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TransgÊnicos: Nao Engula Essa!


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TRANSGÊNICOS: NAO ENGULA ESSA!

por Tatiana de Carvalho*

O Greenpeace se opõe à "última novidade" das multinacionais do ramo químico, os organismos geneticamente modificados – também conhecidos como transgênicos –, por considerar que os resultados de sua aplicação no meio ambiente são imprevisíveis, incontroláveis e desnecessários.

O objetivo da engenharia genética é transferir genes de uma espécie para outra, visando adicionar alguma propriedade nova a uma planta ou animal. No caso da soja, por exemplo, a transgenia torna as plantas resistentes à aplicação de herbicidas, de modo que os agricultores possam aumentar o uso desses agrotóxicos, sem matar os seus cultivos. Alguns tipos desses organismos geneticamente modificados (OGMs) já estão sendo cultivados em escala comercial e são ingeridos como alimentos, como é o caso da soja Roundup Ready da Monsanto, e o milho e a canola BT, ambos da Novartis.

O Greenpeace se opõe à esse tipo de experiência, porque sabemos que as conseqüências nocivas de novas tecnologias muitas vezes só poderão ser percebidas após muitos anos.

Entre as possíveis conseqüências da engenharia genética, os cientistas prevêem a perda da biodiversidade através da poluição genética, que é o cruzamento de transgênicos com espécies naturais. Além disso, os transgênicos podem levar ao surgimento de "super-pragas" e ervas daninhas resistentes a herbicidas, e ao aumento da contaminação dos solos e lençóis d’água, devido ao uso intensificado de agrotóxicos.

Conseqüências preocupantes para a saúde humana seriam o aparecimento de alergias, o aumento da resistência a antibióticos e o aparecimento de novos vírus, mediante a recombinação de vírus "novos" com outros já existentes no meio ambiente.

Caso algumas dessas conseqüências negativas da engenharia genética ocorram, será impossível controlá-las, diferentemente dos poluentes químicos, os transgênicos, por serem seres vivos, são capazes de sofrer mutações, se multiplicar e se disseminar no meio ambiente. Ou seja, uma vez introduzidos, não podem ser removidos.

Finalmente, o Greenpeace considera uma peça de cinismo "marquetológico" o argumento de que a engenharia genética ajudará a reduzir a fome nos países pobres. Os especialistas nesse tema são unânimes em afirmar que a melhor maneira de garantir a segurança alimentar é proteger e desenvolver a diversidade das agriculturas locais, combater as práticas agrícolas que causam empobrecimento dos solos, poluição química e esgotamento dos recursos hídricos, estimular a agricultura familiar e comunitária e trabalhar para eliminar a pobreza.

As multinacionais que estão promovendo a engenharia genética são as únicas que têm a ganhar com essa perigosa experiência com a natureza. Infelizmente, muito governos, seduzidos pelos lucros de curto prazo com que a transgenia acena, têm financiado a pesquisa em engenharia genética e reduzido as restrições legais ao plantio e comercialização de alimentos geneticamente modificados.

A liberação de produtos geneticamente modificados na natureza constitui-se em uma ameaça ambiental sem precedentes, pois agride a própria integridade dessa natureza. O Greenpeace propõe que sejam proibidas quaisquer liberações de organismos geneticamente modificados no meio ambiente até que sejam feitos estudos que garantam a sua segurança para o homem e o meio ambiente.

Com o objetivo principal de levar informação ao consumidor, o Greenpeace lançou o “Guia do Consumidor – lista de produtos com e sem transgênicos”. Este Guia, que já está em sua 3ª edição, além de ajudar as pessoas que desejam evitar o consumo de transgênicos, serve como ferramenta para que o consumidor possa atuar ativamente na campanha contra os transgênicos.

____________________

* Tatiana de Carvalho, engenheira agrônoma, coordena a Campanha de Consumidores do Greenpeace.

Então povo, acho esse assunto muito importante, pois se trata do q comemos e q possivelmente poderá nos fazer mal, uma vez escutei uma história q em um lugar na asia havia uma plantação num lembro do q mas era transgênico, e q uma certa espécie de borboleta costumava fazer suas visitas a plantações daquele alimento, e q qd pousava no transgenico ela morria depois de alguns minutos, vcs vão engulir essa m**** de transgênico ???

Eu não!!!!

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  • Usuário Growroom

QUEM GANHA COM OS TRANSGÊNICOS?

por Gabriela Vuolo*

A engenharia genética tem sido assunto frequente na mídia na última década. Nem tanto pelos benefícios que os defensores das novas tecnologias dizem existir, mas sim pela polêmica surgida em torno da aplicação da biotecnologia na agricultura. Desde 1997, o Greenpeace vem alertando para os riscos inerentes à transgenia. Agora, mais do nunca, é o momento de avaliar os impactos dos transgênicos para que o Brasil não sofra com uma legislação que favoreça apenas os interesses de algumas poucas empresas de biotecnologia.

Segundo o ISAAA (Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia), a tecnologia usada em 91% dos transgênicos plantados no mundo são de uma única empresa, a Monsanto, o que indica um cenário preocupante de monopólio no setor agrícola. Os agricultores que plantam transgênicos não podem produzir e armazenar suas próprias sementes para o plantio seguinte, o que os torna dependentes das empresas de biotecnologia, que cobram royalties por suas sementes geneticamente modificadas.

Em se tratando de agrotóxicos, vale ressaltar que a idéia de que plantações transgênicas necessitam de menos herbicidas não é real. Estudos científicos independentes realizados recentemente comprovam que as plantas transgênicas utilizam, na verdade, mais agrotóxicos**. Após repetidas aplicações do herbicida na mesma área, surgem ervas daninhas resistentes, exigindo aplicações em maior quantidade ou de agrotóxicos mais fortes. A excessiva aplicação destes produtos afeta a fauna do solo e consequentemente sua fertilidade, e aumenta os resíduos indesejáveis nos alimentos.

No caso das plantas que produzem toxinas inseticidas – os transgênicos chamados Bt –, o problema está no impacto que a propriedade inseticida tem sobre pragas que não prejudicam as plantações, como é o caso das borboletas Monarca, por exemplo. O milho Bt foi desenvolvido para combater determinados tipos de pragas, mas, na verdade, seu poder inseticida atinge insetos que são inofensivos ao pé de milho. Ao mesmo tempo, os Bt não são eficientes no controle de todas as pragas que afetam as plantações e continuam demandando a aplicação de inseticidas

Um dos problemas ambientais mais graves dos transgênicos é a poluição genética, que é a contaminação de variedades tradicionais ou convencionais por transgênicos. Esta contaminação é irreversível e causa a perda de biodiversidade.

Se para o meio ambiente os transgênicos já oferecem riscos, no âmbito econômico, o prejuízo seria enorme para o Brasil. O mercado para a soja brasileira, tida como não transgênica, tem crescido a cada ano e os prêmios para os grãos certificados são cada vez maiores. De acordo com o diretor de vendas da Coinbra (a subsidiária brasileira da Louis Dreyfus e uma das maiores exportadoras de grãos do país), a diferença chegava a US$ 3/ton em 2000***. E a tendência é só aumentar, já que a União Européia – maior compradora da soja brasileira – aprovou recente legislação obrigando a rotulagem em toda a cadeia produtiva de qualquer produto que contenha mais de 0,9% de transgênicos. Essa legislação, na verdade, apenas reflete o desejo dos consumidores europeus, que não querem transgênicos em seus pratos e que estão dispostos a pagar mais para garantir a segurança de sua saúde e do meio ambiente.

O fato é que, apesar da indústria de biotecnologia divulgar que seu produto é seguro para o meio ambiente e a saúde humana e animal, nem ela própria conseguiu comprovar isso até hoje. Basta ver que, no Brasil, nenhum Estudo de Impacto Ambiental foi até hoje apresentado às autoridades competentes. E é justamente por isso que o Greenpeace demanda que o governo brasileiro seja rigoroso e exija o licenciamento ambiental antes da liberação comercial de toda e qualquer variedade transgênica no país.

Por fim, cabe ressaltar que o Greenpeace não é contra a pesquisa sobre os transgênicos. Pelo contrário, a pesquisa faz-se necessária justamente para que os impactos causados por esses organismos sejam avaliados com precisão. Porém, as pesquisas devem ser independentes, ambientalmente seguras e comprometidas com o a melhoria da qualidade de vida da população.

____________________

* Gabriela Vuolo é assessora da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.

** “Troubled Times Amid Commercial Success For Roundup Ready Soybeans”, Dr. Charles Benbrook, do Centro de Ciência e Política Ambiental do Noroeste, de Idaho (EUA), 03/05/2001, disponível em www.biotech-info.net/troubledtimes.html

*** Reuters, 23/07/2001, São Paulo, “Soja brasileira ganha maiores incentivos como não-transgênica”

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  • Usuário Growroom

notícias dos últimos dois dias (Dezembro / 2003):

10/12/2003

07:42 Dourados, que já colheu transgênico, confirma produção

http://www.campogrande.news.com.br/view.htm?id=207230

09/12/2003

20:21 Termo de transgênicos é assinado por 28 produtores em

http://www.campogrande.news.com.br/view.htm?id=207206

15:50 Congresso adia votação de projeto sobre transgênicos

http://www.campogrande.news.com.br/view.htm?id=207159

08:37 Pelo menos 7 produzirão transgênicos em MS

http://www.campogrande.news.com.br/view.htm?id=207075

06:52 Encerra hoje prazo de ajuste a quem plantar transgênico

http://www.campogrande.news.com.br/view.htm?id=207053

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