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Porque Uso Medicinal Da Maconha É Diferente De Fumar Baseado


Alexandre Martins

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  • Usuário Growroom

Fonte: Exane.com 05/04/2014

Porque uso medicinal da maconha é diferente de fumar baseado

Beatriz Souza, de EXAME.com

05/04/2014 10:00

São Paulo - Anny é uma menininha de 5 anos que há quase dois não conseguia dar um sorriso. Ela sofre de uma doença rara chamada síndrome CDKL5, um problema genétco que causa epilepsia grave.

Os pais, Katiele e Norberto Fischer, já tinham tentado de tudo para tentar amenizar as mais de 80 convulsões por semana que atormentavam a vida da filha. Nada funcionou.

Foi quando os Fischer ficaram sabendo do caso de uma garotinha americana que tinha a mesma síndrome de Anny e que estava conseguindo controlar as crises com o auxílio de uma substância chamada canabidiol (CBD).

O CBD é uma das mais de 400 substâncias encontradas na Cannabis Sativa, a maconha, e por isso sua comercialização no Brasil é proibida. Mesmo assim, o casal resolveu importar o remédio, que é injetado com uma seringa, confiando que os benefícios à filha valeriam o risco de fazer algo ilegal.

Os resultados foram impressionantes, mas a última remessa encomendada por eles foi barrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dando início à briga do casal pelo direito de dar o medicamento à filha.

A busca pelo tratamento da filha ganhou notoriedade com a divulgação da campanha Repense. Em um curta de 5 minutos (vejao abaixo), a história de Anny é contada na tentativa de conscientizar a população da importância de debater o uso medicinal da maconha e derivados no Brasil.

"O que estamos fazendo não tem nada a ver com a legalização da maconha para uso recreativo. Mas o preconceito é muito difícil de lidar. Quando você fala que vem da cannabis, todo mundo já fica contra e nem quer saber o que é", afirma Katiele Fischer, em entrevista à EXAME.com de Brasília, onde mora.

Nesta semana, veio a boa notícia: a justiça garantiu a Anny o direito de importar e usar o medicamento canabidiol. Agora, a família quer que esse benefício seja estendido também a quem mais sofre da mesma doença no país.

EXAME.com - Como você descobriu o CBD?

Katiele Fischer - O primeiro contato que eu tive com o canabidiol (CBD) foi através de um site americano de apoio a pais com crianças com essa doença, a síndrome CDKL5. Logo em seguida eu conversei com uma amiga do Rio que tem uma filha com a mesma síndrome da Anny e ela estava bastante animada para testar. Resolvi me informar melhor, para ver se poderia ajudar a minha filha. Só então eu descobri que o CBD era um dos componentes da maconha.

Nós começamos a acompanhar as postagens desta família americana que tratava a filha com o canabidiol e a cada nova publicação deles nós víamos que o número de crises da menina ia diminuindo. Aí eu já fiquei animada e louca para conseguir também.

A primeira vez que eu consegui importar foi via um site indicado por esta família e chegou pelo correio mesmo.

EXAME.com - E como foi a reação da Anny?

Katiele - Nós começamos a dar pra ela no dia 11 de novembro do ano passado e em 9 semanas de uso, ela zerou as crises. Deu pra ver claramente que foi efeito do CBD. Passou de 80 crises de convulsão por semana para zero. Só que acabou o CBD que a gente tinha conseguido trazer dessa primeira vez e não conseguimos mais importar. A Anvisa pegou na alfândega e tivemos que prestar esclarecimentos.

Foi aí que resolvi entrar em contato com um advogado para conseguir uma liminar da justiça autorizando a importação. A Anny voltou a ter crises sem o CBD, uma atrás da outra, e demos um jeito de trazer de novo, de forma ilegal.

EXAME.com - O que significa ter conseguido essa liminar?

Katiele - O CBD não é a cura para síndrome da Anny. Ele controla as convulsões e garante a qualidade de vida dela. O que estamos fazendo não tem nada a ver com a legalização da maconha para uso recreativo. Não estamos fazendo apologia à droga, de jeito nenhum.

O que queremos é a liberação do CBD para o tratamento medicinal. Mas o preconceito é muito difícil de lidar. Quando você fala que vem da cannabis, todo mundo já fica contra e nem quer saber o que é.

Essa liminar que conseguimos é exclusiva para a Anny e nós queremos a liberação para as outras pessoas também. Eu penso nas milhares de mães que passam por esse sofrimento que eu conheço tão bem diariamente. Essa síndrome é muito pesada, é muito sofrimento para a família toda.

EXAME.com - Nesse processo todos, vocês tiveram algum acompanhamento médico?

Katiele - O nosso médico é muito correto e cuidadoso. Então, antes de eu ir falar com ele, juntei todas as informações que eu tinha sobre o canabidiol e mandei tudo por e-mail para ele. Chegamos na consulta e falamos: "vamos tentar essa medicação, você continua acompanhando a Anny?".

Ele disse claramente que não poderia receitar de forma alguma, mas que continuaria fazendo o acompanhamento da saúde dela. Aí ela teve toda essa evolução e ele também ficou impressionado com a mudança dela depois do canabidiol.

EXAME.com - E como ela está hoje? Ainda tem evoluções?

Katiele - Hoje ela fica acordada! Ela se mexe, ela escuta um barulho e reage procurando com os olhinhos, coisa que ela não fazia desde os 3 anos. Até os 3 anos, a Anny teve um desenvolvimento muito lento. Só com 3 anos ela conseguiu andar, só que com as crises, ela perdeu tudo o que tinha conquistado. Ela foi à zero. Ficou uma bonequinha de pano, não se mexia, não fazia barulho, não chorava.

Agora, com o tratamento com o CBD, ela já dá um sorrisinho para a gente. Ela voltou a chorar, voltou a reclamar, consegue comer melhor e está ganhando peso. Hoje, ela está bem.

Fonte: Exame.com 05/04/2014

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  • Usuário Growroom

"Mesmo assim, o casal resolveu importar o remédio, que é injetado com uma seringa, confiando que os benefícios à filha valeriam o risco de fazer algo ilegal."

Faz parecer que é um medicamento injetável e não armazenado dentro de uma seringa.

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  • Usuário Growroom

Em algumas situações, fumar um baseado é o melhor método de administração... Tudo bem, uma coisa de cada vez. Daqui a pouco vão descobrir que é fácil plantar e extrair o óleo, as pessoas vão entender um pouco sobre as diferentes variedades, sobre as flores etc.

A gente já sabe tudo isso e esquece que a maioria das pessoas vive na ignorância absoluta! O que eu já conheci de maconheiro que não sabe absolutamente nada... Enfim: é um longo caminho!

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  • Usuário Growroom

e como é!!

,e visto pro muitos especialistas como a melhor forma de administração do remedio.

coisa que eu concordo, fumando é mais facil dosar a dose..

Não passa nem perto dos resultados medicinais da ingestão frequente do óleo... :rolleyes:

mais concordo que tb é uso medicinal...

O óleo é moleza de dosar, basta cada um achar a sua de acordo com o caso.

:335968164-hippy2:

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