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psico-elo perdido da humaninade


silfopaje

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  • Usuário Growroom

Vai aí um texto que eu fiz pro jornal da escola, que aponta o psilocybe como catalisador so processo de surgimento da consciencia humana e a cannabis como substituidora ideal desse elo de conexão com a mente vegetal, ou gaia, a fonte do conhecimento a meu ver. Não sei se esse é o local correto para falar desse assunto.?

O Elo perdido da humanidade

Seria o Elo perdido - necessário à evolução dos primeiros hominídeos ao homo sapiens - através da interação com o meio ambiente, o uso de alcalóides psicoativos? Estimuladores da linguagem (principalmente poética) e da percepção, são considerados por estudiosos como importantes meios de estudo da psique e catalisadores da consciência.

Essa teoria pode ser explicada no contexto da vida de nossos ancestrais hominídeos: habitantes do alto das árvores das florestas africanas, desceram para as pradarias que haviam sido criadas pelas queimadas naturais, encontrando novos alimentos (plantas, animais e raízes) e abundantes cogumelos contendo psilocibina, nascidos do esterco do gado. Este encontro ocorreu a mais ou menos um milhão de anos antes da domesticação dos rebanhos. Nesta época surgiram os rituais xamãnicos, os calendários e a magia natural de nossos ancestrais, e os humanos se tornaram a espécie dominante, como mostram as evidências arqueológicas (como artesanato de mulheres grávidas e cogumelos). Essa passagem de primata superior para ser humano se deu em menos de três milhões de anos, fato inexplicável para os biólogos evolucionistas, pois a evolução em animais superiores se dá normalmente em dezenas de milhões de anos. Uma explicação possível pode ser o processo de catalisação (aceleração) dos processos da consciência e seus canais de expressão gerado pelos alcalóides psicoativos usados ao longo da história humana.

Essa catalisação e suas vantagens evolutivas podem ser demonstradas pelo efeito dos cogumelos: com pequenas dosagens, existe um aumento da acuidade visual, o que seria muito útil para os grupos de caçadores-coletores da antigüidade; em doses um pouco maiores, o SNC (sistema nervoso central) é estimulado, favorecendo a atividade sexual do grupo, ligando-a aos ciclos lunares de aparecimento dos cogumelos e favorecendo o surgimento dos primeiros calendários; em doses bastante altas, o poder e a estranheza da experiência em si, culminando com o êxtase, fariam surgir a reverência pelo poder da natureza e as primeiras expressões de espiritualidade, o xamanismo ou as “técnicas arcaicas do êxtase”. Tudo isso deixa claro a vantagem evolutiva dos grupos de hominídeos usuários de cogumelos sobre os que não o conheciam e a descrição na bíblia (gênesis) da primeira experiência alucinógena da humanidade, que é o uso do fruto da árvore do conhecimento por Adão e Eva (conhecedora das plantas de poder), que metaforicamente explica que através desse fruto eles tiveram consciência de si mesmos (“viram que estavam nus”).

Com mudanças climáticas posteriores, es desaparecimento do cogumelo de psilocibina, as tribos com interesse e reverência pelos psicoativos, devem ter procurado substituidores do cogumelo, para religar (religião) a si mesmos com

o espírito, e o espiritual, ou com a mente vegetal, que é a idéia da totalidade do planeta Terra como um organismo vivo e com sentimento, idéia muito presente em culturas menos desenvolvidas; Nessa procura encontraram a cannabis, que é até hoje usada no mundo inteiro, e que reforça bastante os valores grupais e a sensação de conexão com o universo, valores tipicamente

femininos; talvez por isso a maconha seja tambem conhecida como deusa da poesia, ou santa maria, ou ganja; aliás seus múltiplos nomes, revelam uma influência no processo criativo da linguagem.

Toda esta história do relacionamento homem/planta de poder mostra que elas são mais do que drogas que “dão barato”. Muito úteis ao desenvolvimento da consciência, a qual é considerada “a percepção da percepção”, podem levar-nos a olhar com mais respeito o verdadeiro resgate do elo perdido que são as plantas de poder, realizado pela atual geração, e mais especialmente pelas religiões xamãnico-ecléticas há algum tempo. Exemplos destas últimas são o Catimbó, da jurema; Santo Daime, Umbandaime, Barquinha, União do Vegetal, da ayahuasca; Igreja Nativa norte-americana, do peiote; a religião da Iboga, na África; o Rastafarianismo, da cannabis,entre muitas outras tribos e rituais. Assim sendo, devemos, todos nós da atual geração, lutar pela legalização mundial das plantas de poder, em virtude de um futuro de melhor relacionamento com o planeta e entre as pessoas, que só será possível se houver mais liberdade, informação clara, educação e igualdade.

obs.: Essa teoria da evolução simbiótica homem/planta de poder e a história do uso destas são apresentadas numa linguagem simples pelo etnobotânico Terence Mckena, no livro “O Alimento dos Deuses”.

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