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Para driblar polícia, jovens trocam dicas na web sobre cultivo de maconha em terreno baldio


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  • Usuário Growroom

Para driblar polícia, jovens trocam dicas na web sobre cultivo de maconha em terreno baldio

Felipe Souza

Da BBC Brasil em São Paulo

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Quem passa pela calçada de um terreno no extremo sul de São Paulo vê apenas algumas árvores extrapolarem o muro de 3 metros de altura. Do lado de dentro, Leandro (nome fictício), 20, rega oito pés de maconha que cultiva com o tio, fora do alcance dos olhares dos vizinhos e da polícia.

A técnica de "guerrilha", como é chamada a estratégia de camuflar o plantio de maconha em terrenos baldios e florestas, é difundida em redes sociais como solução para evitar que os cultivadores da erva sejam presos.

Leandro começou sua "guerrilha" há cerca de um ano e meio. Ele conta que as suas principais motivações foram consumir um produto de melhor qualidade e reduzir o financiamento ao crime organizado por meio do tráfico de drogas.

"Meu primeiro cultivo foi numa estufa improvisada dentro de uma sapateira, na minha casa. Mas parei porque meus pais, além de acharem que a polícia bateria à nossa porta, ficaram bravos porque a conta de luz ficou muito cara", afirmou à BBC Brasil.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo não comentou o caso. A pasta informou que só responde ocorrências de "casos concretos".

O advogado criminalista Daniel Biral disse à BBC Brasil que o porte de apenas uma planta de maconha já pode ser considerado tráfico. "Isso vai depender se a planta é fêmea (produtoras de flores, que podem ser fumadas) ou macho. Se ficar comprovado que a planta produz flores, é tráfico", disse o advogado.

Segundo Biral, o dono da planta precisará de um laudo do IC (Instituto de Criminalística) para provar que a planta é macho e descaracterizar a produção da droga. A pena para tráfico de drogas no Brasil varia de 5 a 15 anos de prisão.

Ao contrário de muitos cultivadores que relatam suas experiências de "guerrilha" nas redes sociais, Leandro não importa sementes, nem ganhou clones de outras plantas adultas.

"É tudo com semente de maconha prensada (a mais comum entre os traficantes brasileiros) mesmo. Eu pego as sementes que vêm junto com a maconha que a gente compra na rua e planto", conta ele.

Depois, ele transfere a planta para um vaso maior e leva para o terreno. Como trabalha durante a semana, Leandro só consegue cuidar das plantas aos domingos, quando tira parte do dia para adubar, regar e trocar a terra.

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Cultivo maior

Leandro conta que cada planta demora até seis meses para crescer, da germinação até a colheita, e rende até meio quilo da erva cada uma. Mesmo assim, ele ainda precisa comprar maconha de traficantes para suprir sua necessidade.

"O ideal seria eu plantar mais, mas não posso senão vou dar bandeira e ir preso. Penso no dia em que a erva será legalizada e eu vou poder plantar mais, como faz o meu tio na Espanha", afirmou Leandro. O país europeu permite o cultivo para consumo próprio e a compra de até 20 gramas da erva por semana em clubes canábicos.

Mesmo sob o risco de ser preso, Leandro não pretende parar ou reduzir o seu plantio e acha que todos os usuários deveriam plantar sua própria erva. "Não gasta quase nada de dinheiro. E só assim você terá algo medicinal sem sujeira, com as essências e efeitos que você preferir, sem financiar o tráfico", afirma.

Ele conta que seus pais sabem do cultivo e até fumam com ele. "Meu pai já usava desde mais jovem; já a minha mãe graças a Deus também passou a fumar depois que eu indiquei leituras sobre o tema para ela ver que não há riscos e até faz bem", relata.

Dicas

A maior parte das publicações em grupos do Facebook são para tirar dúvidas sobre o cultivo e exibir as plantas. "Galera, estou cultivando há cerca de 8 meses em guerrilha. Recentemente, (a planta) parou de crescer. Poderiam me ajudar com dicas para o crescimento ou controle contra insetos?", questiona um dos integrantes com a foto abaixo.

Alguns dos relatos são de pessoas que plantam maconha em trilhas na serra do litoral paulista, em chácaras e até em canaviais. Todos os locais são mantidos em segredo.

Todos os cultivadores entrevistados pela BBC Brasil disseram que usam um mesmo portal como fonte de informação - o maior site sobre cultivo de maconha do Brasil, com dados, inclusive, sobre a plantação de "guerrilha".

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A área com mais visitas do site é o fórum, onde usuários compartilham dúvidas, informações e discutem sobre o cultivo da erva. De acordo o fundador do site, o fórum tem 85 mil pessoas cadastradas e recebe mais de 10 mil visitantes únicos por dia.

O cadastro no site é permitido apenas para pessoas com mais de 18 anos. A venda ou troca de produtos é proibida.

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http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160419_maconha_plantacao_guerrilha_fs

 

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  • Usuário Growroom

Verdade....ja deve é ter cheio de policia monitorando a porra do face, e pessoas e amigo de pessoas que curtem o tal do seeds brasil o WS da Maconha...não é meu caso. Mas sinceramente, se ver bem quem comenta são pessoas que sinceramente...não se preocupam com seu trabalho, sua família, mulher e filhos, pois afinal, é proibido, uma pena...Fumunzinho a 20 anos....mas nunca sai postando nada. quase 40 anos depois resolvi vi a compartilhar algo com vcs do growroom, por ser uma coisa mais cabeça, mais séria..postar em face?tsc,tsc...coisa de moleque...pessoas que não zelam por suas identidades bem, é o que penso.

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    • Salve galera, a quanto tempo eu não passo por aqui, caraca. Seguinte, estou passando por uma situação que nunca tinha me acontecido antes e gostaria de saber se alguém aqui já teve esse problema e se teve, como resolveu. Meu substrato está baixando o pH sozinho e muito. Eu faço rega com pH 6,35 por exemplo, como fiz hoje, e o run off sai com 5,2 e até 5,0. As plantas já estão na 2 semana de flora só que já  estão apresentando deficiências, as folhas se dobrando em garra, parecendo over de N, e elas estão bem  verdes mesmo. Estou usando um substrato 50/50 perlita e turfa. Quantos mais dias eu demoro pra fazer a proxima rega, mais ácido parece que fica. Usando Remo nutrients, iluminação LED 350W num grow 80x80. São 5 plantas automáticas, 4 na flora e uma no início da vega. Abaixo fotos.
    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
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