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Legalização Da Maconha Cria Oportunidades Para Vítimas Da Crise Nos Eua


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  • Usuário Growroom
Legalização da maconha cria oportunidades para vítimas da crise nos EUA

Lynsea Garrison

da BBC em Seattle, Estado de Washington

Atualizado em 8 de maio, 2013 - 14:15 (Brasília) 17:15 GMT
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Kimberly Bliss (esq.) e Kim Ridgway mostram os planos para abrir uma loja de maconha em Oympia

A legalização do uso recreativo da maconha no Estado americano de Washington (noroeste do país) está gerando a expectativa de oportunidades e lucro para muitos americanos atingidos pela crise econômica, que agora pensam em abrir lojas para vender a droga.

Em referendos realizados em novembro passado, tanto Washington quanto o Estado do Colorado (centro-oeste do país) se tornaram os primeiros nos EUA a aprovar esse uso para a maconha. Nos dois Estados, onde o consumo medicinal já era permitido, pessoas com mais de 21 anos passaram a ter direito à posse de 28 gramas.

Em Washington, as vendas começam em 2014, depois que a Agência de Controle de Bebidas Alcoólicas do Estado estabelecer as regras para os que vão cultivar, os que processam a maconha e os que vendem, uma tarefa que nunca foi feita antes.

Autoridades estaduais ainda não sabem a receita que será gerada pela maconha, pois o mercado nunca foi regulamentado. Mas analistas afirmam que o novo setor deve gerar até US$ 2 bilhões durante um período de cinco anos.

E esta perspectiva não inclui mercados secundários que a maconha legalizada poderá estimular como o de turismo, agricultura e indústria alimentícia.

Expectativa

Entre os moradores de Washington que pretendem lucrar com a legalização estão Kimberly Bliss e sua parceira, Kim Ridgway.

As duas mulheres perderam o emprego na capital de Washington, Olympia, quando o local onde trabalhavam, uma loja de venda de carne no atacado, foi vendido durante a recessão. Dois anos e meio depois, Ridgway ainda não encontrou um emprego fixo e Bliss conseguiu apenas um trabalho em meio período.

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A polícia e comunidade de Seattle têm sido tolerantes com o uso médico de maconha

Mas, com a legalização da maconha, Bliss e Ridgway agora fazem planos para abrir uma loja pitoresca no centro da cidade usando suas economias de cerca de US$ 20 mil.

"Vou trabalhar pelo meu sonho americano que é abrir uma loja de venda de maconha", disse Ridgway. "Será um grande alívio financeiro. E temos amigos que estão com dificuldades, então isto também vai colocá-los para trabalhar."

Entre as pessoas interessadas no novo mercado estão desde novatas como Bliss e Ridgway até os vendedores mais experientes que agora poderão sair da ilegalidade.

Muitos negócios deste ramo já estão legalizados em Washington, sendo os mais visíveis os que vendem maconha há anos para uso médico.

"Parte da razão para a legalização ter sido aprovada é que isto ocorre há algum tempo", afirmou o porta-voz da Diretoria de Controle de Bebidas Alcoólicas do Estado, Brian Smith.

"Já está na hora de regular esta coisa e conseguir os lucros deste produto para o Estado."

Sem impostos

Os locais que distribuem maconha para fins medicinais surgiram e progrediram no oeste do Estado há anos, apesar de as autoridades não saberem qual a receita gerada pois, até dezembro, o uso da maconha era ilegal no Estado e permanece ilegal à luz das leis federais. Portanto, estes locais não podem ter uma conta bancária.

Apesar disto, pelo menos 60 destas lojas que vendem maconha para fins medicinais abriram apenas na cidade de Seattle, a maior cidade de Washington.

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Shy Sadis arruma as variedades de maconha no balcão do The Joint

Em um deste locais, conhecido como The Joint, o ambiente é mais parecido com o de um dentista de cidade pequena e não com um covil de traficantes de drogas.

"Neste momento, patrocinamos um pequeno campeonado de futebol. Contribuímos com o Departamento de Polícia de Seattle, com (o time de beisebol) dos Fuzileiros Navais, com os Bombeiros de Seattle. Fazemos até uma arrecadação de brinquedos (para doação) todo ano", afirma Shy Sadis, gerente do The Joint.

O local tem uma sala de espera limpa, e o comportamento dos funcionários é profissional. Mas agora a companhia quer expandir suas vendas para o terreno recreativo.

"Seattle será uma Meca para a maconha e me orgulho de ser parte disto. Queremos pagar nossos impostos", disse Sadis.

Muitos que já estão no mercado temem que, com a legalização, as grandes empresas tomem o mercado das pequenas iniciativas antes mesmo que elas tenham tempo de se desenvolver.

No entanto, nenhuma grande corporação investiu diretamente neste mercado e não há previsão disso. Não antes que o governo federal decida se vai ou não tomar medidas contra o Estado de Washington por desobedecer leis federais.

Apesar de o referendo ter aprovado o uso recreativo de maconha em novembro, em março o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, disse que o governo ainda está analisando a resposta às novas leis para maconha no Estado de Washington.

fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130508_maconha_eua_legalizacao_fn.shtml

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