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A B E A D - Sobre A Legalização Das Drogas No Brasil


sano

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  • Usuário Growroom

Sobre a legalização das drogas no Brasil

A ABEAD preocupada com o debate muitas vezes equivocado sobre a legalização de drogas vem contribuir para o aprofundamento da questão.

O fenômeno “uso de drogas” ontem

A Humanidade e sua interface com as drogas é um fenômeno antigo, data da pré-história. O uso de drogas sempre esteve presente nas diversas etapas da evolução da espécie, um uso aculturado e de acordo com sua geopolítica. Isto é, o homem no seu ambiente experimenta as drogas, mais acessíveis e disponíveis, aprende sobre sua ação, contextualiza seu uso para diferentes fins, produz, prescreve e proscreve, diante dos efeitos adversos e não desejados. Agrega seu uso como parte de eventos festivos, ou mesmo em encontros sociais, o uso “recreacional” ou a inclui como objeto intermediário de rituais religiosos e, ou de cura – um medicamento para alma ou para o corpo – cujos registros datam da Antiguidade. Assim o uso das drogas era entendido, como parte da cultura de cada grupo social.

O fenômeno “uso de drogas” hoje

O homem evoluiu e aprendeu que as drogas, hoje classificadas como psicotrópicas ou de abuso, não são produtos tão simples como se pensava antigamente. Sabe-se que são capazes de alterar a configuração química neuronal, seja de forma aguda ou crônica, com diferentes graus de impacto, modificando para alguns, definitivamente, o sistema nervoso central, desenvolvendo uma grave doença no cérebro, com repercussões muitas vezes fatais. Outro aspecto relevante que foi aprendido sobre o fenômeno, é que seu uso agudo ou crônico, modifica uma das áreas cerebrais de funcionamento muito sofisticado, o qual garante a sobrevivência da espécie: o auto-controle, a motivação, o juízo crítico da realidade, a resiliência. Desta área complexa vem o equilíbrio cognitivo e comportamental, já descritos por meio de observação simples, pelos povos antigos em eventos diversos de consumo de drogas. E mais, comprovadamente hoje, observa-se que as consequências, no curto, médio e longo prazo, vão além do indivíduo, atingem toda a sociedade.

Trata-se de um fenômeno complexo, que exige um conjunto de medidas para seu manejo. Soluções simples não protegerão o brasileiro, pois a situação atual apresentada nos levantamentos nacionais e internacionais é muito preocupante: o uso de todas as drogas vem aumentando no Brasil. De outro lado, a política nacional de drogas é ainda muito imatura, incipiente.

Considerando que uma política para manejar o fenômeno do uso de droga é composta por medidas preventivas, de tratamento e de controle da oferta, tema que deveria ser o alvo do debate, e não sobre a legalização da maconha;

Considerando que, no âmbito governamental e social, observa-se um verdadeiro lobby, muito bem organizado, difundindo a ideia de que a melhor solução seria legalizar todas as drogas, começando pela maconha, estratégia conhecida mundialmente, isto é, primeiro se descriminaliza o uso, depois o “pequeno tráfico”, em seguida se legaliza a droga para uso “medicinal” e recreativo, para finalmente legalizar todas as drogas (ver Editorial da Folha de São Paulo de 29/06/2011, e o caso do estado do Colorado, EUA);

Considerando que a tanto a descriminalização como a legalização de drogas nos países desenvolvidos não é vista como uma política de sucesso, ao contrário, a maioria deles tem adotado medidas mais restritivas;

Considerando que a legalização de drogas produz uma baixa percepção de seu risco, que produz um aumento agudo do consumo, principalmente entre crianças e adolescentes, cujo risco de evoluir para uma dependência aumenta muito, quanto mais precoce inicia;

Considerando que não existe uma política para crianças e adolescentes brasileiros, que lhe garanta o direito de proteção para que não usem drogas e nem sofram suas consequências;

Considerando que a sociedade não aprendeu com as drogas já legalizadas como o álcool e o tabaco, cujo impacto no aparecimento de doenças crônicas e incapacitantes é há muito tempo já definido, além de causar morte precoce e que portanto, o debate deveria acontecer na mesma direção daquela adotada pelos países desenvolvidos, como adotar medidas restritivas para as drogas legais, hoje já considerado uma doença pediátrica;

Considerando que no âmbito familiar, segundo dados recentemente divulgados pela Universidade Federal de São Paulo (LENAD, 2012), para cada dependente de drogas ilícitas existem, em média, mais quatro pessoas são afetadas de forma devastadora, comprometendo, em inúmeras dimensões, uma população de quase 30 milhões de brasileiros;

Considerando que a maconha hoje não é a mesma de antigamente, e que a planta fumada ou na forma alimento não é recomendada como medicamento pelas instituições que protegem a saúde da Humanidade, pois os estudos precisam ser replicados, já que que alguns componentes produzem efeitos adversos agudos e crônicos que colocam o ser humano em risco;

Considerando que no âmbito social o consumo está ligado às diferentes formas de violência, e que o consumo vem aumentando no Brasil nos últimos vinte anos, segundo o Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, ligada à ONU, que emitiu relatório informando que em apenas seis anos, entre 2005 e 2011, o consumo de maconha no Brasil, avançou de 2,0% para 7,0% da população na faixa etária entre 15 e 65 anos.

Finalmente, considerando que a maconha é utilizada por pelo menos 11 milhões de brasileiros (LENAD, 2012), prevalência que vem aumentando, a ABEAD recomenda que se utilizem os princípios éticos, filosóficos e científicos fundamentais necessários para a elaboração de qualquer política moderna para ajustar a política de drogas no Brasil:

1º – Os Direitos Humanos devem ser garantidos, isto é, o direito de não usar drogas: os cidadãos, em especial as crianças, têm o direito de viver num ambiente seguro e livre de drogas, quer em sua família, quer na comunidade.

2º – A prevenção urge e o tratamento é imprescindível, baseado em boas práticas advindas das evidências científicas, para aqueles já dependentes, assim como a reinserção social deve estar integrada nestas medidas.

3º – A redução do consumo de drogas é uma parte relevante da política e deve ser garantido, pois reduz os danos. Tráfico é crime e as penas devem ser revisadas, principalmente aquelas destinadas aos pequenos traficantes.

4º – Todos devem participar do debate e assumir sua parte da responsabilidade para resolver a questão.

Será que é preciso debater sobre a legalização da maconha?

A ABEAD e sua missão

  1. Informar a todos sobre as evidências científicas relacionadas ao tema;
  2. Promover um fórum de debates sobre o tema para todos os seguimentos populacionais;
  3. Promover pesquisas ligadas aos centros de referência (universidades) sobre o potencial terapêutico de componentes da maconha, que após os estudos serão as prescritoras (para as exceções, inicialmente).
  4. Apoiar medidas que protejam a todos: não legalizar outras drogas, pois não existe uma política madura para manejar o fenômeno, e as consequências serão potencialmente ruins.

Diante de todas essas informações, você é a favor ou contra as recomendações da ABEAD?

http://www.abead.com.br/site/?p=2125

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  • Usuário Growroom

PQP, que lixo de texto... Ainda tem a ousadia de se auto-intitular 'assosiação de estudos' ¬¬

amigo não é por nada não mas ali á sim conhecimento cientifico verídico,e fora isso,muito desinformação em que nada ajuda,principalmente na página da ABEAD.

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  • Usuário Growroom

MINHA singela opinião : (A página da ABEAD é muito preconceituosa ao extremo)Sou a favor de se crie o mercado de drogas recreativas,sim um mercado de drogas que hoje está na mão de pessoas sem valores humanos, irracionalidade pura e que não medem esforços pra conseguir o seu lucro a qualquer preço.Á uma questão que me martela muito minha mente de que nós seres mortais vivemos em um mundo de faz de conta,e a culpa ao meu ver está na mão da humanidade e o medo da morte e não enxergam a realidade de forma alguma,Então pra que serve politicas públicas que não se adequem a realidade ?

Á um filósofo que diz isso de que enxergamos o que queremos ver,então o caos,guerras e ganância se perpetuará pela eternidade.Quem sabe quando eu possa ficar tranquilo em relação a venda de drogas a menores porque são as CRIANÇAS que são alvo das MENTIRA DESSE MUNDO.

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  • Usuário Growroom

amigo não é por nada não mas ali á sim conhecimento cientifico verídico,e fora isso,muito desinformação em que nada ajuda,principalmente na página da ABEAD.

Que conhecimento científico, cara? Tem 5% de conhecimento científico altamente distorcido misturado com 95% de manipulações e mentiras maliciosas!

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  • Usuário Growroom

Que conhecimento científico, cara? Tem 5% de conhecimento científico altamente distorcido misturado com 95% de manipulações e mentiras maliciosas!

eu não estipulei porcentagem mas como você disse :

Tem 5% de conhecimento científico e á pessoas que também sabem disso,acredito que sou bem claro a respeito;

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