Sob o tema de “Cultive seus direitos: não mais presos por plantar”, cerca de 50 mil pessoas marcharam pela maconha no Chile no último fim de semana. A manifestação aconteceu simultaneamente em diversas cidades do país, em completa tranquilidade. Arica, Iquique, Antofagasta, Coquimbo, Los Andes, Valparaíso, Talca, Chillán, Concepción, Temuco, Valdivia, Puerto Montt e Chiloé foram as cidades esverdeadas pelo ato.
No sábado, o protesto, previamente autorizado pelas prefeituras das cidades, foi organizado por via de redes sociais. O slogan era: “Não mais danos: Ruma a uma nova política de drogas”. O movimento visa alterar o artigo 50 da lei 20,000 chilena, que, apesar de muito mais branda que a do Brasil, ainda trata o usuário de maneira punitiva. Outro ponto levantado foi a legalização do autocultivo como maneira de combater o tráfico e a criminalidade.
Uma das ações dos coletivos organizadores foi a distribuição de um manual legal com dicas para usuários, que continha uma coleção de sementes variadas, como incentivo para que as pessoas se afastem do narcotráfico e produzam sua própria erva.
Na segunda-feira, o senador e candidato presidencial do Partido Radical Social Democrata, José Antonio Gómez, se reuniu com integrantes da Organização Movimental, da Revista Cañamo e do Movimento Cannabis Medicinal e a Rede Chilena de Redução de Danos, entre outros, e analisou as petições apresentadas por uma nova política de drogas. Na ocasião, Goméz ressaltou sua postura pró-cultivo e reafirmou que há de se determinar uma regulamentação para este grupo, incluindo uma normativa para comercialização de plantas de cultivos caseiros. O candidato à presidência disse que isso “não seria dar luz verde aos narcotraficantes, senão que a sociedade em geral possa ter acesso a um autocultivo responsável”.
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