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Guerra contra drogas afeta maconha jamaicana


Cypress Bong

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  • Usuário Growroom

Guerra contra drogas afeta maconha jamaicana

Hanson District, Jamaica - Há tempos, os intensos raios do sol parecem incendiar as plantações de maconha na Jamaica, banhando as plantas em raios avermelhados. Mas um produtor afirma que as plantações da erva nesta nação caribenha foram muito afetadas pela guerra contra as drogas e pela competição mundial. O camponês, que identificou-se apenas como Thomas, afirmou em entrevista que a variedade de maconha cultivada em seu campo "é a melhor da Jamaica". "Mas agora cultivo menos do que antes", acrescentou.

O cultivo de maconha perdeu grande parte de seu mercado desde a década de 70, quando aviões vinham buscar o produto para levar diretamente aos Estados Unidos. Naquela época, a maconha do Caribe, produzida sobretudo na Jamaica, alimentava 20% do consumo mundial. Hoje abastece menos de 5%, segundo o Mecanismo Coordenador de Controle da Droga no Caribe, um programa da ONU com sede em Barbados. "A maconha ficou para trás, como tudo o que cultivamos... a banana, o açúcar. A maconha não se vende", disse Thomas, que há 40 anos cultiva a canabis em uma parcela de dois hectares na qual seu avô plantava apenas tomates e outros frutos.

O cultivo e o consumo de maconha são ilegais na Jamaica, razão pela qual Thomas e outros produtores não dizem seus sobrenomes. Mas são tolerados. Outra razão para manter o anonimato é um acordo oficial que autoriza os agentes norte-americanos a queimar os cultivos.

Em 1991, a Jamaica produziu 705 toneladas de maconha, segundo o Departamento de Estado norte-americano. Cifras mais recentes indicam para uma produção de 235 toneladas em 1997. "Ganhava-se muito dinheiro naquela época", disse Omar, outro plantador, sobre os "anos dourados" da erva. Eles e Thomas dizem que ganhavam cerca de US$ 4.000 anuais, suficiente para levar uma vida cômoda na Jamaica. Agora, ganham a metade.

No início da década de 80, a maconha era aceita localmente, com a benção dos ídolos do reggae como Bob Marley. Mas seu uso freqüente chamava a atenção dos agentes antidrogas norte-americanos. A aduana dos Estados Unidos estava atenta e os agentes queimaram centenas de hectares no Caribe. Thomas disse que os agentes incendiaram seus campos quatro vezes.

A campanha norte-americana elevou o preço da erva na América do Norte, seu melhor mercado. Consumidores de Estados Unidos e Canadá começaram a cultivar suas próprias variedades, mais resistentes. A maconha norte-americana "é muito superior à jamaicana", diz Steve Bloom, diretor da revista High Times, a bíblia dos consumidores norte-americanos. "A jamaicana é boa, mas é preciso fumar muito."

A maconha jamaicana é cultivada atualmente em ladeiras remotas pântanos e lamaçais, onde é difícil de ser detectada, mas onde está sujeita aos caprichos do clima. O México também herdou uma parte do mercado. As autoridades norte-americanas dizem que o aumento do comércio legítimo entre México e Estados Unidos, com o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) também refletiu em maior quantidade de erva procedente do país vizinho. Pelo fato de a maconha mexicana ser tão acessível, os mesmos traficantes jamaicanos que operam nos EUA compram essa variedade para vendê-la.

Apesar da queda da maconha jamaicana no mundo, o mercado local é suficiente para manter o mercado local alcança para manter o negócio dos produtores nacionais. A planta foi trazida à Jamaica no século 19 por trabalhadores da Índia. Inicialmente, ela era utilizada de forma medicinal. A partir da década de 30, foi difundida pela seita rastafari, que a considerava sagrada. Com o reggae, a maconha começou a atravessar as rígidas barreiras de classe do arquipélago.

Hoje, apesar de ainda ter seus adeptos, já não é mais a rainha das plantações. No entanto, velhos hábitos tardam a morrer. "Nunca deixarei de cultivar a erva", disse Thomas com um sorriso malicioso. "Que mais eu poderia fumar?"

Matthew J. Rosenberg, AP

http://www.estadao.com.br/agestado/noticia.../abr/19/202.htm

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  • Usuário Growroom

Aê mano cypress bong...benvindo ao growroom...

tú sabe quem tá falando aqui, né mano??

I get hiiiigh....

hits from BARONG...uahuahahuhaa

Os americanos nunca presaram pela cultura(seja cannabica ou qualquer outra manifestação) de ninguém, não seria agora que eles iriam fazer isso...

Bem vindo, mano...irmandade forte...Growroom Salvador

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  • Usuário Growroom

Galera, eu fico impressionado, não mais do que indignado, de como um país pode se intrometer na vida dos outros. Esses relatórios mostram como eles acompanham tudo o q rola por aí...é Jamaica, Iraque, Israel, Venezuela,Brasil....de boa, VÃO PRA PUTA QUE OS PARIU !!!

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  • 1 month later...

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    • Salve galera, a quanto tempo eu não passo por aqui, caraca. Seguinte, estou passando por uma situação que nunca tinha me acontecido antes e gostaria de saber se alguém aqui já teve esse problema e se teve, como resolveu. Meu substrato está baixando o pH sozinho e muito. Eu faço rega com pH 6,35 por exemplo, como fiz hoje, e o run off sai com 5,2 e até 5,0. As plantas já estão na 2 semana de flora só que já  estão apresentando deficiências, as folhas se dobrando em garra, parecendo over de N, e elas estão bem  verdes mesmo. Estou usando um substrato 50/50 perlita e turfa. Quantos mais dias eu demoro pra fazer a proxima rega, mais ácido parece que fica. Usando Remo nutrients, iluminação LED 350W num grow 80x80. São 5 plantas automáticas, 4 na flora e uma no início da vega. Abaixo fotos.
    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
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