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Comissão Global Pede "Reformas Urgentes" Perante Fracasso De Luta Antidrogas


CanhamoMAN

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Comissão Global pede "reformas urgentes" perante fracasso de luta antidrogas

efe_logo.jpgEFE – ter, 9 de set de 2014

https://br.noticias.yahoo.com/comiss%C3%A3o-global-pede-reformas-urgentes-fracasso-luta-antidrogas-233150384.html

Nova York, 9 set (EFE).- A Comissão Global de Políticas sobre Drogas recomendou nesta terça-feira impulsionar com urgência "reformas fundamentais" nas políticas de controle de entorpecentes perante o "fracasso" da comunidade internacional na luta antidrogas, segundo um relatório apresentado em Nova York.

"Cinquenta anos depois da Convenção Única de Entorpecentes são necessárias reformas fundamentais nas políticas de controle de drogas nacionais e internacionais", disse o diretor-executivo da comissão, o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.

Por sua vez, o ex-mandatário colombiano César Gaviria pediu que "não seja ignorada por mais tempo" até que ponto a violência, o crime e a corrupção relacionadas com as drogas na América Latina são o resultado das políticas fracassadas na luta antidrogas.

"Agora é o tempo de romper com o tabu na discussão de todas as opções de política de drogas, incluindo alternativas à proibição das drogas", acrescentou Gaviria, outro integrante da Comissão Global.

Na apresentação, que aconteceu na sede do Moma, em Nova York, também participou o empresário Richard Branson, que lamentou que a atual luta contra as drogas "encheu as prisões, custando milhões de dólares aos contribuintes e alimentando o crime organizado".

O grupo, integrado também pelo ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo e outras personalidades de outras partes do mundo, recomendou acabar com a "criminalização, marginalização e estigmatização" dos consumidores que não causam danos a terceiras pessoas.

Além disso, Branson encorajou os governos a experimentar com modelos de regulação legal das drogas, "especialmente a cannabis" para tentar solapar o poder do crime organizado e salvaguardar a saúde e segurança dos cidadãos.

Neste sentido, os participantes propuseram uma substituição de políticas e estratégias para drogas orientadas pela ideologia e a conveniência política, por políticas econômicas responsáveis e estratégias baseadas na ciência, a segurança, a saúde e os direitos humanos.

"Enfocar as ações repressivas em organizações criminosas para solapar seu poder e seu alcance, enquanto se dá prioridade à redução da violência e à intimidação", acrescenta o relatório apoiado pelas personalidades.

A comissão global advogou também por assegurar a disponibilidade de uma variedade de tratamentos, não só baseados na metadona e na buprenorfina, incluídos os tratamentos assistidos com heroína, ao lembrar que provaram ter êxito em países europeus e Canadá.

Os integrantes do grupo propuseram também fazer uma revisão da classificação de drogas que resultou, segundo sua opinião, em "óbvias anomalias" como a defeituosa categorização da cannabis, a folha de coca e o MDMA (êxtases).

Por fim, a comissão pediu a aplicação dos princípios e políticas de direitos humanos e de redução de danos tanto às pessoas que usam drogas como os envolvidos em segmentos de mercados ilegais, como camponeses, correios humanos e pequenos vendedores. EFE

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