O Estado conseguiu frustrar as intenções de um aspirante a grower em Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira, 4 de agosto. Depois de uma malfadada denúncia anônima – a prerrogativa perfeita para a polícia fazer o que bem entende -, foi encontrado um pé de cannabis, com aproximadamente 25 centímetros, numa residência de Fátima do Sul, a 237 quilômetros de Campo Grande.
A planta era cultivada em um vaso que ficava em cima da geladeira, na periferia da cidade. Uma mulher, de 28 anos, que estava na residência, foi levada até a Delegacia de Polícia Civil para esclarecer o ocorrido. Pouco tempo depois, o marido também se apresentou à unidade policial.
Em entrevista ao G1, o delegado Messias Furtado de Souza afirmou que “o rapaz tem 19 anos e disse que trabalha como lenheiro e que cultivava a maconha para fins medicinais”. E ainda ressaltou as intenções do grower. “Ele explicou que ouviu falar que se usasse a maconha misturada com álcool e depois passasse no corpo poderia aliviar as dores musculares que sentia”, disse.
O casal, que não tem passagens pela polícia , foi liberado após prestar esclarecimentos. Um termo circunstancial de ocorrência por porte de droga para consumo pessoal foi lavrado e encaminhado ao Judiciário. Ainda de acordo com o delegado, “o cultivo da maconha foi quase que uma atitude ingênua do rapaz, provocada pela desinformação”.
Cabe a nós o questionamento: que desinformação é essa que leva um cidadão a optar por plantar seu próprio remédio ao invés de se render ao tráfico e ao sistema absurdo induzido pela proibição?