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ToggleQuem nunca ouviu falar sobre em Super Cropping pode se assustar com as imagens que mostram caules ou ramos “quebrados”. Mas, calma: apesar de agressiva, esta é uma técnica de cultivo segura e que, se feita com cuidado, pode aumentar bastante os rendimentos de uma colheita. Assim como outras podas e treinamentos para o cultivo de Cannabis, dá um pouco de medo no começo. Mas, se você seguir os passos abaixo, não tem erro!
O Super Cropping é uma técnica de HST, sigla de “High Stress Training” ou “Treinamento de Alto Estresse”. Diferente do Treinamento de Baixo Estresse (LST), aqui a intenção é danificar o tecido interno do caule, rompendo suas fibras, mas sem quebrá-lo externamente. Essas fibras quebradas se regeneram facilmente, criando um calo que aumenta a absorção de água, nutrientes e hormônios.
A ideia “dobrar” a planta para o lado de fora, diminuindo assim seu crescimento vertical e aumentando a incidência de luz em outras ramificações. Dessa forma, a planta ganha espaço para crescer horizontalmente, principalmente na fase da floração: afinal, não haverá mais sobra sobre os buds. O resultado, além de plantas mais baixas – o que pode ser bem importante para quem faz cultivo outdoor – é uma colheita entre 15 e 20% mais farta.
Quando e onde fazer o Super Cropping?
Primeiro, é importante saber a hora de aplicar o Super Cropping. A técnica deve ser feita no estado vegetativo, quase na virada para a floração, quando as plantas estiverem vigorosas e com ramos saudáveis. O Super Cropping pode ser feito no caule principal ou em qualquer outra ramificação.
Se você vai tentar a técnica pela primeira vez, experimente escolher um ramo aleatório, que não o caule. Afinal, caso passe do ponto e quebre, não perderá a planta inteira. Escolha ramos que já estejam bem desenvolvidos, verdes e flexíveis. Se for fazer no caule principal, prefira a região mais flexível da estrutura, perto do topo.
Aplicando a técnica
Decidido o lugar, é hora de partir para a técnica. Pegue o ramo e aplique uma pressão firme com o polegar e o indicador, apertando a área onde você quer que ele dobre. O ramo vai amolecer um pouco e, então, comece a mexer com ele para frente e para trás, mantendo a mesma pressão, por cerca de 10 segundos.
Você vai ver que a planta ficará cada vez mais solta. Quando senti-la bastante flexível, comece a dobrar o ramo muito suavemente para o lado de fora, até que ela fique pendurada, e então deixe-a segura. Cuidado com o manejo e com a ventilação muito em cima da planta, para não estimular uma quebra desnecessária.
Aparência e recuperação
É importante ficar perceber se a técnica foi aplicada corretamente. O melhor cenário após a aplicação do Super Cropping é o caule pendurado, fazendo um ângulo de 90°, mas sem nenhuma ferida externa.
Caso não tenha sido dobrada o suficiente, a planta voltará para o lugar em poucas horas. Pode ser importante, então, usar hastes para para mantê-la no mesmo lugar e gerar o calo. Mas se as fibras tiverem sido rompidas, a própria planta fará o trajeto de recuperação.
No caso contrário, se passar do ponto e romper o tecido externo da planta, não se desespere. Caso ela não tenha quebrado, há solução. Com uma fita adesiva forte, envolva a área machucada; se a planta esteja perigosamente “bamba”, coloque uma haste na terra para apoiá-la. Espere alguns dias e vá acompanhando a resposta. Depois de curada, tire a fita com cuidado. É comum que haja alteração de cor no lugar onde a planta foi curada.