Algumas manchetes disseram que fomos somente mil. Não é difícil ver a foto e perceber que esse número é subestimado. Outras chamadas preferiram ressaltar o único princípio de confusão, quando um usuário foi preso causando tumulto entre os manifestantes e a reação violenta da polícia. Quem foi, sabe que esse evento isolado, assim como o posicionamento tendencioso da mídia, não representam a tarde de sábado: a Marcha da Maconha de São Paulo reuniu cerca de 10 mil pessoas que caminharam do MASP em direção à Praça da República, passando pelas ruas Augusta e Consolação, na maior paz!
A concentração começou às 14h no vão do MASP reuniu os diversos blocos. Além dos defensores da canábis, a Ala dos Psicodélicos levou alegorias carnavalescas sob o lema de “Existe amor em LSD”, em referência à musica de Criolo. O grupo defende a legalização uso de plantas lisérgicas, como peyote, ahyuasca e sálvia divinorium. Essa classe de substâncias, ainda que usadas majoritariamente de maneira religiosa e/ou medicinal, vem sofrendo repressão e entrando para a lista de substâncias proibidas.
Outro bloco de destaque foi o Bloco do Atraso, um protesto irônico contra políticos e jornalistas que lutam pelo retrocesso. Com máscaras de Reinaldo Azevedo, Osmar Terra, Ronaldo Laranjeira e a trupe reacionária, o grupo usou do humor e sarcasmo, pedindo mais dinheiro para a recém-aprovada intenação compulsória.
Além dos já tradicionais gritos de guerra, outro mais foi criado com base nos protestos do final da semana do Movimento Passe Livre. Demonstrando e recebendo apoio, os manifestantes proclamavam: “Olha que vergonha! A condução tá mais cara que a maconha!”.
O protesto terminou na Praça da República, onde um show foi organizado e se estendeu até o fim da noite. Apesar de algumas cacetadas distribuídas e ameaças de uso de bombas de gás de efeito moral, a manifestação terminou sem maiores complicações na Praça da República, onde rolou um show embaixo de muita fumaça!
Veja algumas fotos do que rolou! (E logo vem muito, muito mais!)