O Uruguai não cansa de se superar! E parece que Mujica e seus guardiões da Frente Ampla, coalizão a qual pertence o partido do presidente que é maioria no congresso, levam em vento e popa seu projeto de legalização, impecavelmente organizado, apesar de congelado desde dezembro do ano passado. Nenhum passo foi dado, mas ainda assim as notícias pipocam diariamente sobre diferentes medidas e decisões tomadas.
Para fazer o mundo entender, o pró-secretário da Presidência, Diego Cánepa, irá a Viena, na Austria, para participar da reunião anual da Comissão de Drogas e Crime da ONU, a UNODC. Seu objetivo será explicar aos outros países membros o projeto de legalização uruguaio.
O representante do governo explicará que a politica de regulamentação em questão tem dois objetivos; o primeiro é acabar com o narcotráfico, já que o país tomará conta da produção e terá controle sobre a distribuição da erva. O segundo remete à saúde pública, tendo como meta melhorar a qualidade assistencial aos dependentes, que deixarão de ser vistos como deliquentes para serem tratados como dependentes que são.
“Para nós, as políticas públicas aplicadas, fruto do que foi a Guerra às Drogas na América Latina, e a política proibicionista absoluta tiveram um completo fracasso, por isso temos que explorar e discutir entre todos como ensaiar uma política diferente”, razoa.
Cánepa ainda justifica a demora na implementação da lei, que necessitará tempo e fases pilotos. “Acredito que precisamos ter uma discussão franca de quais têm sido os resultados dos últimos 50 anos dessa política e quais são as necessidades de chegar à uma discussão sobre uma nova política com os mesmos objetivos: todos queremos um mundo onde o narcotráfico não seja um flagelo”, conclui.
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