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Legalizar Maconha Medicinal Não Aumenta Consumo Entre Adolescentes


CanhamoMAN

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Legalizar maconha medicinal não aumenta consumo entre adolescentes


Estudo com 1 milhão de pessoas indica que a autorização não provocará efeito rebote

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/16/ciencia/1434456902_940758.html

16/06/2015

Legalizar o uso medicinal da maconha não produz o tão temido aumento do consumo entre os adolescentes. Essa é uma das conclusões de um extenso trabalho que analisou dados de 1,1 milhão de garotos norte-americanos durante 24 anos e foi publicado na revista The Lancet Psychiatry. O estudo tenta jogar luz no controvertido debate sobre as consequências da autorização do consumo da cannabis.
Um dos principais argumentos dos críticos do uso terapêutico é que as leis que o amparam incentivam o abuso entre os jovens. Dizem que a regulação, ainda que parcial, contribui para uma redução na percepção dos potenciais danos do seu uso. Isso aumentaria o consumo – e a probabilidade de que mais adolescentes se tornem dependentes dessa e de outras substâncias. E acrescentam outro aspecto: o efeito da maconha entre os menores é especialmente perigoso porque o cérebro deles ainda está em desenvolvimento (o que não deixa de ser certo).
Mas essa tese não tem sustentação. E a própria Deborah Hasin, da Universidade Columbia, responsável pela pesquisa, tinha assumido esse preconceito, o que talvez dê ainda mais valor às suas conclusões.
“Os resultados do trabalho são espetaculares, muito interessantes”, diz Joan Carles March, diretor da Escola Andalulza de Saúde Pública e coordenador do único programa de administração terapêutica da heroína da Espanha, que funciona no hospital Virgen de las Nieves de Granada.




Desde 1996, 23 dos 50 estados dos EUA – além do Distrito de Columbia – aprovaram a administração de maconha sob supervisão médica para no atendimento de pacientes que recebem cuidados paliativos. A droga também é usada para combater os efeitos da quimioterapia e sintomas de doenças como a esclerose múltipla. Fazem parte desse grupo Califórnia, Nevada, Arizona, Oregón, Colorado, Washington, Illinois, Nova Jersey, Nova York, New Hampshire, Connecticut e Delaware. Na Espanha, as autoridades de saúde autorizaram em 2010 o uso do Sativex, um composto com extratos da cannabis para tratar a rigidez muscular da esclerose.
Os autores do artigo recorreram a uma grande base de dados da Universidade Michigan denominada Monitoring the Future. Através de pesquisas, o programa avalia diversos hábitos da juventude norte-americana, incluindo o consumo de drogas. Os cientistas analisaram as respostas de 1.098.270 estudantes de três faixas etárias (13-14, 15-16 e 17-18 anos) entre 1991 e 2014. Alguns eram de estados que proíbem e outros de administrações federais que permitem o uso medicinal.
No momento do estudo, 21 estados contavam com leis que permitiam o uso medicinal. Ao comparar o consumo antes e depois da aplicação das leis, a ocorrência global nos jovens (de todas as idades) mal se alterou significativamente: era de 16,25% e, após a regulamentação, de 14,45%. Mas a maior surpresa foi o que o artigo descreve como uma “inesperada, mas robusta” queda no consumo de cannabis no grupo mais jovem (o hábito se reduziu de 8,1% a 6%). Os pesquisadores sugerem que esses jovens seriam mais influenciáveis do que os mais velhos e que a mudança legislativa faz com que deixem de ver a maconha tanto como algo relacionado ao ócio para considerá-la mais como um remédio.
“Nossas descobertas trazem a evidência mais sólida alcançada até o momento de que o uso de maconha por parte de adolescentes não aumenta após a legalização de seu uso medicinal”, destaca a professora de epidemiologia Deborah Hasin.
O trabalho traz outro dado: nos locais onde as leis foram aprovadas, existe um consumo maior entre adolescentes (também não é muito maior: 15,8% a 13,2%). Rebatida a relação causa-efeito, os pesquisadores sugerem que essa circunstância já ocorria antes da aprovação das leis, de modo que colocam outras causas para explicá-la, como uma maior facilidade de acesso à maconha, ainda que alerte sobre a conveniência de se aprofundar no estudo dos outros motivos.


Esse artigo nos ajuda a romper com a ideia de que as drogas são sempre ruins"


Joan Carles March destaca a confiabilidade metodológica do estudo. E fala sobre a importância de suas conclusões: “Esse artigo nos ajuda a romper com a ideia de que as drogas são sempre ruins e estão unicamente relacionadas com riscos à saúde: não somente têm usos terapêuticos para seus usuários, como até mesmo efeitos preventivos para o resto da sociedade ao contribuir para que o consumo da maconha diminua, como mostra o artigo”.
Os pesquisadores do artigo destacam que o resultado do trabalho não é aplicável a outras mudanças legais que facilitaram o acesso à maconha para outros usos que não o terapêutico, como nos estados de Colorado, Washington, Alasca e Oregon. “Seria interessante analisar a relação existente com possíveis mudanças no consumo entre adolescentes, que não pode ser inferida do presente estudo”, comentam os autores

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    • Salve galera, a quanto tempo eu não passo por aqui, caraca. Seguinte, estou passando por uma situação que nunca tinha me acontecido antes e gostaria de saber se alguém aqui já teve esse problema e se teve, como resolveu. Meu substrato está baixando o pH sozinho e muito. Eu faço rega com pH 6,35 por exemplo, como fiz hoje, e o run off sai com 5,2 e até 5,0. As plantas já estão na 2 semana de flora só que já  estão apresentando deficiências, as folhas se dobrando em garra, parecendo over de N, e elas estão bem  verdes mesmo. Estou usando um substrato 50/50 perlita e turfa. Quantos mais dias eu demoro pra fazer a proxima rega, mais ácido parece que fica. Usando Remo nutrients, iluminação LED 350W num grow 80x80. São 5 plantas automáticas, 4 na flora e uma no início da vega. Abaixo fotos.
    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
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