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"É Impossível Pensar Sistema Capitalista Internacional Sem O Dinheiro Do Narcotráfico"


∆-9-THC

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  • Usuário Growroom

"É impossível pensar sistema capitalista internacional sem o dinheiro do narcotráfico"

"É impossível pensar o sistema capitalista internacional sem pensar no dinheiro do narcotráfico", denunciou o jornalista José Arbex Jr. em Simpósio sobre Esquerda na América Latina. O tráfico de drogas movimenta cerca de 500 bilhões de dólares por ano, segundo dados indiretos. Algumas cifras chegam a 1 trilhão. "O dinheiro não está nas favelas nem nos morros, faz parte do sistema financeiro e sustenta grandes bancos", disse Arbex.

São Paulo - "É impossível pensar o sistema capitalista internacional sem pensar no dinheiro do narcotráfico", denunciou o jornalista José Arbex Jr. em Simpósio sobre Esquerda na América Latina, realizado na USP. A mesa também contou com a presença do historiador Henrique Carneiro, a especialista em História da Cultura Rosana Schwartz e Julio Delmanto, mestrando em História Social e membro do coletivo DAR (Desentorpecendo a Razão). O fio condutor do debate foi a relação de simbiose entre o proibicionismo e o sistema financeiro capitalista.

O tráfico de drogas movimenta cerca de U$500 bilhões de dólares por ano, segundo dados indiretos, algumas cifras chegam a quantia de U$ 1 trilhão. "O dinheiro não está nas favelas nem nos morros, faz parte do sistema financeiro e sustenta os grandes bancos", continuou Arbex. Para ele, o discurso da guerra ao narcotráfico é vazio, pois os países que se colocam como combatentes às drogas fazem parte da corrente altamente rentável do tráfico, logo, resistem tanto à legalização.

O jornalista explicitou a relação do tráfico de drogas com o de armas. Jogou luz ao fato de que as cifras acerca do comércio de armas no Brasil são desconhecidas, e mantidas em segredo "por questões de segurança", segundo a Taurus, uma das maiores fabricantes de armas no Brasil."Ninguém controla o dinheiro que movimenta o narcotráfico, assim como ninguém controla o dinheiro que cintrola o tráfico de armas. Isso serve aos interesses do capitalismo", continuou.

Carneiro explicou que o critério utilizado para determinar se uma determinada droga é ilícita ou não, é ligada a constituição da Ordem Internacional. Ou seja, um grupo de países determina, por unanimidade, quais drogas devem ou não serem aniquiladas. "Não existe fundamento científico", disse. Segundo ele, "a esquerda é cúmplice e agente da Ordem, cenário que aparentemenrente está de modificando", completou.

Julio Delmanto trouxe à tona as consequências da política proibicionista implantada na denominada "guerra as drogas". A proibição não só não resolve a questão, como promove o desenvolvimento das indústrias farmacêuticas e das clínicas particulares, a criminalização da pobreza, o encarceiramento em massa e as internações compulsórias. Para ele, a "delinquência útil", forma taxativa pela qual os usuários são denominados, é um instrumento para gerar a ilegalidade, altamente lucrativa e instrumento de controle da população.

O mote da fala de Rosana Schwartz foi a presença das mulheres frente ao tráfico de drogas, "não se fala tanto, não existem trabalhos sobre o assunto", disse. Segundo ela, há uma visão de que a mulher "é um ser que deveria ficar dentro de casa, mais propenso a ser degenerado". Sua pesquisa consiste, entre outras vertentes, em ouvir as mulheres que se envolveram no tráfico e entender suas posições como sujeitos sociais em uma realidade proibicionista e higienista. "O amor e o medo de perder o marido, na maioria das vezes, é apresentado como o principal motivo da entrada para o tráfico, e a função subalterna na mulher no meio disso tudo é evidenciado", completou.

O Brasil é um dos maiores exportadores de tabaco, de álcool e com uma indústria farmacêutica altamente lucrativa (alimentada pela indútria dos agrotóxicos e trangênicos), também é um dos países com a política de drogas mais ferrenha. "As razões do proibicionismo embasam-se no puritanismo e no controle social da força produtiva. O mercado clandestino é essencial para a sobrevivência do capitalismo, a proibição agrega valor à droga e é um prêmio para os traficantes", explicou Carneiro.

http://www.cartamaio...erarHomeAtual=1

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  • Usuário Growroom

Texto otimo, tudo faz sentido! Gostei dessa parte: "A proibição não só não resolve a questão, como promove o desenvolvimento das indústrias farmacêuticas e das clínicas particulares" pq logo antes tinha lido uma noticia sobre maconha e esquizofrenia que segue abaixo...

Da maconha à esquizofrenia

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Dra. Larriany Giglio*

Cada vez mais, o impacto do consumo da maconha na saúde pública vem ganhando atenção por parte dos pesquisadores e autoridades. Até hoje seu uso é visto por muitos como recreativo, o que é perigoso. Deve-se ter muita cautela ao discutir o consumo dessa planta, que provoca danos psicológicos como a progressão potencial para outras drogas, dependência, prejuízos no processamento de informações, transtornos de ansiedade e psicose.

Delírio, alucinações, depressão e perda da capacidade de raciocínio são os sintomas mais comuns da esquizofrenia, muito semelhante às sensações proporcionadas pelo uso da maconha. Tida pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) como um transtorno psíquico severo, a doença caracteriza-se principalmente pela alteração no contato com a realidade (psicose) e se manifesta habitualmente na faixa etária entre 15 e 35 anos. E, de acordo com estudos da OMS, atinge 1% da população mundial.

Cerca de 7% da população brasileira já experimentou maconha na vida, o que representa aproximadamente oito milhões de pessoas, segundo Dados do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas feito pela unidade de pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de São Paulo. Pessoas com predisposição genética para a esquizofrenia são mais suscetíveis à influência da maconha. Seu consumo é capaz de intensificar os sintomas psicóticos desse transtorno, intensifica o reaparecimento de crises e piorar a evolução da doença.

O uso precoce de maconha, especialmente durante a adolescência, é um fator de risco de quadros psicóticos. A dose e a duração do uso podem aumentar o risco de transtornos mentais. Entre estes o pânico, a depressão maior e quadros esquizofreniformes. É preciso precaução quando se considera a maconha menos perigosa do que outras drogas, ainda mais quando os efeitos relacionados ao seu consumo, tais como a psicose, vêm sendo diagnosticados cada vez mais entre seus usuários.

*Médica psiquiatra especialista em dependência química da

Clínica Novo Mundo.

O que seria do Dr. Laranjeira e desses tantos psiquiatras sem a demonizacao da maconha, sem a sua ilegalidade que dificulta reais trabalhos cientificos e como consequencia disso a VERDADE... As vezes ler reportagens como essas, que sao as unicas que aparacem no site da ABP( Associacao Brasileira de Psiquiatria) me desanimam em fazer psiquiatria... Ainda bem que existem psiquiatras sensatos como o Dr. Dartiu Xavier e alguns outros que nao se vendem a industrias farmaceuticas ou tentam enganar familias desesperadas para enriquecerem! PEACE OUT e desculpem colocar uma outra reportagem no topic!

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  • Usuário Growroom

A informaçao é o maior meio de combate a falida guerra as drogas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Em algum momento as pessoas irao acordar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Verdade, informação é a essência de tudo. O problema são as mentes fechadas que acreditam, sem questionar, no que o William Bonner fala no Jornal Nacional.

A mídia tem uma culpa muito grande nisso tudo, claro, por que tem interesses também na proibição. Filmar polícia subindo morro vende, mortes relacionadas a violência do tráfico vende, propagandas anti-drogas vende... tudo é dinheiro...

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  • Usuário Growroom

Verdade, informação é a essência de tudo. O problema são as mentes fechadas que acreditam, sem questionar, no que o William Bonner fala no Jornal Nacional.

A mídia tem uma culpa muito grande nisso tudo, claro, por que tem interesses também na proibição. Filmar polícia subindo morro vende, mortes relacionadas a violência do tráfico vende, propagandas anti-drogas vende... tudo é dinheiro...

O papel da mídia não é combater os males da sociedade e sim fazer com que as pessoas se acostumem com ele.

http://www.youtube.com/watch?v=oVZ_lLUIIyU

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  • Usuário Growroom

Realmente, isso pode ocorrer. Mas afirmar que isso é de interesse do capitalismo é falar besteira.

O verdadeiro capitalismo não tem nada a ver com manter drogas ilegais e funcionaria perfeitamente com as drogas legais. O sistema capitalista era pra ser contra a proibição das drogas.

O que aconteceu foi que babacas conservadores conseguiram enfiar uma lei absurda pelo mundo como essa. Lucrar com a proibição das drogas não tem nada de capitalista e sim com corporativismo, corrupção e etc...

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  • Consultores Jurídicos GR

Realmente, isso pode ocorrer. Mas afirmar que isso é de interesse do capitalismo é falar besteira.

O verdadeiro capitalismo não tem nada a ver com manter drogas ilegais e funcionaria perfeitamente com as drogas legais. O sistema capitalista era pra ser contra a proibição das drogas.

O que aconteceu foi que babacas conservadores conseguiram enfiar uma lei absurda pelo mundo como essa. Lucrar com a proibição das drogas não tem nada de capitalista e sim com corporativismo, corrupção e etc...

De fato, a proibição de drogas, em essência, não é do interesse do capitalismo. Em princípio, é até o contrário - o capitalismo industrial é filho da liberdade de mercado. Por sinal, no século XIX o então império britânico desencadeou uma guerra para evitar que drogas fossem proibidas. Refiro-me à Guerra do Ópio, produto rei no comércio sino-britânico.

O que ocorre, atualmente, é que o sistema financeiro tornou-se a tal ponto dependente do fluxo de capitais gerados a partir da política de criminalização, que, segundo economistas da escola de Chicago, uma descriminalização total e irrestrita implicaria uma grave crise econômica.

Não é por menos que semanas atrás um importante economista veio a público dizer que a Europa só não quebrou durante esta crise devido ao fluxo de dinheiro oriundo do narcotráfico.

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  • Usuário Growroom

Elgire,

Colocações muito boas. Gostei da referência histórica (sou apaixonado por História) e também da escola de Chicago.

Realmente, atualmente o narcotráfico anda movimentando muito dinheiro e anda sustentando muitas instituições financeiras. Porque? Na minha opinião porque apesar da crise, o consumo e demanda não abaixou e então o lucro dos traficantes continuou constante, lucro que foi remetido para lavagens de dinheiro em bancos, empresas e etc.

O problema é que o sistema capitalista não pode nem deve ser dependente desse dinheiro. Eu acredito que, com certeza, uma legalização total iria causar um abalo pesado nessas instituições e isso iria refletir na economia porém, na minha visão, o sistema iria rapidamente voltar ao normal.

A razão é porque os lucros iriam agora para empresas legais, parte iria como impostos. Claro, muitos iriam perder dinheiro com o fim da proibição...mas muitos iriam ganhar dinheiro. Acredito que o fluxo de capitais iria mudar mas manter o sistema.

A aberração de proibir algo tão procurado como drogas que causou todo problema. É um utopia achar que proibindo algo, vamos acabar com seu consumo.

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Elgire,

Colocações muito boas. Gostei da referência histórica (sou apaixonado por História) e também da escola de Chicago.

Realmente, atualmente o narcotráfico anda movimentando muito dinheiro e anda sustentando muitas instituições financeiras. Porque? Na minha opinião porque apesar da crise, o consumo e demanda não abaixou e então o lucro dos traficantes continuou constante, lucro que foi remetido para lavagens de dinheiro em bancos, empresas e etc.

O problema é que o sistema capitalista não pode nem deve ser dependente desse dinheiro. Eu acredito que, com certeza, uma legalização total iria causar um abalo pesado nessas instituições e isso iria refletir na economia porém, na minha visão, o sistema iria rapidamente voltar ao normal.

A razão é porque os lucros iriam agora para empresas legais, parte iria como impostos. Claro, muitos iriam perder dinheiro com o fim da proibição...mas muitos iriam ganhar dinheiro. Acredito que o fluxo de capitais iria mudar mas manter o sistema.

A aberração de proibir algo tão procurado como drogas que causou todo problema. É um utopia achar que proibindo algo, vamos acabar com seu consumo.

A demanda até que baixa em tempos de crise, mas como há oferta reprimida (pelo proibicionismo) isto não causa grande impacto na lucratividade do negócio, que também é alavancado pelo "custo risco" associado a legislações extremamente rígidas em relação ao tráfico.É claro que aqui estamos falando principalmente de cocaína.

Quanto à dependência do sistema econômico em relação ao capital do narcotráfico, entendo que uma saída razoável é a da legalização paulatina. Começando obviamente pela maconha.

Observemos também que a dependência financeira que temos da grana oriunda do tráfico não se restringe apenas ao capital direto, aquele obtido na venda e cujo fluxo sustenta uma porção de instituições financeira. Indiretamente, a repressão gera gastos governamentais bilionários com armas, sistemas de vigilância, pessoal etc. Paradoxalmente, a mesma industria que enriquece fornecendo aos governos engajados na "guerra às drogas", também obtém lucro com o tráfico que se defende da "guerra às drogas".

Isso sem falarmos nos interesses bastante conhecidos nossos, das indústrias farmacêutica, têxtil, petrolífera , dentre outras, na proibição da cannabis. Ou de poderosas e multibilionárias organizações governamentais que tem sua existência infame dependente da proibição - DEA, p.ex. Nos EUA até as empreiteiras lucram.... A prisão de traficantes e usuários é responsável por mais da metade dos encarceramentos americanos. Uma população de milhões de indivíduos, que movimenta uma máquina que envolve construtoras e outras gigantescas concessionárias públicas (lá eles costumam transferir para a iniciativa privada a exploração de cadeias e tal.)

Enfim, é muiiiiita gente ganhando dinheiro à custas da proibição. É uma luta complicada a nossa.

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  • Usuário Growroom

nossa realidade é triste amigos, nos somos meros escravos sem tempo pra recreação !!! acho que a maioria sabe que é enganada pelo governo, banqueiros, mais mesmo assim parece que gosta de se roubado, é surreal a parada,

mais da metade do planeta fuma maconha ama maconha, e poucos conseguem tornar ela um monstro, caracoles parece piada neh..

que ironia do destino, ae sorte que eu ja ta to me adiantando, não preciso que um sistema corrupto diga o que eu tenho que faze da minha passagem no planeta terra ahuahuahau !!!! o povo tem que acorda, pesquisa mais, perdendo a vida, é tudo que tem !!!!

aí fica aqui meu desprezo por essa sociedade escrota que é a nossa !!!!

paz amigos PAZ. ! viva la libertad

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  • Usuário Growroom

A proibiçao cria varios mercados ligados ao narcotrafico, traficantes tbm pagam impostos, eles lavam dinheiro para q?

A probiçao exige lavagem de dinheiro, subornos, armamento pra fazer a segurança, compra de materias desviados que saem mais caros. Tem muita gente lucrando com a proibiçao, a proibiçao sustenta a ganancia capitalista, pq o modelo capitalista em si é liberal e menor custo maior lucro, do ponto de vista de mercado legalizado sai mais barato pq não precisa dar comissao pra banqueiro, comprar quimicos a preços 3x o de mercado pq sao desviados, armamentos, subornos... Num mercado legalizado a unica coisa que o produtor precisaria gastar seria com oq ele iria produzir e transporte.

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  • Usuário Growroom

Grande Arbex, esta coberto de razão. O margem de lucro do trafico é muito alta , o exemplo da maconha é perfeito, uma erva que tratada como outra qualquer nao valeria 30 centavos o pé tem seu valor alavancado em 10000% em decorrencia unica da legislacao internacional. E claro que o aparato proibicionista, o embate ao trafico, o onus nos sistemas carcerarios, tudo isso movimenta cifras astronomicas, alem do fator citado pelo Julio, em que os EUA sao o maior exemplo, do poder do discurso moralizante e de embate ao narcotrafico que na realidade serve de controle social da população de baixa renda...

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