Usuário Growroom Na_Bruxa Postado December 15, 2014 Usuário Growroom Denunciar Share Postado December 15, 2014 Editorial A TARDE Dom, 14/12/2014 às 09:07 FONTE A decisão do CFM (Conselho Federal de Medicina) de permitir que os médicos receitem o Canabidiol (medicamento derivado da maconha contra casos graves de epilepsia) é acertada e mostra como discussões equivocadas, preconceituosas e dogmáticas podem atrapalhar a vida de pacientes. Há décadas cientistas de todo o mundo estudam substâncias encontradas na maconha para o tratamento de algumas doenças. Entre elas está o canabidiol, comercializado em alguns países. O canabidiol não dá "barato", não vicia e não tem nenhum efeito psicoativo parecido com o causado pelo uso da maconha tragada. Mas a confusão entre a possível liberação do uso recreativo da maconha contamina toda a discussão médica, e o remédio continua banido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não pode ser vendido nas farmácias. No Brasil, pais são obrigados a importar ilegalmente a substância para melhorar a vida dos filhos doentes, muitos com dezenas de convulsões num só dia. Outra solução é pedir autorização à Anvisa para a importação. Para isso, é necessária a receita médica, que muitos médicos tinham receio de fornecer porque o CFM não reconhecia o produto. Ao misturar as três discussões (liberação do uso recreativo da maconha, liberação do uso da erva para fins medicinais e liberação do uso de substâncias específicas da planta como remédio), tudo fica num mesmo balaio e nada avança. Há argumentos pró e contra a liberação da maconha recreativa. Mas essa é uma discussão que se estenderá por anos. Há também argumentos pró e contra a liberação do consumo da droga por pacientes com câncer ou outras doenças, para aumentar o apetite ou reduzir dores. Mas esse tema ainda não está pacificado. Já no caso do uso de componentes da cannabis sativa como medicamento, é preciso colocar os preconceitos de lado. Se plantas que dão origem a drogas ilegais fossem banidas da indústria farmacêutica, o ser humano teria muito mais a perder que a ganhar. O exemplo óbvio é a morfina, extraída da mesma planta que é usada para fabricar ópio e heroína. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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