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A maconha vale a pena para mim?


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  • Usuário Growroom

Olá, sei que já existe mil casos de crise do pânico relacionado a maconha, mas acho que cada caso é um caso, e mesmo lendo a história dos outras, todos tem sua própria versão, então gostaria de contar minha história para me sentir 100% seguro.

Tenho 20 anos, meu primeiro contato com maconha foi aos 16 anos, quando minha ex namorada fumava, e eu que antes contrário, provei e fiquei maravilhado com tudo que essa planta me causou. Passei a fumar diariamente com a minha ex, sempre tendo experiências maravilhosas. Fiz uso contínuo por aproximadamente 1 ano e meio com ela, e nunca tive um problema. Com 18 anos, já estava solteiro e como não tinha mais a maconha de minha ex, comecei a usar sozinho. Um dia, estava fazendo uma sesh com amigos antes de uma festa, e ao chegar na festa, tive a famosa crise do pânico. Quando tive, não tinha ideia do que isso existia, então achei que estava infartando. Coração disparado, suando, nervoso, não conseguia parar quieto, gritava para as pessoas me ajudarem. Enfim, acabei saindo da festa e fui para casa do meu melhor amigo que me acalmou. Acabou que passou e depois disso fiquei sem fazer uso. Porém, para meu espanto, logo após essa situação, aconteceram umas 5 situações num curto espaço de tempo em que eu passei a ter crise do pânico sem estar fazendo uso da droga, em momentos aleatórios, como almoçando em casa ou estudando na escola. Tive certeza de novo que iria morrer, que estava infartando. Fiz todos os tipos de exame de novo, usei aquele holter por 24 horas. Nada, nada no meu coração, nada no meu cérebro. 100% saudável.

Acho que não preciso descrever aqui os horrores da crise do pânico, de você ter certeza que vai morrer, de sentir seu coração doendo, de você querer dizer suas últimas palavras para as pessoas queridas pois tem convicção que não vai escapar dessa situação e tal. Enfim, depois de mais alguns casos, fui ao psiquiatra e comecei a fazer uso de remédios como alprazolam e outros. Não melhorei 100%, mas a frequência diminuiu muito, a crise do pânico que eu tinha de 5 em 5 dias passei a ter de 1 em 1 mês. Cometi a besteira de parar de usar os remédios diários por contra própria. Por um momento pareci bem, voltei a fumar (não com a mesma frequência, mas sempre quando tinha uma oportunidade e meus amigos me chamavam), parecia bem mas a mais ou menos cada 6 vezes que eu fumava uma eu tinha crise. A diferença era que mesmo na hora, eu desesperado, achando que eu ia morrer, NO FUNDO eu sabia que realmente não iria morrer. Ficou confuso isso?

 Enfim, 2 anos depois, me tornei uma pessoa hipocondríaca, pois todo tipo de dor acho que é infarto ou derrame; não uso mais remédios; faço um uso de álcool considerado ok para alguém de 20 anos, apenas finais de semanas; realizo atividades físicas diárias. A grande questão é, eu não consigo aceitar que fumar não é para mim. Na verdade, eu não consigo entender como eu fumei por quase 2 anos sem nenhum problema, e do nada passei a ter crise do pânico. Eu sempre continuo tentando voltar a fumar, o problema é que é um grande roleta russa. Botando estatisticamente, vamos dizer que a cada 6 vezes que eu fumo, 5 são vezes maravilhosas, me lembrando a época que eu comecei a fumar, mas 1 sempre vai ter a crise braba, que vai me lembrar do que é sentir morrer de novo, que vai bater o medo, que eu vou me desesperar. Aí essa crise me traumatiza, fico uns 3 meses sem fazer nenhum uso, aí tento dar outra chance, fumo algumas vezes, tenho a crise, e fica nesse loop eterno. Fico frustradíssimo. Todos aqui sabem que fumar maconha é algo maravilhoso: dá maior prazer na hora de comer, é mais gostoso na hora de fazer sexo, deixa você mais criativo, ajuda a dormir, é bom para ver filmes e televisão, você se diverte, numa festa você sente a música entrando em você... enfim, poderia passar o dia todo falando aqui do quanto eu gosto de usar QUANDO não estou tendo crise.

Agora, esse é o grande problema, dito tudo isso que falei, vocês acham que vale a pena eu insistir em seu uso? Vale a pena eu ter 5 ondas maravilhosas para uma experiência de quase morte? Será que eu realmente não vou morrer algum dia? Sei lá, fico com medo, nunca vou estar 100% seguro, sempre acho que "nas outras vezes eram crise, mas agora realmente é um infarto". Mas ao mesmo tempo sinto tanta vontade de todos os momentos marcantes que tive na minha vida chapado. Não queria perder isso. Não queria ser privado disso. Queria escutar a opinião de vocês, relatos, dicas, conselhos, não sei, qualquer coisa...

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