Um novo estudo alemão indica que galinhas alimentadas com cânhamo botam ovos mais saudáveis. E cada vez mais agricultores vêm utilizando a fibra na alimentação dos animais.
Galinhas, no geral, são alimentadas com grãos e sementes. Contudo, com o aumento da produção do cânhamo – nos países onde é permitido –, estudiosos do Instituto Federal de Investigação e Saúde Animal quiseram averiguar se os subprodutos do cânhamo poderiam ser utilizados como um suplemento alimentício alternativo. O resultado foi 100% positivo!
Publicado no Diário de Proteção ao Consumidor e Segurança Alimentícia, o estudo sugere que a alimentação à base de cânhamo pode ser administrada com segurança às galinhas ao mesmo tempo em que proporciona aos avicultores a possibilidade de enriquecimento da gema do ovo.
O uso da torta de semente de cânhamo se compara a torta de colza, um suplemente alimentício muito popular entre os produtores de ovos alemães. Os níveis de THC e CBD da ração eram de menos de 0,005%.
O estudo foi o primeiro a comparar o cânhamo com outras fontes de ômega, mas os resultados foram muito similares aos que se obtiveram ano passado com sementes e azeite de cânhamo na Universidade de Manitoba, no Canadá. O valor nutritivo da alimentação das galinhas foi incrementado em 20% sem nenhum efeito negativo.
As galinhas alimentadas com cânhamo produziram ovos maiores e mais pesados. As gemas eram mais ricas em ômega-3 do que as das galinhas alimentadas com colza, ainda que se equiparassem às gemas das galinhas alimentadas com semente de linhaça.
A alimentação animal poderia ser uma maneira inteligente de utilizar os subprodutos do cânhamo que, de outra maneira, seriam tratados como resíduos. Isso nos países onde é possível utilizar o cânhamo e, logo, ter resíduos dele, o que não é o caso do Brasil.