Foram soltos na noite do dia 16 de dezembro pai e filho que foram presos cultivando Cannabis em uma cobertura no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.
Francisco Aurélio de Souza Grossi, engenheiro conceituado de uma grande multinacional e seu filho, o jornalista Gustavo Grossi, tiveram suas vidas expostas desde a tarde do dia 21 de setembro, quando uma operação polícial cercou o prédio onde ambos moravam no Recreio dos Bandeirantes, no intuito de prendê-los como traficantes.
O que se achou no local na verdade, foi uma plantação caseira com diversos pés de cannabis em seus mais variados estágios e sem seleção por sexo, fato importante quando consideramos que só as plantas fêmeas da maconha são próprias para o consumo. A operação resultou na prisão arbitrária dos dois membros da família Grossi. Sem flagrante e nenhum indício real de tráfico, a polícia desconsiderou por completo a Lei 11.343 de 2006, que despenaliza o cultivo caseiro de cannabis.
Os efeitos da condução equivocada deste caso refletiram em toda a família Grossi, que tiverem pai e filho alijados do convívio diário por quase 3 meses e seus nomes expostos, ligados a acusações sem fundamento. Acusações que foram motivadas tão somente pelo número de plantas que foram encontradas na residência dos Grossi, e pela minúcia com que a plantação era tratada.
O caso dos plantadores do Recreio foi amplamente debatido pela comunidade brasileira de cultivadores de cannabis. O número de usuários que tem optado por plantar para consumo próprio, vem crescendo em todo Brasil, e trazendo uma alternativa real e de paz, ao tráfico.
O desrespeito constante da lei deixa em alerta pessoas que podem vir a ter seus empregos postos em risco, suas vidas expostas e atreladas a cultura de ódio do tráfico, como os Grossi. Pessoas que na verdade tem a intenção de quebrar um ciclo maléfico onde são inseridas pela proibição descabida do consumo de cannabis e optaram pelo cultivo ao tráfiico.
O debate sobre legalização da cannabis vem tomando corpo no Brasil, e merece ser amplamente difundido e debatido às claras, em casa, no trabalho, nas
escolas e universidades, na atividades do dia a dia. A proliferação da informação correta e sem preconceitos sobre a cannabis é a única forma de evitar que mais famílias sejam marcadas injustamente pela insignia maldita do tráfico. Algo que beneficiaria os Grossi, as famílias do Complexo do Alemão e espalhadas por todo o país.