Se os brasileiros foram às urnas para escolher seus representantes em outubro, os americanos tiveram esse compromisso nesta semana, nas eleições para o Congresso, Senado e para o Governo dos estados. Mas em alguns deles a legalização da maconha, tanto para uso medicinal quanto recreativo, também foi tema de votação.
E o resultado não poderia ser melhor: pelo menos três estados aprovaram avanços positivos em suas leis sobre a maconha, mostrando o avanço no tema e aumentando a pressão para criação de uma legislação federal que já começou.
A nova lei da maconha nos estados:
- Michigan – O estado aprovou uma legislação bem avançada semelhante à aplicada no Colorado, tornando legal o uso recreativo e regularizando o consumo e a compra de maconha e de comestíveis derivados da planta para todos os residentes maiores de 21 anos. Além disso, passa a ser permitido o cultivo de até 12 plantas por domicílio.
- Missouri – O estado do Missouri aprovou somente a regularização da maconha para uso medicinal, porém na proposta escolhida pela população nas urnas, fica permitido o cultivo de até seis plantas para pacientes com receita médica para uso de cannabis.
- Utah – Outro estado a votar pela regularização do uso medicinal da maconha foi Utah, que traz uma proposta bem diferente para lidar com o tema. Pacientes com receita médica poderão adquirir somente duas gramas a cada duas semanas em farmácias que serão disponibilizadas pelo governo estadual, e somente se morarem a mais de 160km de distância de um destes estabelecimentos é que será permitido cultivo. Fumar maconha continua ilegal.
- Dakota do Norte – Embora tenha o uso medicinal regularizado, os moradores do Estado foram contra uma nova legislação para o uso recreativo da maconha. Junto com a proposta também foi rejeitada uma espécie de anistia a condenados por crimes relacionados à planta.
A onda verde não para de crescer
Com a aprovação do uso recreativo da maconha no Missouri, já são 10 estados americanos que permitem esse tipo de consumo, embora cada um com sua própria legislação. Já para o uso medicinal são 32 estados, mais o distrito de Washington que permitem aos pacientes terem acesso à planta ou a medicamentos derivados.
Uma verdadeira onda verde toma conta dos Estados Unidos a cada nova eleição, com moradores de diferentes estados e com culturas distintas rejeitando nas urnas legislações proibicionistas. A expectativa agora é que o tema chegue na esfera federal para debate de uma lei nacional sobre a planta, para regulamentá-la de vez em todo território do Tio Sam.