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Os Zumbis, A Cannabis E O Grupo De Risco


aleluia

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  • Usuário Growroom
http://www.youtube.com/watch?v=zaOB7hFcGkU

Comecei minhas concatenações quando vi o vídeo dos zumbis a origem, que na verdade foi uma campanha publicitaria brasileira contra o crack.

E fui vendo o vídeo e ouvindo vários depoimentos dos atores-zumbis dizendo que começaram com a maconha e tal e quando viram estavam fumando crack e com a vida destruída e eu só pensando... que aff... essa ladainha proibicionista de novo.

Mas no final do vídeo descobri que os depoimentos eram de viciados reais.

E fiquei pensando...

Tantos usuários de cannabis (não gosto do termo maconha, acho pejorativo) que levam o consumo a vida inteira numa boa, outros que param espontaneamente, a maioria que passa sem maiores danos pela experiência. E outros que apenas experimentam diversas outras drogas, mas gostam mesmo da ganja (to nesse grupo).

Mas principalmente fiquei pensando em por que um grupo acaba viciado e fudido e outro (a maioria dos usuários de cannabis) não. E o que os dois grupos tinham em comum?

Sim... apesar das vidas dos usuários saudáveis de cannabis e dos doentes viciados em crack tomarem rumos totalmente distintos, em algum momento tivemos algo em comum. Isso não pode ser negado.

E cheguei a uma conclusão.

Nós, usuários cannabicos, em algum momento de nossas vidas, estivemos no grupo de risco.

Sim, sejamos sinceros, antes mesmo de fumar pela primeira vez, o que você esperava da experiência além de um estado mental diferenciado?

Difícil dizer que você esperava a introspecção e sensibilidade causada pela ganja, ou qualquer outro efeito positivo, até por que você desconhecia seus efeitos na prática.

Você buscava uma experiência que você não sabia ao certo o que era.

Eu particularmente experimentei várias outras drogas, não viciei em nenhuma, incluindo ai a nociva dupla cigarro e álcool. Tenho a impressão que muitos dos foristas e consumidores de maconha já experimentaram outras drogas ilícitas, numa proporção muito maior que em outro grupo da sociedade.

E aí está... o tal efeito escadinha: "ta vendo... começou na maconha e agora ta crack" Ocorre em menor escala no grupo de risco, que busca pela experiência mental diferenciada perfeita, sem encontrar satisfação em nada (inclusive no próprio crack).

Lógico, nem precisava salientar, que felizmente a esmagadora maioria tem consciência. A maioria encontra saciedade quando fuma um baseado.

Esse de maneira alguma é um discurso proibicionista, o risco existe, quer seja ilegal ou não. Só quis traçar um paralelo entre os que se mantém íntegros e os que vivenciam o vício infernal.

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  • Usuário Growroom

Pois é irmao...

essa questao de grupo de risco, qualquer ser humano esta sempre em um grupo de risco... seja na alimentação, ou quando escolhe andar de bike em vez de carro...

Eu inalava diluente de error/ex e tinner com bubaloo aos 12 anos... nem sabia o que era maconha, pensava que tinha alguma coisa a ver com as seringas e agulhas que eu via nas propagandas proibicionistas da época.

Depois de passar muito tempo cheirando, a conclusão é que... depois que passa o efeito... o cara tem que ir pra casa e pronto !

E sobre risco... voce diz risco de ficar iguais aqueles zumbis do filme?

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  • Usuário Growroom

Duvido que qualquer um deles usou maconha antes do álcool, e duvido que qualquer um dos que usavam a crack após a maconha teriam passado a utilizar crack caso o mercado da maconha fosse regulado, fiscalizado e controlado.

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  • Consultores Jurídicos GR

Oq tds tem em comum eh a atracao por estados de conciencia alternativos.

Todo o resto -- q eh oq importa -- pode ser diferente.

Em outras palavras, o fato de vc e um atual dependente de crack terem fumados juntos seu primeiro baseado ha 15 anos atras nao te coloca em um "grupo de risco".

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Quando dizem que a maconha é a porta para outras drogas infelizmente está certo de acordo com as estatísticas.

Mas como são levantadas essas estatísticas?

-Perguntas feitas a viciados, logicamente a maioria começou pelo leve e depois se perdeu no errado.

O que acontece é dentre a lista dos ilícitos a maconha está ali sem reais motivos. Crack, oxi, cocaína, cigarro são drogas que deixa dependência química. Diferente da maconha. O tipo de gente que eu gosto de chamar de "mente fraca", segue a risca, acha que maconha é um tipo de droga ilícita por jus, e acaba achando que da mesma forma que a maconha faz bem a alguém, as outras drogas farão com consequências irrelevantes, como a da nossa erva.

Aqui onde moro tem uma casa de show gigante, a maior da cidade. O dono de lá é o maior cheirador de cocaína que já vi em toda minha vida. Mas mesmo com isso ele consegue manter sua vida e sua empresa normalmente, sem interferências.

Meu irmão tem duas empresas relativamente grandes, ele cultiva e fuma todo santo dia. Isso nunca interferiu em nada. O que eu tiro de lição disso, é que só se perde quem realmente quiser. Quem não se informa e usa tudo o que vê pela frente.

Tenho 17 anos, fumo desde os 14 quase todo final de semana. Desde meu primeiro trago é difícil lembrar um final de semana que eu não fumei. E mesmo assim continuo com meu estágio, com estudos e curso. Esse ano eu tive uma das melhores notas no ENEM do meu estado. Estou bastante satisfeito com minha vida.

A maioria das pessoas que conseguem perder toda sua vida se envolvendo com drogas, são pessoas sem acesso as informações, ou inconsequentes, BURRAS. Fumam maconha, gostam e sabem que as consequências são absurdamente mínimas. E aí começam a achar que toda droga é assim. Se perdem usando várias outras coisas que te levam a dependência química e tu não consegue mais sair.

Não é de hoje que sabemos que é possível conciliar sua vida com a erva. Ela não te atrapalha em nada. Na real você mesmo se atrapalha, deixando aquilo como prioridade da sua vida, deixando de fazer coisas importantes para tua vida pessoal, pra apenas pra ficar brisando.

Sempre tive muitos problemas em casa, meu pai era alcoólatra, tem cirrose e quase morreu inúmeras vezes. E de todos os amigos maconheiros dele, apenas alguns se perderam. Os que eram racionais, seguiram sua vida fumando sua erva, e hoje tem sua casa, família e emprego assim como todo mundo. E nenhum deles tiveram que passar por tudo que meu pai passou com o álcool. Nem chegaram perto da morte por culpa da erva.

Mas pra concluir, não é a erva que te atrapalha ou abre as portas para outras drogas. Quando você é consciente tu sabe muito tem qual a consequência de cada uma delas, sabe as que te deixam dependentes e não. Se o cara se perde e vira um "zumbi", a culpa não é só da droga. É PRINCIPALMENTE dele mesmo. Até porque antes de você se viciar, quando foi experimentar foi você que foi atrás do uso não é mesmo? Até onde sei, ninguém te obriga a usar nada que você não queira. Se afundou sabendo das consequências.

Uma frase que eu levo pra minha vida, do nosso querido Chorão é:

"Pra quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião".

Não é impossível conciliar tudo q tu usa com tua vida normal. Basta ser consciente.

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  • Consultores Jurídicos GR

Tenho 17 anos

Ate mais amigo. Volte ano q vem, com 18.

Pela analise dos dados estatisticos a maconha nao eh porta de entrada, a nao ser q vc ignore os inumeros vieses na conducao enconclusao dos estudos que apontam nesse sentido.

Abs

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  • Usuário Growroom

Esse comercial é um atentado à dignidade humana dos usuários de crack, pois compara seres vivos com "cadáveres semovente". Não percam seu tempo vendo.

Aleluia, se algum dia estivemos e grupo de risco isso nada tem a ver com planta cannabis e suas substancias, e sim com o sistema proibicionista que ao mesmo tempo que tira o controle do Estado dá o monopólio do comercio à pessoas violentas que estão à margem da sociedade. Essa história de porta de entrada é BALELA, pois se for assim o leite materno foi a porta de entrada.

Forestbreeze, cade essas estatísticas? O estudos que conheço implodem qualquer acusação da maconha por si ser a porta de entrada. E ainda vem me falar OXI??? Já reparou que a "nova ameaça Oxi sumiu do jornais? Porque será? Não existe isso de mente fraca, existe a pessoa e suas circunstancias. O que ela passou até estar ali com aquele cachimbo na boca. Qual seu passado, quais seus traumas, qual seu presente, qual seu futuro? Isso que vai influenciar em como ela irá se relacionar com a farmacologia do que esta consumindo.

Ficam falando do crack como algo extremamente deletério, comparam seus usuários com zumbis, mas na verdade estão fazendo uma odiosa caricatura da miséria e da falta de perspectiva de vida que vivem muitos desses usuários. Ninguém chama de zumbi o advogado de um jogador de futebol que foi filmado fumando pedra em BH, ninguém chama o prefeito de Toronto de zumbi, mas chamam de zumbis os abandonados pelos Estado e pela Sociedade que vivem na miséria e perspectiva de vida.

Recomendo que leiam a pesquisa do Carl Hart, e verá que o problema do crack nada tem a ver com a substancia e sim com a pessoa e suas circunstancias.

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