Fato #1: A maioria dos usuários de maconha nunca usou qualquer outra droga ilícita.
Maconha não leva as pessoas a usar drogas mais pesadas. A cannabis é a droga ilegal mais popular do mundo, portanto, as pessoas que usaram drogas menos populares, como a heroína, cocaína e LSD, é que provavelmente também usaram maconha. A maioria dos cannabistas nunca usou qualquer outra droga ilegal e a vasta maioria que usou nunca se viciou ou teve problemas associados. De fato, a cannabis é o destino final mais do que a tão chamada porta de entrada.
Fato #2: A maioria das pessoas que usam maconha o fazem ocasionalmente. O aumento no número de admissões em clínicas de reabilitação não reflete o aumento das taxas de dependência química.
De acordo com um estudo do Instituto Federal de Medicina dos EUA feito em em 1999, menos de 10% daqueles que provam cannabis se encaixa nos critérios de dependência, enquanto 32% dos fumantes de tabaco e 15% dos beberrões se encaixam. De acordo com dados federais norte-americanos, as admissões relacionadas a maconha previstas pelo sistema de justiça criminal subiu 48% em 1992 e 58% em 2006. Apenas 45% das admissões de maconheiros se enquadram nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais para dependência de maconha. Mais de um terço não tinha fumado nem um baseadinho nos 30 dias anteriores à admissão para tratamento.
Fato #3: Reclamações sobre o aumento da potência da maconha são demasiadamente exageradas. Além disso, a potência não está relacionada ao risco de dependência ou impactos na saúde.
Embora a potência da maconha possa ter aumentado um pouco nas últimas décadas, afirmações sobre enormes aumentos na potência são exageradas e não é suportado por nenhuma evidência. De qualquer maneira, a potência não está relacionada a riscos de dependência ou impactos na saúde. De acordo com dados do próprio governo federal americano, o THC médio da erva cultivada internamente – que compreende a maior parte do mercado dos EUA – é inferior a 5%, um valor que se manteve inalterado durante quase uma década. Para se ter uma idéia melhor, na década de 1980, o teor de THC era de, em média, 3%. Independentemente de potência, o THC é praticamente não-tóxico para as células saudáveis ou órgãos, e é incapaz de causar uma overdose fatal. Atualmente, os médicos podem prescrever legalmente Marinol, uma pílula aprovado pela FDA que contém 100% deTHC. O departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos americano considera a substância segura e efetiva no tratamento de náuseas, vômitos e doenças degenerativas. Quando usuários encontram uma erva mais potente que o usual, eles podem facilmente ajustar o uso fumando menos.
Fato #4: Maconha não foi associada ao desenvolvimento de doenças mentais
Alguns efeitos da queimação de mato podem incluir sentimentos de pânico, ansiedade e paranóia. Tais experiências podem ser assustadoras, mas os efeitos são temporários. Dito isto, não estamos dizendo não pode haver alguma correlação (mas não causalidade) entre o uso de maconha e certas doenças psiquiátricas. O fato de alguém fumar um cigarrinho de artista pode se correlacionar com doenças mentais por muitas razões. Muitas vezes as pessoas fazem uma fumaça para aliviar os sintomas de angústia. Um estudo realizado na Alemanha mostrou que o uso de cannabis pode compensar certos declínios cognitivos em pacientes esquizofrênicos. Outro estudo demonstrou que alguns sintomas psicóticos se antecipam ao uso da maconha, sugerindo que é mais provável que as pessoas estejam buscando a planta por ajuda do que ficam doentes em consequência dela.
Fato #5: O uso de maconha não foi associado ao aumento de risco de câncer.
Vários estudos longitudinais têm demonstrado que mesmo o uso a longo prazo de marijuana (via fumaça) em seres humanos não é associado com um risco elevado de câncer, incluindo cancros relacionados com o tabaco ou colorectal, de pulmão, melanoma, de próstata, de mama ou colo do útero. Um estudo de 2009 baseado num estudo de caso da população indica que fazer uma fumaça moderada durante o período de 20 anos está associado à uma redução de cancêr na cabeça e no pescoço (Veja estudo – em inglês). Ainda, outro estudo caso mostra que fumar um capim não está associado ao cancêr de pulmão nem com o aparelho digestivo/respiratório superior (laringe, faringe, garganta, etc).
Fato #6: A Marijuana se provou útil no tratamento dos sintomas de uma variedade de condições médicas.
A cannabis tem se mostrado eficaz ao reduzir a náusea induzida pela quimioterapia, estimulando o apetite em pacientes com AIDS, e na redução da pressão intra-ocular em pessoas com glaucoma. Há também evidências de que o matinho louco reduz significantemente a espasticidade muscular em pacientes com distúrbios neurológicos. Uma cápsula sintética está disponível por prescrição médica, mas não é tão eficaz como o ganja fumado por muitos pacientes.
Fato #7: Os índices de uso de maconha na Holanda são semelhantes aos dos EUA, apesar das políticas muito diferentes.
A Holanda, a política de drogas é uma das menos punitiva da Europa. Há mais de 20 anos, os cidadãos holandeses com idade acima de 18 foram autorizados a comprar e usar cannabis (maconha e haxixe) em lojas de governo regulamentadas. Esta política não resultou em um aumento incontrolável dos cidadãos que curtem um cachimbo da paz. Para a maioria dos grupos etários, as taxas de utilização da erva na Holanda são semelhantes àqueles nos Estados Unidos. No entanto, para os adolescentes mais jovens, as taxas de utilização de marijuana são mais baixos nos Países Baixos do que na terra do Tio Sam. O governo holandês ocasionalmente revisa as políticas de maconha existente, mas mantém o compromisso da descriminalização.
Fato #8: A maconha não foi associada a nenhuma disfunção cognitiva a longo prazo.
Os efeitos a curto prazo da maconha incluem alterações temporárias e imediatas nos pensamentos, percepções e processamento de informações. O processo cognitivo mais claramente afetado pela maconha é memória de curto prazo. Em estudos de laboratório, os indivíduos sob a influência da maconha não têm problemas em se lembrar coisas que eles aprenderam anteriormente. No entanto, eles apresentam diminuição da capacidade de aprender e recordar novas informações. Esta diminuição dura enquanto rolar a brisa. Não há nenhuma evidência convincente de que fumar um beise prejudica memória ou outras funções cognitivas permanentemente.
Fato #9: Não há evidências convincentes de que a maconha contribui substancialmente para os acidentes de trânsito e mortes.
Em algumas doses, a maconha afeta a percepção e o desempenho psicomotor – alterações que podem prejudicar a capacidade de condução. No entanto, na condução de estudos, a cannabis produz pouco ou nenhum comprometimento na manipulação de um carro – sendo consistentemente menor do que o risco produzido por doses de baixas a moderadas de álcool e muitos medicamentos legais. Em contraste com o álcool, que tende a aumentar práticas de condução de risco, a maconha tende a fazer com que o usuário seja mais cauteloso em todos os assuntos. Levantamentos entre condutores fatalmente feridos mostram que, quando o THC é detectado no sangue, o álcool é quase sempre detectado também. Para alguns indivíduos, o fumo dos malucos pode desempenhar um papel na má condução. A taxa global de acidentes em rodovias não parece ser significativamente afetada pelo uso da maconha na sociedade.
Fato #10: Mais de 800.000 pessoas são presas por maconha nos EUA a cada ano, a grande maioria delas por posse simples.
A polícia acusou 858,408 pessoas por violações da lei pelo uso de maconha em 2009, de acordo com o Federal Bureau of Investigation’s annual Uniform Crime Report. Nos EUA, detenções de maconheiros correspodem a 52% de todas as prisões relacionadas às drogas. Uma década atrás, este número era de 44%. Aproximadamente 46% de todos os processos associados às drogas no país são por possessão de cannabis. Dentre os detidos por crimes relacionados à maconha, cerca de 88% são acusados somente por posse. O restante é processado por venda/fabricação, uma categoria que inclui praticamente todos os crimes relacionados ao cultivo.
Fonte: www.drugpolicy.org