A falta de treinamento pode ser a razão pela qual a maioria dos médicos ainda hesita em recomendar a maconha medicinal, de acordo com um estudo recente no Colorado.
O estudo foi conduzido pelos professores Alfred Reidy e Elin Kondrad do St. Anthony North Family Medicine Residency e inclui respostas de mais de 500 médicos da Academia de Médicos de Família do Colorado
Publicado no Jornal da Câmara Americana de Medicina de Família, os resultados indicam que apenas uma minoria de médicos em Colorado não apoia a maconha medicinal, enquanto outra grande maioria acredita que mais treino deveria ser oferecido pelas universidades.
“Os entrevistados mostram um forte desejo de mais educação sobre a maconha medicinal e em todos os níveis de educação médica”. Dos 520 médicos que responderam a pesquisa, apenas 19% concordaram que a maconha medicinal deve ser recomendada. Por outro lado, 80% concordaram que a educação de maconha medicinal deve ser ensinada nas escolas médicas e 82% também concordaram que a educação de maconha medicinal deve ser parte da prática de residência. Já 92% acham que a educação médica continuada sobre a maconha medicinal deve estar disponível.
Curiosamente, as opiniões sobre a classificação de maconha foram relativamente divididas, com 37% de apoio à classificação e 44% discordam – nos EUA, a maconha tem classificação número 1, que a coloca entre as drogas mais perigosas.
Apesar da cautela expressa pela maioria dos médicos, a maconha medicinal é bastante disseminada no Colorado. Estima-se que 163.856 pacientes, ou 2% de toda a população do estado, são legalmente autorizados a usar canábis medicinal.