Usuário Growroom iceee Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 O fracasso do combate ao narcotráfico no continente americano levou a Organização dos Estados Americanos (OEA) a mexer em um vespeiro inédito para um organismo multilateral: aponta como tendência a legalização da produção, da venda e do consumo da maconha e sugere que os países discutam a medida como estratégia alternativa na guerra contra Marchas a favor da descrimina O polêmico debate sobre a legalização da maconha ganhou novo status após a divulgação de um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) que defende a flexibilização das ações de repressão contra a droga. Além de mobilizar especialistas como policiais, médicos e sociólogos, o tema deverá ser abordado com frequência cada vez maior em gabinetes diplomáticos e encontros presidenciais em busca de uma nova estratégia comum contra os entorpecentes, após 40 anos de fracassos da política de guerra total capitaneada pelos Estados Unidos. O documento de 400 páginas retrata o impacto das drogas sobre a região, defende a substituição das penas de prisão para os consumidores por outras medidas e sustenta que há "tendências" de que produção, venda e consumo da maconha possam ser legalizados, embora não recomende abertamente essa medida. O estudo é fruto de uma solicitação encaminhada à OEA para que os 35 países afiliados – entre eles o Brasil – tenham dados para formular uma nova política antidrogas. O texto afirma que "devem se avaliar os sinais e tendências existentes, que se inclinam a que a produção, venda e consumo da maconha possam ser despenalizados ou legalizados. Cedo ou tarde, deverão ser tomadas decisões a respeito." Essa é a primeira vez que uma entidade do porte da OEA aborda de maneira tão aberta a flexibilização das leis antidrogas. Para o professor da pós-graduação em Ciências Criminais da PUCRS Rodrigo de Azevedo, o documento é uma admissão do fracasso da política repressiva e altamente custosa defendida desde os anos 70 pelos Estados Unidos – que já investiram cerca de US$ 1 trilhão em ações contra as drogas. O subproduto dessa filosofia seria um mercado negro que soma cerca de 1% do PIB mundial, corrompe autoridades, superlota as cadeias e estimula a violência entre quadrilhas. – A própria Lei Seca americana deveria ter servido de exemplo de que esse tipo de política apenas cria um mercado negro – avalia Azevedo. Posicionamento é ponto de partida Assim, um maior abrandamento seria uma maneira de poupar recursos, que poderiam ser destinados a áreas igualmente problemáticas para países americanos, como educação e saúde, e amenizar chagas como disputas entre gangues. Para o professor de Relações Internacionais da UFRGS Paulo Vizentini, porém, o documento é "preocupante": – Acho grave a OEA lançar esse tipo de documento, porque é uma tentativa de impor um regime internacional. As populações dos países não foram ouvidas, e é ilusão pensar que a liberação da maconha vai resolver conflitos, até porque não é a única droga envolvida. A coordenadora do curso de Relações Internacionais da Unisinos, Gabriela Mezzanotti, afirma que o posicionamento da OEA deve ser visto como um ponto de partida: – Esse relatório é só o início de novas reuniões que vão ocorrer a partir de agora, não é uma regulamentação. É uma iniciativa que talvez possa apontar um caminho diferente. Médicos apontam perigo Um estudo comparativo realizado por especialistas brasileiros deverá ser lançado, na próxima semana, com a conclusão de que países onde aumentou a tolerância ao uso de maconha nos últimos anos também cresceu o consumo – principalmente entre jovens. Segundo o membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas (Abead) Sérgio de Paula Ramos, integrantes da organização avaliaram estudos científicos e levantamentos produzidos sobre países que adotaram posturas mais liberais em relação à Cannabis desde o começo da década passada. Entre eles estão Portugal, Áustria, Holanda, Reino Unido, alguns Estados americanos e o Brasil – onde a legislação abrandou a pena para o consumidor em 2006. – Os estudos mostram que, em todos os países onde houve algum nível de liberação, o consumo aumentou notadamente entre os jovens. Na Holanda, aumentou 5%, mas em Portugal o crescimento chegou a 50% – observa. Também foi verificada queda no preço do produto e um maior consumo de outras drogas. Segundo Ramos, isso confirmaria a hipótese de que a maconha acaba servindo como porta de entrada para outras drogas. – Aumentando o consumo de maconha, aumentará também a evasão escolar, a taxa de dependência química de outras drogas, índices de depressão e esquizofrenia – sustenta o médico. O psiquiatra Flavio Pechansky, diretor do Centro Colaborador em Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas da Capital, sustenta que não há justificativa médica para uma eventual liberação: – Os efeitos clínicos positivos para tratamento de glaucoma, por exemplo, não são maiores do que os efeitos colaterais a longo prazo como infertilidade, esquizofrenia e outras psicoses, e desagregação social. Continente em debate Veja como os países tratam o consumo de maconha Canadá O cultivo de maconha é ilegal no Canadá desde 1923, mas há uma exceção para o cultivo com fins de uso médico. Em duas ocasiões, – maio de 2002 e novembro de 2004 –, a descriminalização da maconha em pequenas quantidades para consumo próprio foi discutida. Os dois projetos de lei foram derrotados pelo parlamento. Estados Unidos Em novembro de 2012, eleitores de Colorado e Washington aprovaram a legalização da produção, da venda e do consumo da droga. Em ambos os Estados, é permitida a posse de quantidade limitada para maiores de 21 anos. Em 18 Estados e no Distrito de Columbia, é permitido o uso e venda para fins medicinais. México Assolado pela violência, o país é chave na discussão sobre o combate ao narcotráfico. O ex-presidente Felipe Calderón incentivou o debate na OEA, mas o novo presidente, Enrique Peña Nieto, diz que legalizar a maconha é um caminho equivocado. A posse de quantias consideradas de uso pessoal da droga não é crime. O Congresso avalia a legalização. Costa Rica, Belize, Honduras e Guatemala O consumo é ilegal. Em 2012, os presidentes, liderados pelo guatemalteco Otto Perez Molina, encaminharam à OEA o pedido que deu início à discussão. Molina defende a legalização da maconha. Colômbia O país combate com ajuda externa o narcotráfico e as guerrilhas. O presidente Juan Manuel Santos declarou estar aberto a discutir a legalização como estratégia alternativa de combate. Em Bogotá, o prefeito Gustavo Petro propôs a construção de centros onde viciados poderiam consumir as substâncias. A posse para usuários é descriminalizada. Argentina e Chile A Suprema Corte Argentina considera inconstitucional a penalização por pequena quantia da droga, desde que em local privado e para uso pessoal. O governo não apoia a legalização da venda e da utilização de qualquer forma. No Chile, o porte para uso pessoal não é criminalizado. O uso em público é punido com multas, serviço comunitário ou encaminhamento a programas de prevenção. Há iniciativas de senadores para despenalizar o cultivo para fins pessoais. Brasil O porte de entorpecentes para uso pessoal é infração penal. O consumidor não é condenado à prisão, mas a prestar serviço comunitário e a participar de programas educativos, quando se trata da primeira infração. O tribunal pode aplicar advertências verbais e multas. Uruguai O presidente José Mujica apresentou em agosto um projeto ousado para legalizar e regular o consumo e a produção de maconha. Em dezembro, Mujica voltou atrás e anunciou que suspenderia a proposta porque 64% dos uruguaios se opunham à liberação. FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2013/05/oea-da-a-largada-a-debate-sobre-descriminalizacao-de-drogas-4144337.html // Saiu até na capa essa notícia: 4 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom PLR Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 Bom pressentimento... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom Izzy420 Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 Sinceramente, odeio essas matérias da ZH quando o assunto é "maconha". Muito preconceito, ainda mais quando for um psiquiatra escrevendo. Semana passada quase rasguei o jornal lendo a matéria de uma psiquiatra chamada "marcha da desinformação", criticando nossa marcha, desinformada é ela que só vê os contras do uso da maconha mas não citou nenhum contra da proibição da mesma, só não rasguei o jornal pq tava no mercadinho. 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom Marchador Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 O Mujica não desistiu do projeto de legalização, isso é wishful think, ele apenas deixou pra mais tarde e está agora se concentrando em convencer o povo uruguaio que o melhor caminho é a regulamentação da maconha. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom Lone_Wolf Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 Nossa,os caras ainda insistem em porta de entrada...a minha porta de entrada pra maconha foi a cerveja...e ai? O Brasil,pelo visto ainda faz jus a sua historia recente.Pouco tempo atras,nao so vivamos sob uma ditadura 100% reacionaria e conservadora,como ajudavamos a difundila pela america do sul,auxiliando os EUA na Operacao Condor.O Brasil exportou torturadores para argentina por exemplo.Agora nao so somos o pais da america do sul que segue na direcao contraria do mundo,como ainda somos a frente de combate a liberacao,publicando documentos contrarios a mesma.Deprimente. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom relaxshark Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 Me corrijam se estiver errado...mas um dos poblemas que enfrentamos aqui no Brasil não é justamente o poder desses "especialistas" em drogas serem, em maioria, todos proibicionistas, os caras são coordenadores, presidentes de associações como o Sérgio de Paula, Flavio Pechansky... É isso que me deixa revoltado, eles manipulam dados e enganem esse povinho mediocre nosso! Nem preciso citar as falácias do Ronaldo Laranjeira né...no Roda Viva eu fiquei indignado de ele ficar falando e falando e poucas vezes intervirem nas besteiras que ele falava! Abraço e Paz Growers Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom cbgalo Postado May 22, 2013 Usuário Growroom Denunciar Share Postado May 22, 2013 Reportagem totalmente tendenciosa. Só mostrou os contras. Uruguai não desistiu! Foram no antro do Laranjeira para saber sobre maconha. PQP! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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