O líder religioso Ras Geraldinho, preso desde agosto, começará a ser julgado amanhã, 29/11. O fundador da 1ª Igreja Nubingui Etiope Copic de Sião do Brasil: Igreja da Ganja, conhecida como “Igreja da Maconha”, teve 37 plantas apreendidas em sua chácara na Praia dos Namorados, bairro da cidade paulista de Americana, onde realizava os rituais religiosos.
Acusado de tráfico de drogas pelo Ministério Público, o advogado de defesa de Geraldinho, Caubi Luiz Pereira, afirma que o líder e ativista pretende levar o caso para o Superior Tribunal Federal para formentar o debate não somente sobre os direitos de uso religioso, mas também sobre a regulamentação geral do consumo. “Ele (Ras) já deixou bem claro a mim e a todos que sua intenção é que o caso chegue ao STFl, para que a discussão em torno do uso religioso da maconha e também a questão da liberalização sejam discutidos em âmbito nacional”.
Outro argumento defendido por Pereira será o do Estado Laico, que protege a liberdade religiosa com o Decreto 119-A, de 07 de janeira de 1890 (leia-se: mil oitocentos e noventa) que “Prohibe (com “h”mesmo) a intervenção da autoridade federal e dos Estados federados em materia religiosa, consagra a plena liberdade de cultos, extingue o padroado e estabelece outras providencias”. A audiência esta marcada para as 13h30 na 2ª Vara Criminal de Americana.
O Growroom e todo o movimento canábico brasileira espera que a justiça seja racional, ou que ao menos faça cumprir a Constituição e que Ras Geraldinho seja liberado e consiga fazer com que o debate sobre a absurda proibição das drogas se abra um pouco mais.
Informações: O Liberal