Sandomigran, Dorflex, Diazepam, Procimax, Budecort Aqua, Ritalina, Zyxem, Venvanse. Esses são os remédios que os médicos receitaram para Thaís, ao longo de sua vida, para tratar as enfermidades que a acometiam. Mal sabia ela que a melhor prescrição médica, viria de uma amiga que nada tem a ver com medicina.
Thaís sofria desde a adolescência com crises de enxaqueca, insônia e ansiedade. Para tratar a enxaqueca ela tomava o Sandomigran, que ajudava um pouco, mas o remédio te dava alergia. Então passou a tomar analgésicos como o Dorflex, que não surtiam efeito algum. Para melhorar a ansiedade, foi prescrito o Diazepam. Que apesar de acalmá-la, a deixava com muita amnésia.
Por volta dos 30 anos, Thaís começou a sofrer de anorexia e ataques de pânico. Foi uma fase de muito sofrimento; seu corpo começou a ficar magro e debilitado, iniciaram-se várias reações alérgicas, chegando ao ponto em que ela teve que começar a fazer tratamento de imunoterapia, mas que não deram resultado. “Passei a ter uma Rinite crônica, em que eu tinha que usar spray de cortisona e antialérgico constantemente”, ela diz.
Cerca de dois anos atrás, Thaís foi diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) leve. Seu neurologista então, lhe receitou Ritalina para o tratamento. O medicamento ao invés de ajudar, só piorou, causava espasmos noturnos, nervosismo, ela começou a emagrecer, e com isso, o nível do TDAH se tornou grave. “Minha memória que era falha, piorou. Com esses fatos o médico me receitou outro medicamento chamado Venvanse, impossível de eu usar pois uma caixa custa em torno de R$ 290,00″, ela conta.
Há cinco meses, quando tudo parecia não ter solução, uma amiga aconselhou que ela procurasse se informar sobre os efeitos medicinais da cannabis, algo que ela nem sabia que existia. Thaís se interessou pelo assunto e resolveu tentar.
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Porém seu ambiente familiar é muito conservador, então Thaís não poderia fumar, pois o cheiro e o preconceito não permitiriam. Como alternativa, ela começou a fazer o uso culinário. Como tem alergia a lactose, não poderia preparar a manteiga, então ela faz o medicamento através do óleo de coco. “Geralmente eu faço um chá de camomila, com o óleo. Para mim o efeito é mais duradouro”, diz.
O chá ajudou Thaís a conseguir controlar as enxaquecas, a se livrar da insônia, da ansiedade e dos ataques de pânico.
“Voltei a sorrir, minha mãe falou que eu parecia outra pessoa. As alergias tiveram uma melhora de uns 90%, a cortisona não precisei mais e o antialérgico às vezes eu ainda uso, mas com menos frequencia. Sobre o TDAH, melhorei drasticamente. Foi como um milagre, pois às vezes, quando saía, eu tinha lapsos de memória e me esquecia até onde estava e pra onde eu estava indo, isso agora acabou. A maconha é infinitamente melhor que outros remédios, pois me ajuda com todos os problemas sem os efeitos negativos.”
Thaís contou para sua médica sobre os incríveis efeitos positivos que a maconha lhe trouxe, mas a doutora não acreditou, disse que toda essa história de cannabis medicinal é mito e que não há comprovações científicas (o que não é verdade). Mas só Thaís sabe o tanto de efeito benéfico que a maconha lhe proporciona, e que esse sim é seu principal remédio.