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Canabinóides, Receptores E Neurotransmissores - Explicando A Farmacodinâmica Da Psicoatividade


bedrocan

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  • Usuário Growroom

Explicando a Farmacodinâmica da Psicoatividade: Agonismo e Antagonismo entre Canabinóides, Receptores e Neurotransmissores

Fitocanabinoides, também chamados de “canabinóides naturais”, e” canabinóides clássicos”, são conhecidos apenas por ocorrer naturalmente em quantidade significativa na planta cannabis, e estão concentradas em uma resina viscosa que é produzida em estruturas glandulares conhecidos como tricomas.

Para entender melhor sobre a estrutura e partes dos tricomas, leia essa excelente tradução de um faq do overgrow feita pelo companheiro Capitao Brown.

Além de canabinóides, a resina é rica em terpenos, os quais são em grande parte responsáveis ​​pelo odor da planta de cannabis. Fitocanabinoides são insolúveis em água, mas são solúveis em lipídios , álcoois e outros solventes orgânicos apolares.

Todos fitocanabinóides naturais são obtidos a partir dos respectivos ácidos carboxílicos (2-2-COOH) por descarboxilação (catalisada por calor, luz, ou condições alcalinas).

SISTEMA ENDOCANABINÓIDE

O corpo humano também produz, naturalmente, alguns canabinóides. Clique aqui para ver o assunto mais bem explicado no tópico do amigo BJL, “Introdução ao Sistema Endocanabinoide” e também o tópico do amigo ThiaBo “Canabinóides e Sistema Endocanabinóide”

Alguns outros links que recomendo ler:

O Sistema Canabinóide Endógeno

O sistema endocanabinóide compreende os receptores, os agonistas endógenos e o aparato bioquímico relacionado responsável por sintetizar essas substâncias e realizar determinadas ações. Os receptores foram nomeados pela União Internacional de Farmacologia Básica e Clínica (International Union of Basic and Clinical Pharmacology - IUPHAR), de acordo com sua ordem de descoberta, como receptores CB1 e CB2. Ambos são receptores acoplados à proteína G.

Dentro dos sistemas nervosos centrais, o CB1 está primariamente localizado nos terminais nervosos pré-sinápticos e é responsável pela maioria dos efeitos neurocomportamentais dos canabinoides. O CB2, ao contrário, é o principal receptor de canabinoide no sistema imune, mas também pode expressar-se nos neurônios.

Alguns fitocanabinóides têm sido isolados a partir da planta cannabis.

Abaixo, os principais canabinóides naturais classificados são mostrados. Todos derivam de compostos do tipo cannabigerol e diferem principalmente na forma como este precursor é ciclizado.

Tetrahidrocanabinol (THC), o canabidiol (CBD) e o canabinol (CBN) são os canabinóides naturais mais prevalentes e têm recebido mais estudo. Outros canabinóides comuns estão listados abaixo:

· CBG Cannabigerol

· CBC Cannabichromene

· CBL Cannabicyclol

· CBV Cannabivarina

· THCV Tetrahydrocannabivarina

· CBDV canabidivarina

· CBCV Cannabichromevarina

· CBGV Cannabigerovarina

· CBGM Cannabigerol monoetilado Ether

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AGONISTAS E ANTAGONISTAS

Para passar conceitos importantes para entender a dinâmica de funcionamento dos canabinóides, vou trazer algumas definições farmacológicas, o agonismo e o antagonismo, melhores explicados de forma aplicada nos LINKS que indiquei logo acima.

Os mecanismos para intervenções farmacológicas no sistema canabinóide endógeno são o agonismo ou o antagonismo nos receptores CB1 e CB2 (Di Marzo et al, 2004). Seja através dos canabinoides endógenos ou dos canabinóides administrados exógenamente, como canabinóides sintéticos (JWH-018), fitocanabinoides de plantas de armário ou oriúndos do remédio Sativex, um composto farmacêutico composto por fitocanabinóides THC e CDB (em proporção específica, onde apesar da padronização na composição, formulação e dosagem, é como uma tintura de cannabis) - agradeço a correção de shortlived

É a Farmacodinâmica, o ramo que estuda a ação das substâncias no cérebro, para os químicos farmacêuticos, substâncias agonistas agem estimulando ou provocando uma ação em receptores cerebrais.

Já as denominadas substâncias antagonistas agem como bloqueadores dos receptores, ou seja, diminuem as respostas a substância agonista presente nos neurotransmissores do organismo.

Ou seja: as substâncias antagonistas pode diminuir, anular ou modificar o efeito das agonista.

É essa a relação tão mal compreendida entre o THC e CBD (canabidiol), ou entre o THC (Agonista) e outros canabinóides Antagonistas como o THCV.

O THC é um agonista e excitatório, ou seja, um fitocanabinóide AGONISTA que mimetiza a ação de substâncias agonistas endógenas ao corpo, presentes no sistema endocanabinoide - no início da década de 90, foram descobertos dois agonistas endógenos dos receptores canabinóides de mamíferos, a N-aracdonoil etanolamina (AEA ou Anandamida) e a 2-aracdonoil glicerol (2-AG), posteriormente sendo identificados também a dopamina N-araquidonoil (NADA), o éter glicerol 2-araquidonoil (noladina) e a etanolamina O-araquidonoil, todos atualmente designadas como endocanabinóides (ECB).

Já o CDB é um antagonista indireto, que supostamente deveria agir como inibidor, ou seja, um ANTAGONISTA que mimetiza a ação de substâncias antagonistas endógenas ao corpo, presentes no sistema endocanabinoide (algo pouco comentado quais são estes antagonistas endógenos, porque ainda são desconhecidos).

O CDB não age simplesmente como um antagonista inibitório, mas torna os efeitos do THC menos expressivos e mais prazeirosos.

O CDB tem afinidade muito baixa pelos receptores CB1 e CB2, agindo como antagonista indireto aos outros canabinóides que agem como agonistas, como THC. Enquanto se poderia assumir que reduziria os efeitos do THC, dados indicam que possivelmente potencialize seus efeitos por aumentar a densidade do receptor CB1 ou através da ação de alguma outro mecanismo desconhecido relacionado ao receptor CB1.

Porém, também se mostrou agindo como um agonista do receptor 5-HT1A de Serotonina, em uma ação que está envolvida com desencadeamento de efeitos antidepressivos, ansiolíticos e neuroprotetivos.

Atualmente GRP55 não é considerado um receptor canabinoide. O que existe é uma discussão para modificar a atual nomenclatura visto que canabinoides interagem com uma gama grande de receptores que inclui não só os receptores CB1 e CB2 como também os receptors GPR55, GPR18, GPR119, TRPA1, TRPV1, outros canais de cátions (TRP), e PPARs.

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OS RECEPTORES CANABINÓIDES

Existem até o momento confirmadas a existência de dois receptores Canabinóides, os CB1 são encontrados principalmente no cérebro , para ser mais específico nos gânglios basais e no sistema límbico, incluindo o hipocampo .Eles também são encontrados no cerebelo e em ambas sistemas reprodutivos masculino e feminino.

Os receptores CB1 estão ausentes no bolbo raquidiano, a parte do tronco do cérebro responsáveis ​​por funções respiratória e cardiovascular. Assim, não existe o risco de insuficiência respiratória ou cardiovascular, como existe com muitos outros fármacos. Os receptores CB1 parecem ser responsáveis ​​pelos efeitos de euforia e anticonvulsivos de cannabis.

As áreas do sistema nervoso com maior densidade de receptores CB1 são o córtex frontal (raciocínio, abstração, planejamento, etc), os núcleos da base (motricidade) e o cerebelo (coordenação e equilíbrio). O sistema límbico, responsável pela elaboração e expressão dos fenômenos emocionais, também é rico em receptores CB1, especialmente no hipotálamo (coordenação das manifestações emocionais), hipocampo (memória emocional e inibição da agressividade) e giro do cíngulo (controle dos impulsos). A ausência de receptores CB1 na medula espinhal explica a baixa toxicidade do THC quando administrado em doses elevadas.

fonte

(p.s: já vi em algum local que essa questão dos canabinóides serem agonistas de receptores CB1 no hipocampo funcionaria como um remédio para apagar memórias ruins e traumas)

Já os receptores CB2 são encontrados quase exclusivamente no sistema imunitário, com a maior densidade do baço . Enquanto encontrado apenas na região periférica do sistema nervoso , tudo indica que CB2 é expresso por uma subpopulação de microglia no cerebelo humano. Os receptores CB2 parecem ser responsáveis ​​pelos efeitos terapêuticos anti-inflamatórios e neuro-protetivos da Cannabis.

Em uma pesquisa que relaciono a este achado, confirmou-se que os judeus, menos de 1% da população mundial e donos de mais de 40% dos premios Nobel, foram submetidos a spect-scan de seus cérebros, que, comparados aos de humanos de outras etnias, tinham mais densidade neuronal de células glias, que proporcionam suporte e nutrição aos neuronios - estaria o receptor CB2 ligado a inventividade, genialidade e criatividade através de alguma ação anti-inflamatória, anti-oxidante e neuroprotetiva sobre as células glias?

"As sinapses neuronais se apresentam sob muitas formas, usando várias moléculas mensageiras para dar diferentes respostas. Os próprios neurônios com seus receptores e neurotransmissores de cada sistema específico (adrenérgico, glutamatérgico, dopaminergico, opiáceo, canabinóide, etc) compõem apenas uma fração do cérebro. Ele também contém células gliais, células comuns que realizam tarefas de apoio, transporte, crescimento e manutenção interna."

CANABINÓIDES AGONISTAS E CANABINÓIDES ANTAGONISTAS

Há diversos canabinóides que funcionam como agonistas e antagonistas seletivos para os receptores CB1 ou CB2. Os agonistas CB1 induzem os efeitos já mencionados de analgesia, hipotermia, hiperfagia (LARICA?). Os agonistas CB2 podem ser interessantes por induzirem efeitos periféricos, como a analgesia, mas sem a diversidade de efeitos centrais decorrentes da ativação dos receptores CB1, como comprometimento motor e alterações de memória.

Muitos dos canabinóides clássicos, como o próprio 9-THC, são agonistas que não apresentam grande seletividade para os subtipos de receptores canabinóides. Porém, há diversos agonistas e antagonistas seletivos para os receptores CB1 ou CB2.

Os agonistas CB1 induzem os efeitos já mencionados de analgesia, hipotermia, hiperfagia. Os agonistas CB2 podem ser interessantes por induzirem efeitos periféricos, como a analgesia, mas sem a diversidade de efeitos centrais decorrentes da ativação dos receptores CB1, como comprometimento motor e alterações de memória.

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Tetrahidrocanabinol

tetrahidrocanabinol (THC) é o principal componente psicoativo da planta. Parece para aliviar a dor moderada (analgésico) e ser neuroprotetor. O THC tem afinidade aproximadamente igual para os receptores CB1 e CB2 e age mimetizando ação dos agonistas endógenos. (Δ9-THC, THC) e”” delta-8-tetrahidrocanabinol (Δ8-THC), imitam a ação da anandamida, um neurotransmissor produzido naturalmente no corpo.

O THC produz o efeito associado a cannabis por ligação agonista (estimulante) dos receptores de canabinóides CB1 em vários circuítos de neurotransmissão do cérebro e é eficiente para controlar algumas condições médicas.

Cannabidiol

Cannabidiol (CBD) não é psicoativo. No entanto, a evidências recentes que mostram que os fumantes de cannabis que continham uma relação CBD / THC mais equiparável eram menos propensos a terem comportamentos e sintomas esquizofrenicos e semelhantes. Ou seja, o desequilíbrio entre antagonista (CBD) a favor do agonista (THC) foi preditor dedo aparecimento de sintomas correlatos a esquizofrenia e sintomas semelhantes.

'experimentar esquizofrenia' e 'níveis de esquizofrenia' deveriam ler 'experimentar sintomas esquizofrênicos' e 'níveis de sintomas esquizofrênicos" já que do modo que está acaba implicando que o desequilíbrio entre THC e CBD provoca esquizofrênia quando na realidade os efeitos colaterais psicotomiméticos do THC são transitórios e estão relacionados unicamente a dessensibilização dos receptores CB1. A antagonização do CBD reduz a dessensibilização dos receptores CB1 provocada pelo THC e consequentemente os efeitos adversos relacionados a redução transitória dos receptores CB1.

De acordo com Antonio Waldo Zuardi, professor titular de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão da Universidade de São Paulo (USP), o canabidiol foi usado em diversos estudos com animais e humanos, os quais sugeriram que a substância pode atenuar sintomas psicóticos. O estudioso explica que o canabidiol é alvo de pesquisas de muitos cientistas brasileiros e também do exterior. “Este ano, foi publicado um estudo realizado por um grupo de pesquisadores alemães, que mostra que o canabidiol diminuiu os sintomas de pacientes esquizofrênicos de forma semelhante a outro antipsicótico já conhecido”, disse.

Isto é suportado por testes psicológicos, em que os participantes experimentam menos intensos efeitos psicóticos quando THC intravenoso foi co-administrado com CBD (como medido com um ensaio de PANSS). Postula-se que a CBD atua como antagonista alostérico no receptor CB1 e, assim, altera os efeitos psicoativos do THC. Recomenda-se também para aliviar a convulsão, inflamação, ansiedade e náuseas .

Cannabigerol

Cannabigerol (CBG) é não-psicotomimético (ou seja, não simula a ação de endocanabinóides) mas ainda afeta os efeitos globais da Cannabis. Ela atua como um agonista α2-adrenérgico, um antagonista do receptor 5-HT1A e antagonista do receptor CB1. Ele também se liga ao receptor CB2.

Tetrahydrocannabivarina

Tetrahydrocannabivarina (THCV) é prevalente em certas espécies do Sul Africano e Sudeste Asiático de Cannabis. É um antagonista dos receptores CB1 e modula (atenua e modifica) os efeitos psicoativos do THC.

Cannabichromene

Cannabichromene (CBC) é não psicoativo e não afeta o psicoatividade de THC, podendo ser encontrada em quase todos os tecidos de uma ampla variedade de animais.

Dois análogos de anandamida, 7,10,13,16-docosatetraenoylethanolamida e”” homo-γ-linolenoylethanolamina, tem farmacologia similar ao CBC. Todos estes são membros de uma família de lipídios sinalização chamada” N”-acylethanolamidas, que também inclui o palmitoiletanolamida acanabimimetico e oleoiletanolamina, que possuem efeitos anti-inflamatórios e orexígenos, respectivamente. Muitos” N”-acylethanolaminas também foram identificados em sementes de plantas e em moluscos.

FUNÇÃO DOS CANABINÓIDES

Os Endocanabinóides e os Fitocanabinóides agem como mensageiros lipídicos intercelulares, moléculas de sinalização, que são libertados a partir de uma célula e ativam os receptores canabinóides presentes em outras células vizinhas.

Embora neste papel de sinalização intracelular que são semelhantes aos neurotransmissores monoaminados bem conhecidos, tais como a acetilcolina e dopamina, o sistema de endocanabinoides diferem em vários aspectos deles. Por exemplo, endocanabinoides usam sinalização retrógrada.

Além disso, endocanabinoides são moléculas lipofílicas que não são muito solúveis em água.

Antigamente acreditava-se que endocanabinoides não eram armazenados e que eram sintetizados sob demanda, mas recentemente foi demonstrada a existência de organelas intracelulares de armazenamento e transportadores intracelulares para a AEA, assim como reservatórios intracelulares distintos têm sido sugeridos para o 2-AG. O que ainda não está claro é o mecanismo utilizado por endocanabinoides para atravessar a membrana plasmática.

Diversas enzimas distintas são responsáveis pela biossíntese e degradação da AEA e do 2-AG. Além disso, endocanabinoides podem sofrer oxidação por lipoxigenase e ciclooxigenase-2, as mesmas enzimas que catalisam a cascata 'clássica' de ácido araquidônico, levando a prostanóides, leucotrienos e lipoxinas.

SINAIS RETROGRADOS

Neurotransmissores convencionais são liberadas a partir de uma célula “pré-sináptico” e ativar receptores apropriados em uma célula ‘pós-sináptica “, onde pré-sináptica e pós-sináptica, designam o envio e recebimento de lados de uma sinapse, respectivamente.

Endocanabinoides, por outro lado, são descritos como transmissores retrógradas porque mais comumente viajam ‘para trás’, contra o fluxo transmissor sináptico habitual.

Eles são, com efeito, lançado a partir da célula pós-sináptica e agem sobre a célula pré-sináptica, onde os receptores alvo são densamente concentradas em terminais axonais nas zonas de neurotransmissores convencionais, que são libertados. A ativação dos receptores de canabinóides reduz temporariamente a quantidade de neurotransmissor libertados convencionalmente.

Este sistema mediado dos endocanabinoides permite a célula pós-sináptica controlar o seu próprio tráfego de entrada sináptica.

O efeito final sobre a célula endocanabinoide -liberadora depende da natureza do transmissor convencional a ser controlado. Por exemplo, quando a libertação do transmissor inibitório GABA é reduzido, o efeito líquido é um aumento da excitabilidade da célula endocanabinoides –liberadora.

No inverso, quando a libertação do neurotransmissor excitatório glutamato é reduzida, o efeito líquido é uma redução da excitabilidade da célula endocanabinoides –liberadora.

Endocanabinoides constituem um sistema versátil para afetar as propriedades de diversas rede neuronais no sistema nervoso, como receptores das redes de neurotransmissores GABA, GLUTAMATO, DOPAMINA, SEROTONINA, OPIÁCEOS e outros. A compreensão científica atual reconhece o papel que os endocanabinóides em quase todas as principais funções da vida no cérebro e corpo humano.

Quanto à localização na sinapse, os receptores CB1 estão posicionados na membrana pré-sináptica de outros sistemas. Isso significa que a função do sistema canabinóide é a de modular a liberação de outros neurotransmissores.

Babacão: -karalhoo axo q entendi como q eu fiko xapado...

xD

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Recomendações de leituras aos interessados no uso medicinal dos canabinóides:

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  • Usuário Growroom
Olá, parabéns pelo tópico. Gostaria entretanto de fazer algumas ressalvas.
Seja através dos canabinoides endógenos ou dos canabinóides administrados exógenamente, como canabinóides sintéticos (sativex), ou fitocanabinoides de plantas de armário.
Sativex® não é um canabinoide sintético e sim um produto farmacêutico composto pelos fitocanabinoides THC e CBD. Apesar da padronização na composição, formulação, e dosagem, Sativex® não passa de uma tintura de Cannabis.
Recentemente, foi confirmado ser um antagonista ao novo receptor canabinóide GRP55.
Atualmente GRP55 não é considerado um receptor canabinoide. O que existe é uma discussão para modificar a atual nomenclatura visto que canabinoides interagem com uma gama grande de receptores que inclui não só os receptores CB1 e CB2 como também os receptors GPR55, GPR18, GPR119, TRPA1, TRPV1, outros canais de cátions (TRP), e PPARs.
No entanto, a evidências recentes que mostram que os fumantes de cannabis que continham uma relação CBD / THC mais equiparável eram menos propensos a experimentar esquizofrenia e sintomas semelhantes. Ou seja, o desequilíbrio entre antagonista (CBD) a favor do agonista (THC) foi preditor de maiores níveis de esquizofrenia e sintomas semelhantes.
'experimentar esquizofrenia' e 'níveis de esquizofrenia' deveriam ler 'experimentar sintomas esquizofrênicos' e 'níveis de sintomas esquizofrênicos" já que do modo que está acaba implicando que o desequilíbrio entre THC e CBD provoca esquizofrênia quando na realidade os efeitos colaterais psicotomiméticos do THC são transitórios e estão relacionados unicamente a dessensibilização dos receptores CB1. A antagonização do CBD reduz a dessensibilização dos receptores CB1 provocada pelo THC e consequentemente os efeitos adversos relacionados a redução transitória dos receptores CB1.
Eles não são armazenados em vesículas, e existem como componentes integrais das camadas duplas de membrana que formam as células. Acredita-se ser sintetizado ‘”por necessidade” em vez de feitos e armazenados para uso posterior.
Antigamente acreditava-se que endocanabinoides não eram armazenados e que eram sintetizados sob demanda, mas recentemente foi demonstrada a existência de organelas intracelulares de armazenamento e transportadores intracelulares para a AEA, assim como reservatórios intracelulares distintos têm sido sugeridos para o 2-AG. O que ainda não está claro é o mecanismo utilizado por endocanabinoides para atravessar a membrana plasmática.
Os mecanismos e enzimas subjacentes a biossíntese dos endocanabinóides são ainda imperceptíveis e continuam a ser uma área de pesquisa ativa.
Diversas enzimas distintas são responsáveis pela biossíntese e degradação da AEA e do 2-AG. Além disso, endocanabinoides podem sofrer oxidação por lipoxigenase e ciclooxigenase-2, as mesmas enzimas que catalisam a cascata 'clássica' de ácido araquidônico, levando a prostanóides, leucotrienos e lipoxinas.
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  • 1 year later...
  • Usuário Growroom

Precisa que a gente de as caras e defenda com unhas e dentes nosso direito de acesso a saúde - os tratados que o Brasil tem com a OMS poderiam ser base pra fundamentar e garantir isso.

Que a Sociedade Brasileira, através de seus Cidadaos, adquira e/ou exerça representatividade cientifica, musical, social, politica, medicinal, comercial ou qualquer coisa que fortaleça nossa luta para liberar estes compostos medicinais que podem ser imprescindíveis para controlar estados inflamatorios proporcionados por neuropatia diabética, como no meu caso, afinal como afirmou o amigo Shortlived logo acima, " Diversas enzimas distintas são responsáveis pela biossíntese e degradação da AEA e do 2-AG [...] - endocanabinoides podem sofrer oxidação por lipoxigenase e ciclooxigenase-2".

O estado Brasileiro particularmente me nega assim permissão para realizar um auto- tratamento paliativo com Oleo rico em THCA para uma condição altamente debilitante e crônica (Neuropatia), mas "clandestinamente" salvaguardo meu direito de acesso a saúde e tratamento de saúde digno e eficiente - o qual o governo Brasileiro ou qualquer industria farmacêutica do mundo não possuem sequer um tratamento eficiente análogo. 

Eu produzo meu oléo. Estou disposto a brigar na justiça um dia se algum oficial do poder executivo, legislativo ou judiciário se meter no meu caminho e tentar me criminalizar por garantir a qualidade de vida, saúde e dignidade que eu mereço, como cidadão Brasileiro e pagador de imposto.

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