Uma ONG chilena que defende o uso terapêutico da canábis tomou uma decisão polêmica. Buscando o bem-estar e o fácil acesso da erva para usuários medicinais, a Chilegrow decidiu que distribuirá sementes de maconha a até dois mil pacientes terminais e com doenças crônicas como parte complementar de seus tratamentos. A decisão vem diante de inúmeros estudos que comprovam os efeitos analgésico da planta e, ainda mais, pesquisas que indicam que o uso de canábis pode evitar a metástase do câncer.
Uma das pacientes que já faz uso da planta, Cecília Heyder, declarou que já não tinha mais esperança que houvesse solução para aliviar a dor causada por seu câncer de mama. Depois de incorporar a maconha à sua dieta em forma de biscoitos, leite e infusões, o mal-estar não só desapareceu, mas a expansão de sua doença estagnou.
Segundo a ONG, a proposta vida, além de beneficiar pacientes que já têm que lidar com tamanho sofrimento, abrir o debate sobre o autocultivo e o uso medicinal da canábis. Eles acreditam que, por falta de conhecimento e acesso à matéria-prima, esses usuários se veem obrigados a recorrer ao tráfico.
A lei no Chile
Desde março deste ano o autocultivo é legalizado no Chile. O projeto do senador Fulvio Rossi e Ricardo Lagos Webber foi votado em 26 de março e aprovado por 18 votos a favor e 11 contra, e já estava em pauta desde agosto de 2012.