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Maconha - Efeitos no cérebro e no comportamento


Luluds

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  • Usuário Growroom

Efeitos agudos nas funções do sistema nervoso central

Os efeitos agudos do uso da canabis foram identificados há muitos anos; em relatórios anteriores há descrição de aspectos como euforia branda, relaxamento, aumento da sociabilidade, aumento da percepção sensorial e do apetite. Os efeitos agudos de doses mais elevadas, inclusive alterações na percepção, despersonalização e pânico também já foram muito bem descritos (ARF/OMS, 1981).

Comportamento

A pesquisa realizada desde o relatório anterior da OMS concentrou-se principalmente nos efeitos quantificáveis, como os que acontecem na memória, no desempenho psicomotor e no apetite; também já se trabalhou nos efeitos psicotrópicos intensos da canabis. Um relatório mais recente de Mathew et al. (1993) mostrou que fumar a canabis estava associado a uma despersonalização significativa, que atingia o ponto máximo 30 minutos depois do ato de fumar. Entre outras alterações comportamentais associadas à intoxicação pela canabis estava a perda do sentido de tempo, ansiedade, tensão, confusão e a sensação de estar 'alto' (Mathew et al., 1993).

Aprendizado

Estudos recentes confirmaram e ampliaram as descobertas anteriores de que a canabis pode afetar a memória de diversas maneiras. A recordação livre de questões aprendidas anteriormente muitas vezes é prejudicada quando a canabis está presente durante o aprendizado e durante a recordação; o dano maior muitas vezes é refletido em divagações e novas questões. Num estudo realizado por Block et al. (1992), foram avaliados os efeitos agudos da canabis na cognição dos seres humanos. Descobriu-se que a canabis prejudicava todas as capacidades de aprendizado, inclusive os processos associativos, e o desempenho psicomotor. As únicas áreas não-afetadas eram a abstração e o vocabulário.

Associação de idéias

Também se descobriu que o uso da canabis alterava os processos associativos, tornando as associações incomuns mais difusas (Block et al., 1992). A lembrança do conteúdo de uma prosa é prejudicada de modo geral pela canabis, mas seus efeitos na recordação de série de números (o teste chamado de digit-span), na identificação e em tarefas de associação de pares (pares arbitrários de palavras) não foram uniformes.

Lembranças

Em geral, o que é aprendido na ausência da canabis pode ser lembrado mesmo quando ela está presente no sangue. Embora os efeitos intensos da canabis na memória pareçam acanhados, deve-se levar em conta a possibilidade de que o uso crônico por um adolescente resulte num prejuízo cumulativo no desenvolvimento.

Apetite

Um número considerável de estudos recentes confirmou que o uso da canabis aumenta razoavelmente o consumo de alimentos, especialmente os de alto teor de carboidratos. Em compensação, a canabis não mostrou efeitos consistentes nos relatos subjetivos do apetite dos usuários. Não se conhece a razão para esta aparente dissociação entre o apetite e o consumo de alimentos (Mattes et al., 1994).

Tempo, escrita, tarefas

Diversos estudos mostraram que a canabis parece aumentar o índice de percepção da passagem do tempo. Compatíveis com observações anteriores, diversos estudos nos últimos dez anos confirmaram que a canabis prejudica o desempenho psicomotor numa grande variedade de tarefas, como escrever, testes de coordenação motora, atenção dividida, substituição de símbolos-números e tarefas operacionais de tipos diversos (Solowij et al., 1991).

É provável que se possa atribuir a compatibilidade dos resultados à melhoria da técnica experimental, o que se reflete na maior atenção à importância da complexidade da tarefa, na padronização da dose de THC, em estudos do relacionamento dose-efeito e de uma definição mais precisa do que sejam efeitos agudos em relação a efeitos residuais.

Efeitos sobre a habilidade de guiar

Entre os comportamentos em que o efeito agudo da canabis pode ser considerado especialmente importante estão, por exemplo, a operação de maquinário perigoso e guiar veículos motorizados. Há suficiente uniformidade e coerência nas demonstrações de estudos experimentais e nos estudos de níveis de canabinóides entre as vítimas de acidentes (Smiley et al., 1981; Stein et al., 1983); McBay, 1986; Soderstrom et al., 1988) para se concluir que há um aumento no risco de acidentes com veículos motorizados entre pessoas que dirigem imediatamente depois de intoxicadas pela canabis.

A piora nas medidas de diversos desempenhos relacionados à habilidade na direção foi demonstrada imediatamente após o uso da canabis e até 24 horas depois. Simpson (1986) também mostrou que a canabis está presente no sangue, indicando o uso em horas anteriores, em 7% a 10% de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito.

Num estudo de fatalidades com rapazes na Califórnia, Williams et al. (1985) encontraram um índice de 37% de amostras confirmando o uso da canabis. Este risco é ampliado quando a canabis está combinada a doses embriagadoras de álcool. Simpson (1986) também descobriu que, em 80% dos casos, quando a canabis estava presente, o álcool também estava presente nas amostras.

O número relativamente pequeno de estudos experimentais realizados desde o relatório anterior da OMS confirmou que a canabis pode prejudicar uma série de componentes do comportamento na direção, como o momento da freada, o momento da partida e as reações à luzes vermelhas e outros sinais de perigo.

Usuários atentos

No entanto, os indivíduos sob influência da canabis percebem que estão debilitados e, quando possível, fazem a compensação (Stein et al., 1983; Smiley et al., 1981): não tentam ultrapassar o veículo à frente, reduzem a velocidade e concentram sua atenção na tarefa de dirigir quando sabem que será preciso uma reação. Mas esta compensação não é possível quando deparam com fatos inesperados ou quando a tarefa exige atenção constante; assim, o risco de acidentes permanece elevado depois do uso da canabis. Os efeitos no comportamento à direção de um veículo continuam presentes uma hora depois de fumar, mas não continuam por períodos extensos nas doses usadas nos estudos.

Risco incerto

Os dados disponíveis ainda não bastam para a quantificação dos efeitos do uso da canabis como risco de acidente. É incerto o papel da canabis em acidentes com veículos motorizados, em parte porque os níveis dos canabinóides no sangue indicam apenas o uso recente e não se o motorista ou o pedestre esteve intoxicado no momento do acidente (Consensus Development Panel, 1985). Acrescente-se que mais de 75% dos motoristas com canabinóides no sangue também estavam embriagados pelo álcool (Gieringer, 1988; McBay, 1986).

Fonte: SuperInteressante - online

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  • Usuário Growroom

Muito legal, Luluds! Gostei particularmente de ler sobre o lance de dirigir maconhado (um hábito que eu tenho, e graças a Deus, nunca sofri nenhum acidente..).

Eu acho que tá tudo ainda muito no ramo da especulação... a maconha é a substância mais subestimada ou superestimada dentro da literatura científica. Há que se separar o que é joio do trigo, ou melhor, sementes e galhos, do que é realmente bom e verdadeiro, como um bom baseado todos os dias, se esta é minha forma de viver.

Falou, beijo do vampiro.. :)

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  • Usuário Growroom

Muito Bom mesmo.....

Meio estranho a parte de que os efeitos negativos só acontecem quando a erva tá presente no sangue!!

:oah:

Eu lembro de muita coisa que aprendi nesses 10 anos de fumaça!!

E sempre faço essa compensação, em tudo; não só ao dirigir!!

:D:D:D :D:D:D

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  • 2 weeks later...
Guest Vogeley

É isso ai, é sempre bom o usuario estar atento as paradas q estao rolando sobre a maconha, ate pq serve de argumento.

E esse onda de dirigir lombrado...comigo n rola mt, pq geralmente (por estar lombrado) tenho atençao redrobado. E tb n vejo a necessidade de correr.

"pra q a pressa se o futuro é a morte"

heheeheh

[]´s

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  • 3 months later...
  • Usuário Growroom

"Maconha" do corpo evita ataques

(Folha de S. Paulo, 3 de outubro de 2003)

"Prima" da droga pode levar a novo tratamento para crises de epilepsia

MARCUS VINICIUS MARINHO

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Muito se fala sobre usos terapêuticos da maconha, mas seus efeitos colaterais sempre representaram uma barreira para essa aplicação. Cientistas europeus, no entanto, acharam um jeito de usar suas propriedades no combate a ataques epiléticos, mas sem o lado ruim: incentivaram a produção interna do corpo de um "primo" do princípio ativo da droga.

A anandamida, essa parente de substâncias presentes na maconha, é produzida por diversos animais, incluindo o homem. Estudando camundongos, pesquisadores na Alemanha, na Espanha e na Itália conseguiram aumentar e direcionar a produção de anandamida no cérebro dos animais, o que reduziu sensivelmente a incidência de ataques similares à epilepsia nos bichos.

"Não se trata de incentivar o uso da maconha. Pelo contrário, estudamos o efeito do THC [tetraidrocanabinol, princípio ativo da maconha] e vimos que ele não funciona sempre e pode tornar alguns tipos de ataque ainda piores", disse o neuropsicólogo suíço Beat Lutz, 42, do Instituto Max Planck, na Alemanha.

"Quando você fuma [maconha], o cérebro se inunda de THC e ele não vai necessariamente para as áreas de interesse, além de agir além do tempo." diz Lutz. "Em nosso método, nós prolongamos a ação dos canabinóides endógenos, mas na hora e nas áreas do cérebro em que queríamos."

Segundo o pesquisador, a injeção ou a ingestão de anandamida sintética tampouco funciona, pois a substância se degrada rapidamente. "A anandamida existe também no chocolate, mas, para que houvesse efeito, a pessoa teria de comer uma quantidade absurda", diz Lutz. "Embora eu, sendo suíço, goste bastante da idéia."

O segredo do método dos europeus está no controle do CB1, um receptor de canabinóides no cérebro ligado à proteção aos ataques. Para estimular o funcionamento do receptor, Lutz e seus colegas aumentaram a quantidade de anandamida, que já era naturalmente produzida no cérebro do camundongo, bloqueando um de seus inibidores. Com isso, conseguiram reduzir em cerca de 70% os ataques nos animais.

Fonte: Site Gabeiro

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  • 3 weeks later...
  • 2 months later...
  • Usuário Growroom

O que acontece que os efeito do beck na malandragem de hj é diferente do que se fumava a 30 anos atras, hj a quantidade de substancias quimicas num prenssado é comparavel ao indice toxicologico do cigarro(se quiser piorar , cigarro falsificado) ... por isso que o beck de hj deixa lesado uma galera deixando o cara com a mente fraca , sem reflexo e o krlho a 4 ... se hj o bag fosse limpo de impurezas, uma galera não estaria ai na merda como muita gente tah por causa de bag de mã qualidade .

Voltei a fumar uns beck esse tempos e demorei pra achar alguem que tivesse algum com qualidade , sei que fumei muita merda antes de achar a canabis certa ..

imagino que o pessoal mais das antigas , saibam do que to falando ...

ateh !

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  • 1 year later...
  • Usuário Growroom

SEI LA.................MTO INTERESSANTE TUA PESQUISA MAS NAUM BOTO NENHUMA FÉ QUANDO FALAM SOBRE OS "EFEITOS DA MACONHA COMPROVADO CIENTIFICAMENTE!!!"

EU AXO Q A MACONHA E SEUS EFEITOS É ALGO MTO PARTICULAR!!!!!NAUM SE PODE FALAR O QUE FAZ E O Q NAUM FAZ!!!!!!

QUI NEM TODAS AS PESQUISAS FALAM QUE A MACONHA AUMENTA A SOCIABILIDADE!!!!!!!! JA TEM POSTS ACIMA DE PESSOAS FALANDO QUE FICAM MTTOOO ANTI-SOCIAIS!!

EU MESMO PRA FICA COM DEPRESSAOE CHATIADO É RAPIDINHO!!!!!!POR ISSO QUE NAUM FUMO QUANDO TO DI BOBERA!!!!!!FUMO SÓ QUANDO VEJO Q ACORDEI BOM!!!!!

É ISSO!!!

VALEW!!!

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  • 1 month later...

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