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Em Meio A Debate Sobre Legalização, Cresce O Número De Dependentes De Maconha


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  • Usuário Growroom
Em meio a debate sobre legalização, cresce o número de dependentes de maconhaUsuários da erva representaram 10% dos atendimentos no Centro Mineiro de Toxicomania em 2012 e 2013, índice maior que há 4 anos. Para instituição, debate sobre o tema provoca busca por ajuda. Associação médica sugere que há droga mais potente em circulação

Flávia Ayer

Pedro Ferreira

Publicação: 02/02/2014 06:00 Atualização: 02/02/2014 07:33

20140202064932176263i.jpg Enquanto avança o debate sobre a legalização, cresce o número de dependentes da erva que precisam ser tratados em instituições especializadas em Belo Horizonte Somente hoje, cerca de 1,3 milhão de brasileiros devem acender um cigarro de maconha. Considerada mais leve em relação a outras drogas ilícitas, a erva ganha popularidade e apoio, a ponto de um juiz do Distrito Federal ter considerado sua proibição inconstitucional em decisão divulgada na semana passada, mas já modificada em instância superior. Um balanço do Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), porém, lança alerta sobre os riscos do vício em maconha para uma parte dos usuários. Segundo dados do CMT, principal centro de atendimento a dependentes de álcool e outras substâncias do estado, o percentual de pessoas tratadas no centro por causa de efeitos negativos da erva saltou de 6,7% do total de pacientes, há quatro anos, para a casa dos 10% em 2012 e 2013 – álcool e crack lideram o ranking.

Para a instituição, o crescimento do percentual de pessoas que recorreram a tratamento para abandonar a maconha está relacionado ao debate mais intenso em torno da legalização, o que deixaria usuários mais confortáveis para buscar ajuda. “O ambiente do debate permite uma circulação de informações e opiniões que antes estavam caladas. Permite que o assunto seja discutido além da questão policial e, assim, as pessoas se sentem mais à vontade para pedir ajuda”, considera o coordenador do Núcleo de Ensino e Pesquisa do CMT, Gustavo Cetlin. Em 2012 e 2013, 189 pessoas procuraram a instituição para tentar abandonar o vício. Em 2010, havia 63 dependentes tentando parar de fumar maconha.

Para alguns especialistas e pacientes, a circulação de uma maconha mais forte, por vezes misturada com outras substâncias, como o crack, também pode estar contribuindo para o fenômeno. “Antes, a erva era mais natural, mas agora perdeu o sabor por causa da química.” Quem compara é o carpinteiro Samuel da Silva Mariano, de 46 anos. Ele frequenta a Casa Azul, local de acolhimento de usuários de drogas no Bairro Novo Cachoeirinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Samuel conta que experimentou maconha ainda criança e nunca mais conseguiu largá-la. “Parti para a cocaína, crack, LSD e outras drogas. Consegui me livrar de todas depois, mas não consigo sair da maconha”, afirma.

20140202065153423505e.jpg Samuel faz tratamento para largar o vício: 'A erva perdeu o sabor por causa da química'
No caso do administrador de empresas E., de 28, a luta é para se manter longe da erva. Com apoio da família, ele começou o tratamento há um ano para abandonar o vício, que mantinha desde os 13. Nos últimos anos, ele fumava três cigarros por dia. “Sempre falei que maconha era tranquilo, mas não é. É pesada, te congela no tempo. O que tento agora é achar a realidade, sair da estaca zero”, descreve. O passado não lhe traz orgulho. Foi reprovado duas vezes no colégio, levou 10 anos para concluir a graduação e manteve por muito tempo um relacionamento conflituoso com a família. “A maconha acabou influenciando muito nisso. E acabei experimentando LSD. Tive síndrome do pânico e depressão”, conta E.

Dependência
O psiquiatra Valdir Ribeiro Campos, da Comissão de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais, sugere que a procura por tratamento pode estar associada a um maior grau de dependência. “A maconha da década de 1960 não pode ser comparada à de hoje, que tem níveis mais altos de tetrahidrocanabinol (THC). O poder de vício é maior”, afirma o médico, que tem registrado aumento do número de jovens que procuram tratamento em seu consultório, a maioria usuários de maconha. Ele cita o estudo “Abuso e dependência da maconha”, da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que apontou que a concentração do THC em amostras de maconha está 30% maior do que há 20 anos.

Entre ativistas que defendem a legalização, a possibilidade de que parte da maconha vendida irregularmente esteja mais forte, o que contribuiria para busca maior por tratamento, reforça a necessidade de regulamentação. “O mercado ilegal é que entrega produtos não controlados. Com a legalização, o estado poderia criar uma agência reguladora garantindo a distribuição de produtos certificados”, defende Thiago Vieira, do Movimento pela Legalização da Maconha (MLM), que integra também a Rede Nacional de Coletivos e Ativistas Antiproibicionistas (Renca). Para Gustavo Cetlin, do CMT, na hora de tratar a dependência, é mais importante entender cada usuário do que discutir a potência da droga. “É preciso entender o contexto em que a droga é usada”, diz. O especialista afirma que há usuários de maconha que conseguem manter mais laços afetivos com família e trabalho. “As outras drogas trazem mais isolamento social”, afirma.

Vaivém na justiça
Um juiz do Distrito Federal absolveu um homem flagrado com 51 trouxas de maconha no estômago ao entrar no Complexo Penitenciário da Papuda. O magistrado Frederico Ernesto Cardoso Maciel considerou que a droga é “recreativa”, julgou incompleta a portaria do Ministério da Saúde que inclui o tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da droga, entre as substâncias entorpecentes e avaliou a proibição como “fruto de uma cultura atrasada”. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal reverteu a decisão na quinta-feira. Há duas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse considerar a droga não mais perigosa que o álcool ou o tabaco.

A erva no Brasil
7%
dos brasileiros adultos já experimentaram maconha (8 milhões de pessoas)

42%
do total (3,4 milhões de pessoas) saram no último ano

37%
do total (1,3 milhão) são dependentes

Fonte: Levantamento Nacional do Consumo de Álcool e Drogas (Lenad/Unifesp)

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/02/02/interna_gerais,494123/em-meio-a-debate-sobre-legalizacao-cresce-o-numero-de-dependetes-de-maconha.shtml

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  • Usuário Growroom

O problema da dependencia ou habito tabagista, ou qualquer outro habito pode trazer maleficios a saude, a convivencia social. Como fora dito, ao meu ver, depende do contexto. No brasil a maconha é vista como moeda do trafico. Mesmo plantando nosso proprio cultivo ainda sofremos o s preconceitos da hierarquia do mercaxo e do sistema vigente. O que coloca a possibilidade de um dialogo a respeito do assunto um tanto distante dos responsaveis no país.

Ao mesmo tempo, por motivo de dominio e estagnação na desmistificação do assunto, nao só a qualidade é reduzida, como a pressão social aumenta, tornando inviavel um procedimento averiguado em outros países, como o uruguai.

O comercio da erva sempre existiu,.sempre foi especiaria na civilixação humana. Assim como, entre tantos outros mercados, entre eles do refinamento de produtos alimenticios, ou mesmo o açucar, ou o sal, podem causar problemas vitais. E para agravar mais a assunto, a tentativa de impedir a socialização desse tema atrasa em muito o processo evolutivo entre: mercado e direitos, deveres e acompanhamento (medicinal, ou médico). O que acaba por gerar vibraçõrs positivas mediante a impossibilidade de reverem os meios pelo qual as drogas são tratadas pela sociedade no brasil.

O que vemos ainda é o medo em ambas as partes. Em assumirem-se responsaveis pela qualidade, distribuição e eficiencia do mercado, seja recreativo, religioso, medicinal ou, de dependencia prejorativa... Muitas vezes ocasionadas pela irresponsabilidade e não entendimento de ambas as partes.

O trafico não é algo que deva ser combatido, mas compreendido, respeitado e inserido nas possibilidades do mercado legalmente difundido. Assim como a base, suporte e interação, disponi ilidade do usuario com o meio.

Ou seja, melhor prevenir que remediar. Melhor permitir que a evolução do assinto na pratica gere bons frutos, do que rncerra-lo por falta de compreensão! (de ambas as partes)

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  • Usuário Growroom

Sim tuftuf, no brasil infelizmente, as condiçoes ou opçoes de futuro seja pelo lado legal ou nao sofrem muita pressão externa de dominio. O que faz com que o país, pais e demais se encontrem em muitos casos desfavorecidos.

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  • Usuário Growroom

Acredito qe a sociedade se alimenta de mitos e tabus para explicar a magia, ou perda do controle, da vida. Muitas vezes esse estado de conciencia ê induzido por motivos de suposta ordem. Porem é assim, a vida não é conclusão, mas ... Continuidade, evolução. Como por exemplo os bosons sugerem uma possibilidade fisica de uso atomico que evoluiria o uso da bomba atomica como arma nuclear. Um simples querer e a pesquisa ganhou espaço no mercado. Falar de bosons eh falar de Deus... Nao da guerra, da morte e do medo de faltar, ou nao entender.

A maconha tem seus beneficios e tem seus prejuizos. Assim como o sol... Como a agua... Como tudo.

Fumar maconha pode lhe trazer uma visão premeditada de futuro, de existencia, comunhão... Assim como lode ser motivo interpretado por doença, mal, paranoia, esclerose. Vejam socrates, jesus que hoje é tão adorado e citado... Hoje a humanidade se permitiu, atraves da perda ou mito, se beneficiar de algum proveito em cristo. Assim como o uruguai, o colorado estarão nos proximos anos se beneficiando do cultivo...

Enquanto em outros paises naada se houve dizer sobre o opio, a heroina.... Fonte de inspiração tanto para artistas como a medicina.

Infelizmente nao serão palavras que justificarao todas as guerras quando este tempo passar. Assim como nao sera mais um baseado o motivo justificado de desarmonia entre mercado legal e historia da civilização humana em harmonia com este periodo.

Ainda, pelo que vejo... O growroom eh um lugar para se dialigar o assunto.. Aprender sem repreender. Evoluir sem desmistificar a magia que todos sentem ao ver um fenomeno tão divino como o cristalizar das plantas.

Felizmente fora aberto um meio que possibilidade a clarividencia do fenomeno. E para que isto continue eh necessario que as margens ou extremos do assunto nao sejam referencia conclusiva... Mas abrangente...

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  • Usuário Growroom

Por fim, a maconha tem se mostrado um mercado generoso... Muitas ate mais generoso que as drogas legalizadas.

A iniciativa de enviar para o extremo sul esse convite faz do brasil um potencial parceiro no entendimento, muitas vezes conflituoso, na vigencia. Assim como os investimentos no norte do mercosul favorecem o país como base de auxilio entre ambos e demais continentes.

Encerrar vidas, possibilidades de expansão e beneficios de expansão mediante a competividade realmente faz muitas vezes o que pode ser positivo ganhar carater prorrogativo.

Amém!

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  • Usuário Growroom

Cultivar não é diminuir a força ou renda do trafico, mas beneficiar o nicho da cannabis, do direito livre e social do arbitrio em gerar vida. O assunto da legalização não gera frutos ao mercado da cannabis... Ainda se faz uso do conflito como forma exclusiva de desenvolvimento... Ou seja,o desrespeito em relaçâo ou busca a harmonia com o habitat e seus recursos oferecidos.

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  • Usuário Growroom

Então se o cigarro de tabaco nascesse no quintal , seria proibido ? Todos que fumam são dependentes . Já vi que o problema é econômico e não de preocupação com a saúde do usuário . Você pode beber um litro de caninha da roça e morrer de cirrose , contanto que vc pague os impostos , está tudo bem ! Tenho vergonha de morar em um país tão hipócrita e mentiroso . O que eles querem é confundir as pessoas . A maconha é um remédio no mundo todo , só onde a corrupção manda que ela é proibida . :420:

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  • Usuário Growroom

O dano real é quando o usuário começa muito antes da maioridade, e esse consumo por menores acontece muito também por causa da proibição, mas não dá pra ser hipócrita, no Brasil nada é bem regulado, álcool se vende para menores de idade, tabaco, vende-se de tudo, a diferença é que o álcool e tabaco podem ser comprados como menor de idade, caso o menor encontre um vendedor disposto, enquanto maconha, cocaína e crack, devido seu status ilegal, pode ser comprado por menores de idade em todas bocas de fumo.

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  • Usuário Growroom

Estudo aponta que usar maconha aumenta as chances de ter filhos viciados Especialistas, contudo, ressaltam a importância de mais pesquisas Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar

Paloma Oliveto - Correio Brasilienze Publicação:31/01/2014 14:00Atualização:31/01/2014 09:56

Os que defendem a legalização da maconha argumentam que se trata de liberdade individual. Nem tanto, segundo um estudo recente, publicado na revista especializada Neuropsychopharmacology. Os pesquisadores da Faculdade de Medicina Mount Sinai, de Nova York, encontraram evidências de que o consumo da droga na adolescência está associado a uma probabilidade maior de os descendentes se tornarem dependentes de drogas. O experimento foi realizado com ratos, mas a principal autora, Yasmin Hurd, professora de psiquiatria, farmacologia e química biológica, acredita que o resultado pode influenciar as políticas de liberação da cannabis.

Anteriormente, Hurd havia constatado, também em camundongos, que a exposição precoce à maconha aumenta o risco de, na idade adulta, se buscar compensações químicas para satisfazer o cérebro em drogas mais pesadas. Agora, ela resolveu investigar se o consumo teria implicações para as gerações futuras, mesmo sem exposição direta à substância psicoativa.

ampliar.gif20140126084929260668o.jpg
Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais sobre o estudo
“Estudos evidenciam que o uso de drogas, incluindo maconha, por parte dos pais, traz prejuízos aos filhos. Mas essas pesquisas levam em consideração o consumo durante a gestação e na época da concepção. Queríamos saber se o uso de drogas antes disso poderia trazer implicações negativas à descendência”, explica Hurd. O resultado da pesquisa indicou que ratinhos cujos pais tiveram contato com a principal substância psicotrópica da maconha, o THC, durante a adolescência tinham mais riscos de exibir comportamentos compulsivos e de buscar a autoadministração de heroína.

Isso acontece, explica Hurd, por causa da epigenética. Esse conceito se refere a características transmitidas à geração seguinte sem que tenha havido uma modificação no DNA. Alguns estudos têm fornecido evidências fortes de que o vício pode ser hereditário. Nesses casos, os pais com genes que os tornam mais propensos a serem dependentes passam essas variantes aos filhos. A epigenética, diferentemente, está associada à exposição ambiental.

Pesquisas com gêmeos, que têm DNA praticamente idêntico, mostram como as experiências exercem uma influência tão grande sobre o indivíduo quanto a sequência de genes. Substâncias como tabaco, álcool e outras drogas imprimem suas marcas no material genético do indivíduo. Sem provocar mutações — alterações na ordem das letras —, elas promovem mudanças químicas nas moléculas do DNA. Essas características adquiridas pelos genes podem ser transmitidas aos filhos.

No experimento do Mount Sinai, os pesquisadores expuseram ratos adolescentes a doses de THC. Quando os animais estavam adultos e já não tinham contato com a substância psicoativa, eles foram colocados para cruzar. Os fetos não foram expostos no útero, já que, na gestação, as fêmeas viviam em um ambiente livre de cannabis. Ao atingir a adolescência, os ratinhos demonstraram um comportamento típico de dependentes químicos.

Além de exibir alterações motoras associadas à compulsão, eles se esforçavam e se arriscavam mais que outros animais para acessar uma infusão de heroína deixada no recinto pelos pesquisadores. Análises do sangue dos animais indicaram que eles tinham impressos nos genes alterações químicas que, no cérebro, estão associadas aos sistemas de recompensa, os mesmos implicados no vício. “Não tenho dúvidas de que evidenciamos que a cannabis afeta não apenas quem se expõe a ela, mas as futuras gerações também. Isso deveria ser considerado pelos legisladores que consideram legalizar o consumo da maconha.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo, mais de 20 milhões de pessoas são dependentes da cannabis, sendo que seu consumo é particularmente alto (30%) entre indivíduos de 16 a 24 anos. “É a população mais suscetível aos efeitos danosos da maconha”, observa Hurd. O principal ingrediente ativo, o THC, age no cérebro ao se ligar a receptores localizados nos neurônios. Essa união desencadeia uma série de reações químicas, regulando o metabolismo, a sensação de prazer, os processos cognitivos e a ingestão de alimentos. Quando o THC superestimula os receptores canabinoides, há uma redução das habilidades de memória, da motivação e, gradualmente, ocorre a dependência.

Busca por comprovação
Estudioso da relação entre epigenética e uso de drogas, o psiquiatra David A. Nielsen, do Bayler College of Medicine, na Inglaterra, diz que as pesquisas que investigam essa associação ainda estão muito embrionárias, o que requer um aprofundamento do resultado alcançado pelos colegas de Mount Sinai. “A epigenética evolui rapidamente. Mas o vício ainda é um campo órfão comparado a outras áreas de pesquisa, como a oncologia”, diz.

Uma revisão sistemática dos poucos estudos a respeito da epigenética e da dependência em ópio, álcool e cocaína, contudo, permitiram a Nielsen avaliar que alterações na expressão do gene influenciam as respostas iniciais e continuadas à droga, ao desenvolvimento da tolerância que leva ao vício, ao afastamento e ao relapso. “Aparentemente, as mudanças epigenéticas estão associadas ao vício mais em consequência da exposição direta à substância do que a uma predisposição biológica”, observa. Mas ele não descarta que essas alterações influenciem, futuramente, a descendência. “Pesquisas sobre mudanças na metilação do DNA provocadas pelo uso de drogas sugerem a possibilidade de a epigenética predispor um indivíduo a uma vulnerabilidade maior à dependência química.”

Para Thomas Kosten, também pesquisador do Bayler College of Medicine, estudos futuros terão de confirmar os resultados de Hurd e verificar se a predisposição ao vício é passada para mais de uma geração. Mas ele diz que esse e outros trabalhos oferecem indícios fortes. “Ainda não temos uma associação causal definitiva entre o abuso de drogas e as mudanças epigenéticas, e as relações estatísticas estão apenas começando a ser replicadas. Contudo, todas as evidências mostram que a dependência e as mudanças epigenéticas não são apenas uma coincidência. Aparentemente, o efeito das drogas sobre a regulação dos genes ocorre em duas direções: a epigenética é um fator de risco, aumentando a predisposição, ao mesmo tempo em que o uso da droga provoca mudanças epigenéticas”, diz.

Venda legal
Em 1º de janeiro, a indústria da maconha recreativa abriu suas portas em oito cidades do estado americano de Colorado, até agora o único a legalizar a produção e o comércio do entorpecente. Até então, esses estabelecimentos só existiam na Holanda, país que permite a compra e a venda de cannabis, mas onde cultivá-la e processá-la são atos ilegais. Nos próximos meses, Washington se juntará ao Colorado. O senado uruguaio aprovou, em dezembro, a produção e a venda da maconha para cidadãos cadastrados, mas a medida ainda não vigora.

fonte:http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/01/31/noticia_saudeplena,147331/estudo-aponta-que-usar-maconha-aumenta-as-chances-de-ter-filhos-viciad.shtml

EU NÃO SOU RATO

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  • Usuário Growroom

putz, que matéria tendenciosa e besta...

gosto de maconha, mas acho que gosto mais de cultivar do que usar, acho que fumo 1 ou 2 vezes por mês, então vou dizer do que sou mais dependente:

uma xícara de CAFÉ quando acordo.

uma CEVA na quarta, quinta, sexta, sábado e domingo.

um COMPRIMIDO quando a dor de cabeça bate,

gerada pelo STRESS... que é ter que trabalhar duro pra sustentar minhas dependências...

também sou muito dependente de amor da minha família e namorada, que acho que isso pode matar mais gente do que a maconha, por excesso ou falta... mas amor tu não compra do traficante, nem na farmácia e nem no mercado, então, por enquanto, acho que tá liberado...

obs.: essa foi a primeira vez do mês que fumei, então por isso devo tá viajando nos posts, não reparem.. hehe :icon_spin:

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  • Usuário Growroom

Estudo aponta que usar maconha aumenta as chances de ter filhos viciados Especialistas, contudo, ressaltam a importância de mais pesquisas Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar

Paloma Oliveto - Correio Brasilienze Publicação:31/01/2014 14:00Atualização:31/01/2014 09:56

Os que defendem a legalização da maconha argumentam que se trata de liberdade individual. Nem tanto, segundo um estudo recente, publicado na revista especializada Neuropsychopharmacology. Os pesquisadores da Faculdade de Medicina Mount Sinai, de Nova York, encontraram evidências de que o consumo da droga na adolescência está associado a uma probabilidade maior de os descendentes se tornarem dependentes de drogas. O experimento foi realizado com ratos, mas a principal autora, Yasmin Hurd, professora de psiquiatria, farmacologia e química biológica, acredita que o resultado pode influenciar as políticas de liberação da cannabis.

Anteriormente, Hurd havia constatado, também em camundongos, que a exposição precoce à maconha aumenta o risco de, na idade adulta, se buscar compensações químicas para satisfazer o cérebro em drogas mais pesadas. Agora, ela resolveu investigar se o consumo teria implicações para as gerações futuras, mesmo sem exposição direta à substância psicoativa.

ampliar.gif20140126084929260668o.jpg
Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais sobre o estudo
“Estudos evidenciam que o uso de drogas, incluindo maconha, por parte dos pais, traz prejuízos aos filhos. Mas essas pesquisas levam em consideração o consumo durante a gestação e na época da concepção. Queríamos saber se o uso de drogas antes disso poderia trazer implicações negativas à descendência”, explica Hurd. O resultado da pesquisa indicou que ratinhos cujos pais tiveram contato com a principal substância psicotrópica da maconha, o THC, durante a adolescência tinham mais riscos de exibir comportamentos compulsivos e de buscar a autoadministração de heroína.

Isso acontece, explica Hurd, por causa da epigenética. Esse conceito se refere a características transmitidas à geração seguinte sem que tenha havido uma modificação no DNA. Alguns estudos têm fornecido evidências fortes de que o vício pode ser hereditário. Nesses casos, os pais com genes que os tornam mais propensos a serem dependentes passam essas variantes aos filhos. A epigenética, diferentemente, está associada à exposição ambiental.

Pesquisas com gêmeos, que têm DNA praticamente idêntico, mostram como as experiências exercem uma influência tão grande sobre o indivíduo quanto a sequência de genes. Substâncias como tabaco, álcool e outras drogas imprimem suas marcas no material genético do indivíduo. Sem provocar mutações — alterações na ordem das letras —, elas promovem mudanças químicas nas moléculas do DNA. Essas características adquiridas pelos genes podem ser transmitidas aos filhos.

No experimento do Mount Sinai, os pesquisadores expuseram ratos adolescentes a doses de THC. Quando os animais estavam adultos e já não tinham contato com a substância psicoativa, eles foram colocados para cruzar. Os fetos não foram expostos no útero, já que, na gestação, as fêmeas viviam em um ambiente livre de cannabis. Ao atingir a adolescência, os ratinhos demonstraram um comportamento típico de dependentes químicos.

Além de exibir alterações motoras associadas à compulsão, eles se esforçavam e se arriscavam mais que outros animais para acessar uma infusão de heroína deixada no recinto pelos pesquisadores. Análises do sangue dos animais indicaram que eles tinham impressos nos genes alterações químicas que, no cérebro, estão associadas aos sistemas de recompensa, os mesmos implicados no vício. “Não tenho dúvidas de que evidenciamos que a cannabis afeta não apenas quem se expõe a ela, mas as futuras gerações também. Isso deveria ser considerado pelos legisladores que consideram legalizar o consumo da maconha.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo, mais de 20 milhões de pessoas são dependentes da cannabis, sendo que seu consumo é particularmente alto (30%) entre indivíduos de 16 a 24 anos. “É a população mais suscetível aos efeitos danosos da maconha”, observa Hurd. O principal ingrediente ativo, o THC, age no cérebro ao se ligar a receptores localizados nos neurônios. Essa união desencadeia uma série de reações químicas, regulando o metabolismo, a sensação de prazer, os processos cognitivos e a ingestão de alimentos. Quando o THC superestimula os receptores canabinoides, há uma redução das habilidades de memória, da motivação e, gradualmente, ocorre a dependência.

Busca por comprovação

Estudioso da relação entre epigenética e uso de drogas, o psiquiatra David A. Nielsen, do Bayler College of Medicine, na Inglaterra, diz que as pesquisas que investigam essa associação ainda estão muito embrionárias, o que requer um aprofundamento do resultado alcançado pelos colegas de Mount Sinai. “A epigenética evolui rapidamente. Mas o vício ainda é um campo órfão comparado a outras áreas de pesquisa, como a oncologia”, diz.

Uma revisão sistemática dos poucos estudos a respeito da epigenética e da dependência em ópio, álcool e cocaína, contudo, permitiram a Nielsen avaliar que alterações na expressão do gene influenciam as respostas iniciais e continuadas à droga, ao desenvolvimento da tolerância que leva ao vício, ao afastamento e ao relapso. “Aparentemente, as mudanças epigenéticas estão associadas ao vício mais em consequência da exposição direta à substância do que a uma predisposição biológica”, observa. Mas ele não descarta que essas alterações influenciem, futuramente, a descendência. “Pesquisas sobre mudanças na metilação do DNA provocadas pelo uso de drogas sugerem a possibilidade de a epigenética predispor um indivíduo a uma vulnerabilidade maior à dependência química.”

Para Thomas Kosten, também pesquisador do Bayler College of Medicine, estudos futuros terão de confirmar os resultados de Hurd e verificar se a predisposição ao vício é passada para mais de uma geração. Mas ele diz que esse e outros trabalhos oferecem indícios fortes. “Ainda não temos uma associação causal definitiva entre o abuso de drogas e as mudanças epigenéticas, e as relações estatísticas estão apenas começando a ser replicadas. Contudo, todas as evidências mostram que a dependência e as mudanças epigenéticas não são apenas uma coincidência. Aparentemente, o efeito das drogas sobre a regulação dos genes ocorre em duas direções: a epigenética é um fator de risco, aumentando a predisposição, ao mesmo tempo em que o uso da droga provoca mudanças epigenéticas”, diz.

Venda legal

Em 1º de janeiro, a indústria da maconha recreativa abriu suas portas em oito cidades do estado americano de Colorado, até agora o único a legalizar a produção e o comércio do entorpecente. Até então, esses estabelecimentos só existiam na Holanda, país que permite a compra e a venda de cannabis, mas onde cultivá-la e processá-la são atos ilegais. Nos próximos meses, Washington se juntará ao Colorado. O senado uruguaio aprovou, em dezembro, a produção e a venda da maconha para cidadãos cadastrados, mas a medida ainda não vigora.

fonte:http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/01/31/noticia_saudeplena,147331/estudo-aponta-que-usar-maconha-aumenta-as-chances-de-ter-filhos-viciad.shtml

EU NÃO SOU RATO

Ratpark

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  • Usuário Growroom

E quem leva 10 anos par se formar e roda sei lá quantas vezes. Mas nunca fumou uma maconha?

Agora maconha causa burrice, vai ver ainda acham que mata neuronios.

Com um universo tão grande de usuários de maconha, é óbvio que vai ter tudo quanto é tipo de gente.

Assim como tem pai de família que fuma e é bem sucedido, tem cara que fuma e nunca vai ser algo na vida, mas isso não é decorrente do uso da maconha, o cara que é assim e buscou um "conforto" na erva. Para de fumar que vai continuar o mesmo bosta de sempre.

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  • Usuário Growroom

Ué, mas como o consumo aumenta se é PROIBIDO???

Não to entendendo...a proibição não é o caminho certo pra esse pessoal???? Não tão falando que o certo é reprimir com base na força??? Estão fazendo isso a mais de 50 anos e o consumo aumenta????? Poxa vida, quer dizer então que a proibição não tá dando certo???? Nunca imaginei isso....

:joint::cadeirada:

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