a perspectiva do copo meio cheio onde rotacionando nosso foco, podemos eventualmente adotar a própria real como uma "nova" droga. Uma nova real mais interessante e divertida que a anterior pelo menos enquanto durar a “experiência” da careticeanabis. Mas pra isso só depende de nós. Será ?

Então a bicha vem desde lá dos confins do tempo me seduzindo e durante todas essas vidas que tive tenho certeza que sucumbí a todos os seus encantos. Tudo bem. Foi Massa !! Muita Massa !! Mas me dá uma dor de barriga quando penso que tive todas e fumei todas elas. Mais rápido perto do final como quem não saceia a fome , ou seria a sede ? e continua a meter a cara, a correr correndo o risco de quebrar o pote. Foi Massa Demais !!!

Mas sei que vai acabar. Ou assim pede o contrapeso da real. Daquela real que era carente e dependente, daquela real que escondia a cara na fumaça, ou no brilho de alguma outra coisa. Da cachaça e da Tevê. Dela, de todas as comidas da materia.

Pois somos vício. Somos em essência algo que não larga o osso. Que não larga essa estrutura toda e cria as imagens que nos viciamos. Não encaramos as coisas como elas são. Pintamos elas das cores que gostamos. E a maconha também sabe disso talvez.

Ela talvez queira de nós o que muitos hoje em dia conseguem. Uma relação pacífica consigo mesmo. Não um outro vício. Mas a derradeira desintoxicação do que não nos liberta.

Taí um Tema excelente para um Sabático. Depois de um bom tempo se purificando, meditando e reencontrando a liberdade perdida pela ilusão das drogas do mundo ou daquelas cósmicas como a maconha, zerando a quilometragem pra começar novamente.

Não vemos a hora onde aqueles velhos amigos neurônios e suas velhas amigas sensemilhas vierem a se encontrar novamente. Porque tudo será novo de novo.

Porque é muito bom ter muita Massa !!!

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