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São Paulo Proíbe Campanha Que Discute Legalização


Paulinhuuu

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  • Usuário Growroom
maio 29, 2015
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por Peu Araújo

Repórter

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Foto retirada do site SOS Policiais.

Os ônibus no Rio de Janeiro passaram 30 dias, de 20 de abril a 20 de maio, estampando charges dos cartunistas Angeli, Laerte, André Dahmer, Arnaldo Branco e Leonardo botando luz numa discussão ainda polêmica: DROGAS. A campanha Da Proibição Nasce o Tráfico foi criada para, segundo eles mesmo, "estimular o debate público sobre os danos que a proibição de determinadas drogas causa à sociedade". A ação rendeu pautas, fomentou a discussão, repercutiu e veio parar em São Paulo na quarta-feira, dia 27 de maio, e azedou o caldo.

O que era para estar em 40 ônibus, de 10 diferentes linhas, também por 30 dias, durou apenas um. Uma nota oficial do Consórcio INTERVIAS, empresa que gerencia e opera todas as linhas intermunicipais do estado de São Paulo, afirma que a campanha descumpre uma cláusula contratual e que as peças publicitárias seriam removidas.

Veja aqui a nota:

NOTA - Consórcio Intervias


O Consorcio Intervias comunica que a EMTU/SP, gerenciadora do transporte metropolitano na Grande São Paulo, não tinha ciência do conteúdo de cartazes relativos a campanha "Da Proibição Nasce o Tráfico" veiculada em alguns ônibus das linhas metropolitanas, o que configura descumprimento de cláusula contratual.


Por esta razão a Intervias já determinou a remoção das peças publicitárias dos veículos.

A ação foi vista como arbitrária por quem organizou, financiou e produziu a campanha. "Eu soube que alguém da EMTU teria ligado pra empresa e dito que essa campanha estava proibida pelo Governo do Estado (de São Paulo) e que toda essa publicidade teria que ser reirada imediatamente", conta a idealizadora da campanha Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Candido Mendes. Ela completa: "Eles estão dizendo que a campanha é uma campanha de apologia às drogas e a gente diz que em nenhum momento estamos fazendo essa isso. A gente tá justamente chamando a atenção para o fracasso da guerra (contra o tráfico), mas ninguém tá fazendo apologia".

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Charge do cartunista Angeli.

André Dahmer, um dos cartunistas envolvidos, também subiu o gás. "Achei lamentável e autoritário, ainda mais vindo da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, uma bosta de empresa, pode escrever aí." E completa. "O mercado da violência agradece. Vão continuar a vender grades, cadeados, alarmes, segurança privada. Essas coisas. Ai deles se as drogas forem vendidas no lugar certo: na DROGARIA, acabaria uma indústria enorme. Seguro de carro, carros blindados... muita coisa".

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Cartum de André Dahmer.

Pedro Abramovay, diretor latino-americano da Open Society Foundations, patrocinadora da campanha, endossa o coro dos descontentes. "A censura é absurda e antidemocrática. O STF já decidiu que defender a mudança da política de drogas não é apologia, representa livre direito de manifestação. A democracia não é o regime da maioria. É o regime que dá os meios para a minoria virar maioria. Se um grupo é impedido de defender suas ideias, o maior atingido é a democracia."

Procurada, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A (EMTU), disse que não se pronunciaria, porque o "erro" teria sido cometido pela Intervias. Até o fechamento desta reportagem o porta-voz da concessionária, Claudio de Freitas, não estava disponível para falar com a imprensa.

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Charge da Laerte.

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  • Usuário Growroom

Enxergo uma luzinha no fim do túnel, essas campanhas publicitárias contra a guerra às drogas(guerra aos pobres) podem mudar a mentalidade dos brasileiros de uma forma surpreendente, se aumentarem esse tipo de "protesto pacífico" as coisas irão caminhar muito mais rápido.É começar a colocar cartazes pró legalização do uso medicinal e posteriormente recreacional, essa mudança na legislação vai se dar em passos curtos(curtíssimos) mas só de ver esse tipo de campanha, mesmo em pequeno número, já é um grande avanço!!!Que os milhões de empresários brasileiros, maconheiros ou não, pois todos sofrem com esse derramamento inútil de sangue, se sensibilizem e criem mais publicidades do tipo.AVANÇA NA DIREÇÃO CERTA, BRASIL!Políticas públicas falidas tem que ficar no passado.

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