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Consumidores De Maconha Uruguaios Esperam Futuro Sem "Secas"


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

Droga | 02/10/2013 10:06

Consumidores de maconha uruguaios esperam futuro sem "secas" Futuro sem prisões nem "secas" (escassez de maconha nos mercados) é esperado pelos usuários uruguaios, após legalização de cultivo, compra e venda da droga
Álvaro Mellizo,

Sea Gallup/Gety Images

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Jovem enrola cigarro de maconha: consumidores de maconha preparam uma "revolução" na forma como até o momento mantiveram o ato de fumar

Montevidéu - Um futuro sem prisões e sem "secas" (a temida escassez de maconha nos mercados) é muito esperado pelos usuários uruguaios, depois que o Parlamento do país aprovar, como está previsto, a primeira lei do mundo que legaliza o cultivo, a compra e a venda da substância.

Faltando a autorização do Senado uruguaio, o que irá acontecer nas próximas semanas - já que por enquanto o processo está em discussão na comissão de Saúde - os consumidores de maconha preparam uma "revolução" na forma como até o momento mantiveram o ato de fumar, as consequências de sua prática e sua interação com o resto da sociedade.

O projeto uruguaio legalizará a produção e venda de maconha em lojas especializadas, assim como o cultivo pessoal para, entre outras coisas, combater o narcotráfico e cobrir o vazio legal que existe até o momento, já que o consumo da droga não prevê prisão no país desde 1974, mas sim seu comércio e cultivo.

"A primeira grande mudança será a da mentalidade, sem dúvida, e essa afetará a todos, porque durante muitos anos vivemos o fato de cometer um delito por comprar e vender. O usuário se sentia um delinquente por comprar", explicou à Agência Efe Laura Blanco, presidente da Associação de Estudos de Cannabis do Uruguai.

Segundo Laura, esta mudança, para os cultivadores domésticos, terá o valor agregado de eliminar "a ameaça da prisão", uma mudança "não menos importante".

A supressão deste estigma também foi considerada importante por Pablo e Alejandro, dois usuários e cultivadores de cannabis consultados pela Efe, que se mostraram muito satisfeitos perante a ideia de não cometer mais um delito só por seguir com seu vício."Não é pouca mudança. E isso coloca o Uruguai em perspectiva em relação a outros países da região, nos quais, por plantar maconha para consumo próprio, sem prejudicar ninguém, você pode ser preso por até oito anos", contou Pablo.

A possibilidade de comprar em um estabelecimento autorizado foi considerada também muito positiva pelo cidadão espanhol que chegou ao Uruguai há três anos.

"Tenho mulher e um filho, e não tenho mais a mínima vontade de ir comprar maconha para meu consumo recreativo. O trato com traficantes é sempre cheio de problemas", reconheceu.

De acordo com números da Junta Nacional de Drogas, 20% dos uruguaios de idades entre 15 e 65 anos consumiu maconha alguma vez em sua vida e 8,3% o fez no último ano, o que revela a facilidade que qualquer um pode conseguir a droga no país.

Segundo comentaram à Agência Efe vários consumidores, a maconha paraguaia que é consumida no país - considerada "muito ruim" - pode ser conseguida com apenas uma ligação ou perguntando a qualquer "um que veja vagueando por praças ou parques".

"Antes de plantar, comprava 25 gramas de maconha por 500 pesos (aproximadamente R$ 50) a pessoas de confiança. Sei que agora está cerca de 700 pesos . Caso exista ainda, porque há um ano e meio há uma "seca" e quase não há oferta", declarou Alejandro.

Para este pai de dois filhos que cultiva em casa há dois anos, a eliminação da escassez pela nova lei, junto com a melhoria da qualidade do produto, serão dois atrativos que também resultarão da medida do governo, tal como a diminuição da renda do narcotráfico, que depende da necessidade das pessoas "pagarem por uma porcaria".

"Vai desanimar o traficante se o Estado procurar maconha a bom custo e de boa qualidade. Mas a marginalidade e os problemas com outras drogas não serão solucionados com esta medida", opinou.

Alejandro disse que aconteça o que acontecer com o "experimento" que será realizado no Uruguai, será positivo porque demonstrará que "legalizar não será o fim do mundo".

"E mais, acho que, pelo lado econômico, será bom para o país. Será investido dinheiro em pesquisa e produção de cannabis industrial. Estou convencido que pessoas com maior poder econômico que fumam maconha paraguaia refinarão seus gostos e terão prazer em pagar por produtos melhores ou farão esforços para plantá-los", concluiu.

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    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
    • o teu chegou? o meu já passou por Curitiba mas tá devagar (pelo menos o pior já passou) kkkkkkkkkk
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