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Venda De Produtos Para Cultivo Da Maconha Cresce No Uruguai


Bas

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08 Junho 2015 | 08:57

Um ano após regulamentação da lei que permite produzir a droga com regulamentação do Estado, terra especial, livros e medidores de umidade são procurados no país
MONTEVIDÉU – Terra especial, medidores de umidade, livros sobre o cultivo de maconha e até tesouras para cortá-la são alguns dos produtos cuja oferta aumentou no Uruguai um ano depois da regulamentação da lei que permite a produção e a comercialização com regulamentação do Estado.

“Percebemos que houve um aumento porque o mercado se abriu e vai continuar crescendo. Já vemos a quantidade de negócios como esse que proliferaram no último ano, já existem cerca de 20″, disse Juan Manuel Varela, dono de uma loja de produtos para o cultivo de maconha no centro de Montevidéu.

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Em dezembro, Uruguai recebeu feira da maconha – Foto: Arquivo/AP


Em seu negócio, o uruguaio vende nutrientes, acessórios e aditivos agrícolas para semear em vasos, sistemas de irrigação, carpas de cultivo que permitem plantar em lugares fechados, medidores de temperatura e de umidade, tesouras especiais para cortar as folhas, seda para enrolar os cigarros de maconha e livros.

Varela decidiu abrir a loja junto com um amigo em 2012, quando a lei da maconha parecia “algo distante”, e lembrou que as vendas começaram a aumentar quando o projeto legislativo foi aprovado na Câmara dos Deputados, em meados de 2013.

Em 10 de dezembro de 2013, a lei foi definitivamente aprovada pelo Parlamento, mas sua regulamentação foi assinada em maio do ano passado pelo então presidente e impulsor da iniciativa, José Mujica.
Em agosto de 2014 começaram os registros para os cultivadores domésticos, os auto-cultivadores, que podem ter até seis plantas de maconha em sua residência, de acordo com a legislação.

Além das lojas especializadas nesse mercado, um tipo de terra especial projetado para o cultivo de cannabis também apareceu nas prateleiras de vários supermercados uruguaios no começo deste ano. “Aproveitamos o furor da lei e fizemos a terra com um visual da maconha. As pessoas se identificam com a folha e as cores de Bob Marley. Eu me aposentei como publicitário e tenho ideias. Todas as terras que há em supermercados se adaptam muito bem aos vasos”, explicou Carlos Mollo, produtor de terras para jardins.

Segundo o ex-publicitário, seu produto teve boa aceitação nos supermercados, que representam “55 % da venda de todo o negócio”. “Não sei se quem compra são cultivadores de maconha ou cultivadores em geral porque os componentes são muito bons e 80% a 85% das sementes germinarão, qualquer semente”, comentou Mollo, que disse não saber como é a semente da maconha.

Para a universitária Daiana Castillo, cultivadora de maconha “há muitos anos”, a lei não mudou muito sua realidade, mas agora há acesso melhor aos produtos. “Talvez agora tenha mais coisas, é mais fácil comprar o que é necessário para plantar, talvez tenha mais amigos plantando ou mais gente interessada no tema, ou pelo menos se discute, ao contrário de antes (da lei)”.

Para Castillo, a crescente oferta de produtos relacionados ao cultivo de cannabis demonstra que a lei “é um avanço social” sobre os tabus, para que os cultivadores não sejam “vistos como delinquentes”. /EFE

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    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
    • o teu chegou? o meu já passou por Curitiba mas tá devagar (pelo menos o pior já passou) kkkkkkkkkk
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