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Cantinho macerai mais hemp ainda


macerai o hemp

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Em 2 de abril de 2007 at 11:40, macerai o hemp disse:

Em busca da Onda Sativa Perfeita (1ª parte: Sweethai Kmylar)

 

galeria-rufino2-jpg.jpg

 

Estava no chat do fórum cannábico conversando com Kmylar sobre a Sativa Perfeita, aquela que está próxima a linha do equador, mas floresce por fotoperíodo, algo extremamente afinado como 12:30/11:30, uma planta com esta regência, este metrônomo, esta sincronia, poderia compor música, é o que pensávamos, dados aos pensamentos mágicos...

 

Além da sensibilidade extrema ao fotoperiodismo ela teria que ser gostosa, saborosa, para fazer doces na cozinha cannábica; mas em termos práticos a Sativa Extrema Perfeita precisa resistir às condições locais adversas, resistir ao UV, aridez extrema, insetos também são comuns no clima equatorial, bactérias e especialmente fungos, principalmente o Fusarium oxysporum. Ser uma fêmea pura, sem o hermafroditismo tão característico das sativas equatoriais, a cor não é tão importante, mas imaginei a cor vermelha das sativas do Panamá, mas vinha bem um arco-íris, vermelha, azul...

 

Solidária foi a primeira semente Sativa que consegui (by Brazuka&elevatorman), depois a lista não parava de crescer, as sativas do norte de Brasil têm um perfil de cannabinoides único, que produz uma das experiências mais claras e limpas (só comparável com certas sativas africanas): Santa Maria, manga rosa, cabeça de nego, thay, haze, mexican e também afegã, blues, oxacan, e por aí vão, sem dispensar toques de híbridos como romulan e Jack Herer, as novas genéticas espanholas como Destroyer e tantas outras, para resistir ao improvável frio, como a sativa de montanha Nepalí Kathmandu, a lista é imensa,Vietnã Black, Bangi Congo; até chegar a Sweethai Kmylar daria para fazer um seed bank...

 

“Na cabeça ativa, só Cannabis Sativa”, é somente um slogan, mas em termos de pensamento humano, mexe fundo com a coisa...

 

Apesar do nome da cannabaceae ser este, as outras são subespécies, ficaria então, cannabis sativa sativa, como o homo sapiens sapiens sapiens se busca, eu também buscava A cannabis sativa sativa sativa, a mais sativa de todas, comecei com a compra de várias seeds sativas dos mais renomados seeds banks, depois de chegarem todos os duzentos pacotinhos, coloquei elas num carnaval fotoperiódico até a quarta-feira de cinzas equatorial, começando com 15/9, com somente 15 horas de luz algumas mais índicas floriam, e foram afastadas, depois deixei a orgia “rolar solto” em 14/10, após 3 semanas afastei os machos para não ocupar espaço na growbox, 600W HQI tipo agro, ao invés da preferida por todos, a HPS-agro 600W, mas como o estresse luminoso seria grande, e os estômatos funcionam melhor com mais luz azul, as chances de sobrevivência aumentam na luz azul, e na hidroponia também, e as sativas são bem adaptadas à temperatura de cor alta, este foi o set up inicial, mas tinha que preparar o growroom para receber os bebês que iam nascer, a idéia é plantar dez mil brotos, colocar em 12:30/11:30 e ver quem sobra sem florir, depois tentar uma afinação, a idéia é simples, mas em termos de seleção, mexe fundo com a coisa... Outra coisa é que muitas sativas equatoriais florescem pela altura, pois vivem em 12/12, então a seleção por altura é imprescindível para garantir o ajuste fino.

 

Minha casa era nos fundos de um salão de bilhar, com mesas de sinuquinha e sinucão, com uma luminária em cima de cada mesa, na última reforma passaram a ser 4 fluorescentes de 40W cada uma, “é pouco mas é de coração”, com 9600 lúmens em cima de cada mesa dava para ver qualquer pedacinho de giz que viesse a influenciar no bendito caminho da ponta do taco até a caçapa, opa quase que escrevi cachaça, muitas vezes, e compulsivamente, já “enfiei o pé na jaca”, sempre acordando com aquele “gosto de guarda chuva na boca”, “ruana me salvou”, agora só ganja.

 

Uma vez achada a Sativa Perfeita a idéia é maximizar, supercropping, normalmente incremento logo através do fotoperíodo, uso no vegetativo 18/18 e na floração 12/6, mas para a Sativa Perfeita outras técnicas de supercropping serão usadas:

1)A poda fim, o corte é feito em cima do meristema apical e 10% do meristema é mantido, gerando uma meia dúzia de ramas (de ramas, senhor, de ramas...) ao invés de somente duas da poda tradicional, a poda RIB* também será usada, resistir positivamente ao fogo é algo desejável na Sativa Perfeita.

2) Shyatsu canábico, com torções no caule até ouvir/sentir o “click do bem”.

3) o meio escolhido foi a fibra de coco, para controlar exatamente o quanto de aridez, nutrientes, aeração e outros parâmetros como o pH.

4) Uso de Full Spectrum com rotação das luzes

5) Uso de lâmpadas UV-B (mesmo que “descomprovado” cientificamente)

6) Músicas e rezas em louvor ao Criador, Jah! (mesmo que incomprovável cientificamente)

 

O gen que gera o fenótipo de folha fina da sativa é dominante, e o gene da floração rápida é dominante, mas ele é uma característica mais facilmente encontrada nas índicas, erradicar o hermafroditismo típico de muitas sativas, criando uma fêmea pura, rápida, produtiva, resistente à aridez, ao deserto, ao frio, Super Sativa Perfeita ( a mulher vegetal com superpoderes, alimenta a população e resiste a tudo, a seca, a fome, ao frio, a bala, junto com a população, a super heroína dos oprimidos, durante os ataques que o caveirao faz nas favelas em busca dos criminosos, ela protege os “buchinhas”, figuras esqueléticas, quase sem poder segurar o revólver, menores de idade que os traficante usam para deter os ataques do Caveirão, um robô desumano que trata a todos com crueldade).

 

 

Inversamente dos breeders que procuram algo na floração, eu estava procurando algo na não-floração, assim eu teria que eliminar as plantas que florescessem, e a melhor maneira de eliminá-las é deixando-as completar seu ciclo de vida, as fêmeas, é claro, e depois prosseguir na eliminação total, fumando as flores secas, até o último tricoma...

 

Passei muito tempo fazendo e reformando pranchas de surf, acabei fazendo uma mesa de bilhar de fibra de vidro, e uma freguesia rapidamente se formou para jogar na mesa enquanto distraiam-se trocando sinais de fumaça, coisa de surfistas... “A boca pequena” ouvi o comentário de que nas olimpíadas não tem antidoping para álcool, pois isto desclassificaria os velejadores, todos cervejistas, e o surf não é esporte olímpico pois o antidoping acusaria sempre maconha... que exagero bom no faz sentido... Atualmente estou mais para Jet Sky, de tanto ser rebocado por jet para pegar aquelas ondas gigantes acabei me apaixonando, agora vivo dando giro na máquina direto dentro da água, e nessa vou levando a galera pros ondões ferozes, de vez em quando.

 

São cem mesas de bilhar, todas elas em fibra de vidro, com tampo superior removível e bacia coletora de bolas com saída ao fundo, ótimos para transformar num sistema EBB and Flow. Cada mesa comporta 300 plantinhas, mas sobra apenas um terço descartando os machos e os hermas, além de uma ou outra deformidade negativa, pois poliploidia como deformidade positiva é bem vinda.

 

Kmylar e eu conhecíamos-nos pelo fórum, mas, hilariamente, somos figuras que chamamos muita atenção, e freqüentávamos a mesma praia, a praia dos surfistas, sem nunca termos durante muito tempo nos encontrado pessoalmente, ou talvez quem saiba vendo o sorriso da vida no escuro, à noite descendo a trilha do Mourão, uma figura luminosa em suas vestes brancas, interrompe uma falação cyberpunk e pergunta: Você é o macerahemp?...

 

- Quem sou eu refletido dentro do espelho de sua alma?

- “Dizei uma palavra e sereis salvos”

- Pannag!

 

 

Ela tinha magias próprias na feitura de chocolates encantados, feitos com cannabis especialmente escolhida e cultivada, ginseng orgânico e cacau natural, e todos os demais ingredientes seguem a filosofia I-tal, uma seguidora da nova magia canábica, que mistura rastafarianismo, wicka, ioga/tântrismo, shivaísmo e cristianismo, além de pinceladas pessoais de zoroastrismo, sufismo, religiões afros, indígenas e outros xamanismos.

 

“Que este alimento traga paz à mente de seu coração, e ilumine a ação, iluminação!”

Eu esqueci de perguntar se tinha algo de ácido lisérgico, mas acho que não, é só amor mesmo, em sua máxima psíquica-atividade.

 

Sempre fui dos sem-grana, mesmo virando pequeno burguês, temporariamente, acabei indo à falência, a conta de luz de cinco mil reais mensais, foi pesada para as economias feitas durante um ano de breeding primário em três pequenos growroons, para gerar trinta mil sementes, enquanto a Casa Sinucanna faturava com as mesas de sinuca, ‘Mesas-Ebb, a verdadeira mesa enchente-vazante’, eu podia patentear isto... (sei lá, para tomar sopa de canudinho em família...).

 

A música mistura de bom gosto, raga, reggae, rock, rumba, rap, só pra citar algumas que começam com r. A Casa chegava a render 4 mil por noite de fim de semana, as mesas eram automatizadas, era só colocar fichas, moedas de 25 centavos, não vendíamos bebidas alcoólicas, depois alegaram isto como causa da falência, mas o período muito prolongado de fechamento para reformas foi o responsável.

 

Água gelada ou refrescos quase-sucos, podiam ser conseguidos nas máquinas com a moeda de cinqüenta centavos, havia uma máquina que trocava papel moeda por moedas, tudo funcionava sem me dar muito trabalho; certamente que vendendo bebidas alcoólicas a casa renderia mais, mas minha ideologia Intal é firmeza (daí minha alma não tem preço) e a idéia é vender bom e barato.

 

Kmylar 99,99% de reflexão na Rave in Ravel

 

Fiquei de plantar a sativa perfeita para servir de recheio ao doce mágico que Kmylar, Sweethai, combinamos por private mensage, prepararia para abrir o meu sexto sentido e o terceiro olho, “proporcionando mirações no tempo, e o encontro do grande amor de sua vida”, enquanto isto eu estava no breeding feroz, nem tinha muito tempo para sair da Casa Sinucanna, mas fui a uma rave, depois de dançar a noite toda, de manhã começa tocar o bolero eletrônico de Ravel, e chega uma mulher linda com uma vestimenta reluzente de mylar, igual aquele que usamos na growbox, com máxima refletividade, ao longe tive um satori e pensei em Kmylar, era ela, divina, mas eu já ia dormir, estava com frio e sono, e vinte anos mais velho do que ela, naquela quinta-feira, e ainda faltava muito para o domingo, do big-bonge.

 

 

Como eu gostaria agora de ter um Sweethai, um chocolate mágico para abrir minha mente ao que fazer, com nove meses e três colheitas, partindo para a fase final faltam poucos meses para chegar a Sativa Doze e Trinta (sativa 12:30/11:30), já tenho as linhagens de 13/11, para salvar a casa comercial teria que abrir mão do sonho da sativa perfeita, não deveria ser difícil desistir de um sonho, uma vez que a realidade não bate à porta, entra subitamente pela janela, ou como forma de cobrança judicial nas caixas de correios.

 

 

Estou numa fase inusitada na vida de um grower, com dois meses de floração estou num jardim resinado, somente uma planta não floriu, achei! É Ela, não me interessam as dívidas, a única certeza que tenho é que nada de planta sagrada será vendido, é uma questão ideológica e religiosa, mesmo assim, tenho que me livrar de 10 quilos de flores secas, cada mesa acabou rendendo no máximo uns 50 gramas por colheita, e mesmo eu fumando meio quilo ao mês (para ter paciência de aplicar shyatsu cannábico em mais de 10 mil plantinhas no início e em mais três mil plantinhas no meio da floração, e cuidar da manutenção da automatização da coisa toda, automatização dá muito trabalho...), mas ainda tenho que liberar uns dez quilos, o dinheiro para o aluguel acabou e em dois meses o negócio seria liquidado, e toda a estrutura teria que estar desmontada antes, a idéia é que o que se monta em um mês se desmonta em um mês, mas a acúmulo de matéria é grande e o trabalho de remoção é maior, vários ajustes são feitos no decorrer dos meses, apertos em parafusos, que agora serão desapertados com mais força e de uma só vez, uma série de detalhes de armazenagem que você não contava, enfim, demora mais para desmontar do que para montar. Ainda tenho que ir à reunião do Clube dos Breeders, serei O Verdim e falaremos sobre a nova lei e o auto-cultivo como forma de combate mundial ao tráfico, além de escolher a melhor sativa pura.

 

 

A nova lei de Políticas Públicas sobre Drogas descriminalizou, ainda que parcialmente, o usuário de maconha, pelo que entendi o caráter da lei é educativo, jamais punitivo no sentido de ir para a cadeia, primeiramente seria uma advertência sobre os efeitos das drogas (do álcool também?), depois serviços comunitários, e somente em caso de recusa, então, finalmente, seria aplicada uma multa. Não que eu desejasse nada disto, mas depois de “centos anos” de proibição aos maconheiros resolvi comemorar, coincidindo com o fim de tudo, das curas, fui à praia tostar na seda de celulose o green responsa (e sem sangue); de camelinho, no caminho cruzei com a patrulhinha, minha camiseta escrito: Solidária X Free Tibet, normal, lei 11.343/06, o clima é de descriminalização do usuário, fui pra areia, montei a barraca, baseadinho transparente, fumo verde-fluorescente, isqueiro laser e, buummm! Fogo na bomba verde-bandeira, o gosto adocicado desce pela garganta e sobe pelas narinas, nem prendo muito, estou a pampa, sem catrancos a fumaça leve permeia o ar e rarefece-se rapidamente, o mar é sempre bonito, mas alguns detalhes realmente estavam me escapando, não mais agora, as crispas das ondas acenam levemente para mim, sutilmente para não chamarem atenção sobre nossa cumplicidade, cada onda que quebra produz uma harmônica musical e juntas tocam uma sinfonia única para meus ouvidos...

 

A roda gigante, ou roda de gigantes, está formada, vários breeders com suas varinhas mágicas, 100% celulose envolvem tricomas, pistilos, ovários, cálices, e aquelas pequenas flores resinadas muito próximas da flor; também acendemos um sonzinho, e vai rolando bem baixinho, para não interferir demais no contacto com a natureza, o irmãozinho Otto: “a gente aperta, fuma e rola, beija a nega a noite inteira, nego a rodar... roda mundo nego a rodar... ciranda de maluco, aqui em Pernambuco é bom demais!”. Próximo tem uma galera de seis malucos, está rolando uma vela na roda. A conversa é só sobre a descriminalização do usuário:

- eaê maluco! Tá sabendo que redescriminalizaram o usuário?

- sabendo que descriminalizaram, é isto?

- “máômeno issaí”, não era crime até 1961, ou seja, passou milhares de anos sem uma conduta ser criminalizada, “em tão” nunca foi crime, daí é mais uma redescriminalização do que uma descriminalização

- não maluco, é uma descriminalização, os caras não eram criminosos e derrepente soa taxados assim, se fosse redescriminalização já teriam incriminado e descriminado, a assim por diante...

- pior que é, já proibiram a maconha para os escravos, mas depois nas farmácias mais de 50% dos medicamentos tinham a erva em sua fórmulas pouco antes da proibição da erva e início da caça mundial aos maconheiros

- caça aos maconheiros, tá viajando? Não me sinto caçado... agora então, tô abonado...

- Eu também relax com esta nova lei, “tô apampa no pampo”. Roda aí!

- xará, se tu se sente caçado ou cassado, não sei, mas tem dois guardinhas chegando aí

- pô, sem nóias, encabeçada geral com 30 aqui ao lado, cada um com o seu exclusivo, um verdaço dando pala, maior bandeira, não é possível que venham para cá, pra pegar seis manés com um baseado, passa logo a parada...

- tem certeza?

 

Eu era o seda-verdim e não entendi nada, “os locais” ali na rodinha com um baseadinho passando de mão em mão estavam para serem levados pra “delega”, e nós ali ao lado fumando cada um o seu, e antes que pudéssemos trocar os beizes, para cada um experienciar a planta do outro e votar no melhor strain, chegaram dois policiais enquadrando a rodinha, levariam todos os seis, e deixariam aqui os trinta breeders encima da Pedra Listrada?

 

A idéia é fazer uma apreciação pública e em alto astral do aroma canábico das plantas do clube dos breeders, escolhemos uma praia paradisíaca, e resolvemos fumar um na pedra de Itacoatiara, ou como di zen os locais, “dá um dois na pedra de Itaqüá”

 

Todos levaríamos os “backs” arrolados em sedas de 100% celulose transparente, somente a minha seria celulose verde para marcar o início da roda, todos os banzas deveriam pesar cinco gramas. Cada um daria uns quatro pegas e passaria o bastão, dei uns pegas a mais e passei, em verde, para não passar em branco (desculpem-me pelo trocadilho), para a mina mais linda, e que estava ao meu lado, obrigado Jah, por Kmylar. Infelizmente a tentativa de aproximação dos poliças não deixou rolar o clima pós-primeira mordida no biscoitinho em forma de coração (biscoito: esse nome é sex, sugestivo, atrevido e vem boca adentro)

 

Seis tocos na água

 

- Todo mundo parado, é crime o que vocês estão fazendo

- Aloha, aqui somos todos usuários, que pela nova lei foi descriminalizado...

- “Caso ofereça droga a um amigo ou conhecido — sem o objetivo de lucro, para consumo conjunto — o infrator pode receber uma pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa, cabendo ao juiz — pela prova dos autos e motivadamente — distinguir entre o traficante e o usuário surpreendido na posse de droga ilegal.” Ou seja, o dono do baseado está preso.

- Que é isto? Tô boladaço! É pegadinha ou é lei?

- Vou ler para vocês o parágrafos 2 e 3 do artigo 33:

“§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:

 

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

 

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

 

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.”

 

- O senhor deve “tá tirando”, estamos aqui em seis, e logo ali tem uma roda, “mó crowd”, umas trinta cabeças, cada um amarradão no seu, e como não estão passando de mão em mão, “tá tranqüilo”, mas se passarem de mão em mão, aí o “bicho vai pegar”, imagino que todos sejam considerados criminosos, ou a ação “trocar entre si” não está prevista “na dona justa”?

- O crime deles é menor, não gera prisão na nova lei, e devido a serem muitos teríamos que chamar reforços, mas se trocar de mão em mão...

- Aê, sangue, acho que descriminalizou sim, tanto que no § 7o o usuário é chamado de infrator, e não de criminoso. Ou seja, usuário não é criminoso.

- Aí, Brow, esta nova lei é o “maió kaô”, continuam dizendo que é melhor a gente beber cachaça do que “dar um dois” na santinha...

- Aê maluko, se beber, nem fica encima deste “tocossauro”...

- Podes crer, sem “condiça” de surfar bebum!

-“Podiscrê”, fica “cabuloso”, bebum é soca direto!

- Bebum é vaca certa, mas derrepente se der um dois swell fica até flat...

- Segura a apologia aí, tô cabrerão, será que vamos rodar mesmo, na moral?

- Pô, libera a gente aí, tô na maior “larica”, é hora do “rango”.

- Os haoles com cara de dindin e o point embaçado aqui. Ó o verde explanante...

- Tenente, acho que o baseadão “verde explanante” mudou para a mão da mina...

- ...é melhor verificar isto, mantenha-os sob mira do revólver enquanto vou ver o que está acontecendo na roda gigante...

- pow, revólver nada a ver, a gente tá praticamente nu; só porque os brodis tão passando unzinho na roda?

- Revólver é pra vocês não saírem correndo.

- Sem querer botar pilha, mas quer dizer que o senhor atira se a gente, digamos assim, der no pinote...

- Se a gente “sair voado...”

- É, tipo, “sair batido...”

- “issaí”, atenção casca, “dar vazari...”

- “sair saindo...”

- Fui!

- Fomos!

 

 

macerahemp dezembro/2006, Feliz Natal, Aloha!

 

:pulafuma:

 

nota:

* RIB (aumenta o número de pistilos, e tricomas – “Right, I Burned it”)

Um pouco sobre a RIB, o queimado de pontas:

 

http://www.cannabiscafe.net/foros/showthre...?threadid=34755

 

Os outros contos cannábicos estão no icmag (Contos Cannábicos Cyberpunks):

 

http://www.icmag.com/ic/forumdisplay.php?f=43#

 

Fiquem com Jah!

Sempre tenho que agradecer a esse conto, que graças a ele entrei no GR! Fazendo uma pesquisa sobre poda fim em português, achei esse conto, e assim achei o gr em 2008. Dai o resto já virou estória...

 

Macerai, cade você?

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