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Cientistas Criam Maconha Que Não Deixa Usuários 'Chapados'


fmangreen

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  • Consultores Jurídicos GR

Com base na notícia deixo o seguinte pensamento:

A substância listada como droga pela portaria 344/98 é o THC, não se falando em absoluto em CBD. Assumindo então que a maconha da notícia não tem THC e contem apenas CDB, este seria um produto perfeitamente legal no Brasil.

Da mesma forma a portaria 344/98 fala apenas em "cannabis sativum", não tocando no nome "cannabis indica".

Só acho que haveria entrave em relação a essa última parte. As Sativas e as Indicas que conhecemos, na verdade, são variedades de uma só espécie, a Cannabis sativa. De modo que a portaria da ANVISA não teria deixado brechas.

É bem verdade que a discussão sobre a classificação taxonômica da Cannabis (gênero) tem enfrentado, desde a década de 1970, intenso debate. Incluindo batalhas judiciais nos EUA entre as forças proibicionistas e os setores liberais da sociedade civil que pretendiam a declaração de que a Indica não estava abarcada pela lei. Ambos os lados recrutaram seus próprios cientistas. Mas, no final das contas, ficou claro ao judiciário americano o objetivo da lei, vencendo as forças proibicionistas, que advogavam a existência de uma única espécie.

No fronte da Ciência não foi diferente. Com idas e vindas, tem se reconhecido a idéia de espécie única - notadamente por meio da aplicação de modernos métodos gênicos de análise. Há estudos divergentes, mas não conclusivos. De modo que predomina o entendimento inicial. A discussão não acabou, mas é ainda fortemente desfavorável aos que defendem a existência de uma segunda ou, pior ainda, de uma terceira espécie (ruderalis).

O Sérgio Vidal (Cannabis Medicinal: Introduçãoa o Cultivo Indoor, p.19) , por exemplo, reconhece que há uma única espécie. É verdade que ele o faz com base num critério biológico ultrapassado (capacidade de gerar descendência fértil), mas os critérios mais recentes não o contradizem.

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  • Consultores Jurídicos GR

Só acho que haveria entrave em relação a essa última parte. As Sativas e as Indicas que conhecemos, na verdade, são variedades de uma só espécie, a Cannabis sativa. De modo que a portaria da ANVISA não teria deixado brechas.

É bem verdade que a discussão sobre a classificação taxonômica da Cannabis (gênero) tem enfrentado, desde a década de 1970, intenso debate. Incluindo batalhas judiciais nos EUA entre as forças proibicionistas e os setores liberais da sociedade civil que pretendiam a declaração de que a Indica não estava abarcada pela lei. Ambos os lados recrutaram seus próprios cientistas. Mas, no final das contas, ficou claro ao judiciário americano o objetivo da lei, vencendo as forças proibicionistas, que advogavam a existência de uma única espécie.

No fronte da Ciência não foi diferente. Com idas e vindas, tem se reconhecido a idéia de espécie única - notadamente por meio da aplicação de modernos métodos gênicos de análise. Há estudos divergentes, mas não conclusivos. De modo que predomina o entendimento inicial. A discussão não acabou, mas é ainda fortemente desfavorável aos que defendem a existência de uma segunda ou, pior ainda, de uma terceira espécie (ruderalis).

O Sérgio Vidal (Cannabis Medicinal: Introduçãoa o Cultivo Indoor, p.19) , por exemplo, reconhece que há uma única espécie. É verdade que ele o faz com base num critério biológico ultrapassado (capacidade de gerar descendência fértil), mas os critérios mais recentes não o contradizem.

Ótimo artigo elgire, a discussão dessa "taxônomia jurídica" dá pano pra bastante toga, em especial nos EUA onde esse tipo de debate pegou fogo há um tempo atrás. Também me vinculo à teoria da espécie única, mas não podemos esquecer o valor da dialética.

Sem prejuízo, uma espécie que produz flores contendo somente CBD seria ilegal, enquanto a sua resina permaneceria dentro da lei. Meia maravilha!

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  • Usuário Growroom

eles sao a frente na maconha medicinal por isso mano, que maneiro neh...

virgula... meu tatuador empregou um tatuador israelita, o cara m pediu maconha mais fraca... pq tudo que ele fumava aqui no canada era forte demais.

ai perguntei sobre a medicinal... o cara me disse que é mó cu pra conseguir uma licensa medica.

alem de ter os foguetório e os caralheo a 4

e agora me criam uma maconha que num chapa....

EU NUM VOU PRA LÁ NUNCA

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  • Usuário Growroom

Saiu no G1 hoje também - 02.06.12 :

bbc.gif

02/06/2012 07h27 - Atualizado em 02/06/2012 07h46

Cientistas israelenses desenvolvem maconha medicinal

sem 'barato'

Pesquisadores conseguiram neutralizar a substância THC.

Planta foi desenvolvida pela Universidade Hebraica de Jerusalém.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/cientistas-israelenses-desenvolvem-maconha-medicinal-sem-barato.html

Pra mim, esse tipo de notícia é uma forma de tentar aceitaçao da sociedade. Não existe maconha sem THC, e a gente sabe que o CBD também chapa só que a sensaçao é corporal e não cerebral.

Por mim, tudo bem, se querem mudar o tipo de propaganda que fazem da canábis, antes falando bem do que mal, mesmo que as informações não sejam completas. A gente já sabe há muito tempo sobre os benefícios medicinais, e se agora vão tentar enfatizar isso, que o façam, tá mais do que na hora de enxergá-la como planta medicinal que ela é.

Também já sabemos que se isso acontecer o mercado da saúde vai querer sua fatia, e que ela vai ser beeemm grande. A minha preocupação é com a limitação de quantidade de plantas para o usuário pela ANVISA quando isso chegar por aqui.

Se isso acontecer, e é possível, a gente tem que estar preparado pra isso não se tornar algo arbitrário sem a nossa representatividade.

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  • Usuário Growroom

É que o THC da um efeito mais mental, e o CBD da uma body high... Entretanto, não entendo, pra mim o THC em sí que é benéfico a muitas doenças, estou correto? E tem strains com maior concentração de CBD, logo não entendo porque dar crédito a esses cientistas... A matéria parece ser escrita por gente burra. Não é porque tem menos THC, que o CBD em sí não da uma brisa.

Como sou biologo e entendo um pouco de efeitos de cannabinóides no cerebro, vou esclarecer uma dúvida que eu percebi ser bem geral da galera.

O canabidiol (CBD) sozinho, não tem efeitos psicotrópicos como muita gente pensa, somente na presença do THC que ele causa esses efeitos e também acaba potencializando os efeitos do THC. Logo, as variedades que são as mais fortes, são aquelas que tem um alto grau de THC e de CBD, porém o CBD muda bastante o efeito psicotropico comparado a variedades com menos dele. Isso justifica porque por exemplo, as pessoas dizem que as sativas do nordeste são mais ''levinhas''. Quando se tem baixas concentrações de CBD (mesmo tendo altas concentrações de THC) o efeito fica menos intenso, porém, não vem com o que para alguns é um problema que é a lezera!

Mais uma coisa, mais de 90% dos efeitos benéficos que a maconha pode causar é por causa do canabidiol e não por causa de outros canabinoides como o THC, então faz sentido essa variedade medicinal para pessoas que não querem chapar!

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  • Consultores Jurídicos GR

Ótimo artigo elgire, a discussão dessa "taxônomia jurídica" dá pano pra bastante toga, em especial nos EUA onde esse tipo de debate pegou fogo há um tempo atrás. Também me vinculo à teoria da espécie única, mas não podemos esquecer o valor da dialética.

Sem prejuízo, uma espécie que produz flores contendo somente CBD seria ilegal, enquanto a sua resina permaneceria dentro da lei. Meia maravilha!

ótimo post. Basicamente a mesma coisa que ia postar. Inclusive, quando rolou o projeto de lei de nosso coletivo, o termo que sempre era frisado, salvo engano, era "cannabis sativa L"...

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  • Usuário Growroom

O canabidiol (CBD) sozinho, não tem efeitos psicotrópicos como muita gente pensa, somente na presença do THC que ele causa esses efeitos e também acaba potencializando os efeitos do THC. Logo, as variedades que são as mais fortes, são aquelas que tem um alto grau de THC e de CBD, porém o CBD muda bastante o efeito psicotropico comparado a variedades com menos dele. Isso justifica porque por exemplo, as pessoas dizem que as sativas do nordeste são mais ''levinhas''. Quando se tem baixas concentrações de CBD (mesmo tendo altas concentrações de THC) o efeito fica menos intenso, porém, não vem com o que para alguns é um problema que é a lezera!

Mais uma coisa, mais de 90% dos efeitos benéficos que a maconha pode causar é por causa do canabidiol e não por causa de outros canabinoides como o THC, então faz sentido essa variedade medicinal para pessoas que não querem chapar!

Bom esclarescimento!!

Boa conclusão!!

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  • Usuário Growroom

Como sou biologo e entendo um pouco de efeitos de cannabinóides no cerebro, vou esclarecer uma dúvida que eu percebi ser bem geral da galera.

O canabidiol (CBD) sozinho, não tem efeitos psicotrópicos como muita gente pensa, somente na presença do THC que ele causa esses efeitos e também acaba potencializando os efeitos do THC. Logo, as variedades que são as mais fortes, são aquelas que tem um alto grau de THC e de CBD, porém o CBD muda bastante o efeito psicotropico comparado a variedades com menos dele. Isso justifica porque por exemplo, as pessoas dizem que as sativas do nordeste são mais ''levinhas''. Quando se tem baixas concentrações de CBD (mesmo tendo altas concentrações de THC) o efeito fica menos intenso, porém, não vem com o que para alguns é um problema que é a lezera!

Mais uma coisa, mais de 90% dos efeitos benéficos que a maconha pode causar é por causa do canabidiol e não por causa de outros canabinoides como o THC, então faz sentido essa variedade medicinal para pessoas que não querem chapar!

valeu, muito interessante ter o esclarecimento de alguem que tem mais conhecimento nessa area biológica!

Keep growin'

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