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Jovem Faz Diário Em Foto E Vídeo Para Exibir Online Plantação De Maconha


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

Andei pesquisando sobre o termo "mão invisível" na obra de Adam Smith, e de fato você está errado Rickroller, em nenhum momento Adam Smith usou essa metáfora para se referir à uma lei geral da oferta e demanda e sim, como eu escrevi, como metáfora para descrever uma misteriosa ação benevolente dos mercados que são guiados pela ganância, ação benevolente essa que não existe, não há prova alguma dela, apesar de você estar querendo inverter o ônus da prova, me forçando a provar algo apesar de eu não ter alegado como você, que mercados tem sim ação benevolente, que eles se auto-regulam, ou que já tenha havido alguma vez um "livre-mercado", que como eu já disse, pra mim é só um eufemismo para neo-liberalismo, uma forma predatória de economia que escraviza os produtores.

Aqui a primeira passagem do termo na obra de Adam Smith, nela você pode notar que ele não fala em oferta e demanda e sim num dono de terras que doa parte de sua produção aos produtores:

"The proud and unfeeling landlord views his extensive fields, and without a thought for the wants of his brethren, in imagination consumes himself the whole harvest ... [Yet] the capacity of his stomach bears no proportion to the immensity of his desires ... the rest he will be obliged to distribute among those, who prepare, in the nicest manner, that little which he himself makes use of, among those who fit up the palace in which this little is to be consumed, among those who provide and keep in order all the different baubles and trinkets which are employed in the economy of greatness; all of whom thus derive from his luxury and caprice, that share of the necessaries of life, which they would in vain have expected from his humanity or his justice...The rich...are led by an invisible hand to make nearly the same distribution of the necessaries of life, which would have been made, had the earth been divided into equal portions among all its inhabitants, and thus without intending it, without knowing it, advance the interest of the society..."

Nessa passagem em "Wealth of Nations", Adam afirma novamente uma ação benevolente do mercado guiada por uma mão invisível, e em nenhum momento ousa dizer que ela faz parte de alguma lei de demanda e oferta, e sim dessa ação benevolente que não faz parte dos desígnios do grande capitalista:

"By preferring the support of domestic to that of foreign industry, he intends only his own security; and by directing that industry in such a manner as its produce may be of the greatest value, he intends only his own gain, and he is in this, as in many other cases, led by an invisible hand to promote an end which was no part of his intention. Nor is it always the worse for the society that it was not part of it. By pursuing his own interest he frequently promotes that of the society more effectually than when he really intends to promote it. I have never known much good done by those who affected to trade for the public good. It is an affectation, indeed, not very common among merchants, and very few words need be employed in dissuading them from it."

Novamente repito, se você acredita nessa mão invisível benevolente que, contra a vontade dos que controlam os mercados, age regulando e ajudando aos necessitados, e só investe na indústria local para não deixar capital sair da nação, só não fosse a maldita regulação estatal, você é supersticioso, não existem mãos invisíveis. A Foxconn, a Apple na Ásia, a globalização que levou as indústrias para países sem direitos trabalhistas e mão-de-obra barata provou isso.

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Resumindo, vc quer dizer que a culpa de toda essa distorção social são dos empresários e do livre mercado (que nunca existiu) ? A culpa são das pessoas que geram empregos ?


O Estado e os políticos são todos santos, que nos protegem da dominação imposta pelos grandes capitalistas ?

O que seria desse mundo se não fosse o trabalho ? O Estatista sonha com um mundo aonde ninguém trabalha e todos os recursos caem do céu (leia-se: são doados pelo Estado) ?

Eu fico assustado com essa lavagem cerebral estatista.

Quer dizer que o cenário financeiro decadente chines é culpa dos donos da Foxconn e da Apple ? E não do Estado e a regulação das leis trabalhistas na própria China. Pelo pouco que sei, quem fode com a vida dos chineses é o próprio Estado e as leis chinesas - e isso eu ja ouvi foi da boca dos próprios chineses.

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  • Usuário Growroom

https://www.youtube.com/watch?v=eaZORYaygo0

Estou sem tempo para comentar, monografia e afins. O que eu acredito que seja a mão invisível segue o que foi colocado no começo do primeiro vídeo. Tem um significado complexo, por isso o uso da metáfora. De qualquer forma foi mencionado apenas uma vez em "A Riqueza das Nações", ou seja, não deveria ser dada tanta abrangência, podemos dizer que o termo foi banalizado e tomou proporções que Adam Smith não imaginaria.

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  • Consultores Jurídicos GR

Não há dois argumentos. Há só um e o mesmo argumento, a saber,a falta de regulamentação das agências de riscos levou, em parte, a crise de 2008. Não se trata, portanto, de partir para outro argumento, como vc sugere, mas de desenvolver o que já foi levantado.

Olá Brisa, obrigado pela elucidação.

Com relação ao seu questionamento a respeito de locais que operaram sob o regime livre mercado, responderei no post a seguir, que será direcionado para o HST. Favor verificar na sequência.

Neste irei demonstrar como a crise financeira não foi provocada por relação comerciais em regime de livre mercado, e sim por relações comerciais dentro de um sistema amplamente regulamentado e fiscalizado, que em conjunto com uma série de intervenções estatais, culminaram com o colapso do setor financeiro mundial. Tentarei ser o mais breve possível, no entanto é impossível discorrer sobre a crise econômica e abordar tão somente as agências de risco. Elas foram atores importantes dentro do contexto, mas não agiram isoladamente, e nem sob regime de livre mercado.

1. Introdução

A compreensão deste texto passa necessariamente pelo entendimento de que os Bancos Comerciais (JPMorgan, Lehmans, Sachs etc) e os Banco Central (FED) são dotados da capacidade de criar dinheiro do nada, e assim o fazem em obediência às regulamentações estatais que autorizam a prática. O FED (Banco Central americano) é quem determina quantos dólares devem existir na econômia e detem controle total sobre essa variável.

Quando o FED deseja injetar dinheiro na economia em tempos de recessão (eles chamam isso de "injetar liquidez" e é uma medida anticíclica de matiz keynesiana), ele acrescenta créditos eletrônicos na conta dos Bancos Comercais (estes créditos não saem de nenhuma outra conta, são criados do nada) e os Bancos Comerciais, por sua vez, se utilizam do sistema de reservas fracionadas para multiplicar o valor recebido do FED em suas próprias contas correntes.

Para os menos familiarizados com o sistema de reservas fracionadas, ele funciona, em resumo, da seguinte maneira: Os ativos de um Banco Comercial (BCom) são de , suponhamos, 1000$, porém, a somatória das contas correntes dos clientes desse BCom é de, digamos, 10.000$. Esta prática permite que os bancos alavanquem os seus lucros por não ficarem adstritos aos seus ativos para fazerem empréstimos, auferindo juros não apenas sobre o seus ativos (1000$), mas sobre o valor total das contas correntes (10.000$). No entanto, ela também expõe os BComs ao que se chama de "corrida aos bancos", que é quando um ou mais clientes tentam retirar o seu dinheiro do BCom, e o BCom, por sua vez, é incapaz de honrar com os seus compromissos. Isso representa a quebra do BCom.

É importante notar que: (a) O FED é amplamente regulamentado e, justamente por isso, tem poder para intervir na econômia de maneira insidiosa: criando dinheiro do nada! Em outros termos, aqui temos uma instituição amplamente regulamentada e cujas regulamentações lhe dão um poder nada desprezível, qual seja, o de direcionar o volume de recursos que quiser. Note que esta prática não é inócua e muito menos benéfica. Toda vez que você adiciona um dólar a mais na econômia, todas as outras unidades de dólar irão perder valor, e isso é pura aplicação da lei da oferta e da demanda. Se existem poucos dólares no mercado, o seu valor sobe e você consegue trocar seus dólares por uma maior quantidade de itens (aumento do poder de compra), porém, quando mais dólares são injetados no mercado, o seu valor cai e o seu poder de compra também e você, agora, terá de trocar seus dólares por menos itens (redução do poder de compra). O reflexo disso tudo se dá nos preços, que irão subir, e então teremos o que se chama de "inflação de preços" (o termo inflação, quando isolado, se refere à expansão da base monetária, vulgo "criação de dinheiro do nada".

Desta forma, toda vez que uma recessão se aproxima, o FED se vale desta mal fadada medida anticíclica de expandir a base monetária, retirando valor de todos os individuos que guardam dolares, para financiar os seus empresários favoritos. Isso é violação à propriedade privada, e creio que esteja claro não ser uma medida de livre mercado, pois os poupadores não foram consultados e o FED atua sob total regulamentação e proteção estatal.

Os BComs, por sua vez, também criam dinheiro do nada quando praticam o sistema de reservas fracionadas pois, graças à regulamentação estatal do setor, os digitos eletrônicos que os BComs criam na conta corrente dos conrrentistas DEVE ser considerado como um meio de pagamento válido e, portanto, goza das mesmas prerrogativas de um cédula de papel ou das moedinhas de metal.

Intervenção Estatal 1 (IE1): Moeda de curso forçado (você é obrigado a aceita-la e não pode haver emissão de uma concorrente)

IE2: Instituição que dotada da capacidade de imprimir esta moeda ad infinitum

IE3: BComs com regulamentação que permitem a expansão da base monetária via sistema de reservas fracionadas

2. FED e a Inflação de Preços no Setor Imobiliário

No ano 2000 os EUA entrou em recessão com o estouro da Nasdaq. Para evitar esta recessão o FED injetou uma quantidade enorme de dinheiro na economia, derrubando a taxa básica de juros. Veja o gráfico:

gallery_64890_11526_26737.png

A linha vemelha indica a quantidade de dólares na economia. Notem que a partir de 2000-2001, ocorre uma aceleração na expansão monetária (a dica para analisar este tipo de gráfica é verificar a inclinação da reta. Quanto mais inclinada, maior a aceleração no período). A linha azul indica a taxa básica de juros.

Este dinheiro recém-criado, agora em poder dos bancos, foi direcionado, majoritariamente, para o setor imobiliário, senão vejamos:

gallery_64890_11526_16065.png

Repare que durante este período de 8 anos, que vai de 2000 (crise da Nasdaq) a 2008 (crise financeira), o setor bancário, estimulado pelo FED (falarei destes estimulos a seguir) aumentou o seu volume de empréstimos de 3,5 trilhões para 7 trilhões (um acrescimo de 3,5 trilhoes), sendo que 2 trilhões destes 3,5 trilhões foram exclusivametne para o setor imobiliário, mais do que dobrando o volume de crédito imobiliário dos EUA, que passou de 1,5 trilhões para 3,5 trilhões.

Conforme elucidei na introdução, a criação de dinheiro a partir do nada gera inflação de preços generalizado, isto quando o setor bancário libera o crédito de forma também generalizada. Quando ele direciona o crédito para um determinado setor, temos a inflação de preços neste setor, de maneira que o direcionamento destes 2 trilhões para o setor imobiliário não poderia incorrer em outra coisa senão uma disparada de preços exorbitante. Vejamos:

gallery_64890_11526_5474.png

Note a maior inclinação na linha azul depois do ano 2000, e o desfacelamento dos preços depois de 2008. E repare também que esta bolha imobiliária se formou apenas por conta do FED e o seu poder de criar dinheiro do nada. Os BComs atuaram ativamente na formação desta bolha também, mas apenas como um grupo que reagiu aos estimulos orquestrados pelo próprio FED, como demonstro a seguir.

3. CRA, Fannie Mae e Freddy Mac: os estimulos estatais para o crédito subprime.

Os BComs são empresas que obtem lucro através de empréstimos. No entanto para obterem lucro com um empréstimo elas precisam que o tomador do empréstimo pague o que prometeu e, para que isso ocorra, os BComs costumam conceder empréstimos apenas para aquelas pessoas que eles julgam capaz de honrar com as suas obrigações, tomando por base indicadores como, por exemplo, (a) a renda do invidivuo com relação ao valor do empréstimo; ( b ) histórico de crédito; © histórico de poupança. Considerar estes indicadores é o mínimo que qualquer um deve fazer se deseja emprestar e um dia ser pago de volta.

No entanto, em 1995 foi reavivada a Community Reinvestment Act. (CRA) em nome da "justiça racial", que passou a obrigar os BComs a concederem uma quantidade "justa" de empréstimos para minorias e pessoas de baixa renda que eram, na visão dos bancos, desprovidas de honrar os empréstimos que pleitevam.

Assim, com a CRA e uma forte atuação do governo americano, os bancos se viam obrigados a conceder empréstimos sem poder consultar, no entanto, nem mesmo a renda do individuo, ou do contrário poderiam se envolver em um processo por discriminação ou ser chantageada por outros mecanismos frutos da própria CRA. Adicionalmente o FED estipulou que o fato do inviduo se encontrar inscrito em um programa estatal de "aconselhamento de crédito" ja servia como prova suficiente da capacidade de pagamento desta pessoa.

Em resumo, o Estado exigiu que os BComs concedessem empréstimos de péssima qualidade com base em padrões nunca vistos antes e que não eram os práticados tradicionalmente pelos BComs. Este crédito de baixa qualidade recebe o nome de subprime.

Porém isto não é tudo.

A Fanny Mae (Federal National Mortgage Association ) e a Freddy Mac (Federal Home Loan Mortgage) são duas empresas para-estatais (são oficialmente apadrinhadas pelo governo e contam com uma linha de crédito especial junto ao Tesouro Nacional no valor de 2,25 bilhões de dólares). A atividade destas empresas não é emprestar dinheiro para quem precisa de financiamento. Elas compram os empréstimos que os BComs concedem aos mutuários (na forma de título hipotecários). Permita-me ilustrar como todo o procedimento funciona:

Um cliente vai até o BCom e pede um empréstimo. O BCom acrescenta digitos eletrônicos criados a partir do nada na conta do cliente, e estes digitos são trocados por um imóvel. Conforme mais clientes contraem empréstimos, a proporção entre a soma das contas correntes e os ativos do BCom cresce até atingir o limite estabelecido pelo FED (o nome desta proporação é "taxa de basileia") e, a partir dai, não pode mais conceder empréstimos. É neste ponto que Freddy Mac e Fannie Mae (FMFM) entram em cena, comprando o empréstimo dos BComs (títulos hipotecários) e liberando os BComs para fazer novos empréstimos. A relação do empréstimo, neste ponto, não é mais entre o cliente e o BCom, e sim entre o cliente e FMFM. Se o cliente subprime deixar de pagar o empréstimo, o prejuízo não será dos BComs.

Dessa maneira, FMFM atuaram como um comprador irrestrito destes títulos hipotecários, de maneira que os BComs não precisavam se preocupar com a saúde financeira dos cliente a quem concediam empréstimos, pois FMFM iriam compra-los logo em seguida e livra-los do risco.

Para se ter uma noção das proporções que o arranjo ganhou, ao final da crise, FMFM eram donas de 50% de todas as hipotecas dos EUA e 75% das hipotecas recém-concedidas. O Balanço patrimonial era de 3,5 trilhões de dólares negativos. (divida tão somente dessas duas empresas FMFM. A título de compração, a dívida pública americana é de cerca de 14 trilhoes e não engloba estes 3,5).

Confira nota da The New York Times.

estender hipotecas para indivíduos cujo histórico de crédito não são bons o suficiente para se qualificarem para empréstimos convencionais. [...] A Fannie Mae tem estado sob intensa pressão do governo Clinton para dar sustentação a hipotecas de pessoas de renda baixa e moderada. [...] [Embora] as novas hipotecas sejam estendidas para todos os potenciais tomadores de empréstimos, [um dos objetivos do programa é] aumentar o número de proprietários de imóveis entre as minorias e os indivíduos de baixa renda, os quais tendem a apresentar um histórico de crédito pior que os dos brancos não-hispânicos.

Ao se aventurar, mesmo que temporariamente, nesta nova área de empréstimos, a Fannie Mae está assumindo riscos consideráveis. [...] Esta corporação subsidiada pelo governo pode vir a enfrentar problemas caso haja uma recessão econômica, o que levará o governo a socorrê-la.

Assim, o governo através da CRA e FMFM conseguiram baixar artificialmente os padrões necessários para a aquisição de financiamentos, que estavam extremamente convidativos dada a baixa taxa de juros decorrente do direcionamento de crédito pro setor imobiliário.

IE4: CRA que obriga BComs a conceder empréstimos subprime.

IE5: FMFM compravam irrestritamente os títulos hipotecários subprimes através da linha de crédito do Tesouro Nacional.

4. A securitização dos títulos hipotecários (TH) e as Agências de Risco

Além da linha de crédito junto ao Tesouro Nacional, FMFM contavam com outra fonte de financiamento nada despresívelm que é a prática da securitização.

A securitização nada mais é do que o ato de agrupar vários THs em um só título, chamados de mortgage-backed securities (MBS), para os fundos de investimentos dos BComs. Esse mecanismo redireciona o risco dos THs para os novos compradores, qual sejam os fundos de investimentos dos diversos BComs, fornecendo mais dinheiro para FMFM comprarem ainda mais THs. Tanto THs como MBSs são regulamentados, pois todos os títulos mobiliários do mercado americano são (fico devendo a informação sobre quem emite essa regulamentação, mas aposto na SEC)

As agência de risco entram aqui. Estas agências de risco, quais sejam Moody's, Fitch e Standard & Poor's, dependem da SEC para existir (entidade estatal semelhante à CMV brasileira). É a SEC quem regulamenta a área de agência de risco, e é a SEC também quem determina aquelas que podem e que não podem operar.

Nesse cenário, não é prudente rebaixar títulos que vem sendo diretamente patrocinados pelo governo e colocar em risco a sua concessão estatal e os fabulosos lucros provenientes deste cartel, que é protegido pelo próprio governo através da SEC.

Assim, os MBSs da FFMM receberam classificação máxima (AAA) e com base nessa classificação os MBSs foram comprados em massa pelos conglomerados financeiros e grandes bancos, entre eles: Bear Stearns, Lehman Brothers, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Merril Lynch, Morgan Stanley, Citibank, Bank of America (EUA) Barclays, Royal Bank of Scotland e Northern Rock (Reino Unido), BNP Paribas e Société Générale (França), Credit Suisse e UBS (Suíça), e Deutsche Bank (Alemanha) .

IE7: O estado, através da SEC (creio), regulamenta os THs e MBSs

IE8: A SEC determina quais agência de risco podem ou não operar e emitir classificações.

5. O colapso

Em 2004 a economia americana parecia recuperada da bolha da Nasdaq de 2000. O FED arrefeceu a injeção de dinheiro na economia (linha vermelha) e a taxa básica de juros subiu de 1,5% (2004) para 5,25% (2006, linha azul):

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O juros das hipotecas de taxas ajustáveis saiu de 3,5% para 6% e das hipotecas convencionais de 5,5% para 7% no mesmo período de 2004 a 2006. Vejamos:

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Da mesma maneira que o direcionamento de crédito fez o preço dos imóveis aumentar (aumento da demanda), o arrefecimento deste crédito faz os preços cairem (redução da demanda). Com os preços estagnados ou decrescentes e a impossibilidade de vender o imóvel pelo mesmo preço de compra, os mutuários deixaram de pagar os financiamentos, pois a alta dos juros tornou o pagamento das prestações inviáveis. De 2005 até o final de 2008 os calotes subiram 750%, de 20 bilhões para 170 bilhões de dólares. Vejamos:

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Com os calotes veio a quebradeira. Os BComs que compraram os MBSs deixaram de auferir receita e tiveram o valor dos títulos remarcados pra zero, fazendo com que os seus ativos caíssem drásticamente e impossibilitando a emissão de novos empréstimos, mesmo se estes empréstimos fossem pra outros bancos (mercado interbancário). Com- os bancos não podiam emprestar entre si, vários deles tiveram problemas de liquidez e não conseguiram atender aos saques dos clientes e quebraram (lembra do risco de operar sob o sistema REGULAMENTADO de reservas fracionadas?).

O resto, realmente, é história. O governo americano saiu em socorro dos bancos e passou a criar mais dinheiro do nada para comprar estes títulos dos bancos pelo valor de face, sendo que eles, agora, com o calote, tem valor de mercado igual a zero. Vejamos a expansão monetária (linha vermelha) e as reservas bancárias (linha azul) no período pós-2008:

gallery_64890_11526_21557.png

Foi neste arranjo que o FED nacionalizou FFMM e coordenou a compra do Bears pelo JPMorgan, e do Merril Linch pelo BofA. O Lehman Brothers foi o único a não ser socorrido.

IE9: FED socorre os BComs comprando título de valor zero pelo valor de face.

6. O Resultado

No fim de tudo, a que resultado chegamos?

- Os mutuários subprimes ficaram sem as suas casas, mas também não pagaram por elas.

- Os BComs foram socorridos através da criação de dinheiro do nada e mantiveram o seu lucro, muito embora, como eu demonstrei na introdução, a criação deste dinheiro retire o poder de compra de toda a população. Lucros privados para o BCom, prejuízos socializados para toda a sociedade.

- FMFM foram nacionalizadas e também tiveram seus MBSs de valor zero comprados pelo FED pelo valor de face.

- O único BCom que de fato quebrou foi o Lehman Brothers, pois não houve intervenção do estado para salva-lo. Com isso não houve lucro pra ninguém, nem pro BCom e nem para os clientes que investiram em fundos compradores de MBSs. No entanto, ninguém que não tenha se envolvido com este banco teve prejuízo algum por conta disso. O Lehman foi submetido, talvez pela primeira vez na vida, ao livre mercado, e o sistema de lucros e prejuizos fez com que a sua alavancagem irresposável causasse danos tão somente aos envolvidos. Prejuízos privados, sem recair em partes desinteressadas, como todo o restante da sociedade)

- As agências de risco continuam operando normalmente, como se nada tivesse acontecido.

7. Perguntas de Leando Roque, autor em quem baseio este texto.

"De posse de todas as informações aqui contidas, o leitor deve se fazer as três seguintes perguntas:

1) Todo este arranjo apresentado configura um sistema totalmente desregulamentado, um genuíno laissez-faire, ou, ao contrário, representa um sistema fortemente intervencionista, no qual políticos, burocratas e reguladores determinavam regras e agitavam em prol de suas conveniências?

2) Um sistema bancário que goza de uma garantia implícita dada pelo governo — de que haverá socorro caso as coisas deem erradas — tende a apresentar comportamentos mais temerários ou mais prudentes?

3) Sem um Banco Central criando dinheiro e permitindo aos bancos manterem suas expansões creditícias de modo crescente, será que tudo isso teria sido possível?

As respostas a estas perguntas têm de estar claras antes de se iniciar qualquer debate a respeito da crise."

Espero que tenham feito boa leitura, e obrigado pela atenção dos que me acompanharam até aqui.

fonte:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=124

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=125

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1696

http://www.independent.org/pdf/policy_reports/2008-10-03-trainwreck.pdf

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  • Consultores Jurídicos GR

Andei pesquisando sobre o termo "mão invisível" na obra de Adam Smith, e de fato você está errado Rickroller, em nenhum momento Adam Smith usou essa metáfora para se referir à uma lei geral da oferta e demanda e sim, como eu escrevi, como metáfora para descrever uma misteriosa ação benevolente dos mercados que são guiados pela ganância, ação benevolente essa que não existe, não há prova alguma dela, apesar de você estar querendo inverter o ônus da prova, me forçando a provar algo apesar de eu não ter alegado como você, que mercados tem sim ação benevolente, que eles se auto-regulam, ou que já tenha havido alguma vez um "livre-mercado", que como eu já disse, pra mim é só um eufemismo para neo-liberalismo, uma forma predatória de economia que escraviza os produtores.

Aqui a primeira passagem do termo na obra de Adam Smith, nela você pode notar que ele não fala em oferta e demanda e sim num dono de terras que doa parte de sua produção aos produtores:

"The proud and unfeeling landlord views his extensive fields, and without a thought for the wants of his brethren, in imagination consumes himself the whole harvest ... [Yet] the capacity of his stomach bears no proportion to the immensity of his desires ... the rest he will be obliged to distribute among those, who prepare, in the nicest manner, that little which he himself makes use of, among those who fit up the palace in which this little is to be consumed, among those who provide and keep in order all the different baubles and trinkets which are employed in the economy of greatness; all of whom thus derive from his luxury and caprice, that share of the necessaries of life, which they would in vain have expected from his humanity or his justice...The rich...are led by an invisible hand to make nearly the same distribution of the necessaries of life, which would have been made, had the earth been divided into equal portions among all its inhabitants, and thus without intending it, without knowing it, advance the interest of the society..."

Nessa passagem em "Wealth of Nations", Adam afirma novamente uma ação benevolente do mercado guiada por uma mão invisível, e em nenhum momento ousa dizer que ela faz parte de alguma lei de demanda e oferta, e sim dessa ação benevolente que não faz parte dos desígnios do grande capitalista:

"By preferring the support of domestic to that of foreign industry, he intends only his own security; and by directing that industry in such a manner as its produce may be of the greatest value, he intends only his own gain, and he is in this, as in many other cases, led by an invisible hand to promote an end which was no part of his intention. Nor is it always the worse for the society that it was not part of it. By pursuing his own interest he frequently promotes that of the society more effectually than when he really intends to promote it. I have never known much good done by those who affected to trade for the public good. It is an affectation, indeed, not very common among merchants, and very few words need be employed in dissuading them from it."

Novamente repito, se você acredita nessa mão invisível benevolente que, contra a vontade dos que controlam os mercados, age regulando e ajudando aos necessitados, e só investe na indústria local para não deixar capital sair da nação, só não fosse a maldita regulação estatal, você é supersticioso, não existem mãos invisíveis. A Foxconn, a Apple na Ásia, a globalização que levou as indústrias para países sem direitos trabalhistas e mão-de-obra barata provou isso.

A sua falha é tentar resumir o escopo do debate apenas à Smith e suas obras confusas. Centenas de outros pensadores da área econômica vieram depois de Smith e acrescetaram substância a esta ferramenta retórica utilizada por Smith para descrever um força de mercado observável, e até onde sei a interpretação a respeito do conceito de "Mão Invisível" se relaciona com a Lei Geral da Demanda. O termo usado por Smith é referência a Cantillon. Leia o trabalho de Mark Thornton sobre o tema: https://mises.org/journals/scholar/Thornton14.pdf

Nele o autor aduz que: 1) É correta a interpretação tradicional a respeito do interesse próprio e do sistema de mercado; 2) Não há nada de místico relacionado ao termo; 3) O termo se refere a a processos do mundo real e que estão bem fundamentos na lógica e na experiência.

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  • Usuário Growroom

Rick você tem um domínio conceitual bem grande nesse assunto, não vou negar, mas ainda acho que você está errado.

O Estado deve ser eliminado em conjunto com corporações multi-nacionais ou um predador social será substituído pelo outro, se Estados tiverem suas mãos atadas as instituições financeiras tomarão o seu lugar, se corporações forem eliminadas e não o Estado acontecerá algo tão ruim quanto.

Leia sobre a lei de ferro da oligarquia, ela afirma que todas organizações, políticas ou financeiras, mesmo com ideais democráticos, se tornam violentas oligarquias, essa lei social sim jamais falhou! Todos que a entendem com maior profundidade começam a pender mais para o anarquismo do que para o estatismo ou neo-liberalismo.

https://www.youtube.com/watch?v=0Ns1eAKdy5c

Em vista desse vídeo do Marcelo Freixo onde ele questiona "qual Estado queremos", te pergunto Rick, diminuição do Estado, fim de intervenções dele, significa o que pra você? E o sistema prisional, quem vai controlar? Setor privado? Nos EUA isso está acontecendo e é um desastre, as corporações prisionais são algumas das maiores lobistas em prol da proibição da maconha por exemplo.

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  • Consultores Jurídicos GR

Rick você tem um domínio conceitual bem grande nesse assunto, não vou negar, mas ainda acho que você está errado.

O Estado deve ser eliminado em conjunto com corporações multi-nacionais ou um predador social será substituído pelo outro, se Estados tiverem suas mãos atadas as instituições financeiras tomarão o seu lugar, se corporações forem eliminadas e não o Estado acontecerá algo tão ruim quanto.

Leia sobre a lei de ferro da oligarquia, ela afirma que todas organizações, políticas ou financeiras, mesmo com ideais democráticos, se tornam violentas oligarquias, essa lei social sim jamais falhou! Todos que a entendem com maior profundidade começam a pender mais para o anarquismo do que para o estatismo ou neo-liberalismo.

Em vista desse vídeo do Marcelo Freixo onde ele questiona "qual Estado queremos", te pergunto Rick, diminuição do Estado, fim de intervenções dele, significa o que pra você? E o sistema prisional, quem vai controlar? Setor privado? Nos EUA isso está acontecendo e é um desastre, as corporações prisionais são algumas das maiores lobistas em prol da proibição da maconha por exemplo.

1. "Rick você tem um domínio conceitual bem grande nesse assunto, não vou negar, mas ainda acho que você está errado."

Creio que você queira dizer que estou errado no geral, e não com relação à mão invisível (recurso retórico e não apelado ao misticismo, como demonstrei). Se for isso, veremos. Se não for, creio que entramos em um ponto de inflexão a respeito da expressão usada por Smith e me dou humildemente por vencido nesta questão, já que meus argumentos não foram aceitos por você. Talvez seja por outros.

2. "O Estado deve ser eliminado em conjunto com corporações multi-nacionais ou um predador social será substituído pelo outro, se Estados tiverem suas mãos atadas as instituições financeiras tomarão o seu lugar, se corporações forem eliminadas e não o Estado acontecerá algo tão ruim quanto."

Você anda em círculos e retorna ao mesmo ponto. Já conhecemos a forma pela qual uma corporação pode controlar o mercado através do Estado, mas ainda falta a demonstração de como uma corporação poderia controlar o mercado sem o aparato estatal. É neste ponto que sua teoria empaca, pois a invectiva não aponta a de que forma ela se tornaria verdadeira. Sem a sua demonstração, repito, isto é apenas futurologia.

3. "Leia sobre a lei de ferro da oligarquia, ela afirma que todas organizações, políticas ou financeiras, mesmo com ideais democráticos, se tornam violentas oligarquias, essa lei social sim jamais falhou! Todos que a entendem com maior profundidade começam a pender mais para o anarquismo do que para o estatismo ou neo-liberalismo."

Fui me informar sobre o que seria a Lei de Ferro da Oligarquia. Não a conhecia antes então, por favor, me corrija caso a minha interpretação seja equivocada. Contudo, curiosamente e como de costume, uma breve leitura do que se trata a teoria (wikipedia, perdoe-me pela falta de tempo) me permite concluir que a Lei de Ferro da Oligarquia se coaduna com a minha tese, e não com as suas. Link: http://en.wikipedia.org/wiki/Iron_law_of_oligarchy

Primeiramente, a lei parece ser aplicável somente à organizações pólíticas (Partidos Políticos e Sindicatos, por exemplo). Isto me parece ser posicionamento do próprio autor do livro que originou a referida Lei. Esta lei não tem como ser aplicável à empresas, pois as empresas não tem autonomia para, por exemplo, impor as decisões da sua oligarquia (Conselho Diretor) sobre o restante da população. Obviamente ela conseguiria fazer isto através de uma organização política, como o Estado. (vê como sem a sua demosntração de corporações controlando mercados sem o Estado é importante? Você não oferece o menor susbtrato teórico de como isto poderia acontecer)

Depois, a Lei de Ferro da Oligarquia é um ataque direto do autor contra o sistema democrático representativo (o mesmo do Brasil) e, pasme, são os austríacos quem fazem a crítica mais incisiva contra a democracia!!! Existe uma área de artigos dedicada exclusivamente a tema no Instituto Mises, veja: http://mises.org.br/Subject.aspx?id=11

São quase 40 artigos com críticas diretas ao sistema democrático, pois, é entendimento dos austríacos também, que este sistema será dominado pelos líderes partidários (oligarquias).

4. "Em vista desse vídeo do Marcelo Freixo onde ele questiona "qual Estado queremos", te pergunto Rick, diminuição do Estado, fim de intervenções dele, significa o que pra você? E o sistema prisional, quem vai controlar? Setor privado? Nos EUA isso está acontecendo e é um desastre, as corporações prisionais são algumas das maiores lobistas em prol da proibição da maconha por exemplo."

Assisti ao video, HST. A resposta para a pergunta "Qual Estado [nós] queremos" é simples: Não existe "nós". Este é o engodo e a própria Lei de Ferro da Oligarquia que você citou aponta nessa direção.

Tão logo "nós" cheguemos ao poder para configurar o Estado do jeito que "nós" queremos, eu não farei mais parte deste "nós", que agora será constituida tão somente pela oligarquia do partido.

Então sempre que alguém defender que o que "nós" pregamos é o certo, preste atenção se as ações defendidas como certas irão recair tão somente sobre "nós", e não sobre os outros. Se as ações não recairem sobre os outros, "nós" podemos fazer o que quisermos, porém se elas se valem de um Estado para, por exemplo, retirar a renda da população através de impostos, então eu creio que "nós" estejamos querendo nos valer do dinheiro dos outros para fazer o que "nós" achamos correto.

O uso de termos coletivos é signo indissociável do Estado.

Veja, amigo HST, que é essa a retórica que todo o estadista usa, seja o Freixo do PSOL neste vídeo, seja o Aécio do PSDB quando vai à TV e diz que representa a "nós" todos contra o PT, ou qualquer outro fanático tipo Hitler, Stalin e etc.

Entenda que a fantasia estatista do "nós" só se resolve com a dura realdiade do "eu". E eu não apoio que "nós" controlemos máquina estatal nenhuma. Não me importa o que "nós" queremos fazer, do ponto de vista do "eu", será sempre anti-ético.

No que se refere ao Estado, eis a minha opinião sobre ele:

O que o Estado não é:

O estado é quase universalmente considerado uma instituição de serviço social. Alguns teóricos veneram o estado como sendo a apoteose da sociedade; outros consideram-no uma organização afável, embora muitas vezes ineficiente, que tem o intuito de alcançar objetivos sociais. Porém quase todos o consideram um meio necessário para se atingir os objetivos da humanidade, um meio a ser usado contra o "setor privado" e que frequentemente ganha essa disputa pelos recursos. Com o advento da democracia, a identificação do estado com a sociedade foi redobrada ao ponto de ser comum ouvir a vocalização de sentimentos que violam quase todos os princípios da razão e do senso comum, tais como: "nós somos o governo" ou "nós somos o estado".

O termo coletivo útil "nós" permite lançar uma camuflagem ideológica sobre a realidade da vida política. Se "nós somos o estado", então qualquer coisa que o estado faça a um indivíduo é não somente justo e não tirânico, como também "voluntário" da parte do respectivo indivíduo. Se o estado incorre numa dívida pública que tem de ser paga através da cobrança de impostos sobre um grupo para benefício de outro, a realidade deste fardo é obscurecida pela afirmação de que "devemos a nós mesmos" (ou "a nossa dívida tem de ser paga"); se o estado recruta um homem, ou o põe na prisão por opinião dissidente, então ele está "fazendo isso a si mesmo" e, como tal, não ocorreu nada de lamentável.

Nesta mesma linha de raciocínio, os judeus assassinados pelo governo nazista não foram mortos; pelo contrário, devem ter "cometido suicídio", uma vez que eles eram o governo (que foi eleito democraticamente) e, como tal, qualquer coisa que o governo lhes tenha feito foi voluntário da sua parte. Não seria necessário insistir mais neste ponto; no entanto, a esmagadora maioria das pessoas aceita esta ideia enganosa em maior ou menor grau.

Devemos, portanto, enfatizar a ideia de que "nós" não somos o estado; o governo não somos "nós". O estado não "representa" de nenhuma forma concreta a maioria das pessoas. Mas, mesmo que o fizesse, mesmo que 70% das pessoas decidissem assassinar os restantes 30%, isso ainda assim seria um homicídio em massa e não um suicídio voluntário por parte da minoria chacinada[ii]. Não se pode permitir que nenhuma metáfora organicista, nenhuma banalidade irrelevante, obscureça este fato essencial.

Se, então, o estado não somos "nós", se ele não é a "família humana" se reunindo para decidir sobre os problemas mútuos, se ele não é uma reunião fraterna ou clube social, o que é afinal? Em poucas palavras, o estado é a organização social que visa a manter o monopólio do uso da força e da violência em uma determinada área territorial; especificamente, é a única organização da sociedade que obtém a sua receita não pela contribuição voluntária ou pelo pagamento de serviços fornecidos mas sim por meio da coerção.

Enquanto os outros indivíduos ou instituições obtêm o seu rendimento por meio da produção de bens e serviços e da venda voluntária e pacífica desses bens e serviços ao próximo, o estado obtém o seu rendimento através do uso da coerção; isto é, pelo uso e pela ameaça de prisão e pelo uso das armas[iii]. Depois de usar a força e a violência para obter a sua receita, o estado geralmente passa a regular e a ditar as outras ações dos seus súditos. Poderíamos pensar que a simples observação de todos os estados ao longo da história e de todo o globo seria prova suficiente para esta afirmação; mas o miasma do mito incrustou-se na atividade do estado há tanto tempo, que se torna necessária uma elaboração.

O que o Estado é:

O ser humano nasce indefeso e, como tal, precisa utilizar a sua mente para aprender a obter os recursos que a natureza lhe fornece e a transformá-los (por exemplo, através do investimento em "capital") em objeto e em locais de modo que possam ser utilizados para a satisfação das suas necessidades e para a melhoria do seu padrão de vida. A única forma por meio da qual o ser humano pode fazer isto é através do uso da sua mente e da sua energia para transformar os recursos ("produção") e da troca destes produtos por produtos criados pelos outros. O ser humano descobriu que, por meio do processo de troca mútua e voluntária (comércio), a produtividade e, logo, o padrão de vida de todos os participantes desta troca pode aumentar significativamente. Portanto, o único caminho "natural" para o ser humano sobreviver e alcançar a prosperidade é utilizando sua mente e energia para se envolver no processo de

produção-e-troca. Ele realiza isto, primeiro, encontrando recursos naturais, segundo, transformando-os ("misturando seu trabalho a eles", tal como disse John Locke), fazendo deles a sua propriedade individual, e depois trocando esta propriedade pela propriedade de outros que foi obtida de forma semelhante.

O caminho social ditado pelas exigências da natureza humana, portanto, é o caminho dos "direitos de propriedade" e do "livre mercado" de doações ou trocas de tais direitos. Ao longo deste caminho, o ser humano aprendeu a evitar os métodos "selvagens" da luta pelos recursos escassos de forma que A pudesse apenas adquiri-los à custa de B e, ao invés disso, aprendeu a multiplicar imensamente esses recursos por meio do processo harmonioso e pacífico da produção e troca.

O grande sociólogo alemão Franz Oppenheimer apontou para o fato de que existem duas formas mutuamente exclusivas de adquirir riqueza: a primeira, a forma referida acima, de produção e troca, ele chamou de "meio econômico". A outra forma é mais simples, na medida em que não requer produtividade; é a forma em que se confisca os bens e serviços do outro através do uso da força e da violência. É o método do confisco unilateral, do roubo da propriedade dos outros. A este método Oppenheimer rotulou de "o meio político" de aquisição de riqueza. Deve estar claro que o uso pacífico da razão e da energia na produção é o caminho "natural" para o homem: são os meios para a sua sobrevivência e prosperidade nesta terra. Deve estar igualmente claro que o meio coercivo, explorador, é contrário à lei natural; é parasítico, pois em vez de adicionar à produção, apenas subtrai.

O "meio político" desvia a produção para um indivíduo ou grupo de indivíduos parasita e destrutivo; e este desvio não só subtrai da quantidade produzida como também reduz o incentivo do produtor para produzir além de sua própria subsistência. No longo prazo, o ladrão destrói a sua própria subsistência ao diminuir ou eliminar a fonte do seu próprio suprimento. Mas não só isso: mesmo no curto prazo, o predador age contrariamente à sua natureza como ser humano.

Estamos agora em uma posição que nos permite responder mais satisfatoriamente à questão: o que é o estado? O estado, nas palavras de Oppenheimer, é "a organização dos meios políticos"; é a sistematização do processo predatório sobre um determinado território[iv]. Pois o crime é, no máximo, esporádico e incerto; já o parasitismo é efêmero e a coerciva ligação parasítica pode ser cortada a qualquer momento por meio da resistência das vítimas. O estado, no entanto, providencia um meio legal, ordeiro e sistemático para a depredação da propriedade privada; ele torna certa, segura e relativamente "pacífica" a vida da casta parasita na sociedade[v].

Dado que a produção tem sempre de preceder qualquer depredação, conclui-se que o livre mercado é anterior ao estado. O estado nunca foi criado por um "contrato social"; ele sempre nasceu da conquista e da exploração. O paradigma clássico é aquele de uma tribo conquistadora que resolveu fazer uma pausa no seu método testado e aprovado pelo tempo de pilhagem e assassinato das tribos conquistadas ao perceber que a duração do saque seria mais longa e segura e a situação mais agradável se ela permitisse que a tribo conquistada continuasse vivendo e produzindo, com a única condição de que os conquistadores agora assumiriam a condição de governantes, exigindo um tributo anual constante[vi].

Um dos métodos de nascimento de um estado pode ser ilustrado como se segue: nas colinas da "Ruritânia do Sul", um grupo de bandidos organiza-se de modo a obter o controle físico de um determinado território. Cumprida a missão, o chefe dos bandidos autoproclama-se "Rei do estado soberano e independente da Ruritânia do Sul". E se ele e os seus homens tiverem a força para manter este domínio durante o tempo suficiente, pasmem!, um novo estado acabou de se juntar à "família das nações", e aqueles que antes eram meros líderes de bandidos acabaram se transformando na nobreza legítima do reino.

fonte: http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=69

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bahhhhhh de novo isso..... mais um tópico que não tem nada a ver com economia floodado por uma discussão paralela.

chato pra cacete isso.... já foi aberto um tópico só pra essa discussão, mas parece que não adiantou...

pega uma mesa de boteco galera, aqui o assunto é maconha! quem vem ver a situação do brother fica perdido em trocentas páginas de verborragia.

:animbong:

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  • Consultores Jurídicos GR

bahhhhhh de novo isso..... mais um tópico que não tem nada a ver com economia floodado por uma discussão paralela.

chato pra cacete isso.... já foi aberto um tópico só pra essa discussão, mas parece que não adiantou...

pega uma mesa de boteco galera, aqui o assunto é maconha! quem vem ver a situação do brother fica perdido em trocentas páginas de verborragia.

:animbong:

Concordo biscoito, e peco desculpas pois a culpa é toda minha. Estou providenciando topicos adequados pra discussao paralelea q se avolumou aqui, mas estou tendo problemas em conseguir liberacao no appp. O PPerverso ta sem as ferramentas necessarias. Se vc puder ajudar ficaria mt agradecido.

O topico q foi criado pra debater politica ja nasceu desvirtuado, IMO.

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  • Usuário Growroom

Rickroller, grandes corporações são oligarquias, oligarquia significa o quê? Governança em prol dos líderes, ou de um pequeno grupo dirigente, se uma corporação não é uma oligarquia eu não sei o que é, mas o biscoito está certo, desvirtuamos um tópico importante, e olha o que aconteceu...

CARALHO! Isso que eu não queria ler aqui, aconteceu, mas que pena! É ele mesmo?

Por essas e outras não tenho coragem de incentivar ninguém a cultivar mais, depois que eu quase fui preso não tenho coragem de falar pra ninguém encomendar sementes da gringa, muito menos colocar elas na terra.

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