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Empresa quer fazer primeiro remédio brasileiro à base de maconha


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Empresa quer fazer primeiro remédio brasileiro à base de maconha

  Felix Lima/Folhapress  
Cultivador mostra flor seca da planta
Cultivador mostra flor seca da planta

GABRIEL ALVES
DE SÃO PAULO

28/06/2016  02h00

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/06/1786355-empresa-quer-fazer-primeiro-remedio-brasileiro-a-base-de-maconha.shtml

 

Uma start-up do ramo farmacêutico decidiu produzir o primeiro medicamento brasileiro à base de maconha. A ideia é fazer um extrato fitoterápico que trate casos de epilepsia nos quais outros remédios não funcionam.

O anúncio da iniciativa será feito nesta terça (28) no 26º congresso anual da Sociedade Internacional de Pesquisa de Canabinoides, na Polônia.

A start-up Entourage Phytolab busca desenvolver um medicamento fitoterápico à base de maconha desde que foi fundada, em 2015. A previsão dela é que a droga seja lançada em 2018.

A vantagem de um medicamento brasileiro, desenvolvido e testado no país, seria a segurança e a garantia de fornecimento para quem necessita da droga –que não precisaria mais depender, como ocorre hoje, de autorizações para importá-la.

Os principais componentes do extrato da erva são o tetra-hidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). O primeiro é psicotrópico; o segundo, não.

Tanto o THC quanto o CBD têm propriedades farmacológicas que os fazem ser de interesse medicinal. O problema é o grande potencial de abuso, principalmente do THC –isso dificulta o licenciamento de medicamentos baseados no composto.

A iniciativa da Entourage, no entanto, está direcionada para a produção de um extrato que seja rico em CBD e com pouquíssimo THC. Para isso, serão utilizadas flores de uma variedade de cannabis fornecida pela Bedrocan, multinacional especializada em produção para uso medicinal.

Cultivo de maconha

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Felix Lima/Folhapress
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Os demais componentes da erva não serão eliminados, de acordo com Caio Santos Abreu, diretor-executivo da start-up. O motivo é que a pequena fração de outras moléculas pode ajudar no efeito do CBD, reduzindo os efeitos colaterais e balizando os efeitos farmacológicos desejados.

Esse efeito de várias moléculas ajudando a ação de uma outra é conhecido como "efeito entourage" e tem ganhado entusiastas no meio acadêmico, particularmente entre os que estudam o sistema de receptores canabinoides, presentes em vários tecidos do corpo humano.

Isso transformaria, em tese, a desvantagem de ter um remédio "sujo", não puro, em uma vantagem –já que seria praticamente impossível repor artificialmente as inúmeras moléculas presentes no extrato da cannabis.

Não se sabe exatamente qual é o mecanismo de ação do CBD para tratar a epilepsia, mas isso não inviabiliza o estudo de uma nova possibilidade de tratamento, diz Fabrício Pamplona, diretor-científico da Entourage.

"Sabe-se que há um controle especialmente eficaz quando há excesso de excitabilidade neuronal característico de uma crise epiléptica", afirma o farmacêutico.

Depois da padronização da obtenção do extrato candidato a medicamento, haverá testes em ratos para garantir a segurança do processo.

É aí que entra em cena a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que deve supervisionar e chancelar todas as etapas de testes clínicos em pessoas e animais.

Por se tratar de tecnologia desenvolvida no Brasil, em uma questão de saúde importante para a qual não há tratamento (epilepsias refratárias, como a síndrome de Dravet), Abreu espera que o projeto transite com celeridade.

Da parte científica, não são esperadas dificuldades para se cumprir as etapas necessárias, dados que diversos estudos anteriores apontam na mesma direção para a qual a start-up está mirando.

Um medicamento à base de CBD da farmacêutica GW chamado Epidiolex obteve bons resultados em estudos -54% de redução no número de crises. Em breve pode haver o registro nos EUA. 

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    • Salve galera, a quanto tempo eu não passo por aqui, caraca. Seguinte, estou passando por uma situação que nunca tinha me acontecido antes e gostaria de saber se alguém aqui já teve esse problema e se teve, como resolveu. Meu substrato está baixando o pH sozinho e muito. Eu faço rega com pH 6,35 por exemplo, como fiz hoje, e o run off sai com 5,2 e até 5,0. As plantas já estão na 2 semana de flora só que já  estão apresentando deficiências, as folhas se dobrando em garra, parecendo over de N, e elas estão bem  verdes mesmo. Estou usando um substrato 50/50 perlita e turfa. Quantos mais dias eu demoro pra fazer a proxima rega, mais ácido parece que fica. Usando Remo nutrients, iluminação LED 350W num grow 80x80. São 5 plantas automáticas, 4 na flora e uma no início da vega. Abaixo fotos.
    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
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