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Descriminalizar
4/8/2015

http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=476199

O uso de maconha é uma realidade que precisa ser encarada sem dogmatismos, tão pouco valer-se da ideia de que descriminalizá-la seria a solução. É preciso basear-se em argumentos mais sólidos na abordagem do tema. Defender a descriminalização da maconha é “dar um tapa” na prática conservadora brasileira, que se vale de paradigmas religiosos para taxar os usuários de drogas como bandidos perigosos que deveriam estar atrás das grades.

Imagina que você está fumando seu cigarro ou bebendo a sua cerveja numa boa pela rua e de repente você é abordado pela polícia que lhe faz passar constrangimento, te insulta, te agride e ainda por cima lhe algema e te leva à delegacia, seria um tanto quanto constrangedor e turbulento, não acha? Pois é assim que os usuários de maconha são reprimidos. Hoje com a Lei Antidrogas já há um avanço no que tange a identificação de usuário e traficante, mas ainda não sustenta a tese de liberdade para decidir o que fazer do seu corpo.

É necessário tratar o consumo de drogas como caso de saúde pública e investir em políticas de redução de danos. Não é admissível simplesmente taxar os usuários de maconha como marginais infratores.

Fóruns permanentes de debates sobre o tema, uma eficaz e efetiva política de redução de danos e campanhas informativas em todos os níveis de governo seriam fundamentais para uma quebra de paradigmas e preconceitos. Os recursos utilizados hoje em campanhas de prevenção e conscientização são meramente proibiscionistas e deveriam ser destinados a ações de prevenção e acompanhamento de usuários. É preciso avançar no que tange o método de abordagem e diálogo com a sociedade, da mesma maneira como o avanço em pesquisas nesta área é de utilidade pública.

Se a maconha for legalizada, o usuário não vai precisar ir a uma “boca” para consumir seu vício, não terá contato com o crime organizado e não irá contribuir para a manutenção dos métodos ilegais do narcotráfico.

VALOR TERAPÊUTICO-MEDICINAL

Todos os atos médicos estão baseados no binômio risco-benefício e a maconha não é uma exceção. Apesar do THC (tetra-hidro-canabinol) ser o princípio ativo mais estudado, existem outros componentes com possíveis usos terapêuticos, como o canabidiol. O possível uso terapêutico dos canabinoides está baseado em análises científicas rigorosas. Assim, é possível especificar algumas utilidades da maconha, como analgesia, tratamento de transtornos neurológicos, estimulante de apetite etc.

Estima-se que hoje existem no Brasil cerca de 800 mil hectares de pés de cannabis, todos cultivados de maneira ilegal, que deve gerar uma receita de R$ 10 milhões por mês.



PABLO RODRIGO é editor de Política

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