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ToggleO Brasil tem seu tradicional evento para defender a legalização: a Marcha da Maconha. Um momento em que usuários(as), growers, pacientes medicinais e apoiadores da luta saem às ruas para cobrar mudanças nas lei de drogas.
A Marcha da Maconha pode ser inclusive chamada no plural, pois as marchas acontecem em diversas cidades do país. De alguns anos pra cá, além das Capitais, cidades do interior realizam manifestações.
Após ficar sem acontecer presencialmente durante a pandemia do coronavírus, elas voltam às ruas em 2022. Aqui nesse post você vai saber tudo sobre as marchas.
O que é a Marcha da Maconha
A Marcha da Maconha, como o próprio nome diz, é uma passeata que reivindica a legalização da Cannabis e diversas pautas correlatas.
Geralmente, cada cidade possui um coletivo que se reúne previamente para a organização do evento. É escolhida uma data, um horário e um local para concentração, além de um trajeto por onde a Marcha vai passar.
A primeira Marcha da Maconha do Brasil aconteceu em 2002, no Rio de Janeiro. Em uma época de muita repressão, onde até mesmo a distribuição de panfletos convocando para a Marcha gerou a prisão de ativistas, inclusive do Growroom.
Com o passar do tempo, a Marcha foi se espalhando por outras cidades do país e crescendo cada vez mais. Nas Capitais, elas reúnem milhares de pessoas.
Legalidade das Marchas da Maconha
Em 2011, as Marchas da Maconha chegaram até o Supremo Tribunal Federal (STF). O debate era sobre a legalidade ou não dos eventos, que poderiam caracterizar apologia, algo que está presente no arcaico código penal.
Em decisão unânime (8 votos) na época, o STF liberou a realização, considerando que os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização.
Além disso, o ministro Celso de Mello declarou em seu voto que a “a marcha da maconha é um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência.
Ele também considerou que o evento possui caráter nitidamente cultural que cria espaço para o debate do tema por meio de palestras, seminários e exibições de documentários.
Marcha da Maconha 2022: datas e locais
As Marchas da Maconha de 2022 já estão acontecendo. Confira as datas e se programe para fortalecer a luta pela legalização na sua cidade.
- RIO DE JANEIRO: 07/5 – JÁ ACONTECEU
- FLORIPA: 07/05 – JÁ ACONTECEU
- PORTO ALEGRE: 30/04 – JÁ ACONTECEU
- JOINVILLE/SC: 15/05
- RECIFE: 21/05
- ZONA SUL DE SAMPA: 21/05
- SANTOS/SP: 28/05
- Contagem/MG: 28/05
- CAMPINAS: 28/05
- FORTALEZA: 29/05
- SÃO PAULO: 11/06
- SANTO ANDRÉ: 18/06
- SÃO BERNARDO: 25/06
- UBATUBA: 29/05
Quais cuidados tomar na Marcha da Maconha
Para quem nunca foi em uma Marcha da Maconha é bom ficar atento(a). Na maioria das cidades acontece tudo tranquilamente, até por conta da legalidade da marcha.
Porém, em alguns casos a polícia pode fazer abordagens, já que estará presente e ciente do ato. Esse tipo de repressão costuma acontecer em cidades menores.
Já nas Capitais, é bem comum que o dia da Marcha seja um dia “legalize”, onde dificilmente você vai ter problema no meio de um grande grupo que está fazendo a mesma coisa.
Mesmo assim, é bom evitar levar uma grande quantidade de maconha para evitar qualquer B.O. Se possível, leve aqueles baseados bolados já de casa.
Fique próximo de grandes grupos para não tomar uma ruim sozinho(a).
O que a Marcha da Maconha reivindica
Com o passar do tempo, as Marchas da Maconha foram ganhando novos adeptos(as). Hoje em dia, pessoas de diferentes idades e formas de consumo se reúnem.
Mas o que os usuários(as) realmente querem é a legalização. O direito de plantar a própria maconha e de fumar livremente sem ser preso por isso. Ou até mesmo a oportunidade de comprar uma Cannabis realmente legal e natural.
Aqui estão algumas pautas:
- Uma nova lei de drogas.
- Legalização do autocultivo para usuários recreativos e medicinais.
- Fim da guerra às drogas e da repressão que atinge principalmente usuários negros.
- Venda legal da maconha.
- Pacientes tendo acesso à Cannabis através do SUS ou do autocultivo.
- Anistia de pessoas presas por “crimes” relacionados à planta.